Cynthia Salgado Lucena

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Transcrição da apresentação:

Cynthia Salgado Lucena AMENORRÉIA Cynthia Salgado Lucena Caso Clínico/ Abril- 2011

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ________________________________________________________________________________________________________________________ Amenorréia AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ASPECTOS GERAIS: Mamas presentes/ FSH nl/ útero ausente: Agenesia mülleriana e sínd de resistência completa aos androgênios. Dosar testosterona. Mamas ausentes ou com desenvolvimento parcial/FSH ↑: DISGENESIA GONADAL. Investigação = obtenção de cariótipo. Mamas ausentes ou com desenvolvimento parcial/ FSH nl ou ↓/ útero presente: SOP, hipotireoidismo e hiperprolactinemia. Dosar: TSH, prolactina e outros.  

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA Definir se amenorréia primária ou secundária ________________________________________________________________________________________________________________________ Amenorréia AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA HISTÓRIA CLÍNICA: Definir se amenorréia primária ou secundária Desenvolvimento puberal; dados familiares; dados pessoais pregressos; queixas clínicas específicas; exercícios físicos; história obstétrica; disfunção psicológica; uso de medicações; outros.  EXAME FÍSICO: Desenvolvimento puberal: estatura, envergadura e peso. Baixa estatura → S. de Tuner ou atraso constitucional da puberdade. Hábito eunucóide → S. de Kallman Desenvolvimento mamário: critérios de Tanner. Mamas + → exposição aos estrogênios e atividade ovariana. Genitália externa: volume do clitóris, integridade himenal, presença ou ausência uterina( toque retal bimanual ou toque vaginal). Avaliação geral: hirsutismo, acne, pigmentação cutânea, vitiligo.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ________________________________________________________________________________________________________________________ Amenorréia AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA EXAMES COMPLEMENTARES: Geral: ΒhCG (gravidez), estradiol, prolactina(PRL), TSH e T4L, gonadotrofinas.   Outros(a depender do QC de cada paciente): testosterona e sulfato de diidroepiandrostenediona (virilização, hirsutismo); 17-hidroxiprogesterona, androstenadiona e cortisol (hiperplasia adrenal congênita); Cortisol livre salivar, cortisol urinário ou teste de supressão com baixas doses de dexametasona(sínd. de Cushing); LH e FSH ↑: adenomas produtores de gonadotrofinas, perimenopausa, síndrome dos ovários resistentes, falência prematura dos ovários, disgenesia gonádica e galactosemia. LH e FSH normais ou ↓: alteração hipofisária ou hipotalâmica

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ________________________________________________________________________________________________________________________ Amenorréia AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA EXAMES COMPLEMENTARES: Amenorréia Primária: Presença ou ausência de alterações anatômicas(útero e vagina) - exame físico ou USG. Útero ausente: cariótipo e dosagem de testosterona ( diag. ≠ agenesia Mülleriana e S. dos testículos feminizantes). Útero presente e sem alterações obstrutivas: ΒhCG e FSH.  

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ________________________________________________________________________________________________________________________ Amenorréia AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA FSH elevado: FOP Determinar cariótipo ( Síndrome de Tuner e mosaicos ou disgenesia gonadal pura- XX e XY ). FSH nl ou reduzido: Dist. hipotalâmico e/ou hipofisário Verificar função hipofisária Se alterações de campo visual e cefaléia – ex de imagem. Clínicas específicas: Galactorréia → PRL e TSH Hiperandrogenismo → testosterona e sulfato de DHEA HAS + amenorréia primária → def. de 17-α-hidroxilase

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ________________________________________________________________________________________________________________________ Amenorréia AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA EXAMES COMPLEMENTARES: Teste da progesterona: se PRL e função tireoideana normais. Procedimento: administrar medroxiprogesterona 10mg/dia vo durante 5 dias. Interpretação: se houver sangramento nos próximos 2 a 7 dias → estímulo estrogênico adequado. Teste do estrogênio + progesterona: Procedimento: administrar preparação de estrogênio oral( estrógenos conjugados) por 21 dias e associar um progestágeno nos últimos 5 dias. Interpretação: sem sangramento → lesão endometrial ou anomalia úterovaginal; com sangramento → ausência de lesão endometrial ou anomalia úterovaginal.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ________________________________________________________________________________________________________________________ Amenorréia AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA OUTROS EXAMES COMPLEMENTARES: Ressonância Nuclear Magnética (RNM); Vídeo-Histeroscopia.

