Http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Cartografia.
Advertisements

Publicado sob uma Licença Creative Commons
CDA 20 anos Astronomia nos últimos 20 anos (parte II) Observatório do CDCC - USP/SC.
Prof. Adriana Amorim Ciências – 6º ano Colégio MV
translação e rotação da Terra e as estações do ano
Prof. Adriana Amorim Ciências – 6º ano Colégio MV
COORDENADAS GEOGRÁFICAS, FUSOS HORÁRIOS E HORÁRIO DE VERÃO
Abertura do Setor de Astronomia - CDCC. Setor de Astronomia - CDCC Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro.
Observatório do CDCC - USP/SC
Setor de Astronomia – Observatório - CDCC
A bertura do Setor de Astronomia - CDCC. Setor de Astronomia - CDCC Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro.
Dias sem SOMBRA Versão: Jorge Hönel Apresentação Diego P. de A. Gonçalves.
Abertura do Setor de Astronomia - CDCC. Setor de Astronomia - CDCC Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro.
Observatório do CDCC - USP/SC
Abertura do Setor de Astronomia - CDCC
Observatório do CDCC - USP/SC
Observatório do CDCC - USP/SC
Observatório do CDCC - USP/SC
Abertura do Setor de Astronomia - CDCC. Setor de Astronomia - CDCC Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro.
Observatório do CDCC - USP/SC
Abertura do Setor de Astronomia - CDCC
A bertura do Setor de Astronomia - CDCC. Setor de Astronomia - CDCC Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro.
Abertura do Setor de Astronomia - CDCC. Setor de Astronomia - CDCC Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro.
Abertura do Setor de Astronomia - CDCC. Setor de Astronomia - CDCC Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro.
Observatório do CDCC - USP/SC
Estações do ano Hemisfério sul Hemisfério norte ٭ 21 dezembro = verão
Função Seno.
Óptica Geométrica Estuda a propagação da luz sem preocupar-se
Fases da Lua Física e Química A Angélica Teles nº3; Cátia Cabral nº 5;
Provas no dia 16 de maio. Inscrições até 4 de abril.
O Planeta Terra As estações do ano.
Setor de Astronomia - CDCC
Centro de Divulgação da Astronomia Observatório Dietrich Schiel
OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA 2011
Fases da Lua Tamara Galindo Ferlin
Observatório do CDCC - USP/SC Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro de Divulgação Científica e Cultural.
Física ECLIPSES E AS FASES DA LUA Ilan Rodrigues.
Centro de Divulgação da Astronomia Observatório Dietrich Schiel
COLÉGIO DOM BOSCO DE AMERICANA
Abertura do Setor de Astronomia - CDCC
Abertura do Setor de Astronomia - CDCC
Abertura do Setor de Astronomia - CDCC. Setor de Astronomia - CDCC Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro.
Zé. Zé Não!!!! O Céu sem Telescópios Por Marina Trevisan.

Professora - Ana Maria 6º anos 2011
Prof. Roberto de A. Martins
A Lua e suas principais características
Ciências Físico-Químicas
Formas de Orientação: Localização Relativa e Localização Absoluta
O PLANETA TERRA CFQ 7º ano – 2010 /2011.
Noções de Astronomia Universo: constituído por tudo o que existe: tempo e espaço, matéria e energia Dúvidas: Qual é o tamanho do Universo? Ele é finito.
PROJETO MINI-PLANETÁRIO
A Terra: as estações do ano
Sistema de Orientação geográfica
PROFESSOR LEONAM JUNIOR CAPÍTULO 4 - CONHECENDO MELHOR O PLANETA TERRA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ EAM FUNDAMENTOS DE METEOROLOGIA
A Terra Forma e Movimentos.
Observatório do CDCC - USP/SC. Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro de Divulgação Científica e Cultural.
OS RITMOS DA VIDA.
MOVIMENTOS DA TERRA, ESTAÇÕES
Abertura do Setor de Astronomia - CDCC. Setor de Astronomia - CDCC Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro.
Centro de divulgação da Astronomia -USP Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA)‏ Centro de Divulgação Científica.
Observatório do CDCC - USP/SC
ASTRONOMIA.
As estações do ano vistas do espaço
A visão topocêntrica das estações
PLANETA TERRA FORMA E MOVIMENTOS.
 1- ao realizar sua trajetória em torno do Sol, a Terra descreve uma órbita elíptica;
Sistema Sol-Terra-Lua
Transcrição da apresentação:

http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/

Informações Adicionais Setor de Astronomia (OBSERVATÓRIO) (Centro de Divulgação da Astronomia - CDA) Centro de Divulgação Científica e Cultural - CDCC Universidade de São Paulo - USP http://www.cdcc.sc.usp.br/cda Endereço: Av. Trabalhador São-Carlense, n.400 São Carlos-SP Tel: 0-xx-16-3373-9191 (Observatório) Tel: 0-xx-16-3373-9772 (CDCC) e-mail: cda@cdcc.sc.usp.br Localização: Latitude: 22° 00' 39,5"S Longitude: 47° 53' 47,5"W Imagem: O Inicio do Observatório

A Sessão Astronomia As Sessões Astronomia são palestras proferidas pela equipe do Setor de Astronomia todos os sábados às 21h00. Iniciadas em 1992, foram criadas com o objetivo de falar sobre Astronomia ao nosso público em uma linguagem simples e acessível a todas as faixas etárias. Estas palestras se tornaram uma opção de diversão e informação para a comunidade local e também para visitantes de nossa cidade. Os temas abordados são os mais variados possíveis. O material multimídia contido aqui consiste numa opção audiovisual complementar que o professor do Sistema de Ensino pode utilizar como auxílio às suas aulas. O conteúdo das Sessões Astronomia pode ser acessado no seguinte endereço: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/sessao-astronomia/ Crédito do logo: Sessão Astronomia, CDCC-USP/SC, criado por Andre Fonseca da Silva

O que se fala de errado sobre astronomia no cotidiano Erros Astronômicos O que se fala de errado sobre astronomia no cotidiano Por Fellipy Dias Silva

