Modelagem da Histerese Magnética

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Modelagem computacional no ensino de Física Ives Solano Araujo Eliane Angela Veit I Encontro Estadual de Ensino de Física Novembro 2005 Instituto de Física.
Advertisements

Modelagem computacional no ensino de Física
Lista 3!!!.
Lista 3!!!.
Algoritmos em Grafos Celso C. Ribeiro Caroline T. Rocha.
PROGRESSÃO ARITMÉTICA P.A.
Modelo planetário: errado Elétrons são descritos por meio de funções de onda Mecânica Quântica : probabilidades.
Transporte em Nanoestruturas. I) Transporte balístico Um material unidimensional (confinado em duas dimensões) transporta carga quando uma voltagem é
PGF5001 – Mecânica Quântica 1 Prof. Emerson Passos.
Introdução a Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias
INTRODUÇÃO À COMPUTAÇÃO PARALELA
Concepção de Circuitos e Sistemas Integrados João Paulo Cunha Bolsa Voluntária/PIBIC Prof. André Augusto Mariano, Ph.D. / Bernardo R. B. A. Leite, Ph.D.
INTRODUÇÃO À GEOMETRIA DO ESPAÇO-TEMPO
►► outras formas dessa equação:
 MORAL DA HISTÓRIA?? Nesse caso, os e - de maior  contribuição importante   pressão do gás; é a chamada PRESSÃO DE DEGENERESCÊNCIA. ►►
VI: EQUILÍBRIO RADIATIVO
1 III - CONDIÇÕES FÍSICAS NO INTERIOR ESTELAR »» Teoria da estrutura estelar === extremamente complexa: Reações nucleares; Transformações químicas ? estrutura.
ALGUNS CONCEITOS DE TERMODINÂMICA
FA-023 – Adequação Trator-implemento
Prof. Dr. Helder Anibal Hermini
Desempenho de Tratores aula 3
Criptografia Quântica : Um Estudo
Gustavo Vieira Pereira
Técnicas de Processamento Imagens
Profa. Graziela Santos de Araújo Algoritmos e Programação II, 2010
PotenCial ElÉTRICO Universidade Federal do Paraná
Sensor de Proximidade Capacitivo
Sensor Magnético de Efeito HALL
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC MONTADOR E REPARADOR DE COMPUTADOR MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/FNDE UNIVERSIDADE FEDERAL.
Física Quântica Exercícios
Sistemas de Tutoria Inteligente (STI) Visam proporcionar instrução de forma adaptada a cada aprendiz. STIs adaptam o processo de instrução a determinadas.
01/08/20061 CT-282 Tutores Inteligentes ITA - INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA.
CE-262 Ontologia e Web Semântica Prof. José M Parente de Oliveira
CES-11 LAB 03 Bitmap Quadtree
CE-262 Ontologia e Web Semântica Prof. José M Parente de Oliveira Sala 120 – Prédio da Computação Lógica de Descrições.
Materiais Propriedades mecânicas Reologia.
CARACTERIZAÇÃO DE PARTÍCULAS
TA 733 A – Operações Unitárias II
TA 733 A – Operações Unitárias II Transferência de Calor
Estatística Dados valores (amostras) de variáveis aleatórias X 1, X 2,..., X n, cuja distribuição conjunta é desconhecida, inferir propriedades desta distribuição.
Modelos de Iluminação Daniel Lemos. Definição MODELOS DE ILUMINAÇÃO são técnicas usadas para calcular a intensidade da cor de um ponto a ser exibido.
A Molécula isolada + excipientes B Molécula modificada a partir da molécula natural Como a molécula é isolada, apenas é patenteável na forma de uma composição.
Já definimos o coeficiente angular de uma curva y = f(x) no ponto onde x = x 0. Derivadas Chamamos esse limite, quando ele existia, de derivada de f em.
A Importância da Computação Científica Profa. Dra. Marli de Freitas Gomes Hernandez UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS CENTRO.
Teorema do Confronto Se não pudermos obter o limite diretamente, talvez possamos obtê-lo indiretamente com o teorema do confronto. O teorema se refere.
TE 043 CIRCUITOS DE RÁDIO-FREQÜÊNCIA
Ewaldo Luiz de Mattos Mehl
TE804 Eletrodinâmica Computacional
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Aula04 - Modelagem da Histerese Magnética Jean Vianei Leite Maio de 2010.
Modelagem da Histerese Magnética
Interpolação Introdução Conceito de Interpolação
Aritmética de ponto flutuante Erros
8.EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Parte 5
Resolução de Sistemas Lineares- Parte 1
Desempenho A rápida taxa de melhoria na tecnologia de computadores veio em decorrência de dois fatores: avanços na tecnologia utilizada na construção.
7. INTEGRAÇÃO NUMÉRICA Parte 1
UERJ - Agosto 2000© Oscar Luiz Monteiro de Farias1 Bancos de Dados Mestrado em Engenharia de Computação área de concentração Geomática.
Otimização Aplicada ao Dimensionamento e Operação de Reservatórios
Análise do Desempenho dos Modelos
Curso de Programação em C++
Introdução à Mecânica Bibliografia:
Visão Computacional Shape from Shading e Fotométrico Eséreo
Sistemas de Informação Prof. Me. Everton C. Tetila Modelo de dados relacional Banco de Dados I.
Robótica: Sistemas Sensorial e Motor
Computação Gráfica Geometria de Transformações
Prof. André Laurindo Maitelli DCA-UFRN
Prof. André Laurindo Maitelli DCA-UFRN
Introdução Ciência da Computação estudo de algoritmos –ÊNFASE ao estudo de DADOS armazenamento manipulação refinamento (a partir de dados cru) estrutura.
1 Seja o resultado de um experimento aleatório. Suponha que uma forma de onda é associada a cada resultado.A coleção de tais formas de ondas formam um.
8. Uma Função de duas Variáveis Aleatórias
Transcrição da apresentação:

