“Quem salva uma vida salva a humanidade. A guerra contra as drogas exige a participação de todos.” Anthony Wong, um dos maiores especialistas brasileiros.

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Transcrição da apresentação:

“Quem salva uma vida salva a humanidade. A guerra contra as drogas exige a participação de todos.” Anthony Wong, um dos maiores especialistas brasileiros em toxicologia, – assessor da OMS (Organização Mundial de Saúde)

Anthony Wong, um dos maiores especialistas brasileiros em toxicologia, – assessor da OMS (Organização Mundial de Saúde) “Quem salva uma vida salva a humanidade. A guerra contra as drogas exige a participação de todos.” Na fronteira entre Brasil e Bolívia, um avião monomotor invade tranquilamente o espaço aéreo brasileiro. Numa ação que dura não mais do que alguns breves minutos e sem maiores riscos –chamada de técnica de “arremesso”–, o avião voando em baixa altitude arremessa fardos de cocaína enrolados em sacos resistentes.

Em fazendas particulares e áreas descampadas, pontos anteriormente determinados, traficantes brasileiros recolhem as remessas, enquanto o avião retorna ao país vizinho sem ser importunado.

Mais algumas centenas de quilos de cocaína que serão distribuídos pelos grandes centros urbanos e também por pequenos e isolados municípios brasileiros.

O próprio Ministro da Justiça reconhece que há um “nível elevado de vulnerabilidade” nas nossas fronteiras. Vulnerabilidade esta que faz com que narcotraficantes operem tranquilamente, com a certeza de que os riscos que correm são diminutos.

O próprio Ministro da Justiça reconhece que há um “nível elevado de vulnerabilidade” nas nossas fronteiras. Vulnerabilidade esta que faz com que a droga esteja onipresente em todas as cidades e municípios brasileiros.

Numa esquina qualquer, de uma cracolândia qualquer, de uma cidade brasileira qualquer, um jovem acende um cachimbo de crack.

O flagelo da epidemia do crack, o vício praticamente no primeiro consumo, e a irreversibilidade da doença neuropsíquica que ele promove.

Farrapos humanos, poucos são os que conseguirão se adaptar novamente à sociedade, ao trabalho, ao estudo, sem apresentar sequelas na vida.

Nenhuma vida se repete. Cada vez que uma vida é perdida, é a Humanidade quem perde.

Não é preciso ser nenhum especialista em segurança pública para constatar a crescente oferta de drogas, que circulam livres nos mais diversos ambientes sociais, e em todos os recantos do país.

O jornal Folha de São Paulo publicou recentemente uma reportagem contando a triste história de Teresa Viega, de 68 anos de idade.

Seu filho, João, usuário de drogas, foi preso com 19 pedras de crack, e autuado por tráfico de entorpecentes.

Pouco depois da prisão do filho, ela ficou sabendo que sua nora, Desirée, 35 anos, também viciada em crack, estava grávida de quatro meses.

Ontem, Teresa Viega, com seus passos curtos e apressados, virava noites percorrendo a cracolândia, em busca de notícias do filho.

Hoje, leva na mão uma sacola contendo três vasilhas de macarrão, molho de tomate e salsicha que preparou, mais dez reais, que pretende deixar com a nora, caso a encontre.

Momentos de angústia, marcados por lágrimas e insônias. O cálice de tristeza transbordante.

O filho preso; a nora usuária de crack; o neto, ainda por nascer, que virá ao mundo sob o pesado fardo do vício. Quem poderá sondar o que se passa no coração desta mãe e futura avó?

A epidemia de drogas que vivenciamos é um fracasso individual, da família, ou da nossa sociedade?

E diante do completo despreparo do Estado em vigiar nossas fronteiras desguarnecidas, a droga produzida na Colômbia, Bolívia, Peru e Paraguai encontra nas ruas das cidades brasileiras um fértil e crescente mercado.

O “nível elevado de vulnerabilidade” das nossas fronteiras, conforme as palavras do senhor Ministro, faz com que o filho e a nora grávida de dona Teresa, e milhares de milhares de outros brasileiros viciados, tenham fácil e pleno acesso ao objeto de seu vício.

As mãos estendidas, a venda a céu aberto às onze da manhã, numa esquina qualquer, de uma cidade brasileira qualquer.

O jornal Correio Braziliense publicou recentemente a triste história de Isabela (*). Com histórico de violência familiar e um pai viciado em crack, a infância fechou as portas para ela quando tinha apenas 10 anos de idade. (*nome fictício em respeito ao ECA)

Na vida de Isabela, as fantasias de criança se confundem com as alucinações causadas pela abstinência do crack. Hoje com 12 anos, e internada numa comunidade terapêutica, ela recorda que passou rapidamente da maconha para a pedra que arruína vidas.

Em certa ocasião, ela conta, após passar três dias sem comer, fugiu de casa e se abrigou na plataforma inferior da Rodoviária de Brasília, protegida por um traficante de 29 anos. “Era um negão cabuloso, mas me dava proteção e a pedra. Eu tinha que namorar com ele. Não gostava, mas era o jeito, eu tava dominada.”

O irmão de Isabela morreu há três meses, ao tentar assaltar um ônibus. Um dia, a irmã mais velha, também viciada em crack, foi atrás dela. Isabela acabou concordando com a internação em uma comunidade terapêutica.

Hoje, aos 12 anos de idade, a menina do outro lado da vidraça precisará da força de um gigante para superar um presente de degradação, um futuro de incertezas, e tentar reverter seu infeliz destino.

Quantas infâncias ainda haverão de ser interrompidas, Quantas vidas ainda haverão de ser ceifadas, Quantas famílias arruinadas, Antes que acordemos para a necessidade de unirmos forças e agirmos conjuntamente contra este mal que acomete a nossa sociedade?

Que sociedade é esta que construímos, tão pobre em educação, e tão repleta de valores desvirtuados? É preciso entender que a epidemia das drogas é apenas um sintoma de que nossa sociedade encontra-se gravemente doente.

A única maneira de vencermos a guerra contra as drogas é combatendo não somente o tráfico, mas, principalmente, as causas dos desvalores que solapam as bases éticas e morais da nossa sociedade.

Somente conseguiremos reverter a situação quando começarmos a combater as causas e não tão somente os sintomas. Prevenir é sempre mais sensato e eficiente do que tentar remediar.

A televisão aberta, por ser uma concessão pública, deveria, em conformidade com a lei, pautar-se mediante uma programação com finalidade educativa, artística, cultural e informativa.

No entanto, infelizmente, há tempos a televisão brasileira, preocupada unicamente com seus lucros bilionários, enterrou a educação, a arte e a cultura, – disseminando tão somente a futilidade e a mediocridade.

Vejamos o exemplo do programa Big Brother, que, segundo o subprocurador-geral da República, Aurélio Rios, “é um grande desserviço e serve muito à deseducação. Não estimula a criação, o princípio de solidariedade, os valores éticos da pessoa e da família”.

Ao solapar as bases éticas e morais, geração após geração, não estaria a televisão desguarnecendo os telespectadores das forças necessárias para se recusar o falso e ilusório apelo das drogas?

Um programa que é “um grande desserviço” e que “serve muito à deseducação” invadindo milhões de lares e mentes em horário nobre.

BBB, A Fazenda, Mulheres Ricas, Zorra Total Horário nobre da televisão brasileira. Como foi que permitimos chegar a este ponto? Até quando haveremos de tolerar tamanha afronta?

“Não deixe de bisbilhotar a futilidade!” “Salve, salve a mediocridade!” “Pra que educação, arte ou cultura?” “Vamos banalizar a existência!”

Darcy Ribeiro, um dos maiores educadores brasileiros, nos alertava: “Enquanto num turno a escola educa, no contra-turno a televisão deseduca. Onde haveremos de chegar assim?”

