Seminário ME1 Anestésicos Locais
Composição da Fibra Nervosa
Mielinização
Nódulo de Ranvier
Tipos de Fibras Nervosas Classificação Diâmetro (µ) Mielina Condução (m/seg) Função A (Alfa e Beta) 6-22 + 30-120 Motor e Propicepção A (Gama) 3-6 15-35 Tônus Muscular A (Delta) 1-4 5-25 Dor, Toque e Temperatura B <3 3-15 Pré-ganglionar Simpática C 0,3-1,3 - 0,7-1,3 Pós-ganglionar Simpática
Fisiologia da Fibra Nervosa Potencial de repouso -60 a -70 mV Gradiente de K+ de 10X (potencial de -90mV) Na/K ATPase Lei do “tudo ou nada”: geração e propagação
Canal de Sódio
Canal de Na+ Formas Passagem de 107 ions/seg Repouso (fechado) Aberto Inativo Passagem de 107 ions/seg Anestésico local: formas aberta e inativa
Potencial de Membrana e o Canal
Bloqueio da Condução
Estrutura Geral
Mecanismo de Ação Teria da expansão lipídica Teoria da modulação do receptor Ação uso-dependente Ação dependente do tipo de fibra Teoria do comprimento crítico Bloqueio de 3 nódulos de Ranvier ↓ Condutância em 80%
Propriedades ↑ Lipossolubilidade ↑ Penetração neuronal ↑ Absorção lipídica ↑ Potência Ligação Proteica Apenas a droga livre é ativa Isômeros Levógiros são menos tóxicos e potentes
Alteração nas Formas
Taquifilaxia Repetidas dose do mesmo anestésico diminuem a eficácia Dependente da dose e do intervalo Acompanhada pela eliminação da droga dos nervos e da pele Não ocorre quando repetição é feita em intervalos curtos e a dor não se manifesta
Potência Relativa Nervo Periférico Espinhal Peridural Bupivacaína 3,6 9,6 4 Lidocaína 1 Clorprocaína Nd 0,5 Mepivacaína 2,6
Propriedades Físico-Químicas Amidas pKa Ionização Coef Partição (Lipossolubilidade) Ligação Proteica Bupivacaína 8,1 83 3420 95 Levo-Bupi Etidocaína 7,7 66 7317 94 Lidocaína 7,9 76 366 64 Mepivacaína 7,6 61 130 77 Prilocaína 129 55 Ropivacaína 775
Propriedades Físico-Químicas Ésteres pKa Ionização Coef Partição (Lipossolubilidade) Ligação Proteica Clorprocaína 8,7 95 810 Nd Procaína 8,9 97 100 6 Tetracaína 8,5 93 5822 94
Solução do Anestésico Local ph entre 3,9 e 6,47 pKa entre 7,6 e 8,9 Menos de 3% na forma lipossolúvel
Aditivos Epinefrina ↑ Duração do bloqueio ↑ Intensidade do bloqueio ↓ Absorção sistêmica Efeito anlagésico intrínseco por ação nos receptores -2adrenérgicos no SNC
Aditivos -2 Agonistas Ação em receptores espinais e supra-espinhais Condução das fibras A e C Sinergismo de ação com anestésicos locais Não aumenta toxicidade do anestésico local
Aditivos Opióides Administração no neuroeixo : analgesia por inibição da fibra C Sinergismo ↑ Intensidade ↑ Duração Não causa toxicidade Administração no nervo periférico: Ausência de benefício
Aditivos Alcalinização ↓ Latência ↓ Duração ↑ Formas lipossolúveis Alcalinização acima de pH 6,05 a 8 pode causar precipitação da droga
Efeitos da Adição de Epinefrina Nervo Periférico ↑ Duração ↓ Nível Sangüíneo (%) Bupivacaína + 10-20 Lidocaína ++ 20-30 Ropivacaína --
Efeitos da Adição de Epinefrina Peridural ↑ Duração ↓ Nível Sangüíneo (%) Bupivacaína + 12-20 L-Bupivacaína 10 Lidocaína ++ 20-30 Ropivacaína --
Farmacocinética Duração e Toxicidade dependentes do Clearence Toxicidade dependente dos níveis plasmáticos Níveis plasmáticos dependentes da absorção, distribuição e eliminação
Constantes Farmacocinéticas VDss L/Kg Clearence L/Kg/h T ½ h Bupivacaína 1,02 0,41 3,5 L-Bupivacaína 0,78 0,32 2,6 Lidocaína 1,3 0,85 1,6 Ropivacaína 0,84 0,63 1,9
Efeitos das Patologias na Farmacocinética da Lidocaína VDss L/Kg Clearence L/Kg/h T ½ h Normal 1,32 10 1,8 Insuficiência Cardíaca 0,88 6,3 1,9 Doença Hepática 2,31 6,0 4,9 Doença Renal 1,2 13,7 1,3
Farmacocinética Absorção Local da injeção Tecido adiposo Vascularização Propriedades da droga Adição de epinefrina Quantidade de droga injetada Diminuída em drogas mais lipossolúveis e com maior ligação proteíca
Nível Sérico Intercostal Caudal Epidural Plexo Braquial Femural
Farmacocinética Distribuição Fluxo sangüíneo para os órgãos Coeficiente de partição compartimental Ligação proteíca
Farmacocinética Eliminação Aminoésteres → Colinesterase Aminoamidas → Metabolização hepática
Toxicidade SNC Cruzam barreira hemato-encefálica Absorção ou injeção intravascular Potencial de bloqueio da condução nervosa
Toxicidade Fatores Predisponentes ↓ Ligação proteíca ↓ Clearence Acidose PCO2 Estado Hiperdinâmico Altas doses
Toxicidade Fatores Protetores Sedação Barbitúricos Benzodiazepínicos Vasoconstritores
Efeitos Sistêmicos Concentração Plamática mcg/ml Efeito 1-5 analgesia 5-10 Tontura / zumbido / amortecimento lingua 10-15 Sedação / inconsciência 15-25 Coma / depressão respiratória >25 Depressão cardiovascular
Toxicidade
Convulsão / Coma Excitatórios Inibitórios
Potência Relativa Toxicidade SNC Bupivacaína 4 L-Bupivacaína 2,9 Lidocaína 1,0 Ropivacaína
Toxicidade Cardiovascular Altas doses Relacionado a potência da droga Lidocaína: hipotensão, bradicardia, hipóxia Bupi, L-Bupi e Ropi: colapso cardiovascular L-Bupi e Ropi: mais seguros Interação com efeitos no SNC: centros reguladores
Alargamento do QRS
Ressucitação Após Infusão Venosa
Toxicidade Neural Exposição direta Lesão nas células de Schwann Inibição do transporte axonal Quebra da barreira nervo-sangue Fluxo sangüíneo neural Alteração na integridade da membrana Soluções concentradas
Toxiciade Miotoxicidade Mionecrose Alteração do Ca2+ intracelular Reversível Clinicamente não evidente
Toxicidade Prevenção Aspiração antes de injetar droga Dose teste 3ml Injeção lenta Evitar doses excessivas Monitorização Benzodiazepínico
Toxicidade Tratamento Medidas de suporte O2 Ventilação Sedativos Drogas vasoativas Antiarritmicos Cardioversão
Reação Alérgica IgE e Imunidade celular Mais comum com aminoésteres Hidoxilação com formação de Ácido Paraaminobenzóico Preservativos Metilparabeno Metabisulfito Teste cutâneos