Cynthia Salgado Lucena QUESTÕES - TEEM Cynthia Salgado Lucena Amenorréia / Abril- 2011

________________________________________________________________________________________________________________________ Amenorréia QUESTÃO-1 No ambulatório você atendeu a uma mulher de 18 anos com queixa de amenorréia primária. Exame clínico normal, exceto por uma escassez de pêlos pubianos e axilares. Avaliação laboratorial mostrava valores elevados de LH, testosterona e estradiol, enquanto os níveis de FSH, prolactina e DHEAS eram normais; cariótipo XY. Com base apenas nestas informações, a paciente em questão apresenta: a) Forma completa de resistência androgênica b) Forma completa de disgenesia gonadal XY (Síndrome de Swyer) c) Deficiência completa de 5α-redutase d) Deficiência de 17,20-liase

________________________________________________________________________________________________________________________ Amenorréia QUESTÃO-2 Paciente feminina, 32 anos e IMC de 23, apresenta amenorréia há 1 ano, sintomas de deficiência estrogênica e gonadotrofinas elevadas. Tem um filho de 5 anos, nascido de parto normal. É portadora também de tireoidite de Hashimoto, em uso de tiroxina. A primeira hipótese diagnóstica é:   Falência ovariana prematura Hiperprolactinemia Mau controle do hipotireoidismo Adenoma hipofisário produtor de gonadotrofinas Síndrome de Turner

________________________________________________________________________________________________________________________ Amenorréia QUESTÃO-3 Paciente de 33 anos de idade procurou o endocrinologista por estar amenorréica há 2 anos. À idade de 21 anos teve estabelecido o diagnóstico de diabetes tipo 1 e há 3 anos soube ser portadora de tiroidite de Hashimoto (em tratamento com L-tiroxina, 100 µg/dia). A avaliação laboratorial revelou os seguintes resultados: glicemia de jejum = 144 mg/dL (em uso de insulina glargina e insulina inalável); HbA1c = 8,4% (VR:46%); LH = 40 UI/L; FSH = 70 UI/L; prolactina = 74 ng/mL (VR= 2,8–29,2); TSH = 28 mcUI/mL (VR= 0,3–5); T4 livre = 0,6 ng/dL (VR= 0,8–1,5); anticorpo anti-TPO = 630 UI/mL (VR= < 35). Sobre este caso, podemos afirmar que: a)A função adrenal deve ser obrigatoriamente investigada. b)A paciente deve fazer cariótipo para excluir síndrome de Turner. c)A amenorréia desta paciente é secundária à hiperprolactinemia. d)A correção do hipotiroidismo certamente possibilitará o retorno das menstruações. e)A paciente deve ser submetida à ressonância magnética hipofisária.  

________________________________________________________________________________________________________________________ Amenorréia QUESTÃO-4 Com relação às meninas portadoras de Síndrome de Turner, é incorreto afirmar que: a)Tireoidite de Hashimoto e Doença de Graves são mais prevalentes nestas pacientes, sendo indicado monitoramento constante através de dosagens de anticorpos antitireoideanos e TSH. b)O tratamento com estrogênio deve ser iniciado ao redor de 11 anos, pois melhora auto-estima e funções cognitivas sem interferir na idade óssea e estatura final. c)Ecocardiografia faz parte da abordagem pelas cardiopatias que podem estar associadas, acometendo especialmente o lado esquerdo do coração. d)A baixa estatura é causada por haploinsuficiência do gene SHOX e)Uma minoria de pacientes pode ter desenvolvimento puberal normal, com menarca espontânea e fertilidade preservada.