Apresentação Título: Erros Astronômicos Nome do Autor: Fellipy Dias Silva Data da Apresentação: 17/05/2008 Número de Espectadores no Auditório: 50 Nome do Apresentador: Fellipy Dias Silva Resumo/ABSTRACT: Este trabalho irá mostrar que, embora hoje exista uma grande difusão de informações científicas pelo mundo, muitas pessoas ainda aprendem conceitos errados na área de astronomia, o que gera grandes erros de interpretação sobre algumas teorias científicas, além de deixar confuso o entendimento nessa área. Além de abordar este tema, esta palestra irá mostrar os dez piores erros encontrados. Crédito da Imagem de Abertura: Imagem disponível em: http://www.purdue.edu/convos/images%20and%20copy/Beakman/3(a).jpg . Acessado em 24.AGO.2007

Grande difusão de informações a cada segundo! Atualmente... Hoje vivemos em uma época em que há uma grande quantidade de informação sendo passada de forma rápida a cada segundo. As informações científicas também são difundidas desta forma, fazendo com que qualquer pessoa hoje possa ter um fácil acesso sobre este tipo de informação, possibilitando a ela a conhecer quais são as atuais pesquisas, enriquecendo seu conhecimento. Grande difusão de informações a cada segundo!

Comentários Hoje vivemos em uma época em que há uma grande quantidade de informação sendo passada de forma rápida a cada segundo. As informações científicas também são difundidas desta forma, fazendo com que qualquer pessoa hoje possa ter um fácil acesso sobre este tipo de informação, possibilitando a ela a conhecer quais são as atuais pesquisas, enriquecendo seu conhecimento. Créditos das Imagens The Image Bank. Disponíveis nos seguintes endereços: http://cache.gettyimages.com/xc/200544952-001.jpg?v=1&c=CFW&k=2&d=79D94D7195D79F8257A7DB36A8B6F329CA62DE5246472DD0 http://cache.gettyimages.com/xc/200208359-001.jpg?v=1&c=CFW&k=2&d=79D94D7195D79F82E79B7BF420AD6ABFCA62DE5246472DD0 http://cache.gettyimages.com/xc/200478764-003.jpg?v=1&c=CFW&k=2&d=79D94D7195D79F8270E84A153077F4373DBC943522549C24 http://cache.gettyimages.com/xc/200508986-001.jpg?v=1&c=CFW&k=2&d=79D94D7195D79F82F7199807AACE69CCCA62DE5246472DD0 Último acesso em 10.MAI.2008

Atualmente... Pessoas sem conhecimento adequado Conseqüências: A informação pode ser passada de forma errada Conseqüências: Deficiência da aprendizagem Entretanto, essa quantidade de informação, ao longo do caminho acaba sendo deturpada ou por pessoas que não possuem um conhecimento mais aprofundado sobre determinadas áreas. Conseqüentemente, o risco destas pessoas acabarem passando a informação de uma forma errada (através de livros, revistas, televisão e internet, entre outros) é muito alto, comprometendo assim o aprendizado das pessoas mais leigas. Na astronomia, este tipo de problema é conhecido como “Bad Astronomy”, e em alguns locais como o Brasil (onde há pouca divulgação científica, comparada com o resto do mundo) esse tipo de problema é mais grave, o que acarreta na deficiência do aprendizado da população.

Comentários Entretanto, essa quantidade de informação, ao longo do caminho acaba sendo deturpada ou por pessoas que não possuem um conhecimento mais aprofundado sobre determinadas áreas. Conseqüentemente, o risco destas pessoas acabarem passando a informação de uma forma errada (através de livros, revistas, televisão e internet, entre outros) é muito alto, comprometendo assim o aprendizado das pessoas mais leigas. Na astronomia, este tipo de problema é conhecido como “Bad Astronomy”, e em alguns locais como o Brasil (onde há pouca divulgação científica, comparada com o resto do mundo) esse tipo de problema é mais grave, o que acarreta na deficiência do aprendizado da população. Créditos das Imagens The Image Bank. Disponível em: http://cache.gettyimages.com/xc/200208359-001.jpg?v=1&c=CFW&k=2&d=79D94D7195D79F82E79B7BF420AD6ABFCA62DE5246472DD0. Último acesso em 10.MAI.2008 Bad Astronomy. Disponível em: http://www.badastronomy.com/pix/balogo_450x100.jpg. Último acesso em 10.MAI.2008

“O Sr. Buckley – bom papo, inteligente, curioso – não tinha ouvido virtualmente nada sobre a ciência moderna. Ele tinha um apetite natural pelas maravilhas do Universo. Queria conhecer a ciência. O problema é que toda a ciência se perdera pelos filtros antes de chegar até ele. Os nossos temas culturais, o nosso sistema educacional, os nossos meios de comunicação haviam traído esse homem. [...] Nunca lhe ensinara como distinguir a ciência verdadeira da imitação barata. Ele não tinha idéia de como a ciência funciona”. Carl Sagan (1934 – 1996), em “O Mundo Assombrado pelos Demônios”

Comentários A partir de agora, irei mostrar alguns exemplos mais graves de “Bad Astronomy”, que podem ser simples ou mais complexos de serem corrigidos. E, desta forma, será possível ver que nas escolas, no cotidiano e na internet (onde a chance de encontrar esses tipos de erros são maiores), essa informação deturpada é passada a todo momento, prejudicando o aprendizado de alguém na área de astronomia. No Livro “O mundo Assombrado pelos Demônios”, escrito pelo astrônomo Carl Sagan, existe uma citação que exemplifica tudo o que foi dito anteriormente:. Esta citação pode ser vista no slide anterior. Créditos das Imagens: Wikipedia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Carl_Sagan_Planetary_Society.JPG. Último acesso em 11.MAI.2008

