HISTÓRIA DO BRASIL Economia Colonial

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HISTÓRIA DO BRASIL Economia Colonial Prof.Alcidelio Camilo

INTRODUÇÃO: O ANTIGO SISTEMA COLONIAL Sistema de dominação da metrópole sobre a colônia: conjunto de normas e leis que regulam as relações metrópole-colônia principalmente no campo econômico. A mentalidade mercantilista entre os séculos XIV e XV caracterizou-se pelo espírito do lucro fácil e enriquecimento rápido. Portugal considerou sua colônia americana como supridora ou fornecedora de matérias - primas e consumidora de produtos enviados pela metrópole.

Pacto Colonial Também chamado “regime do exclusivo colonial”, denomina o sistema de monopólio comercial e controle econômico imposto pelas metrópoles à suas colônias nos Tempos Modernos (capitalismo comercial/mercantilismo). As colônias são áreas complementares da economia metropolitana. As colônias só podem comerciar com a metrópole: só podiam vender seus produtos para o grupo mercantil metropolitano. As colônias não podem ter fábricas e são obrigadas a consumirem os produtos manufaturados da metrópole. As colônias só podem produzir o que a metrópole não tem condições de fazer, nunca concorrer com ela. As colônias devem produzir em larga escala, a baixos custos e com o máximo de lucratividade.

Pacto Colonial

A ECONOMIA AÇUCAREIRA (SÉC. XVI E XVII) A COLONIZAÇÃO DE BASE AGRÍCOLA: A economia colonial resulta da dependência ao mercado externo, ou seja, uma produção voltada basicamente para o exterior. A agricultura foi o recurso encontrado para a exploração do litoral brasileiro. A colonização foi organizada em torno do cultivo da cana-de-açúcar (as primeiras mudas vieram da Índia, trazidas por Martin Afonso de Souza – produto muito valioso entre os séculos XVI e XVII). Com a empresa açucareira Portugal solucionava o seu problema de utilização econômica das suas terras americanas e o Brasil se integrava, como fonte produtora, aos mercados consumidores europeus. Passou-se do âmbito da circulação de mercadorias para o da produção.

A ECONOMIA AÇUCAREIRA (SÉC. XVI E XVII) MOTIVOS DA ESCOLHA DO AÇÚCAR: Existência de mercados consumidores na Europa (antes chegava a figurar testamentos ou ser vendido como remédio). Ale de seu aspecto econômico, ela viabilizava a ocupação e colonização do país, já que a produção da cana necessitava de grandes áreas para o plantio, garantindo assim a posse do território. A experiência portuguesa, uma vez que plantavam cana-de-açúcar em Cabo Verde, Açoires e Madeira. A qualidade do solo (massapê) e as condições climáticas (clima quente e úmido). A participação holandesa no financiamento, refino e distribuição do produto: Portugal não podia arcar com os altos custos de investimento para a instalação, transporte e comercialização do produto, por isso, é provável que os flamengos tenham fornecido capitais para o investimento inicial (estes navegavam sob bandeira portuguesa).

A ECONOMIA AÇUCAREIRA (SÉC. XVI E XVII) EMPRESA AÇUCAREIRA: A empresa açucareira foi à solução que possibilitou a valorização econômica das terras descobertas e dessa forma garantiu a posse pelo povoamento da colônia brasileira, principalmente o nordestino - zona da mata (principal centro produtor). Estrutura de empresa comercial exportadora. A cana-de-açúcar foi o mais importante produto agrícola até o Primeiro Reinado. Até meados do século XVII, o Brasil foi o maior produtor mundial de açúcar. Nordeste: principal centro produtor (PE e BA). Trabalhadores livres: mestre do açúcar, feitor, capitães-do-mato, lavradores contratados. Grupo flutuante formado de mestiços, mamelucos, rendeiros e agregados. A montagem da empresa açucareira obedeceu ao sistema de plantation.

A ECONOMIA AÇUCAREIRA (SÉC. XVI E XVII) Sistema de produção (Plantation): A produção açucareira no Brasil apresentou as seguintes características: Monocultura Mão-de-obra Escrava Latifúndio Obs: Havia uma total ausência de autonomia dos produtores e a economia ficava atrelada ao mercado europeu e inteiramente voltada para o mercado externo.

PRODUÇÃO DO AÇÚCAR: O engenho: unidade de produção (canaviais, roça, moenda, caldeiras, casa de purgar, galpões, casa-grande, senzala, capela e habitações dos trabalhadores livres). Tipos de engenho: Os reais: movidos à água. Os trapiches: que utilizavam tração animal. Etapas da produção do açúcar: 1ª Etapa: Temos a plantação da cana-de-açúcar, faz-se a colheita, leva-se para o engenho; 2ª Etapa: Na moenda a cana é moída e o caldo é levado para o forno (caldeira) pra ser cozido e retirado as impurezas; A 1ª Etapa é feita pelo Senhor de Engenho, o Brasil é responsável pela produção, que é financiada pela Holanda; 3ª Etapa: o melaço produzido é colocado em formas de barro em forma de sino, com um orifício no fundo, onde ficava até solidificar na casa de purgar pra formar os pães de açúcar; 4ª Etapa: Depois os pães de açúcar eram levados para os galpões onde eram quebrados, tem ai o açúcar mascavo ou açúcar preto e rapadura, onde posteriormente eram vendidas para os comerciantes. 5ª Etapa: Tem o refinamento e embranquecimento e distribuição do açúcar, que é feito pela Holanda para toda a Europa (mercado consumidor).

Engenho de Açúcar Séc. XVII

Esquema de um Engenho

Engenhos de Açúcar Séc. XVI e XVII

Etapas da Produção do Açúcar

Esquema Produção Açúcar

A ECONOMIA AÇUCAREIRA (SÉC. XVI E XVII) Produtos: Açúcar mascavo Rapadura Cachaça Participação dos holandeses na produção do açúcar: Financiamento Fornecimento de mão-de-obra Refino e Distribuição Assim os holandeses ficavam com os maiores lucros: Portugal (30%), Senhores de Engenho (5%) e Holandeses (65%).

FATORES DA DECADÊNCIA DO AÇÚCAR: Intensificação dos movimentos bandeirantes em busca de metais. União Ibérica - a Espanha domina Portugal (1580-1640). Durante essa união, a Holanda, antiga posse espanhola, torna-se independente. A Espanha proíbe o comércio açucareiro com a Holanda, que, por sua vez, invade o Nordeste brasileiro, principalmente Pernambuco (1630-1654). Administração pacífica de Maurício de Nassau, mas a Holanda o demite, exigindo lucros. Em 1654 ocorre a Insurreição pernambucana: os holandeses são expulsos por um movimento organizado pelos senhores de engenho, descontentes com os impostos e cobranças da nova administração. A Holanda, dominando a técnica de produção do açúcar (melhor que Portugal), passa a plantar cana nas Antilhas, muito mais perto da Europa, o que barateia o açúcar holandês.

ATIVIDADES ECONÔMICAS COMPLEMENTARES: Mandioca era o principal produto agrícola de subsistência para o consumo interno: elemento básico da alimentação do brasileiro. Fumo (tabaco) era o produto de exportação que servia para aquisição de escravos no mercado africano: cultivado em zonas restritas da Bahia e Alagoas. Algodão era usado no fabrico de tecidos de baixa qualidade destinados à confecção de roupas para os mais pobres e escravos: cultivados no Maranhão e Pernambuco. Boa parte do algodão brasileiro era vendido para os ingleses, que o utilizavam na fabricação de tecidos (Rev. Industrial). Drogas do Sertão: Produtos extraídos da Amazônia e Pará: cravo, canela, cacau, guaraná, castanha-do-pará, gergelim urucum, essências para perfume, etc., que eram utilizadas como corantes, aromatizantes ou plantas medicinais (Extrativismo). Ação e exploração das missões religiosas, com mão-de-obra indígena. “Tropas de resgate” eram expedições militares que iam escravizar índios na Amazônia para trabalhar nas fazendas do Maranhão e Pará. Facilitou o reconhecimento e povoamento da região amazônica.

Drogas do Sertão