GF 115: Economia do Desenvolvimento Prof. Rui Albuquerque

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Transcrição da apresentação:

GF 115: Economia do Desenvolvimento Prof. Rui Albuquerque Sessão 5 – Economistas Clássicos (David Ricardo) 2 de setembro de 2008

Estrutura da sessão David Ricardo Teoria do Valor Teoria da Renda Teoria da Evolução Econômica

David Ricardo *1772 (Londres) - † 1823 Período de conflitos entre os interesses da agricultura (protegidos pelas Corn-Laws) e da indústria 1817: Princípios de Economia Política e Tributação Defesa dos interesses da burguesia industrial nascente

Visão Geral “Em diferentes estágios da sociedade.. as proporções do produto destinadas a cada uma dessas classes [o proprietário da terra, o dono do capital, e os trabalhadores] sob os nomes de renda, lucro e salário, serão essencialmente diferentes, o que dependerá principalmente da fertilidade do solo, da acumulação de capital e da população, e da habilidade, da engenhosidade e dos instrumentos empregados”. “Determinar as leis que regulam essa distribuição [distribuição da renda fundiária, do lucro e dos salários] constitui o problema primordial da Economia Política” David Ricardo, in Prefácio de Princípios da Economia Política e da Tributação

1. Teoria do Valor(1) Assim como Smith, Ricardo vê no trabalho (entendido como a soma de todos os trabalhos exigidos para se chegar finalmente à produção da riqueza) a principal fonte de valor. Ricardo rejeita a utilidade – a capacidade que dada coisa tem de satisfazer nossas necessidades – como causa e medida do valor. Distingue duas categorias de bens: Bens não suscetíveis de reprodução: o valor destes tem por causa e efeito a sua raridade; seu valor oscila à mercê da oferta e da demanda, sem ponto algum de equilíbrio (pouco relevantes para a economia). Bens suscetíveis de reprodução indefinida, a um mesmo preço de custo.

Teoria do Valor(2) “O valor de uma mercadoria, ou a quantidade de qualquer outra pela qual pode ser trocada, depende da quantidade relativa de trabalho necessário para sua produção, e não da maior ou menor remuneração que é paga por esse trabalho” Visão 1: Valor é medido pelo trabalho, como um princípio universal. O capitalista paga o trabalho (Dúvida: de onde vem o excedente?)

Teoria do Valor(3) Visão 2: O Valor de uma mercadoria é determinado pelo trabalho presente e pelo trabalho pretérito (incorporado a ferramentas, instrumentos, edifícios..); pela “durabilidade do capital”; pelos diferentes períodos de “rotação do capital” A variação do “valor de mercadorias” distintas difere da variação do “valor dos salários” pois os processos produtivos têm diferentes proporções de trabalho(salários) e capital. Preço é definido pelos salários pagos pelos capitalistas, mais a taxa de lucros que o capitalista recebe para usar seu capital.

Teoria do Valor(4) Visão 3: Preço de Mercado difere do Preço Natural pela influência da Oferta e da Procura. ( Preço de Mercado tende ao Preço Natural) Esta visão é aplicada ao valor dos salários, em que “o preço natural do trabalho” é aquele “necessário para permitir que os trabalhadores em geral subsistam e perpetuem sua descendência...” portanto depende “não da quantidade de dinheiro que ele possa receber como salário, mas da quantidade de alimentos, gêneros de primeira necessidade e confortos materiais que, devido ao hábito, se tornaram para ele indispensaveis e que aquele dinheiro poderá comprar” Apoia-se na visão de Malthus – economista inglês contemporâneo sobre crescimento populacional e salários (que defende a burguesia agrária) – e a debate.

2. Teoria da Renda

2. Teoria da Renda (2)

2. Teoria da Renda (3)

2. Teoria da Renda(4) O crescimento populacional obriga a exploração de terras cada vez menos férteis, o que encarecerá cada vez mais os custos de produção e o preço final dos produtos. Em função da lei de unidade de preços, os proprietários das terras de primeira categoria (com custos de produção menores) obtém um lucro suplementar: a renda diferencial. O aumento populacional implica, portanto, o aparecimento de novas rendas e o aumento das taxas de rendas antigas. O total da venda dos produtos agrícolas se destina à remuneração dos proprietários de terras (renda), remuneração do trabalho (salário) e remuneração do capitalista (lucro). À medida que aumenta a parcela atribuída à renda diminui-se a parcela de salários e lucros.

“A elevação da renda é sempre o efeito da riqueza crescente do país e da dificuldade de garantir alimento à sua população aumentada. É um sintoma e nunca causa da riqueza.” “No desenvolvimento natural das sociedades, os salários, enquanto forem regulados pela lei da oferta e da procura, tendem a baixar, pois o número de trabalhadores continuará a crescer um pouco mais rapidamente do que a procura da mão-de-obra.”

3. Teoria da Evolução da Economia(1) A Acumulação de Capital é reduzida pelo aumento da Renda Diferencial Pela compressão dos lucros Pelo acréscimo de salários – que aumentam em valor quando ocorre aumento nos alimentos – simultâneo ao não aumento do valor dos manufaturados, que não aumentam por causa dos alimentos. A Economia tende a um “estado estacionário”, em que caem tanto a acumulação de capital como o crescimento da população.

3. Teoria da Evolução da Economia(2) A maquinaria (introduzida pela expectativa do industrial de obter lucros) pode conduzir a: Incremento considerável do produto líquido (mesmo com baixa do valor do produto bruto) Deslocamento do trabalho, reduzindo emprego e “prejudicando os interesses das classes trabalhadoras” O Crescimento Econômico é viabilizado pela liberdade de Comércio Internacional.