Excentricidade: e = c/a 1) A Órbita da Terra 1ª Lei de Kepler: “O planeta em órbita em torno do Sol descreve uma elipse em que o Sol ocupa um dos focos" c a Em muitos livros de ciência utilizados no ensino fundamental é possível encontrar alguns erros que, aparentemente, são apenas erros banais. Entretanto, alguns conceitos mais profundos na astronomia podem ser passados de uma forma totalmente errada para as crianças caso sejam baseados nesses erros banais. A órbita da Terra é um desses erros “banais”. Em muitos livros do ensino fundamental, afirma-se que a órbita da Terra (isto é, sua trajetória em torno do Sol) é uma elipse. Até este ponto, nenhum erro foi cometido, porém o erro ocorre quando se ilustra como seria a trajetória da Terra: uma elipse muito achatada. Excentricidade: e = c/a

Comentários Em muitos livros de ciência utilizados no ensino fundamental é possível encontrar alguns erros que, aparentemente, são apenas erros banais. Entretanto, alguns conceitos mais profundos na astronomia podem ser passados de uma forma totalmente errada para as crianças caso sejam baseados nesses erros banais. A órbita da Terra é um desses erros “banais”. Em muitos livros do ensino fundamental, afirma-se que a órbita da Terra (isto é, sua trajetória em torno do Sol) é uma elipse. Até este ponto, nenhum erro foi cometido, pois é uma das afirmações das Leis de Kepler. Porém, o erro ocorre quando se ilustra como seria a trajetória da Terra: uma elipse muito achatada. Créditos das Imagens Sol: Arquivo Pessoal Elipse: Wikipedia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Elipse.png. Último acesso em 11.MAI.2008

E como seria a órbita da Terra? Mais achatado: órbita do Halley (e = 0,967) Terceira imagem: órbita de Mercúrio (e=0,206) e de Plutão (e=0,248)

1) A Órbita da Terra Excentricidade de alguns corpos do Sistema Solar Planetas Excentricidade (e) Mercúrio 0,206 Vênus 0,0068 Terra 0,0167 Marte 0,093 Júpiter 0,048 Saturno 0,056 Urano 0,046 Netuno 0,010 Plutão (Planeta-Anão) 0,248

Comentários A realidade é que a órbita da Terra (e dos outros planetas do Sistema Solar) são elipses mesmo. Entretanto, seu grau de achatamento (ou sua excentricidade) é tão pequeno que a órbita terrestre pode ser associada a uma órbita circular sem problema algum. Quanto maior é sua excentricidade, mais achatada é a órbita do planeta. Como pode ser visto na tabela, praticamente todos os planetas possuem órbitas quase-circulares (com exceção de Mercúrio e Plutão).

Escolhida pela maioria dos alunos (IV OBA - 2001) 1) A Órbita da Terra E como seria a órbita da Terra? Órbita de Mercúrio e Plutão Órbita da Terra Mais achatado: órbita do Halley (e = 0,967) Terceira imagem: órbita de Mercúrio (e=0,206) e de Plutão (e=0,248) Órbita do cometa Halley Escolhida pela maioria dos alunos (IV OBA - 2001)

Comentários Esse tipo de erro é cometido freqüência pelos alunos nas provas da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astrofísica (OBA). Em 2002, quando foram questionados sobre o tipo de órbita que a Terra possui, os alunos assinalaram as elipses mais excêntricas. O que assustou os membros da comissão da OBA foi o número de cartas e e-mails de professores contestando a resposta divulgada pela Olimpíada. Créditos das Imagens das órbitas: CANALLE. João Batista Garcia. O problema do Ensino da órbita da Terra, in: Revista Física na Escola, volume 4, nº 2, páginas 12 a 16, em 2003. Disponível em: http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol4/Num2/v4n2a06.pdf. Último acesso em 10.MAI.2008

Como é mostrado nos livros didáticos 1) A Órbita da Terra Como é mostrado nos livros didáticos

Comentários Créditos das Imagens: CANALLE. João Batista Garcia. O problema do Ensino da órbita da Terra, in: Revista Física na Escola, volume 4, nº 2, páginas 12 a 16, em 2003. Disponível em: http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol4/Num2/v4n2a06.pdf. Último acesso em 10.MAI.2008 PAULA, André Salvador de e OLIVEIRA, Henrique de Jesus Quintino de. ANÁLISES E PROPOSTAS SOBRE O ENSINO DA ASTRONOMIA. Disponível em: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f21.gif. Acesso em 11.MAI.2008

2) Estações do Ano Se isto fosse válido para a Terra... Verão: Quando a Terra fica mais próxima do Sol Inverno: Quando a Terra fica mais longe do Sol ECLÍPTICA

Comentários Por causa do erro dito anteriormente, alguns livros didáticos associam o fato da órbita Terrestre ser uma elipse com as estações do ano, isto é, afirmam que as estações ocorrem devido à proximidade da Terra em relação ao Sol.

2) Estações do Ano Entretanto, já vimos que O que causa as Afélio (maior distância): 152.000.000 km Periélio (menor distância): 147.000.000 km ECLÍPTICA O que causa as estações do ano? 23,5° Raios solares ECLÍPTICA

Comentários Neste caso, como a órbita da Terra é muito próxima de uma circunferência, a diferença entre as distâncias mais próxima e mais longe da Terra em relação ao Sol é desprezível praticamente. Considerando a razão entre o periélio (ponto onde a Terra fica mais próxima do Sol) e o afélio (ponto onde a terra fica mais distante da estrela), pode-se dizer que a influência que isto gera na mudança da temperatura do planeta é da ordem de 0,5 a 1° C. Uma explicação mais coerente sobre como ocorrem as estações está relacionado ao eixo de rotação da Terra, que está inclinado em relação ao seu plano de órbita (eclíptica). Entretanto, esta inclinação permanece constante ao longo do ano terrestre; isto faz com que os hemisférios terrestres acabam recebendo luz de forma desigual durante o ano. Créditos da Imagem: Arquivo pessoal

2) Estações do Ano 22 de dezembro: Solstício Verão no Sul Inverno no Norte

Comentários Solstício: quando o Sol incide sobre um dos trópicos (Câncer ou Capricórnio). É o período em que o dia dura mais tempo (verão) ou menos tempo (inverno) Equinócio: quando o Sol incide sobre a linha do Equador. Neste dia, tanto o dia como a noite duram exatamente 12 horas Isto não é válido na região próxima aos pólos Norte e Sul

2) Estações do Ano 20 de março: Equinócio Outono no Sul Primavera no Norte

2) Estações do Ano 20 de junho: Solstício Inverno no Sul Verão no Norte

2) Estações do Ano 22 de setembro: Equinócio Primavera no Sul Outono no Norte

Comentários Créditos dos Vídeos: GONÇALVES, Diego P. de A. e HÖNEL, Jorge. Dias Sem Sombra. Palestra apresentada em 13.OUT.2001. Vídeos disponíveis em: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/sessao-astronomia/index-sa-2001.html#2001-39. Último acesso em 16.MAI.2008

3) Os Pontos Cardeais (dia) Em muitos livros didáticos: “Basta fazer o seguinte:  Estenda o braço direito para o lugar onde o Sol nasce, que é o Leste; Na direção do Braço esquerdo fica o Oeste; Na frente temos o Norte; Nas costas fica o Sul.”

