Urbanização Formação 2˚ semestre.

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Transcrição da apresentação:

Urbanização Formação 2˚ semestre

Conteúdo(s) Estruturante(s): Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão política do espaço geográfico; Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico; Dimensão socioambiental do espaço Geográfico.

Conteúdo(s) Básico(s): A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. Conteúdo(s) Específico(s): O crescimento desordenado das cidades e suas áreas de segregação. Os problemas ambientais decorrentes das ocupações urbanas.

A importância do processo de urbanização para a Geografia ocorre a partir do século XIX, pois reflete mudanças cruciais na sociedade. A rede urbana passou a ser o meio através do qual a produção, circulação, comunicação e consumo se realizam efetivamente (CORRÊA, 1994).

MAS O QUE É URBANIZAÇÃO? Um processo que resulta da transferência de pessoas do meio rural para o meio urbano, principalmente para as cidades, e se concretiza, quando o percentual da população urbana é superior a população rural. A urbanização ultrapassa os limites físicos da cidade e alcança as áreas onde se realizam as atividades agrícolas e de preservação ambiental (MUNFORD, 1998.)

Êxodo rural/urbanização

URBANIZAÇÃO

O QUE É REDE URBANA? A rede urbana é formada por um conjunto de cidades que mantém entre si relações comerciais, financeiras, industriais, políticas, mas geralmente sob o comando de uma cidade que apresenta o setor de prestação de serviços mais desenvolvido e diversificado. Rede urbana entendido como um conjunto de centros funcionalmente articulados (CORRÊA, 1994).

A rede urbana tem sido abordada a partir de diferentes vias: - diferenciação das cidades em relação as funções; - hierarquia urbana; - urbanização e crescimento demográfico; - segregação socioespacial; - problemas decorrentes da expansão urbana.

A estrutura, o processo, forma e função são categorias de análise da realidade social das redes urbanas enquanto forma espacial, não responde somente as questões do presente, mas as rugosidades do passado (SANTOS, 1988).

Cidade e Urbano A cidade de cada momento histórico possui conteúdo e sentido próprio, muito embora, mantendo algumas formas ao longo do tempo, estas adquirem novos significados, conforme os processos em curso (LEFEBVRE, 1991).

O conceito de cidade está relacionado à materialidade resultante das práticas sociais: é a realidade presente, imediata, dado prático-sensível, arquitetônico, a ordem próxima (LEFEBVRE, 1991). A cidade é o construído, o palpável. É o lugar, o particular, o concreto, o interno (SANTOS, 1988).

AS CIDADES

Já o conceito de urbano não se refere à cidade propriamente dita, ou seja, a sua materialidade simplesmente, mas ao contrário disso, surge com a explosão da cidade, com os problemas e a deteriorização da vida urbana. Assim, o urbano é uma forma geral: a da reunião, a simultaneidade, a do espaço temporal nas sociedades, forma que se afirma de todos os lados no curso da história (LEFEBVRE, 1991).

Para o mesmo autor, o urbano diz respeito à realidade social composta de relações a serem concebidas, construídas ou reconstruídas. O urbano vai além das cidades, ultrapassa os limites do espaço construído, do aspecto material das cidades. Entretando é importante ressaltar que o urbano não dispensa a materialidade.

O urbano engloba o sistema de produção, uma rede complexa de condições necessárias ao funcionamento das relações de produções, da divisão social do trabalho, a forma com que a sociedade produz e reproduz. Ainda, insere-se nesse complexo a rede de transportes, comunicações, sistema de educação, saúde, coleta de lixo, esgoto, dentre outros.

Uma das características mais marcantes apontada pelos estudos sobre as cidades é a intensificação das desigualdades socioespaciais (SANTOS, 1993). A produção da cidade é resultado de um complexo e contínuo processo, que envolve diferentes forças e projetos e uma diversidade de agentes, os quais moldam as políticas públicas urbanas.

As políticas urbanas, portanto, moldam e criam formas espaciais de acordo com os interesses que se encontram em jogo, muitas vezes, para além dos interesses da maioria dos diversos agentes e grupos sociais que moram e vivem na cidade.