Modelagem da Histerese Magnética UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Modelagem da Histerese Magnética Jean Vianei Leite Curitiba , abril de 2010.

Modelo de Jiles-Atherton Obtido a partir de considerações físicas; Baseado em equações diferenciais; Baixo esforço computacional e fácil implementação; Conjunto de parâmetros relativamente baixo; Pode ser diretamente empregado no MEF com formulação em potencial vetor magnético. Não representa laços menores adequadamente

Modelo de Preisach Modelo matemático de implementação complexa. Maior esforço computacional se comparado ao modelo de Jiles-Atherton. A caracterização dos materiais depende da variável imposta e é mais complexa. O uso da função de Everett possibilita o cálculo da magnetização total sem a necessidade de integração e derivação numérica simplificando a utilização do modelo. Dependendo da variável independente o método de interpolação da função de Everett também é outro para evitar instabilidade numérica. O modelo de Preisach representa adequadamente os laços menores.

Modelos do Tipo Play e Stop Modelos de histerese não baseados em equações diferenciais; Laços de histerese são construídos a partir da superposição de laços elementares (Histerons); Cada laço elementar tem a sua contribuição ponderada por uma função característica; A integral das contribuições de cada histeron modela o comportamento macroscópico do material.

Modelos do Tipo Play e Stop Modelos de histerese do tipo Play e Stop baseiam-se no mesmo princípio do modelo de Preisach (histerons) mas são mais simples em termos de: Formalismo matemático; Caracterização de materiais; Implementação numérica. Estas características se estendem, conseqüentemente, a sua generalização vetorial.

Modelo Escalar do Tipo Play

Modelo Escalar do Tipo Play Modelos Play são empregados quando o campo magnético H é conhecido antes da indução; Esses modelos foram originalmente concebidos para a modelagem de sistemas termodinâmicos; Conceitos de energia livre e múltiplos estados metaestáveis são utilizados na concepção dos histerons elementares em termodinâmica e podem ser encontrados na literatura; Enfocaremos os modelos do ponto de vista operacional, a partir do estabelecimento do conceito de histeron e como as suas interações serão computadas para formar o laço de histerese magnética macroscópico.

Modelo Escalar do Tipo Play No modelo Play o comportamento do material será regido por um conjunto de partículas independentes, os histerons, os quais não são necessariamente associadas aos domínios magnéticos. Cada partícula possui uma magnetização mj e a energia associada a cada partícula depende somente de mj.

Modelo Escalar do Tipo Play A energia total de polarização M é expressa então como a soma ponderada das contribuições de cada partícula; De uma forma geral, para uma distribuição contínua de partículas, Para uma implementação numérica a integral é aproximada pela soma onde os coeficientes obedecem a condição de normalização

Modelo Escalar do Tipo Play No caso unidimensional, o modelo apresentado pode ser comparado ao modelo escalar de Preisach, com a função de distribuição  relacionada aos campos coercitivos locais. No modelo de Jiles-Atherton a magnetização não segue uma curva anisterética porque os domínios magnéticos são impedidos de deslocar-se devido os pinning sites. No modelo Play, variações na magnetização sofrem resistência, o que produz uma perda de energia proporcional a uma constante adimensional. As partículas diferem umas das outras por terem diferentes constantes de proporcionalidade, chamadas de kj.

Modelo Escalar do Tipo Play As características de histerese de uma partícula individual, no caso unidimensional, pode ser ilustrado como mostrado a seguir Construção de uma partícula mj; no centro o elemento intermediário Hj; a direita a curva anisterética.