Comentários Um outro erro bastante encontrado nos livros didáticos é sobre como identificar os pontos cardeais utilizando o Sol e as estrelas. Muitos citam que os pontos cardeais leste e oeste (quando não estão identificados e/ou trocados nos livros) utilizando as posições onde o Sol nasce e onde ele se põe. Créditos das Imagens: PAULA, André Salvador de e OLIVEIRA, Henrique de Jesus Quintino de. ANÁLISES E PROPOSTAS SOBRE O ENSINO DA ASTRONOMIA. Disponíveis em: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f01.jpg http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f04.jpg Acesso em 11.MAI.2008

3) Os Pontos Cardeais (dia) Entretanto... Isso é válido apenas nos equinócios!

Comentários Dependendo da posição onde você está no planeta, o Sol pode acabar nascendo numa região bem distante do leste e do oeste. Apenas em dois momentos do ano é que o Sol nasce no Leste e se põe no Oeste (nos Equinócios), enquanto que nos outros dias, o Sol pode nascer a uma distância de até 23,5º do Leste e oeste.

3) Os Pontos Cardeais (dia) Solstício de verão

3) Os Pontos Cardeais (dia) Equinócio

3) Os Pontos Cardeais (dia) Solstício de inverno

Comentários Créditos dos Vídeos: GONÇALVES, Diego P. de A. e HÖNEL, Jorge. Dias Sem Sombra. Palestra apresentada em 13.OUT.2001. Vídeos disponíveis em: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/sessao-astronomia/index-sa-2001.html#2001-39. Último acesso em 16.MAI.2008

4) Os Pontos Cardeais (dia) Então, como identificá-los? N De manhã... À tarde... M O L vareta vareta S

Comentários Um método considerado como simples para obter com precisão os pontos cardeais é baseado na utilização de sombras formadas pelo Sol. Você deverá fazer o seguinte: Finque, num plano horizontal, uma vara vertical e observe o caminho da sombra no decorrer do dia. No nascer (e no pôr do Sol) a sombra será muito grande. Espere que a sombra diminua seu tamanho até um horário próximo das dez ou onze horas. Nessa situação, trace com um barbante uma circunferência passando pela ponta da sombra,e com o centro na base da vara Marque o ponto. Depois do meio-dia, espere até o momento em que a ponta da sombra toque novamente na circunferência que você fez e marque esse ponto sobre a circunferência. Assim você terá formado um triângulo se ligar os pontos da circunferência e o da vara. Marque um ponto (ponto M) na metade da linha que liga os pontos onde a sombra cortou a circunferência. Trace uma linha passando pelos pontos M e o ponto onde está a vara. Essa linha é a da direção norte - sul. Na direção oposta à da sombra da manhã, estará a direção leste, e na direção oposta à da sombra da Tarde, estará a direção oeste.

4) Os Pontos Cardeais (noite) Uso do Cruzeiro do Sul Como se utiliza? Desenho errado

Comentários Em relação à noite, alguns livros citam que é necessário identificar a constelação do Cruzeiro do Sul, mas não explicam como deve ser feito o procedimento para identificar o ponto cardeal sul e, em alguns casos especiais, os autores acabam desenhando de forma errada a constelação, dando à pessoa uma informação errada sobre a forma da constelação e também o tamanho dela no céu (vale lembrar que o Cruzeiro do Sul é a menor constelação do céu). Créditos das imagens: PAULA, André Salvador de e OLIVEIRA, Henrique de Jesus Quintino de. ANÁLISES E PROPOSTAS SOBRE O ENSINO DA ASTRONOMIA. Disponíveis em: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f05.jpg http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f06.jpg http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f07.jpg Acesso em 11.MAI.2008

4) Os Pontos Cardeais (noite) Como achar o Cruzeiro do Sul? Intrometida Cruzeiro do Sul Falso Cruzeiro

Comentários Uma característica peculiar do cruzeiro do Sul é a presença de uma pequena estrela quase no centro da cruz. Ela é conhecida como ε Crux (ou intrometida). Através deste detalhe, é fácil identificar o Cruzeiro do Sul. Créditos das imagens: Imagens geradas pelo programa Stellarium. Disponível em www.stellarium.org. Utilizado pela última vez em 11.MAI.2008 Arquivo pessoal

4) Os Pontos Cardeais (noite) Como identificar o Sul? Pegar maior haste da cruz Pólo Sul Celeste

Comentários A melhor forma para identificar os pontos cardeais usando o Cruzeiro do Sul é pegando a distância do eixo maior da cruz e multiplicando-a por quatro na direção da estrela alfa (a mais brilhante). Após fazer esta medida, trace uma reta na direção vertical até atingir o horizonte. Pronto, você acaba de obter em mãos o Pólo Sul. Créditos das Imagens: Imagens geradas pelo programa Stellarium. Disponível em www.stellarium.org. Utilizado pela última vez em 11.MAI.2008

5) As fases da Lua Popularmente: Lua possui quatro fases Regra “CD” Crescente, Cheia, Minguante e Nova Regra “CD” C: Crescente D: Minguante Sumiu: Nova Redonda: Cheia