É importante compreender a relação existente entre o que se tem denominado de políticas urbanas e a cidade. As políticas urbanas representam, portanto, uma concepção de projeto de cidade. A política urbana entende-se "como produto de contradições urbanas, de relações entre diversas forças sociais opostas quanto ao modo de ocupação ou de produção do espaço urbano" (LOJKINE, 1997).

Com a finalidade de regulamentar os Arts Com a finalidade de regulamentar os Arts. 182 e 183 da Constituição Federal e estabelecer diretrizes gerais da política urbana, foi aprovada em 10 de julho de 2001 a lei denominada ESTATUTO DA CIDADE.

O Estatuto da Cidade, obriga o Plano Diretor a estabelecer planos não apenas para o espaço urbano, mas para todo o território municipal, incluindo, portanto, o espaço rural. O Plano Diretor é uma lei municipal, obrigatória para municípios com mais de 20 mil habitantes, e que cria um sistema de planejamento e gestão do município, determinando as políticas a serem desenvolvidas em um prazo de dez anos em todas as áreas da administração.

Há, também, no âmbito municipal e direcionada para o espaço urbano, a Lei de Zoneamento (uso e ocupação do solo), que define o tipo de uso (residencial, comercial, misto) e o tamanho da construção permitidos em um terreno. No caso das grandes cidades, o Plano Diretor normalmente é implementado com base em planos regionais.

É possível afirmar que a cidade se presta para servir ao mercado, cujas regras são definidas a priori, por critérios estabelecidos pela lógica da produção e da troca. Nesse sentido é que se situam os processos de transformação e de criação onde espaços são tidos como homogêneos. Estes rivalizam com as possibilidades de criação de espaços diversos, onde tudo que não é necessário, é empurrado para as "bordas" ou para outros espaços, que se encontram "fora" da centralidade.

Por outro lado, a outra parcela da população que foi excluída dos benefícios da cidade passa a ocupar os espaços destituídos de equipamentos e serviços urbanos. Tais espaços são designados como área de "invasões ou de ocupações irregulares", que se esparramam pela cidade, avançando sobre as áreas de preservação ambiental encontradas sobre a borda do município.

Urbanização no Brasil A expansão da urbanização no Brasil é relativamente recente (1930). Ocorreu em ritmo acelerado, principalmente entre as décadas de 1950 a 1990, e, geralmente, de forma não planejada. Foi marcada pela formação de algumas grandes cidades, que concentram parcela expressiva das riquezas e também da população brasileira.

CONSEQUÊNCIAS DA URBANIZAÇÃO NO BRASIL

Em 1920, o Brasil contabilizava uma população de 27. 500 Em 1920, o Brasil contabilizava uma população de 27.500.000 e contava com 74 cidades maiores do que 20 mil habitantes, nas quais, 17,0% do total da população. Mas, a população urbana se mantinha bastante concentrada, 58,3% destas cidades estavam na região Sudeste. VILELA e SUZIGAN (1973)

Início do séc XX

Foi a partir dos anos 30 e 40 que a urbanização se incorporou às profundas transformações estruturais que passavam a sociedade e a economia brasileira. Este “grande ciclo de expansão da urbanização”, que se iniciava, coincidia com o “grande ciclo de expansão das migrações internas”. As migrações internas faziam o elo maior entre as mudanças estruturais que passavam a sociedade e a economia brasileira e a aceleração do processo de urbanização.

O Censo Demográfico de 1940 revela que 31,2% da população brasileira residia em áreas urbanas. Em 1970, a população urbana ultrapassa a população rural, atingindo 55,9% do total. E atualmente atinge os 85% de pessoas residindo nas áreas urbanas.

Urbanização atual

Diferentemente do que ocorreu em países da Europa, o processo de urbanização no Brasil foi marcadamente rápido, extenso e profundo, no que se refere a mudanças do ponto de vista demográfico, social e ecológico (FARIA, 1991).

O grande ciclo de expansão da urbanização brasileira apresenta uma inclinação a partir de 1980, quando: a) O grau de urbanização continua crescente, entretanto, a uma velocidade mais reduzida. b) As taxas de crescimento da população urbana diminuem o seu ritmo de crescimento.

c) Há uma relativa desconcentração da população urbana, nitidamente favorável às cidades entre 100 e 500 mil habitantes, principalmente, aquelas fora dos municípios metropolitanos, que têm sido, provavelmente, um dos destinos preferenciais dos migrantes.

d) As Aglomerados Metropolitanos mantêm a sua grande importância, entretanto, o seu peso no conjunto da população urbana, e no seu crescimento, têm diminuído, provavelmente, em função do declínio dos níveis de fecundidade e da redução das migrações.

