Juventude, juventudes: culturas juvenis

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Transcrição da apresentação:

Juventude, juventudes: culturas juvenis Alexandre Barbosa Pereira

“Temos o direito a ser iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza” Boaventura de Sousa Santos (2009, p. 18)

Classe social Gênero Orientação sexual Raça Etnicidade Idade Geração Território

Idades / Categorias de idade / Fases da vida Juventude

“A ‘juventude’ é apenas uma palavra” Bourdieu (1983, p. 113)

“A juventude é mais que uma palavra” Margulis e Urresti, 1996

Superação de considerações sobre a juventude como mera categorização por idade e como portadora de características uniformes.

“A condição histórico-cultural de juventude não se oferece de igual forma para todos os integrantes da categoria estatística jovem” Margulis, 1994, p. 25.

A condição de juventude manifesta-se de forma desigual conforme outros fatores como classe social e gênero, por exemplo.

Pensar a noção de juventude a partir da interação entre fatores sociais e biológicos

Inspirados na discussão do psicólogo americano Erik Erikson (1968), os autores defendem a ideia de que os jovens no contexto das sociedades ocidentais vivenciariam duas moratórias.

Moratória vital

Moratória social

Jovens juvenis Jovens não juvenis

Estilos juvenis

Geração Karl Mannheim (1928): indivíduos que experimentam os mesmos problemas históricos concretos, pode-se dizer, fazem parte da mesma geração.

Geração é o lugar em que dois tempos da vida – o do curso da vida e o da experiência histórica – são sincronizados. Analogia entre situação de classe e situação de geração. Indivíduos de uma mesma posição social têm maiores chances de experimentar situações comuns.

Contemporaneidade do que não é contemporâneo ou simultaneidade do que não é simultâneo. Nascer juntos num mesmo período histórico não significa constituir uma mesma geração. Num mesmo tempo cronológico vivem gerações diferentes.

Referências bibliográficas BOURDIEU, Pierre. "A juventude é apenas uma palavra". In: Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983. ERIKSON, Erik. Identity: youth and crisis. New York: Norton, 1968. FEIXA, Carles. “Antropología de las edades”. In: PRAT & MARTÍNEZ (orgs.). Ensayos de Antropología Cultural. Homenaje a Claudio Esteva-Fabregat. Barcelona: Ariel, 1996. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. MANNHEIM, Karl. “The problem of Generations”. In: Kecskemeti, Paul (ed.). Essays on the sociology of knowledge. Londres: Routledge and Kegan Paul, 1952 [1928]. MARGULIS, Mario (org.). La cultura de la noche: vida nocturna de los jóvens en Buenos Aires. Buenos Aires: Espasa Calpe, 1994. MARGULIS, Mario & URRESTI, Marcelo. "La juventud es más que una palabra". In: Margulis, M. (org.). La juventud es más que una palabra. Buenos Aires: Biblos,1996. SANTOS, Boaventura de Sousa (2009), “Direitos humanos: o desafio da interculturalidade”, Revista Direitos Humanos, 2, p. 10 - 18.