Comentários Normalmente, fala-se que a lua possui apenas quatro fases: nova, minguante, crescente e cheia. Entretanto, para indicá-las muitas vezes utiliza-se conceitos confusos, o que acaba gerando mais dúvidas e erros de interpretação sobre ela. Uma das regras mais práticas baseia-se na aparência da lua: se ela aparentar formar um C, ela estará na fase crescente; se ela aparentar um D, ela estará na fase minguante (decrescente); quando não for visível é nova; quando estiver redonda no céu é cheia. ] Créditos da imagem: Queer As Us. Disponível em http://queerasus.files.wordpress.com/2007/11/fases-da-lua02.jpg. Último acesso em 11.MAI.2008

5) As fases da Lua Nem sempre a regra é válida Alguns calendários: identificação errada

Comentários Mas essa regra nem sempre funciona, pois a maneira mais natural de observar a Lua é estando de frente para ela, e não é possível observar um “C” ou um “D” na Lua. Além disso, no hemisfério Norte troca-se erra regra. O formato de “C” é válida pala a lua minguante e “D” para a lua crescente Muitos calendários baseiam-se nessa regra prática acima para marcar nos calendários as fases lunares, mas não quer dizer que essas indicações mostram como é a verdadeira aparência da lua nesse período. Créditos das Imagens: PAULA, André Salvador de e OLIVEIRA, Henrique de Jesus Quintino de. ANÁLISES E PROPOSTAS SOBRE O ENSINO DA ASTRONOMIA. Disponíveis em: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f25.jpg http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f24.jpg Acesso em 11.MAI.2008

5) As fases da Lua O que é fase Lunar? Quantidade da superfície lunar iluminada pelo Sol, que é visível da Terra

Comentários Antes de falar sobre as fases, é necessário compreender sua definição: os astrônomos definem FASE LUNAR como a porcentagem da face iluminada pelo Sol que é visível da Terra. Logo, pode-se dizer que existem infinitas fases da Lua, mas apenas quatro são nomeadas como Cheia, Quarto Crescente, Quarto Minguante e Nova. OBS: observação importante, refere-se ao nome Quarto Crescente ou Quarto Minguante pelo emprego da palavra QUARTO. Nesses dois casos o observador vê a metade de um disco lunar a qual corresponde a metade da metade iluminada da superfície lunar. Daí decorre o uso fracionário; um quarto (1/4) da superfície lunar é visto refletindo luz para o observador terrestre. Créditos da Imagem: FILHO, Kepler de Souza Oliveira e SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira. Astronomia e Astrofísica. Artigo: Fases da Lua. Disponível em: http://astro.if.ufrgs.br/lua/fasesdalua_2.gif. Último acesso em 11.MAI.2008

5) As fases da Lua ATENÇÃO! 5° ECLÍPTICA

Comentários Uma curiosidade a dizer aqui é que o plano de Órbita Lua-Terra não é o mesmo plano da eclíptica. Isso faz com que a Lua oscile no céu cerca de ±5° em relação à trajetória do Sol. Se os dois planos coincidissem, o número de eclipses solares e lunares seria bem maior. Créditos das Imagens Arquivo pessoal FILHO, Kepler de Souza Oliveira e SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira. Astronomia e Astrofísica. Artigo: Eclipses. Disponível em: http://astro.if.ufrgs.br/eclipses/eclipsesol2.jpg. Último acesso em 11.MAI.2008

5) As fases da Lua Não duram 7 dias! Quatro possuem nome: Cheia Nova Quarto Crescente Quarto Minguante Ciclo das fases: 29,5 dias (lunação)

Comentários Como o ciclo Lunar dura aproximadamente 29,5 dias (isto é, o intervalo de tempo entre duas fases cheias, praticamente um mês), essas quatro fases são usadas para determinar o período do ciclo lunar. Há apenas um instante em que ela está cheia e apenas um instante em que ela está na fase nova. Os períodos intermediários são conhecidos como períodos de fases minguante (Cheia para Nova) e crescente (Nova para Cheia). A partir desta definição, é errado dizer que as fases lunares duram sete dias. Créditos da imagem: VARELLA, Irineu Gomes e OLIVEIRA, Priscila D.C.F. Fases da Lua. Disponível em: http://www.uranometrianova.pro.br/circulares/FaseLua2.gif. Acesso em 11.MAI.2008

6) Ainda sobre a Lua Ela sempre mostra a mesma face para nós Opções Ela está parada Ela se movimenta no mesmo período de rotação da Terra Seu período de rotação e translação são iguais

6) Ainda sobre a Lua Opções Ela está parada Sem diferentes fases! Ela se movimenta no mesmo período de rotação da Terra Uma única região veria a Lua! Seu período de rotação e translação iguais Vamos analisar o caso...

Comentários Se observarmos a Lua, iremos perceber que, independentemente da fase que a observamos, ela sempre irá mostrar a mesma face para nos. Alguns afirmam que isso ocorre porque a Lua está fixa no céu, e não gira em torno da Terra. Entretanto esse é um erro grave, pois se isto fosse válido, não teríamos as fases lunares. Existe uma outra explicação para este fenômeno, que considera a rotação da Lua em torno da Terra. Entretanto, ela afirma que seu período de translação em torno da Terra é equivalente ao período de rotação do planeta. Entretanto, se pensarmos neste caso, apenas uma única região do planeta poderia observar a Lua. A Melhor explicação está com o fato de que nosso satélite possui rotação sincronizada, isto é, seu período de rotação (o tempo que ela leva para dar uma volta em torno dela mesma) e translação em torno da Terra possuem o mesmo valor (27,3 dias). Créditos da Imagem. Astronomia. Disponível em http://astronomia.zbronx.com/imagens/lua_2.jpg. Último acesso em 11.MAI.2008

6) Ainda sobre a Lua Rotação Síncrona! Sentido do tempo x x x x x x x

Comentários Acredita-se que este fato ocorre por causa das forças de maré geradas entre a Terra e a Lua: durante a formação da Terra e da Lua, a forças de maré geradas pela Terra teria feito com que a Lua formasse um “bojo” na sua superfície, e este bojo fez com que a Lua freasse, tendo assim sua rotação síncrona. É por causa desse fenômeno que, para que o sistema Terra-Lua permaneça estável, a Lua afasta-se da Terra cerca de 4 centímetros por ano. Crédito das imagens: Arquivo pessoal

O outro lado é escuro mesmo? 7) “O outro lado da Lua” Sempre observamos o mesmo lado da Lua A outra face: “Lado escuro da Lua” O outro lado é escuro mesmo?

