Autoimunidade Definida como uma quebra dos mecanismos responsáveis pela tolerância imunológica que pode resultar em doenças.

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Transcrição da apresentação:

Autoimunidade Definida como uma quebra dos mecanismos responsáveis pela tolerância imunológica que pode resultar em doenças.

AUTOTOLERÂNCIA

O que desencadeia uma doença auto-imune? A doença auto-imune é multifatorial: genética, ambiental, dieta, estresse e contacto com diversos antígenos que podem ser desencadeadores.

Quebra da tolerância devido a fatores genéticos

MIMETISMO MOLECULAR ENTRE PROTEÍNAS DE MICRORGANISMOS E PROTEÍNAS PRÓPRIAS

EXEMPLOS CLÁSSICOS DE MIMETISMO MOLECULAR E DOENÇAS AUTO-IMUNES Espondilite anquilosante: reação cruzada entre epítopos de HLA B-27 e da Klebsiella pneumonia Artrite reumatóide: Reação cruzada entre epítopos de HLA-DR4 e Proteus mirabilis Febre reumática: Reação cruzada entre epítopos de Proteína M de Esptreptococcus  hemolítico e proteínas do sarcolema do miocárdio e miosina (cardite).

Tecidos e órgãos envolvidos Doenças auto-imunes órgão-específicas O dano está confinado ao órgão contra o qual a resposta imune é dirigida. Doenças auto-imunes sistêmicas Resposta imune contra antígenos que não estão especificamente associados a um órgão.

Tecidos e órgãos envolvidos

Órgão-específica: Doença de Graves Hipertireoidismo, oftalmopatia e dermopatia inflitrativa. Os pacientes apresentam Acs que reconhecem o hormônio estimulador da tireóide (TSH) mimetizando-o, o que leva à ativação contínua da tireóide com aumento de T3, T4 e redução do TSH

Doença de Graves

Órgão- específica: Tireoidite de Hashimoto Na tireoidite de Hashimoto, o organismo produz anticorpos contra a tireoglobulina e a peroxidase da tireóide. . Esses anticorpos provocam a destruição da glândula ou a redução da sua atividade, o que pode levar ao hipotireoidismo por carência na produção dos hormônios T3 e T4.

Órgão- específica: Anemia Perniciosa A absorção da vitamina B12 requer o fator intrínseco (IF) produzido no estômago. Em 90% dos pacientes a deficiência da absorção ocorre por Acs anti-IF.

Sistêmica: Miastenia gravis

Miastenia gravis Músculos mais susceptíveis: nervos cranianos e em 50% dos casos os músculos oculares. Pode surgir após evento estressante, como infecção e anestesia. Os indivíduos afetados podem apresentar timoma (tumor do timo).

Sistêmica: Artrite reumatóide Inflamação crônica das articulações sinoviais com destruição progressiva de estruturas cartilaginosas e ósseas. Podem ocorrer vasculite e nódulos subcutâneos em 25% dos casos. Linfócitos B das membranas sinoviais produzem Acs (IgM) contra a porção Fc da IgG produzidas contra infecções ou respostas inflamatórias.

Artrite reumatóide Possíveis causas Fatores hormonais (3:1 em mulheres entre 35 a 50 anos). Agentes infecciosos como Mycoplasma, Vírus da Rubéola, CMV, Herpes, Parvovírus B19, EBV e Mycobacterium tuberculosis. Presença de MHC-II: HLA-DR4 e HLA DR 1.

Mecanismo imunológico Artrite reumatóide Mecanismo imunológico Líquido sinovial fica cheio de neutrófilos, macrófagos, LTh-1 e células dendríticas. Produção de metaloproteínases pelos macrófagos ativados por IL-1 e TNF-, clivando colágeno e proteoglicanos.

Sistêmica: ESPONDILITE ANQUILOSANTE Infiltrado inflamatório nas articulações sacro-ilíacas, na coluna e vértebras cervicais. 90% dos pacientes apresentam HLA-B27 do MHC-I associado a apresentação de peptídeos de Chlamidia, Yersinia e Salmonella (reação cruzada contra peptídeos presentes nas articulações).

Sistêmica: Lupus Eritematoso Sistêmico Doença crônica e multisistêmica Desenvolve-se na dependência de: Fatores genéticos (HLA DR3, deficiência de C2 e C4) Fatores hormonais (razão mulher/homem =10:1 entre 20 e 60 anos) Fatores ambientais (exposição a UV-B e medicamentos como procainamida, hidralazina, clorpromazina, isoniazinas, practolol e metildopa).

Anticorpos auto-reativos contra constituintes nucleares: DNA, ribonucleoproteínas, histonas e antígenos de nucléolos Imune-complexos se depositam nos glomérulos renais, articulações, pele e vasos sangüíneos (Hipersensibilidade tipo 3)

DIETA RELACIONADA A PIORA OU MELHORA DE QUADROS AUTO-IMUNES Sarampo e encefalite pós viral auto-imune: Pode estar correlacionada com deficiência de vitamina A na dieta que modula a produção de citocinas, atividade de complemento e citotoxicidade de macrófagos Lupus Eritematoso Sistêmico: Dieta rica em gorduras saturadas causa aumento na deposição de imune-complexos, aumento nos títulos de anticorpos anti-DNA e diminui a capacidade proliferativa de LT. Esclerose Múltipla: Ingestão aumentada de ômega 3 e baixos índices de gorduras saturadas diminuem as crises da doença.

ESTRESSE RELACIONADO A PIORA DE QUADROS AUTO-IMUNES Estresse: Aumenta o neuropeptídeo CRF(fator de liberação de corticotrofina) no hipotálamo. Isto aumenta a produção de glicocorticóides pela adrenal. Glicocorticóides tem efeitos supressores na resposta imune e tem conseqüências metabólicas. Artrite Reumatóide: Os níveis de CRF estão aumentados nas articulações e isto leva a inibição de Th1 e aumento de deposição de imune-complexos. Lupus Eritematoso Sistêmico: Os níveis aumentados de CRF levam a aumento de prolactina que acentua os sintomas.

INCIDÊNCIA DAS AUTO-IMUNIDADES LIGADAS AO SEXO

Tratamento das doenças auto-imunes Correção sintomática das conseqüências metabólicas Agentes imunosupressores convencionais Tratamentos experimentais: Indução da tolerância por administração oral do antígeno Imunização com o receptor específico do antígeno evitando o dano à célula-alvo.

As causas de morte incluem: Falhas no tratamento das doenças auto-imunes As causas de morte incluem: -Falência renal por deposição de imune-complexos; -Lesões vasculares afetando o SNC; -Complicações com infecções secundárias devido às lesões.