O absurdo das propagandas de cerveja, que vendem uma droga como sendo o elixir da felicidade.

Artistas com fortíssimo apelo junto ao público infanto-juvenil influenciando jovens e adolescentes a beber cada vez mais, e mais cedo.

Emissoras de tevê, empresários, publicitários e artistas faturando bilhões, – e quem paga a conta derradeira somos nós, a sociedade.

Cada vez que uma vida é perdida, é a Humanidade quem perde.

Precisamos urgentemente repensar o absurdo dos comerciais de cerveja.

Até quando o lobby de emissoras de tevê e empresários haverá de falar mais alto do que os interesses da sociedade?

Até quando motoristas alcoolizados continuarão a ceifar vidas inocentes impunemente?

O inócuo e risível aviso de “aprecie com moderação”.

Enquanto não combatermos as causas estruturais que alimentam a ignorância existencial – que conduz à proliferação do uso das drogas –, não haverá solução para o triste cenário que prevalece.

E nossas forças policiais estaduais continuarão a ‘enxugar gelo’, prendendo cada vez mais e mais usuários e traficantes, abarrotando ainda mais as nossas já desumanas e degradantes prisões. Até lá, aviões continuarão a despejar fardos e mais fardos de cocaína.

É preciso ter claro em mente que enquanto houver pessoas dispostas a usar drogas, haverá traficantes prontos para oferecer e faturar com o tráfico. Na nossa sociedade de consumo, o comércio de drogas infelizmente segue as diretrizes de demanda e oferta, conforme outra mercadoria qualquer.

Precisamos problematizar o nosso atual mosaico social – tão repleto de falhas graves, que nos têm conduzido à epidemia de crack e de outras drogas. Vejamos alguns componentes da nossa estrutura social que precisam ser discutidos e sanados, caso queiramos alcançar uma sociedade inclusiva, soberana e livre:...

s s s Uso de Drogas Ilícitas s Individualismo Exacerbado s Criminalidade e Violência Materialismo e Consumismo Pobreza Existencial Consumo de Bebidas Alcoólicas Programação Televisiva s Baixa qualidade da Educação s Corrupção Política Graves Desigualdades Sociais

Toda a violência, desumanidade, crise, caos e confusão que nos rodeia sinaliza para a impossibilidade de continuidade.

Toda a violência, desumanidade, crise, caos e confusão que nos rodeia sinaliza para a impossibilidade de continuidade. Somente por meio da valorização da Educação poderemos fazer frente à proliferação das drogas, e a toda a violência e degradação dela resultantes.

Uma Educação plena, capaz de revelar a beleza e o encanto do existir.

Uma Educação plena, capaz de revelar a beleza e o encanto do existir. Uma Educação integral, capaz de conduzir cada pequeno brasileiro rumo à sua plenitude.

Existir é resistir. Apesar do mundo que aí está, é preciso insistir, remover tudo que impede, que trava, tudo que encobre.

Educar as futuras gerações de modo que possam resistir ao falso encanto das drogas, e evitar as amizades comprometedoras, – e, ainda assim, que sejam capazes de compreender e amar aqueles que sofrem pelas drogas.

Que as nossas crianças possam conduzir um país que se diz agigantar na economia mundial, também pelas veredas da justiça e do bem-estar social, e pelos caminhos da verdadeira felicidade.

Que possamos deixar de lado a nossa inércia e sair da nossa zona de conforto, de modo a contribuir efetivamente com ações práticas para a realização das melhorias sociais que se encontram ao nosso alcance.

Recordar que para além da nossa família biológica, pertencemos também à família humana, – diante da qual também temos deveres e responsabilidades.

“Quem salva uma vida salva a humanidade.”

“Só a participação cidadã é capaz de mudar esse país.” Betinho

Um outro mundo é possível.

Projeto “Compaixão e Cidadania” Um espaço para refletirmos sobre temas essenciais.