Comentários Como foi dito anteriormente, sempre observamos a mesma face da Lua, mas muitas pessoas se referem ao outro lado como o “lado escuro da Lua”. Créditos da Imagem: Astrofotos.info. Disponível em http://astrofotos.info/main.php?g2_itemId=2478. Último acesso em 11.MAI.2008

Outra face iluminada = Lua Nova! 7) “O outro lado da Lua” Analisando a Lua Outra face iluminada = Lua Nova!

Comentários Entretanto, o “outro lado” não é escuro, pois ele também é iluminado pelo Sol (já que a Lua também Tem seu período de rotação e translação). Todavia, não conseguimos observar este fenômeno pois a face visível da Lua fica escura para nós (Lua Nova). Créditos da Imagem: VARELLA, Irineu Gomes e OLIVEIRA, Priscila D.C.F. Fases da Lua. Disponível em: http://www.uranometrianova.pro.br/circulares/FaseLua1.gif. Acesso em 11.MAI.2008

7) “O outro lado da Lua” “Não existe o lado negro da Lua. A sua matéria, de fato, é toda escura. A única coisa que a mantém acesa é a luz do Sol”. Citação Original do disco “The Dark Side of the Moon” (Pink Floyd) = 1973: ”There is no dark side of the moon. As a matter of fact, it's all dark. The only thing that makes it look alight is the sun.”

Comentários O “outro lado” já foi observado por sondas e astronautas que orbitaram e/ou pousaram na Lua. E, diferente da face visível, é uma região da Lua que possui muitas crateras. Uma curiosidade é que no final do disco “The Dark Side of the Moon”, do Pink Floyd, há uma narração que diz o seguinte “There is no dark side of the moon. As a matter of fact, it's all dark. The only thing that makes it look alight is the sun.” (“Não há lado escuro na Lua. Seu material é, de fato, totalmente escuro. A única coisa que a mantém acesa é a luz do Sol”). Isto é, de fato verdade, pois o material que compõe a superfície lunar possui baixa refletividade (apenas 10% da luz do Sol que incide sobre a Lua é refletida). Créditos das Imagens Wikipedia. Disponível em: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2a/Moon_PIA00304.jpg/600px-Moon_PIA00304.jpg. Último acesso em 11.MAI.2008 Wikipedia. Disponível em: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/b/bb/Dsotm.jpg. Último acesso em 11.MAI.2008

Mas...Esse fenômeno ocorre uma vez por ano??? 8) Oposição de Marte 27 de agosto, às 00h00: um evento único Marte ficará do tamanho da Lua no céu! A próxima vez que isso ocorrerá só em 2287! Mas...Esse fenômeno ocorre uma vez por ano???

Comentários Sempre em meados de agosto, milhares de caixas de e-mail recebem um arquivo “powerpoint” que fala sobre um grande evento que irá espantar a todos (e que só poderá ser visto denovo em 2287). Ele afirma que, no dia 27 de agosto, à meia-noite, Marte ficará tão próximo da Terra que, quando ele aparecer no céu ficará do tamanho e brilho semelhante ao da Lua cheia. Créditos das Imagens: Astronomia. Disponível em http://astronomia.zbronx.com/imagens/lua_2.jpg. Último acesso em 11.MAI.2008 Observatório Nacional. Disponível em http://www.on.br/glossario/alfabeto/m/imagens/marte_nasa.jpg. ùltimo acesso em 11.MAI.2008

8) Oposição de Marte Onde tudo começou: No céu: Oposição de Marte, em 27/08/2003 No céu: Marte: 25” de arco Lua: 0,5° de arco (30’) Lua: 72 VEZES MAIOR que Marte no céu!

Comentários Esse e-mail começou a ser divulgado em meados de 2003, quando astrônomos anunciaram que haveria uma oposição de Marte, isto é, Marte, Terra e Sol ficariam alinhados de tal forma que Marte ficaria a uma distância de 55 milhões de quilômetros (em média Marte fica a cerca de 200 milhões de quilômetro da Terra). Como o planeta ficaria mais próximo da Terra, ele ficaria com um tamanho aparente no céu maior. Entretanto esse tamanho angular seria de 25 segundos de arco (imaginando que, de um horizonte a outro, teríamos 180 graus de arco). Já a Lua cheia, quando aparece no céu, fica com um tamanho angular de 0,5° de arco, ou seja, 1800 segundos de arco, 72 vezes maior que o tamanho aparente de Marte. Créditos das Imagens: Oposição: Arquivo pessoal Lua e Marte. Astronomia no Zênite. Disponível em http://www.zenite.nu/figs/f05/marte-lua_real.jpg. Último acesso em 11.MAI.2008

Comentários Provavelmente a pessoa que começou a enviar esse e-mail deve ter tido um erro de interpretação grave, pois, durante a aproximação de 2003, Marte ficou com o tamanho aparente de uma cratera da Lua, quando este é visto por uma pequena luneta. Essa falsa notícia causou uma pequena dor de cabeça entre os astrônomos. Alguns órgãos científicos (como a SBPC) tiveram que dar uma nota à mídia desmentindo o “fenômeno astronômico”. Desde 2003, esse spam acaba sendo enviado por pessoas desinformadas sobre o assunto.

8) A Oposição de Marte

Comentários Se essa notícia fosse verdade, Marte teria que ficar bem próximo da Terra. E, como ele possui oito vezes mais massa do que a Lua, sua força gravitacional, somada com a força exercida pela Lua sobre a Terra acabaria gerando efeitos de maré gigantescos o bastante para inundar nossas cidades costeiras duas vezes por dia. Então agradeça para que esta notícia seja apenas um boato. Créditos da Imagem: Doomsoup. Disponível em: http://www.kinogid.ru/domkino/images/day_after_tomorrow16.jpg. Último acesso em 16.MAI.2008

9) Alinhamento Planetário Recentes alinhamentos planetários 1982; Maio de 2000 Profetas: “As Forças de maré geradas por esses planetas destruirão a Terra!”

