Ética Virtudes e liberdade.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Governo do Estado do Espírito Santo
Advertisements

Immanuel Kant O que é o Iluminismo.
Federação Espírita Brasileira Módulo X: Lei de liberdade
A FELICIDADE HUMANA ARISTÓTELES
EPICURISMO: ÉTICA, PRAZER E SENSAÇÃO
CONCEITOS DE ÉTICA E MORAL APLICADOS À MEDIUNIDDE
Federação Espírita Brasileira Módulo XVII: A Perfeição Moral
e a ética da justa medida
MORAL E ÉTICA MORAL: mos-mores
D E U S.
XIX- A FÉ TRANSPORTA MONTANHAS *** INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
Ética - Visão Histórica
EPICURISMO PRAZER E SENSAÇÃO
ESTOICISMO.
Adaptador por Professor Marcelo Rocha Contin
TM175 Tópicos Especiais em Engenharia Mecânica IV: Ética
Identidade sacerdotal e santificação do ministério I
Tomás de Aquino De Regno.
1-Virtude da correta compreensão
REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO
A ÉTICA MODERNA.
A Ética Religiosa.
Sumário da apresentação
ÉTICA, MORAL E ENGENHARIA
A EXISTÊNCIA ÉTICA.
ETERNIDADE ”DE MIM SÓ FICARÁ AQUILO QUE AQUI EU FIZER”
Cícero paulino dos santos costa
Ética Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom.
O QUE É ÉTICA? Ética vem do grego ethiké, e que abarca dois ramos de definição. Filosoficamente quer dizer costume (um bom costume). O verbete ethíké.
Tenho coberta angelical
Qual é o princípio supremo da moralidade?
“Deus não sente amor, Deus não tem amor, Ele é amor, essa é a sua natureza, a sua essência”
+ Locke e o consentimento Introdução à Ciência Polítca Novembro de 2014.
Profª Karina Oliveira Bezerra
ÉTICA GREGA ANTIGA FILOSOFIA Isabela de Fátima Corrêa
Série: O maravilhoso caráter de Deus
Lições para uma vida vitoriosa
Emfocohistoria.blogspot.com.  Escolha entre possíveis modos de agir Escolha individualbem comum (desejos) Regras e leis.
Immanuel Kant: O Esclarecimento e a Razão Prática
Qual é a Moral da Ética? Ética e Moral.
Federação Espírita Brasileira Módulo X: Lei de liberdade
Deus e Seus Atributos DEUS é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. (LE, Q.1) Atanásio Rocha – 07/09/2014.
“Apegue-se à instrução, não a abandone; guarde-a bem, pois dela depende a sua vida...
PÓ PARÁ, VAMOS TODOS PARAR PODE PARÁ, PODE PARÁ, DE PECAR PÓ PARÁ, VAMOS TODOS PARÁ PODE PARÁ, PODE PARÁ DE PECÁ.
UDESC ESAG Disciplina: Ética Professor: Evandro Brito.
Aristóteles: A Ética da Justa Medida
A Ética Aristotélica.
Aula: Tomás de Aquino.  Período da escolástica  Características: Surgimento das primeiras universidades – abertura do acesso ao conhecimento Revalorização.
Seção 11 (capítulos 46-49) “O amor é a chave do coração da criança, mas o amor que leva os pais a transigirem com os filhos nos desejos ilegais.
A ética.
Conceito Deriva do grego ethos: caráter, modo de ser de uma pessoa;
DEUS CRISTO IGREJA HOMEM VIRTUDES
CAESP – Filosofia – 2A e B – 20/05/2015 IMMANUEL KANT – AULA 02.
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Doutrinas Éticas Conceito de Doutrina: Conjunto de princípios que servem de base a um sistema político, religioso, econômico, filosófico, científico, entre.
Santo Agostinho d.C.) Crer para compreender.
Ética Kantiana.
Professor: Suderlan Tozo Binda
Período sistemático Aristóteles
Ética.
ARISTÓTELES.. “A acentuada tendência platônica a uma construção filosófica ideal passa a ser amenizada no pensamento de Aristóteles, na medida em que.
A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DOS COSTUMES. O Homem deve também acreditar no Homem Boa ideia…! Assim já posso ir de férias.
Filosofia – Ética I A Ética Aristotélica
ÉTICA JURÍDICA.
Virtudes. Aristóteles “A virtude é portanto uma disposição adquirida voluntária, que consiste, em relação a nós, na medida, definida pela razão em conformidade.
Vida virtuosa. “Nosso caráter é o resultado da nossa conduta.”
Ética na atividade econômica Avelino Alexandre Rodrigues da Silva.
Thomas Hobbes e o poder absoluto do Estado
Immanuel Kant Köenigsberg (Alemanha). ( ).
Os constituintes do campo ético
Transcrição da apresentação:

Ética Virtudes e liberdade

“Muitas coisas dependem por inteiro de ti: a sinceridade, a dignidade, a resistência à dor, (...), a aceitação do destino, (...), a benevolência, a liberalidade, a simplicidade, a seriedade, a magnanimidade. Observa quantas coisas podes já conseguir sem que caiba alegar pretextos de incapacidade natural ou inaptidão, e por desgraça permaneces voluntariamente por baixo das tuas possibilidades. Por acaso te vês obrigado a murmurar, a ser avaro, a adular, a culpar o teu corpo, a dar-lhe satisfações, a ser frívolo e a submeter a tua alma a tanta agitação, porque estás defeituosamente constituído? Não, pelos deuses! Faz tempo que podias haver-te afastado desses defeitos” Meditações – Marco Aurélio

“Quando porém se trata da moral, a ação humana é vista como afetando, não a um aspecto particular, mas a totalidade do ser do homem...; ela diz respeito ao que se é enquanto homem” (STh, I-II, 21, 2 ad 2)

Virtude: aproximação conceitual “virtuoso neste sentido clássico é portanto não quem leva uma vida incensurável porque não fez nada mal, que é amável e bondoso, embora de resto não valha muito, mas quem sempre usa suas capacidades humanas para o bem, faz o bem de modo soberano, constante e alegre, é competente e engenhoso, sabe o que fazer e é capaz de avaliar toda situação rápida e corretamente; em suma: quem realiza o que Aristóteles denomina “vida boa”, eupraxia”. Rhonheimer

Virtude: aproximação conceitual as virtudes são perfeições daquelas faculdades que estão orientadas para a atividade; a virtude é, mais concretamente, uma perfeição que não vem dada já pela natureza da faculdade e que tem por efeito que essa faculdade possa realizar seus atos próprios de maneira mais perfeita; “Sem saber, exercício e experiência ninguém pode chegar tampouco a ser uma pessoa boa, isto é, capaz de julgar e de fazer sempre - ou ao menos na maior parte das vezes - o bom e correto no atuar concreto. Pois boa é a pessoa que não só sabe o que é bom fazer em geral, mas que também o sabe no aqui e agora concretos, e não só o sabe, mas que de fato o faz”. (Rhonheimer) a virtude é poder, perícia, brilhantismo, soberania, competência, bom tino, etc. nos âmbitos específicos do conhecimento e da ação. É a perfeição do ser do homem no âmbito de sua atividade

Dimensão afetivo-cognitiva da virtude a virtude moral é integração do sensível-corporal na lógica do espírito, ordem dentro da alma “não é o domínio despótico de uma razão perfeita no saber moral sobre os impulsos sensíveis o que pode garantir a perfeição do atuar. Esta última só fica assegurada mediante a participação dos impulsos sensíveis na razão, de maneira que as tendências mesmas dos sentidos cheguem a ser um princípio do atuar humano inteiramente configurado pela razão” (Rhonheimer) é um hábito dos apetites sensíveis conformes à razão virtude moral é “uma certa disposição, ou forma, que foi impressa pela razão na faculdade apetitiva como um selo” (S. Tomás de Aquino) é a harmonia interna do homem e de todas suas tendências “as coisas conformes à virtude são prazerosas para o que ama a virtude”. E “Nem sequer é bom o que não se compraz nas boas ações, e ninguém chamaria justo ao que não se compraz na prática da justiça, nem livre ao que não goza nas ações liberais” (Aristóteles)

Definições clássicas de virtude “A virtude moral é o que torna bom ao que a tem e torna boa a sua obra” (Aristóteles, EN II, 6, 1106) “A virtude moral é um hábito eletivo que consiste em um termo médio relativo a nós, determinado pela razão, tal como decidiria o homem prudente” (Aristóteles. EN II, 6, 1106b) “Hábito operativo bom” (Sto Tomás de Aquino, ST, I-II, q. 55, a3, c)

Critérios clássicos de análise da moralidade das tendências sensíveis (“paixões”) As inclinações sensíveis são boas ou más

Conexão entre as virtudes Prudência: Docilidade Fortaleza Magnanimidade Sagacidade Magnificiência Providência Confiança Circunspecção Paciência Justiça Respeito Constância Piedade Perseverança Sinceridade Coragem Gratidão Temperança Humildade Amizade Modéstia Generosidade Clemência Estudiosidade

“A temperança é o amor que totalmente se entrega ao objeto amado; a fortaleza é o amor que tudo suporta pelo objeto de seus amores; a justiça é o amor unicamente escravo de seu amado e que exerce, portanto, senhorio conforme à razão; e, finalmente, a prudência é o amor que com sagacidade e sabedoria elege os meios de defesa (do amor) contra toda a sorte de obstáculos” (Sto Agostinho, Costumes da Igreja Católica, I, XV)