Modelo Escalar do Tipo Play Para o formalismo matemático do comportamento desta partícula é introduzida uma variável intermediária Hj para toda partícula j tal que H é relacionado a Hj através da equação o histórico magnético do material é armazenado em Hj. A magnetização é então estabelecida como: onde Man é uma função anisterética a qual representaria a magnetização do material caso não houvesse histerese.

Modelo Escalar do Tipo Play Caracterização dos Materiais: Os parâmetros do modelo podem ser divididos entre aqueles necessários para modelar a curva anisterética e os necessários para representar os campos coercitivos kj e a sua função de distribuição j. Em relação à curva anisterética Man a expressão analítica pode ser usada onde Ms e h0 são os parâmetros a serem ajustados do material

Modelo Escalar do Tipo Play Caracterização dos Materiais: A soma ponderada representa a perda por histerese num ciclo completo do material. A função de distribuição  e os valores de kj podem ser ajustados de diferentes maneiras desde que a relação acima seja respeitada.

Modelo Escalar do Tipo Play Exemplo de emprego da metodologia construção de um laço de histerese para um material hipotético modelado com cinco histerons para todas as partículas As constantes de proporcionalidade são:

Modelo Escalar do Tipo Play Para uma forma de onde de campo senoidal construção da variável intermediária Hj

Modelo Escalar do Tipo Play Hj em função do tempo Aplicando a função anisterética obtém-se as mj

Modelo Escalar do Tipo Play Magnetização de cada partícula, em função do campo magnético (histerons) Complementando o modelo, as magnetizações mj são ponderadas com e somadas para formar a magnetização total M. Neste modelo M possui o mesmo significado da indução magnética B.

Modelo Escalar do Tipo Play A magnetização ou B resultante é Laço de histerese resultante

Modelo Escalar do Tipo Play Laços menores Laço de histerese obtido do modelo Play. Laço de histerese obtido com Jiles-Atherton.

Modelo Escalar do Tipo Play Considerações sobre o modelo Play: Apresenta uma formulação simples com um formalismo matemático estabelecido em três equações. Se o número de partículas usado na modelagem do material for pequeno a velocidade computacional é alta. Na aproximação do caso contínuo o desempenho cai. Simulações mostram que no caso de laços estreitos a distribuição das partículas influencia significativamente a forma do laço, ou seja, para um mesmo valor de <k> a forma como os diferentes kj estarão distribuídos irá alterar o campo coercitivo e as magnetizações remanente e máxima. Para laços de histerese com campo coercitivo alto (> que 100 A/m ) o número de partículas e a sua distribuição têm pouca influência na forma do laço de histerese. O modelo Play consegue uma boa representação dos laços menores.

Modelo Escalar do Tipo Stop

Modelo Escalar do Tipo Stop Modelo dual ao modelo Play; A variável independente é a indução B; Bom para aplicações como o MEF, com formulação em potencial vetor onde a indução é conhecida à priori. O campo magnético H pode ser obtido, similarmente ao modelo Play, como a superposição das contribuições de um número de pseudopartículas, chamados stop histerons, onde cada pseudopartícula possui o mecanismo de histerese.

Modelo Escalar do Tipo Stop O operador histeron do tipo Stop

Modelo Escalar do Tipo Stop Diversas formulações podem ser empregadas na construção dos operadores Stop. Uma possível metodologia para formalizar o operador é é uma variável intermediaria é o fator de distribuição (constante positiva).

Modelo Escalar do Tipo Stop O fator de distribuição pode ser assumido de variadas maneiras. Uma distribuição linear: onde N é o número de histerons, e é um parâmetro do material A distribuição pode ser assumida através de equações de distribuição estatísticas clássicas como Gauss ou Lorentz.

Modelo Escalar do Tipo Stop Exemplo de cálculo Curva de histerese medida para uma forma de onda PWM a dois níveis.

Modelo Escalar do Tipo Stop Curva calculada com o modelo de Jiles-Atherton Curva calculada com o modelo Stop

Modelo Escalar do Tipo Stop Experimental Jiles-Atherton Stop

Modelo Escalar do Tipo Stop Similarmente ao modelo Play, o modelo Stop possui formalismo matemático simples, baseado em poucas equações. O desempenho computacional é alto com o uso de poucas partículas diminuindo com a aproximação do caso contínuo. Simulações demonstraram que o modelo Stop é fortemente influenciado pela função de distribuição dos histerons. Assim como o seu dual Play, o modelo Stop consegue uma boa representação dos laços menores que venham ocorrer junto ao laço principal de histerese, apresentando laços menores fechados em concordância com os observados em laços medidos. Os modelos baseados em histerons do tipo Play e Stop são uma alternativa ao modelo de Preisach.

Atividade Implementar modelo escalar Play Caracterizar material do arquivo Laço_BH.txt do site http://sites.google.com/site/histeresemodel/ para uso do modelo escalar Play Calcular laços BH com níveis de campo variando de 10 a 130 A/m. Calcular um laço contendo laços menores.