Comentários Em certas épocas, alguns profetas, sabendo de alguma notícia sobre alinhamento dos planetas, acaba prevendo sempre catástrofes globais, como terremotos, maremotos, erupções vulcânicas gigantescas, entre outras coisas. Os prelúdios mais recentes ocorreram em meados de 1982 e em 2000, quando foi anunciado por algumas pessoas que o alinhamento dos planetas destruiria a Terra em 5 de maio daquele mesmo ano. Créditos da Imagem: COLLINS, Truman. The May 5, 2000 Planetary Alignment And Its Destructive Potential. Disponível em: http://www.tkcs-collins.com/truman/conjunct/planets.gif. Acesso em 11.MAI.2008

9) Alinhamento Planetário Forças de Maré: geradas pela força gravitacional

Comentários O fato é que a influência que os planetas gerariam sobre a Terra seria ínfimo. Isso pode ser visto pelas forças gravitacionais, isto é a força que corpos materiais exercem uns sobre os outros. É por causa dessas forças gravitacionais é que possuímos os efeitos de maré aqui na Terra causadas pela Lua. Entretanto, as forças gravitacionais são inversamente proporcionais ao quadrado da distância entre os corpos. Já as forças de maré são inversamente proporcionais ao cubo da distância. Por exemplo, corpos que estão numa distância de fator 2 terão suas forças gravitacionais reduzidas por quatro, e suas forças de maré reduzidas por oito; mesmo se suas massas forem muito grandes, se caso elas estiverem a uma distância muito grande, a influência gravitacional será ínfima. Veja no próximo slide as forças de maré causadas por outros planetas, planetas anões e o Sol sobre a Terra (considerando que a força de maré exercida pela Lua seja igual a 1): Créditos das Imagens Wikipedia. Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Image:NewtonsLawOfUniversalGravitation.svg. Último acesso em 11.MAI.2008 Arquivo pessoal

9) Alinhamento Planetário Corpo Celeste Massa (10^19 T) Distância (10^6 km) Gravidade (Lua=1) Força de maré Mercúrio 33 92 0.00008 0.0000003 Vênus 490 42 0.006 0.00005 Marte 64 80 0.0002 0.000001 Júpiter 200.000 630 0.01 0.000006 Saturno 57.000 1280 0.0007 0.0000002 Urano 8.700 2720 0.00002 0.000000003 Netuno 10.000 4354 0.00001 0.000000001 Plutão ~1 5764 0.0000000006 0.00000000000004 Lua 7.4 0.384 1.0 Sol 198.900.000.000 149,5 179 0,5

Comentários É possível perceber que, mesmo corpos enormes como Júpiter e corpos mais próximos como Vênus e Marte geram forças gravitacionais e de maré muito menores do que a nossa Lua, que está bem próxima da gente.

10) O Zodíaco Como os astrólogos definem: E Ofiúco? Como fica? Eclíptica dividida em 12 partes (signos) E Ofiúco? Como fica?

Comentários Segundo os astrólogos, o Zodíaco corresponde ao conjunto de constelações que cortam uma linha formada pela trajetória do Sol e a dos planetas no céu (eclíptica). Esta linha é dividida em 12 regiões de 30°, onde a constelação presente naquela região é conhecida como signo; e, por causa disso, os astrólogos afirmam que o zodíaco é formado por doze constelações. Isto não é verdade, pois algumas outras constelações como Ofiúco cortam a eclíptica. Créditos das Imagens: Álbum de Físico Maluco. Disponível em http://i188.photobucket.com/albums/z99/fisicomaluco/roda_zodiaco.jpg. Último acesso em 11.MAI.2007 Imagens geradas pelo programa Stellarium. Disponível em www.stellarium.org. Utilizado pela última vez em 11.MAI.2008

Definição oficial (IAU – 1930) 10) O Zodíaco Definição oficial (IAU – 1930)

Comentários A definição oficial de Zodíaco foi estabelecida pela União Astronômica Internacional (IAU, em inglês) em 1930. Segundo a organização, o Zodíaco corresponde á uma faixa delimitada por paralelos que ficam 8º acima e abaixo da trajetória do Sol no céu (ou eclíptica). Desta forma, as constelações que formariam o Zodíaco estariam nesta faixa. Créditos da Imagem: Uranometria Nova. Disponível em http://www.uranometrianova.pro.br/historia/Mitos/zodiaco.gif. Último acesso em 02.07.2007

10) O Zodíaco Pela definição Oficial: 13 constelações cortam a Eclíptica Toda a faixa: 24 Constelações ECLÍPTICA

Comentários Se considerarmos apenas as constelações que cortam a Eclíptica, pode-se dizer que TREZE constelações é que formam o zodíaco, mas elas não ocupam de forma igual, como foi definido acima (algumas constelações como a de Escorpião cortam apenas um pequeno trecho da Eclíptica). Se considerarmos a faixa por inteiro, o número de imagens que formam o zodíaco aumenta para 24. Veja no próximo slide as constelações que formariam os verdadeiros “signos do zodíaco”: Créditos das Imagens: Imagens geradas pelo programa Stellarium. Disponível em www.stellarium.org. Utilizado pela última vez em 11.MAI.2008

10) O Zodíaco Constelação Início Saída Tempo do “signo" Data Hora Carneiro (áries) 19/abr 11:00 14/mai 20:00 26 dias Touro 21/jun 00:00 39 dias Gêmeos 22/jul 12:00 32 dias Caranguejo (Câncer) 10/ago 20 dias Leão 16/set 38 dias Virgem 31/out 03:00 46 dias Balança (Libra) 23/nov 24 dias Escorpião 30/nov 8 dias Ofíuco 18/dez 19 dias Sagitário 19/jan 33 dias Capricórnio 16/fev 19:00 Aquário 12/mar 25 dias Peixes Baleia 27/mar 5 horas

