Conferência Nacional de Educação

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Transcrição da apresentação:

Conferência Nacional de Educação Foto: Assessoria de Comunicação/MEC Consolidando as Políticas para a Universalização do Ensino Fundamental com qualidade social Conferência Nacional de Educação Edna Martins Borges Coordenadora-Geral do Ensino Fundamental SEB/MEC

ACESSO À EDUCAÇÃO E OBRIGATORIEDADE As iniciativas de políticas públicas que regulam a oferta, o acesso e a obrigatoriedade da educação são estratégicas para a responsabilização do Estado brasileiro, no contexto do processo de democratização de oportunidades ao saber sistematizado. Por consequência, essa democratização induz e instiga o movimento social, as autoridades públicas e os profissionais da educação escolar a darem especial atenção às alternativas viáveis em prol da qualidade do ensino.

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Constituição Federal de 1988 - A educação: - Torna-se o primeiro dos direitos sociais; - Direito de todos, dever do Estado e da família. - Visa ao pleno desenvolvimento para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. - O Ensino Fundamental, gratuito e obrigatório, ganha a condição de direito público subjetivo para todos; É um dever do Estado, da família e da sociedade. Visa ao pleno desenvolvimento para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. O sistema educacional brasileiro é escolar e a educação infantil é a primeira etapa da educação básica.

“O caráter obrigatório da EDUCAÇÃO vale para a família, mas também para o Estado. E o Estado tem a obrigação de garantir o direito à EDUCAÇÃO. Não podemos criminalizar aquela família que não tem condições de mandar seu filho à escola por falta de salário digno. Por isso, dizemos que essa é uma política social, não apenas educativa. Na grande maioria dos casos, a família não pode ser culpada, é responsabilidade do sistema social. Não há nenhum país no mundo que tenha boa EDUCAÇÃO para todos que não tenha avançado também na distribuição de renda”. Entrevista do Professor Juan Tedesco, então ministro da educação da Argentina, para a revista Carta na Escola.

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Constituição Federal de 1988 – Propõe o regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. - A gestão democrática torna-se princípio dos sistemas públicos de ensino; - Reconhece o direito à diferença de etnia, de raça, de idade, de gênero e outras situações de diferença.

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/98 1.Introdução do conceito de educação básica: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio (198.538 escolas; 2 milhões de funções docentes; 53 milhões de alunos). 2. Previsão de que o Ensino Fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino;

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/98 3. Exigência, nas universidades, de 1/3 do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; 4. Previsão de aperfeiçoamento profissional continuado do magistério, incluindo a possibilidade de licenciamento remunerado;

Emendas Constitucionais n 53 e 59/2009 Alteraram significativamente oito dispositivos da maior relevância para a educação: 1) Obrigatoriedade do ensino dos 4 aos 17 anos.   2) Fim da DRU da educação. A Desvinculação de Receitas da União retirava do orçamento do MEC, desde 1995, cerca de R$ 10 bilhões ao ano.  

Emendas Constitucionais n 53 e 59/2009 3. Investimento público em educação como proporção do PIB. O atual PNE (2001-2010) previa a elevação, nesta década, do percentual de gastos públicos em relação ao PIB, aplicados em educação, para atingir o mínimo de 7%". (Vetado em 2001) - E.C. nº 59: torna obrigatório o "estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do PIB".  

Emendas Constitucionais n 53 e 59/2009 4. Piso Salarial Nacional do Magistério. A partir 1º de janeiro/2010, o piso será observado por todos os Estados e municípios. - Valor atual R$1.024,00. - Plano de Cargo e Carreira (Elaborar ou adequar até 31de dezembro de 2009).

Emendas Constitucionais n 53 e 59/2009 5. FUNDEB substituiu o FUNDEF e multiplicou por dez a complementação da União que visa equalizar o investimento por aluno no país, além de incluir as matrículas da Educação Infantil, do Ensino Médio e da EJA, desconsideradas pelo fundo anterior, restrito ao Ensino Fundamental regular.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO ORÇAMENTO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Orçamento total do MEC (com Fies e Salário-educação)

Emendas Constitucionais n 53 e 59/2009 6) Extensão dos programas do livro didático, alimentação, transporte e saúde escolar, antes restritos ao ENSINO FUNDAMENTAL, para toda a educação básica. Até 2005, os alunos do ENSINO MÉDIO público não faziam jus a esses programas.

ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS A Lei nº 9.394/1996 sinalizou para um ensino obrigatório de nove anos de duração, ao iniciar-se aos seis anos de idade, o que por sua vez tornou-se meta da educação nacional pela Lei nº 10.172/2001, que aprovou o PNE. Em 6 de fevereiro de 2006, a Lei nº 11.274, instituiu o ensino fundamental de nove anos de duração, com a inclusão das crianças de seis anos de idade. A ampliação é importante especialmente por dois aspectos: (a) assegurar às crianças um ano a mais de alfabetização e de escolarização; e (b) instalar, em nível nacional, um movimento em prol da avaliação e da reorganização do ensino fundamental na perspectiva de um novo ensino obrigatório.

EDUCAÇÃO BÁSICA AVANÇOS O País vivencia, desde o final do século XX, um período de melhoria significativa em todos os indicadores que medem as oportunidades de acesso, permanência, aprendizagem e conclusão da Educação Básica. Como consequência, o número de analfabetos continua a cair, em especial, entre as crianças e adolescentes. Também vem aumentando progressivamente o número médio de anos bem-sucedidos de estudo da população, nas diferentes faixas etárias e em todas as regiões do País.

EDUCAÇÃO BÁSICA AVANÇOS O País está muito próximo da universalização do Ensino Fundamental. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007 (Pnad), do IBGE, 97,6% das crianças entre 7 e 14 anos estão na escola, o que representa cerca de 33 milhões de estudantes. A análise da evolução do Ideb (2005 e 2007) revela que 70% dos municípios brasileiros superaram ou atingiram as metas referentes aos anos iniciais do ensino fundamental para 2007.

PRINCIPAIS DESAFIOS DO 17

EDUCAÇÃO BÁSICA DESAFIOS Universalizar o acesso ao Ensino Fundamental. Os 2,4% das crianças que permanecem fora da escola representam cerca de 680 mil crianças de 7 a 14 anos, segundo dados da Pnad 2007. As mais atingidas são as oriundas de populações vulneráveis, como as negras, indígenas, quilombolas, pobres e deficientes, sob risco de violência, abusos e exploração. Ou seja, as desigualdades presentes na sociedade ainda têm um importante reflexo no ensino brasileiro. Aumentar a jornada escolar diária por meio da escola integral e de programas tais como o Mais Educação (10.000 escolas, remuneração específica do Fundeb).

EDUCAÇÃO BÁSICA DESAFIOS Implementar, efetivamente, o Ensino Fundamental de nove anos em 2010; Garantir as condições concretas para a matrícula dos 4 aos 17 anos até 2016, com o objetivo de ampliar o atendimento das crianças de até 5 anos na Educação Infantil e dos adolescentes de 15 a 17 anos no ensino fundamental e médio. Eles representam, hoje, o maior contingente fora da escola (em torno de 1.300 milhão). Fortalecer a escola pública pela: gestão participativa e democrática; inclusão de alunos com deficiência; formação dos educadores; e consideração das condições socioeconômicas e culturais dos alunos.

EDUCAÇÃO BÁSICA DESAFIOS Consolidação do “Ciclo da Infância” – 6, 7 e 8 anos Os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem ser compreendidos como um período voltado à alfabetização e ao letramento no qual deve ser assegurado também o desenvolvimento das diversas expressões e o aprendizado das áreas do conhecimento. O ingresso das crianças de seis anos no Ensino Fundamental deve ser uma oportunidade para dar mais tempo e chance aos alunos de vencerem as etapas necessárias para aprender a ler e a escrever.

Taxa de Reprovação Ano Série Inicial/1º ano 1ª série/2º ano 2000 - 15,1 13,5 2001 15,2 13,7 2002 14,2 2003 14,9 14,3 2004 4,0 16,3 15,4 2005 4,5 16,1 2006 4,3 15,0 14,4 2007 13,8 13,9 2008 3,5 12,6 21

http://www.mec.gov.br/

OBRIGADA! edna.borges@mec.gov.br (61)2022 8439