Ondas Espirais em Discos Elípticos

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
O Som dos Pulsares César Vasconcellos.
Advertisements

VIII Espectroscopia luz luz Método envolve: excitação detecção Fontes
Modelagem computacional no ensino de Física Ives Solano Araujo Eliane Angela Veit I Encontro Estadual de Ensino de Física Novembro 2005 Instituto de Física.
Matéria Escura. Introdução Cerca de 90% do Universo é escuro, ou seja, não emite radiação eletromagnética, só sabemos da existência dessa matéria escura.
Modelagem computacional no ensino de Física
ONDAS GRAVITACIONAIS André Dalpian Kuhn.
A fonte de energia das galáxias ativas
Lista 3!!!.
Lista 3!!!.
Por que será que o som é diferente nestas duas circunstâncias?
O Pêndulo de Torção Suspensão por Barra de Torção.
Cálculo tensorial e elementos de geometria
Interferência e Difração
Ondas distúrbio / variação de uma grandeza física se propagam
Ondas distúrbio (de um meio) se propagam
Espelhos esféricos ESPELHOS ESFÉRICOS FGE o semestre 2007.
Espelhos planos e esféricos
Transporte em Nanoestruturas. I) Transporte balístico Um material unidimensional (confinado em duas dimensões) transporta carga quando uma voltagem é
PGF5001 – Mecânica Quântica 1 Prof. Emerson Passos.
Introdução a Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias
INTRODUÇÃO À GEOMETRIA DO ESPAÇO-TEMPO
MÉTRICA ds2=dx2+dy2 Distância entre dois pontos numa superfície
CAPÍTULO 9 cosmologia relativística.
FORMAÇÃO DAS GRANDES ESTRUTURAS DO UNIVERSO. FINAL DA ERA RADIATIVA : Íons: 4 He, 2 H, 7 Li Formação dos primeiros elementos Época da recombinaçãoátomo.
Astrofísica Observacional Aline de Almeida Vidotto
1 III - CONDIÇÕES FÍSICAS NO INTERIOR ESTELAR »» Teoria da estrutura estelar === extremamente complexa: (exige Conhecimentos sobre:) Reações nucleares;
ESTIMATIVAS DE DISTÂNCIA
►► outras formas dessa equação:
 1.7: DETERMINAÇÃO DE MASSAS ESTELARES (e RAIOS) Teorema Russell-Vogt
VI: EQUILÍBRIO RADIATIVO
1 III - CONDIÇÕES FÍSICAS NO INTERIOR ESTELAR »» Teoria da estrutura estelar === extremamente complexa: Reações nucleares; Transformações químicas ? estrutura.
GEOMETRIA DE ESPAÇOS CURVOS
3.5: Equilíbrio Termodinâmico 1
1 3.5: Equilíbrio Termodinâmico Equilíbrio Termodinâmico parâmetros termodinâmicos (P,T) constantes A existência de equilíbrio termodinâmico (ET) ou E.T.
Estudo da Relação entre Indicadores de Dinâmica e Metalicidade em Galáxias Tipo Early Paulo Pellegrini (OV/UFRJ, ON/MCT) Beatriz Ramos (IF/UFRJ) Ricardo.
1 3.5: Equilíbrio Termodinâmico 1 A existência de equilíbrio termodinâmico (ET) ou equilíbrio termodinâmico local (ETL) no interior estelar grandes simplificações:
ALGUNS CONCEITOS DE TERMODINÂMICA
(projetado sobre o plano)
LEI DE HUBBLE: Vradial= Ho×distância
Relações de Escala Teorema do Virial A velha Física no Espaço … (II)
COSMOLOGIA Modelos físicos para a estrutura, origem e evolução do Universo baseados na OBSERVAÇÃO Desenvolvimento principal no século XX teoria da relatividade.
Ronaldo E. De Souza Depto. Astronomia, IAG/USP. Como podemos ter uma percepção das distâncias astronômicas em termos da nossa experiência diária? Unidade.
VIII Workshop Nova Física no Espaço Campos do Jordão, 8-13 fev 2009 Estrutura dos halos de matéria escura no modelo ΛCDM Angelo F. Neto (1,2), Liang Gao.
Galáxias Ronaldo E. de Souza IAG/USP A Via Láctea vista a olho
IV Workshop Nova Física no Espaço :: Fevereiro/2005 Matéria escura em galáxias e aglomerados de galáxias Abílio Mateus Jr. IAG/USP.
QUESTÕES S/ AULAS 1 E 2   1) De que áreas de estudo depende a Astrobiologia? 2) Quais são as questões básicas que ela procura responder? 3) Procurar vida.
ASTRONOMIA EXTRAGALÁCTICA
Prof. Dr. Helder Anibal Hermini
Desempenho de Tratores aula 3
MODELAGEM DINÂMICA DE SISTEMAS MECÂNICOS
EQUILÍBRIO DINÂMICO DE UMA MASSA EM TRANSLAÇÃO - 2º Lei de Newton
Registro de Carta Topográfica
PotenCial ElÉTRICO Universidade Federal do Paraná
Tipografia Livro: Princípios de Disenõ Básicos para la Creación de Sítios WEB Autores: Patrick J. Lynch, Sara Horton.
Prof: Encoder Angular Prof:
Sensor Fotoelétrico por Sistema de Barreira
Materiais Propriedades mecânicas Reologia.
Introdução Geral.
TA 733 A – Operações Unitárias II Transferência de Calor
TA 733 A – Operações Unitárias II
Mecânica dos Materiais TA-431 FEA/Unicamp
TE 043 CIRCUITOS DE RÁDIO-FREQÜÊNCIA
Sistemas Lineares Parte 2
Resolução de Sistemas Lineares- Parte 1
Introdução à Mecânica Bibliografia:
Visão Computacional Shape from Shading e Fotométrico Eséreo
Robótica: Sistemas Sensorial e Motor
Computação Gráfica Geometria de Transformações
Prof. André Laurindo Maitelli DCA-UFRN
1 Seja o resultado de um experimento aleatório. Suponha que uma forma de onda é associada a cada resultado.A coleção de tais formas de ondas formam um.
Transcrição da apresentação:

Ondas Espirais em Discos Elípticos Ronaldo de Souza

uma breve história Os braços espirais não são estruturas materiais fixas, caso contrário seriam destruídos pela rotação diferencial

conexão com a dinâmica B. Lindblad A estrutura espiral deve resultar da interação entre as órbitas das estrelas e a estrutura do disco

braços espirais e freqüência de epiciclos Uma vez organizadas a estrutura de órbitas em epiciclos, ligeiramente distintas das órbitas circulares mais prováveis, se mantém estável

a teoria das ondas espirais Lin & Shu (1965) A estrutura espiral é uma onda de densidade, quase estacionária, com uma perturbação azimutal que se propaga no disco das galáxias com uma amplitude que depende apenas da distância radial Deve funcionar para explicar as espirais do tipo grand-design

como sustentar a estrutura espiral? Toomre & Zang (1981) Mecanismo de amplificação swing Athanassoula (2003) As trocas de momentum angular provocam a evolução de braços e barras

braços e barras em galáxias S0 ?! A elevada dispersão interna das velocidades estelares deveria suprimir as instabilidades espirais.

mas existem vários destes casos . . . Imagem original Objeto – (bojo+disco) Objeto - bojo Objeto - disco BUDDA Gadotti & de Souza, 2004

discos de galáxias não circulares p = 0,93 ± 0,03 0,33 ± 0,14 0,33 ± 0,17 q = 1,40 ± 0,18 3,00 ± 0,04 χ2 = triaxial oblato

como resultado de halos triaxiais Bojo A triaxialidade dos atuais halos pode ter resultado de um processo de fusão entre dois halos esféricos similares Disco

halos triaxiais no Cenário LCDM As simulações N-corpos de alta resolução de Springel et al, 2001, MNRAS, 328, 726, mostram o grau de subestrutura que devem ocorrer no interior dos halos escuros.

para explicar a elipticidade dos discos b = 0.93 +- 0.003 é necessário que o encontro que gerou os seus halos triaxiais tenha ocorrido com velocidades de colisão da ordem de 91 km/s. Atualmente observa-se que Vrms ~200-300 km/s em escalas inferiores a 1 Mpc. Portanto a triaxialidade prevista para os halos das atuais galáxias espirais deve ter sido gerada quando o redshift era z ~ 0.7 - 1.2

coordenadas elípticas cilíndricas Família de elipses Família de hipérboles

Transformações dos elementos de deslocamento fatores de escala Transformações dos elementos de deslocamento

Vetores unitários em um sistema ortogonal qualquer

operadores diferenciais Gradiente Divergente

equação de continuidade – disco fino Em uma distribuição elíptica de massa estacionária e sem movimentos radiais a velocidade tangencial não é constante

velocidade angular instantânea Tanto o raio de curvatura como o centro instantâneo de curvatura mudam continuamente ... assim como a velocidade angular instantânea

o movimento de uma estrela Na aproximação elíptica fraca d2/p2 <<1 Os epiciclos são órbitas que se afastam ligeiramente das órbitas elípticas que correspondem ao mínimo do potencial efetivo

aproximação de epiciclos ... Ao contrário do que ocorre em Um disco circular A freqüência de epiciclo depende tanto da coordenada radial como da coordenada tangencial

equação de Euler Aproximação de uma Equação de estado politrópica

equação de Euler para o disco não perturbado Disco estacionário sem movimentos radiais Condição de equilíbrio centrífugo instantâneo em um disco elíptico

perturbações de primeira ordem Manter apenas os termos de Primeira ordem na Expansão das equações hidrodinâmicas

desenvolvimento em ondas periódicas Não é possível fazer uma expansão que seja válida em todo o disco. Mas é possível examinar esta expansão nas regiões próximas aos semi-eixos maior e menor

ondas espirais na região próxima ao semi-eixo maior Quando q=1 estas equações são As mesmas da teoria de Lin & Shu

ondas espirais na região próxima ao semi-eixo menor Quando q=1 estas equações são As mesmas da teoria de Lin & Shu

o critério de Toomre: condição de estabilidade portanto, para uma dada dispersão de velocidades e densidade projetada de massa, a região ao longo do semi-eixo maior são mais instáveis do que a região ao longo do semi-eixo menor

por que NGC 4608 e NGC 5701 praticamente não têm disco? Gadotti & de Souza, 2003 Em um disco com Q<1 pode ser que a instabilidade de barra se desenvolva e force o disco a buscar um novo ponto de equilíbrio com Q>1. Tanto a dispersão de velocidades como a freqüência de epiciclo são mais robustas por dependerem do potencial gravitacional global. Mas, a densidade pode diminuir, cedendo material para a barra, e aumentando o valor de Q.

é o FIM