Depois disso tudo... Além dessas pérolas: Conhecimento adequado: Muitas outras por aí! Conhecimento adequado: Melhor entendimento da ciência e de outras áreas

Comentários Através deste trabalho, foi possível analisar alguns erros graves divulgados de forma corriqueira, verificar com o público como eles estão bem difundidos entre a população. Conseqüentemente, leva-se na crença popular de que a astronomia, apesar de ser uma “área bonita” (como o próprio público fala), é uma ciência difícil de entender e estudar, o que não é verdade. Fornecendo ao público leigo o conhecimento adequado e com a menor quantidade de erros possível (além de mostrar os possíveis erros que eles poderão encontrar adiante), é possível formar cidadãos mais críticos e céticos perante as informações que eles recebem. Aqui foi mostrado apenas alguns erros mais simples. Posteriormente, numa outra palestra, apresentarei outros tipos de erros mais graves que são cometidos e não são corrigidos de forma adequada. Créditos da imagem: The Image Bank. Disponível em http://cache.gettyimages.com/xc/10040626.jpg?v=1&c=CFW&k=2&d=449109E24F92386B697C7FDB08FA24345C4940990DC260D0. Último acesso em 11.MAI.2008

FIM Obrigado =)

Comentários Créditos da imagem Final: The Image Bank. Disponível em http://cache.gettyimages.com/xc/200147001-001.jpg?v=1&c=CFW&k=2&d=79D94D7195D79F82DCB182A67269939BCA62DE5246472DD0. Último acesso em 11.MAI.2008

BIBLIOGRAFIA Livros RIDPATH, Ian. Guia Ilustrado Zahar astronomia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007. SAGAN, Carl. O mundo assombrado pelos Demônios: a ciência vista como uma vela no escuro. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

BIBLIOGRAFIA Sites VARELLA, Irineu Gomes. Constelações do Zodíaco. Disponível em: http://www.uranometrianova.pro.br/astronomia/AA001/zodiaco.htm . Acesso em 11.MAI.2008 VARELLA, Irineu Gomes e OLIVEIRA, Priscila D.C.F. Fases da Lua. Disponível em: http://www.uranometrianova.pro.br/circulares/circ0029.htm . Acesso em 11.MAI.2008 PLAIT, Phil. Bad Astronomy. Disponível em: http://www.badastronomy.com/intro.html. Acesso em 11.MAI.2008 FILHO, Kepler de Souza Oliveira e SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira. Astronomia e Astrofísica. Artigos: Fases da Lua. Disponível em http://astro.if.ufrgs.br/lua/lua.htm. Estações do Ano. Disponível em: http://astro.if.ufrgs.br/estacoes.html. Acesso em 11.MAI.2008

BIBLIOGRAFIA COLLINS, Truman. The May 5, 2000 Planetary Alignment And Its Destructive Potential. Disponível em: http://www.tkcs-collins.com/truman/conjunct/conjunct.shtml. Acesso em 11.MAI.2008 Marte do Tamanho da Lua. Disponível em: http://www.zenite.nu. Acesso em 11.MAI.2008 Cosmofórum. Disponível em: http://www.cosmobrain.com.br/cosmoforum/. Último acesso em 11.MAI.2008 Marte aparecerá tão Grande como a Lua. Disponível em: http://www.quatrocantos.com/LENDAS/148_marte.htm. Acesso em 11.MAI.2008 Fenômeno de aproximação de Marte com a Terra é negado. Jornal da Ciência. Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=39996. Último acesso em 11.MAI.2008

BIBLIOGRAFIA PAULA, André Salvador de e OLIVEIRA, Henrique de Jesus Quintino de. ANÁLISES E PROPOSTAS SOBRE O ENSINO DA ASTRONOMIA. Disponível em: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/producao/sbpc93/index.html. Acesso em 11.MAI.2008 Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Disponível em: http://www.oba.org.br. Acesso em 10.MAI.2008 CANALLE. João Batista Garcia. O problema do Ensino da órbita da Terra, in: Revista Física na Escola, volume 4, nº 2, páginas 12 a 16, em 2003. Disponível em: http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol4/Num2/v4n2a06.pdf. Último acesso em 10.MAI.2008

BIBLIOGRAFIA Programas utilizados Stellarium. Disponível no site www.stellarium.org: Tamanho: 34,90 MB Requisitos: Windows 98/Me/200/XP/Vista Placa aceleradora 3D Suporte a OpenGL Licença: Gratuito (Freeware)

2) Estações do Ano (extras) Uma explicação mais coerente sobre como ocorrem as estações está relacionado ao eixo de rotação da Terra, que está inclinado em relação ao seu plano de órbita (eclíptica). Entretanto, esta inclinação permanece constante ao longo do ano terrestre; isto faz com que os hemisférios terrestres acabam recebendo luz de forma desigual durante o ano.

22 de dezembro: Solstício 2) Estações do Ano 22 de dezembro: Solstício Verão no Sul Inverno no Norte 20 de março: Equinócio Outono no Sul Primavera no Norte

22 de setembro: Equinócio 2) Estações do Ano 20 de junho: Solstício Inverno no Sul Verão no Norte Geralmente no dia 21 de junho, ao meio dia local, o Sol estará exatamente sobre a cabeça de um observador que esteja sobre o Trópico de Câncer. Esse é o instante do início do Verão no hemisfério norte, enquanto que, para outro no Trópico de Capricórnio, o Sol será visto bem ao norte, ou seja, inclinado; é o início do Inverno no hemisfério sul. Quando o Sol for visto sobre o Equador em 23 de setembro será início da primavera para o hemisfério sul e início do outono para o hemisfério norte. 22 de setembro: Equinócio Primavera no Sul Outono no Norte

3) Os Pontos Cardeais (dia) Nascer do Sol <= Norte Sul => Solstício de inverno Leste <= Norte Sul => Leste Equinócio <= Norte Sul => Leste Solstício de verão

3) Os Pontos Cardeais (dia) Pôr-do-Sol <= Sul Norte => Solstício de inverno Oeste <= Sul Norte => Oeste Equinócio <= Sul Norte => Oeste Solstício de verão