Se no Brasil as contradições sociais já se faziam presentes, a urbanização, em tal intensidade, ampliou as malhas construídas, fazendo surgir novos loteamentos, densificando os bairros existentes, verticalizando edifícios e aguçando os conflitos e a segregação socioespacial, ao criar áreas servidas e equipadas, ao lado de favelas e periferias carentes.

A cidade é um “alojamento” de pessoas? Que tipo de cidade nós queremos e merecemos ter?

Com mais da metade da população mundial habitando as cidades, vivendo o “urbis”, é comum observar o caos urbano. Pois a falta de PLANEJAMENTO adequado, permite que seus moradores não usufruem de condições básicas de vida.

O que o geógrafo, tem a ver com isso? E você enquanto cidadão, qual o seu papel na construção de uma cidade melhor?

Problemas Urbanos no Brasil

http://portaldoprofessor. mec. gov http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000002702/md.0000031202.jpg

Atividades Alunos Com relação a charge: O que a charge retrata? É específica de algum lugar do Brasil? Por que? A realidade apresentada faz parte do seu cotidiano? Identifique os problemas presentes na charge.

Atividades Alunos Com relação ao texto “Pequenas cidades, grandes problemas para resolver”. 1. Estes problemas urbanos identificados no texto referem-se apenas as pequenas cidades? Por quê? 2. Quais são os principais problemas urbanos das cidades brasileiras? 3. E na sua cidade, quais destes problemas existem? Por quê? 4. Diante de tais problemas, qual é a responsabilidade da/os: a) Prefeitos: b) Vereadores: c) População:

5. Para uma boa administração municipal, é necessária a articulação entre as esferas municipais, estaduais e federais de poder. Cite exemplos de como estas articulações ocorrem de forma concreta no município. 6. Atividade de Conclusão com as turmas do Ensino Médio: Simulação de eleições municipais. 7. Propor que cada turma tenha um candidato a prefeito e 03 candidatos a vereadores. Cada turma, dividida em grupos, elaborará as propostas de seus candidatos, bem como o material de campanha. Após esse trabalho de pesquisa e produção de material, ocorrerá o debate entre os candidatos (prefeitos e posteriormente vereadores) com direito a perguntas da plateia (demais estudantes). Depois de estabelecer alguns dias para a campanha política, a atividade será finalizada com a eleição das melhores propostas.

Atividades sobre o Plano Diretor Sua cidade tem Plano Diretor? Reúna-se, em grupos de até 5 alunos, e pesquise o Plano Diretor da sua cidade. Caso não haja, pesquise de uma cidade mais próxima e identifique: O que está exposto no Plano Diretor está sendo cumprido? Como está o ordenamento urbano de sua cidade?

Encaminhamento de aula completa para alunos. http://www.alunos.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/campanha_corrupcao/geografia_soc iologia1.pdf

Referências CORREA R. L. A Rede Urbana. São Paulo: Ática, 1994. BRITO F.; HORTA C. J.; AMARAL E. F.. A Urbanização Recente no Brasil e as Aglomerações Metropolitanas. 2002, Artigo. FARIA, V. Cinqüenta anos de urbanização no Brasil. São Paulo: Revista Novos Estudos CEBRAP, n.29, 1991. LEFEBVRE, Henri The Production of Space. USA: Blackwell, 1991. _____. O direito à cidade. São Paulo: Ed. Moraes, 1991.

LOJKINE, Jean. O Estado capitalista e a questão urbana. Tradução de E LOJKINE, Jean. O Estado capitalista e a questão urbana. Tradução de E. S. Abreu. São Paulo: Martins Fontes 1997. SANTOS, Milton. Espaço e método. São Paulo: Nobel, 1985. _____. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993. VEJA. Disponível em:http://veja.abril.com.br/noticia/economia/pequenas- cidades-grandes-problemas-para-resolver#infocidades acesso em 16 out. 2012. VILELA, Anibal e SUZIGAN, Wilson. Política do Governo e crescimento da economia brasileira 1889 -1945, IPEA, Série Monografias , no. 10, 1973.