População Mundial e do Brasil Uma análise demográfica. Prof. Victor Hugo

“Metade da Humanidade não come; e a outra metade não dorme, com medo da que não come.”(Josué de Castro)

A fome no Mundo fez e faz mais vítimas do que todas as guerras juntas.

BRASIL

PRIMEIRA FASE (entre 1872 e 1940) CRESCIMENTO VEGETATIVO E LENTO E PERMANECE CONSTANTE; APRESENTANDO ALTAS TAXAS DE NATALIDADE E DE MORTALIDADE; A POPULAÇÃO BRASILEIRA CONCENTRAVA-SE NA ZONA RURAL, POIS AS PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS ERAM AGROPECUARISTAS, COMO OS PLANTIOS DE CANA-DE-AÇÚCAR, ALGODÃO, CACAU E FUMO, NO NORDESTE, A PECUÁRIA NO SUL E O CAFÉ NA REGIÃO SUDESTE; A POPULAÇÃO REPRODUZIA-SE DENTRO DAS NORMAS DEFINIDAS PELA PRÓPRIA SOCIEDADE, PORQUE NÃO HAVIA NENHUMA POLÍTICA DEMOGRÁFICA ESPECÍFICA. TER MUITOS FILHOS SIGNIFICAVA MAIS AJUDA NA LAVOURA, ERA SINAL DE MASCULINIDADE E AUMENTAVA A PROBABILIDADE DE SE ATINGIR DA IDADE ADULTA, JÁ QUE A MORTALIDADE ERA MUITO ALTA. OBSERVE QUANTOS IRMÃOS SEUS AVÓS TIVERAM OU QUANTO SEUS PAIS TEM E COMPARE COM O NÚMERO DE IRMÃOS QUE VOCÊ TEM. OBSERVARÁ-SE CLARAMENTE A REDUÇÃO DAS TAXAS DE NATALIDADE.

SEGUNDA FASE (ENTRE 1941 E 1970) A QUEDA ACENTUADA NAS TAXAS DE MORTALIDADE E A MANUTENÇÃO DO RITMO DE NATALIDADE CAUSARAM UMA ACELERAÇÃO BRUSCA NO CRESCIMENTO VEGETATIVO. (EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA) A PARTIR DA DÉCADA DE 40, O BRASIL PASSA A ESTRUTURAR-SE COMO UM PAÍS INDUSTRIAL, ATRAINDO PARA AS CIDADES GRANDES CONTINGENTES DA POPULAÇÃO RURAL. (ÊXODO RURAL) USUFRUINDO MELHORIAS NAS CONDIÇÕES DE VIDA, COMO: SANEAMENTO BÁSICO E PARTICIPAÇÃO EM CAMPANHAS DE VACINAÇÃO OCORREM UMA REDUÇÃO ACENTUADA DA TAXA DE MORTALIDADE E, CONSEQÜENTEMENTE, UMA BRUSCA ACELERAÇÃO NO CRESCIMENTO VEGETATIVO. NESSE PROCESSO, A AÇÃO DO GOVERNO DÁ-SE DE FORMA BEM DIRETA, ESTIMULANDO A NATALIDADE ATRAVÉS DE ALGUMAS MEDIDAS, COMO: A CRIAÇÃO DO SALÁRIO FAMÍLIA, DO AUXÍLIO NATALIDADE E DO PROGRAMA DE NUTRIÇÃO ÀS GESTANTES. O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO NESSE PERÍODO ERA INTERESSANTE PARA O ESTADO DEVIDO AO AVANÇO DA INDUSTRIALIZAÇÃO QUE REQUERIA MÃO-DE-OBRA BARATA, GARANTIDA PELA ALTA NATALIDADE. FOI À CHAMADA POLÍTICA DE “CRIANÇAS HOJE, TRABALHADORES AMANHÔ.

TERCEIRA FASE (ENTRE 1971 E 1991) A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL, INSTAURADA A PARTIR DA DÉCADA DE 70, LEVA A AMÉRICA LATINA E CONSEQÜENTEMENTE O BRASIL A UMA GRANDE RECESSÃO E A UM CONSIDERÁVEL AUMENTO DO DESEMPREGO. O GOVERNO BRASILEIRO PRATICAMENTE OBRIGADO PELA OEA (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS), POR ORIENTAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS QUE VIA NO AUMENTO DA MISÉRIA E NO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO DE MISERÁVEIS RISCOS DE REVOLUÇÕES, ASSUME, EMBORA NÃO OFICIALMENTE, UMA POLÍTICA ANTINATALISTA, PERMITINDO A AÇÃO DE DIVERSAS ENTIDADES NACIONAIS E INTERNACIONAIS NA ORIENTAÇÃO SOBRE PLANEJAMENTOS FAMILIARES, VOLTADAS PARA O CONTROLE EFETIVO DA NATALIDADE. A ATUAÇÃO DESSAS ENTIDADES SE FEZ ATRAVÉS DA DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DE PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS, ALÉM DE OUTROS MÉTODOS E DA ESTERILIZAÇÃO EM MASSA, PRINCIPALMENTE FEMININA. (LAQUEADURA, VASECTIMIA, DIU, CAMISINHA ETC.) O CRESCIMENTO VEGETATIVO COMEÇA A REDUZIR; AS TAXAS DE NATALIDADE E MORTALIDADE DIMINUEM; A EXPECTATIVA DE VIDA COMEÇA ATINGIR NÍVEIS MAIS ELEVADOS (60 ANOS/ HOMENS – 65 ANOS MULHERES NA DÉCADA DE 90)

FIM