Colégio Cândido Portinari Professora Anna Frascolla 2010

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Colégio Cândido Portinari Professoras Anna Frascolla Adriana Luz
Transcrição da apresentação:

Colégio Cândido Portinari Professora Anna Frascolla 2010 VERSIFICAÇÃO Colégio Cândido Portinari Professora Anna Frascolla 2010

Para quê?! Florbela Espanca Tudo é vaidade neste mundo vão... Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada! E mal desponta em nós a madrugada, Vem logo a noite encher o coração! Até o amor nos mente, essa canção Que o nosso peito ri à gargalhada, Flor que é nascida e logo desfolhada, Pétalas que se pisam pelo chão!... Beijos de amor! Pra quê?!... Tristes vaidades! Sonhos que logo são realidades, Que nos deixam a alma como morta! Só neles acredita quem é louca! Beijos de amor que vão de boca em boca, Como pobres que vão de porta em porta!...

Amar! Florbela Espanca Eu quero amar, amar perdidamente Amar só por amar: Aqui… Além… Mais este e aquele, o outro e toda a gente Amar! Amar! E não amar ninguém! Recordar? Esquecer? Indiferente!… Prender ou desprender? É mal? É bem? Quem disser que se pode amar alguém Durante a vida inteira é porque mente! Há uma Primavera em cada vida É preciso cantá-la assim florida, Pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei de ser pó, cinza e nada Que seja a minha noite uma alvorada, Que me saiba perder… para me encontrar…

Nel mezzo del cammin Olavo Bilac  Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada E triste, e triste e fatigado eu vinha. Tinha a alma de sonhos povoada, E a alma de sonhos povoada eu tinha...   E paramos de súbito na estrada Da vida: longos anos, presa à minha A tua mão, a vista deslumbrada Tive da luz que teu olhar continha. Hoje, segues de novo... Na partida Nem o pranto os teus olhos umedece, Nem te comove a dor da despedida. E eu, solitário, volto a face, e tremo, Vendo o teu vulto que desaparece Na extrema curva do caminho extremo.

Verso: Cada uma das linhas do poema. Pode ter sentido completo ou não. Características do gênero poesia: Linguagem: Predominância de palavras empregadas no sentido figurado (conotação) Figuras de linguagem (conferir material em PPS) Figuras de construção (conferir sistematização no livro: zeugma, elipse, silepse, anáfora, polissíndeto, inversão e pleonasmo) Intencionalidade discursiva: Muito se discute sobre a intenção desse gênero. As intenções mais identificadas por diversos autores são: provocar uma reflexão sobre o mundo concreto a partir de uma visão metafórica; emocionar; registrar sentimentos; empregar as palavras com objetivos estéticos. 3. Estrutura: Eu lírico: identifica-se como eu lírico a voz demarcada no texto, o sujeito que fala ao longo dos versos. Verso: Cada uma das linhas do poema. Pode ter sentido completo ou não. Estrofe: Conjunto de versos. As estrofes são separadas por um espaço em branco. As estrofes podem ser classificadas de acordo com o número de versos:

Estrofes (classificação) 1 verso - Monóstico 2 versos - Dístico 3 versos - Terceto 4 versos - Quarteto ou quadra 5 versos - Quintilha 6 versos - Sextilha 7 versos - Septilha 8 versos - Oitava 9 versos - Nona 10 versos - Décima Mais de dez versos: estrofe irregular.

Metro é a medida do verso Metro é a medida do verso. O estudo do metro chama-se metrificação e escansão é a contagem dos sons dos versos. As sílabas métricas, ou poéticas, diferem das sílabas gramaticais em alguns aspectos. Contam-se as sílabas ou sons até a tônica da última palavra de um verso. Exemplo: A-mo-te,ó-cruz,no-vér-ti-ce-fir-ma/da = 10 sílabas De es-plên-di-das-i-gre/jas = 6 sílabas Mi-nha-mu-lher-ex-pi-rou = 7 sílabas E as-bre/ves = 2 sílabas Vir-gem-das-do/res = 4 sílabas

Tipos de verso A um número de sílabas métricas em determinado verso podem ser atribuídos nomes: Dodecassílabo: 12 sílabas Ins | pi | ra | do^a | pen | sar | em | teu | per | fil | di | vi | (no) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Decassílabo: 10 sílabas (muito comum em sonetos) Não | tens | que | ças | da | que | lea | mor | ar | den | (te) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Eneassílabo: 9 sílabas Nos | sos | pais | con | du | zis | te^à | vi | tó | (ria) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Redondilha maior ou heptassílabo: 7 sílabas Se | nho | ra, | par | tem | tão | tris | (tes) 1 2 3 4 5 6 7 Redondilha menor: 5 sílabas Tan | tos | gri | tos | rou | (cos) 1 2 3 4 5

A lista geral de designações é a seguinte: Monossílabo : 1 sílaba Dissílabo : 2 sílabas Trissílabo : 3 sílabas Tetrassílabo: 4 sílabas Pentassílabo ou Redondilha Menor: 5 sílabas Hexassílabo ou Heróico Quebrado: 6 sílabas Heptassílabo ou Redondilha Maior: 7 sílabas Octossílabo: 8 sílabas Eneassílabo: 9 sílabas Decassílabo: 10 sílabas Hendecassílabo: 11 sílabas Dodecassílabo ou alexandrino: 12 sílabas poéticas. Bárbaro: 13 ou mais sílabas poéticas.

Rima: semelhança de sons no final ou no meio dos versos Rima: semelhança de sons no final ou no meio dos versos. As rimas podem ser classificadas segundo o lugar que ocupam na estrofe, a correspondência de sons, ou a classe gramatical das palavras que rimam. Principais tipos de rimas: “Aos que me dão lugar no bonde A e que conheço não sei de onde, A aos que me dizem terno adeus B sem que lhes saiba os nomes seus” B Carlos Drummond de Andrade, Obrigado. Emparelhada

“Minha desgraça não é ser poeta, A Nem na terra de amor não ter um eco, B E meu anjo de Deus, o meu planeta A Tratar-me como trata-se um boneco” B Álvares de Azevedo, Minha desgraça. Cruzada ou Alternada

Interpolada ou Intercalada “Eu, filho do carbono e do amoníaco, A Monstro de escuridão e rutilância, B Sofro, desde a epigênese da infância, B A influência má dos signos do zodíaco” A Augusto dos Anjos. Psicologia de um vencido. Interpolada ou Intercalada

Versos brancos ou soltos “A rosa com cirrose A A anti-rosa atômica B Sem cor sem perfume C Sem rosa sem nada” D Vinícius de Moraes. Rosa de Hiroshima. Versos brancos ou soltos

Fontes: Texto “Para quê?”, de Florbela Espanca: Disponível em: <http://www.biblio.com.br/conteudo/FlorbelaEspanca/mmagoas.htm#cooliris>. Texto “Amar!”, de Florbela Espanca: Disponível em: <http://www.biblio.com.br/conteudo/FlorbelaEspanca/mmagoas.htm#cooliris>. Acesso em 02 nov 07. Texto “Nel mezzo del cammin!”, de Olavo Bilac. Poesias. Rio de Janeiro: Agir, 1985, 2 ed., p. 75. Explicações sobre métrica: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9trica_(poesia), Acesso em 10/08/10.