Fatores de risco para doenças crônicas não-transmissíveis: Inquérito domiciliário no município de São Paulo,
Fatores de risco para doenças crônicas não-transmissíveis: Inquérito domiciliário no município de São Paulo,
Revista de Saúde Pública2005 Volume 39Fascículo 5Páginas Prevalência de alguns fatores de risco para doenças crônicas na cidade de São Paulo
Introdução: Em 1987 um estudo de base populacional sobre prevalência de alguns fatores de risco (hipertensão, obesidade, sedentarismo, alcoolismo e tabagismo) para doenças crônicas não-transmissíveis foi realizado na cidade de São Paulo. Havia a necessidade de dados mais recentes. Este estudo, feito em na mesma cidade, foi delineado para estimar novas cifras daqueles e de outros fatores de risco.
Métodos: Estudo transversal de base populacional com amostra aleatória de pessoas com anos de idade. De domicílios elegíveis, houve recusa à participação em 401 deles (16,0%). A amostra analisada compôs-se de pessoas, que responderam a questionário aplicado por entrevistadores da área de enfermagem, que inclusive mediram pressão arterial, peso, estatura e circunferências do abdome e do quadril dos entrevistados. Sorteou-se também um terço desses participantes para responder a questionário nutricional e fornecer sangue venoso em coleta domiciliária para a dosagem de colesterol total, HDL- colesterol, triglicérides e glicose de jejum.
Resultados por sexo e faixa etária
Quatro faixas etárias População- alvo Amostra total Sub- amostra
Tabagismo: diário, independente da quantidade consumida
Prevalência um pouco maior no sexo masculino nas duas faixas etárias mais jovens Prevalência muito maior no sexo masculino na faixa etária anos
Pressão arterial não controlada: sistólica 140 mm Hg ou diastólica 90 mm Hg, independente do uso de medicação anti-hipertensiva
Aumenta com a idade e é maior no sexo masculino em todas as faixas etárias
Obesidade: IMC 30 kg/m 2
Tendência geral de aumento com a idade, nos dois sexos
Circunferência abdominal aumentada: > 102 cm em homens > 88 cm em mulheres
Cuidado na interpretação! O ponto de corte é diferente para homens e mulheres!
Colesterol total 240 mg/dl
É mais elevado em homens nas faixas etárias do meio
Triglicérides 200 mg/dl
Tendência geral de prevalência maior nos homens especialmente nas idades intermediárias
Glicemia jejum > 110 mg/dl
Tendência geral de aumento com a idade, nos dois sexos
HDL-colesterol < 40 mg/dl
Prevalência muito maior nos homens do que nas mulheres
Resultados: totais por sexo
Como as prevalências das variáveis modificam-se com a idade, as prevalências totais foram ajustadas para a finalidade de comparações, usando como referência a estrutura etária da população-alvo.
Tabela 5 – Prevalências (%) ajustadas* por idade [e intervalos de confiança de 95% (IC 95%)] das variáveis estudadas, por sexo, em pessoas entre anos de idade, Cidade de São Paulo, *
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Revista de Saúde Pública1990 Volume 24Fascículo 4Páginas Fatores de risco para doenças crônicas não- transmissíveis: inquérito domiciliar no muni- cípio de São Paulo
No que se refere ao sedentarismo, a prevalência geral permaneceu praticamente a mesma no sexo masculino nos dois inquéritos.
Já no sexo feminino houve diminuição significante de sedentarismo, com redução relativa de 12%.
Quanto à prevalência geral de pré-obesidade, esta cresceu significantemente no sexo masculino (aumento relativo de 25%) em decorrência do crescimento da pré-obesidade na faixa etária de anos
No sexo feminino houve redução relativa significativa (17%) de pré-obesidade, mas com significância limítrofe.
A prevalência geral de obesidade cresceu significantemente nos dois sexos,
mas o aumento foi mais intenso no sexo masculino (a porcentagem de homens obesos em 2002 dobrou em relação àquela de 1987)
do que no feminino (60% maior que a de 1987)
Em ambos os sexos a prevalência de tabagismo diminuiu significativa e significantemente de 1987 para 2002
Em ambos os sexos a prevalência de tabagismo diminuiu significativa e significantemente de 1987 para 2002 Isto ocorreu por forte influência da redução nas faixas etárias mais jovens
A redução relativa de 1987 para 2002 foi de 39% no sexo masculino e de 35% no feminino.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO !