A Saúde Suplementar no Brasil Seminário Resseguro Saúde Rio de Janeiro, Maio de 2008 Alfredo de Almeida Cardoso Diretor de Normas e Habilitação de Operadoras.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Regulação econômica em sistemas de saúde: Organizações Sociais de Saúde do estado de São Paulo Maria Luiza Levi outubro de 2009.
Advertisements

REGULAÇÃO EM SAÚDE SUPLEMENTAR E OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
Histórico da atuação do CFN Representante do FCFAS na Câmara de Saúde Suplementar CSS/ANS Julho/2007 a Dezembro/2008.
A Gestão Pública do Sub-Sistema Privado
EM BUSCA DA REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES EM SAÚDE NO BRASIL: uma discussão sobre  qualidade e regulação num sistema com utilização combinada e desigual Hésio.
Brasil: Financiamento do Sistema Único de Saúde - SUS
A REGULAÇÃO DA SAÚDE UMA ABORDAGEM
Por uma regulação pública que viabilize a eficiência, a qualidade, o acesso equânime e o cuidado integral na atenção à saúde.
1º Encontro de Regulação Econômica TEMA 1 – O SETOR REGULADO E A REGULAÇÃO A SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS Fábio Dantas Fassini.
Curso de Especialização em Assistência e Atenção Farmacêutica
Viabilidade Econômica dos Planos de Saúde oferecidos pelas Cooperativas Médicas Audiência Pública – Comissão de Desenvolvimento Econômico Câmara dos Deputados.
Relação entre Prestadores de Serviços e Operadoras de Planos de Saúde
1 Seminário "Seis Anos de Regulamentação: Avanços e Desafios" "A Visão do Setor: Impactos para o Consumidor na Ótica da Operadora"
A CRISE MUNDIAL E SEUS EFEITOS NO BRASIL
Aspectos gerenciais de hospitais filantrópicos no Brasil
A Gestão Pública da Saúde no Território e a Regulação do Território e a Regulação do Mercado de Atenção Mercado de Atenção Suplementar à Saúde.
“A Gestão Pública da Saúde no Território e a Regulação do Mercado de Atenção Suplementar à Saúde” São Paulo – 14 e 15 de outubro de 2009 “ A utilização.
Informação em Saúde Suplementar
Kátia Ferraz Santana Santa Casa de Marília.
O setor de saúde e suas relações – Um desafio para diversos atores
Auditoria Médica e sua importância nos Planos de Saúde.
GEI – Gestão Estratégica da Informação Posicionamento
O Atuário na Regulação da Saúde Suplementar
Hospital-Dia e Maternidade Unimed-BH
MONITORAMENTO DA GESTÃO 3º trimestre
Parto Normal está no meu Plano Movimento ANS em favor do Parto Normal
Saúde Suplementar Regulação, Desafios e Oportunidades
O difícil equilíbrio da regulamentação
Integração da Saúde Suplementar ao SUS como fator de sustentabilidade
ESTRATÉGIA DO CONTROLE
FÓRUM DE SAÚDE SUPLEMENTAR.
Saúde Suplementar: Rumo à Eficiência Alfredo de Almeida Cardoso Diretor de Normas e Habilitação de Operadoras – ANS Rio de Janeiro- Novembro de 2006.
FÓRUM DE SAÚDE SUPLEMENTAR Abrangência da regulação FUNDAÇÃO PROCON SÃO PAULO Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania Fundação de Proteção e Defesa.
OS DESAFIOS DA GESTÃO NA SAÚDE
Leandro Fonseca Diretor Adjunto de Normas e Habilitação de Operadoras
ASPECTOS FINANCEIROS DA
A NOAS e as Inovações de Organização da Assistência à Saúde
Oportunidades Regionais no Contexto de Saúde Internacional
REGULAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL A perspectiva do setor suplementar
REGULAÇÃO EM SAÚDE SUPLEMENTAR E OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
Autorização de Funcionamento
Alfredo Scaff Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos
Informação em Saúde Suplementar Florianópolis, maio de 2007.
QUALIDADE DA ATENÇÃO DE SAÚDE NA SAÚDE SUPLEMENTAR
ATS NA ANS PARA A MELHORIA DA QUALIDADE
DIGES Gilson Caleman Diretor. 2 Atividades -DIGES Programa de Qualificação: - Possibilitou a construção de uma agenda positiva entre todos os atores envolvidos,
Relacionamento entre Prestadores e Operadoras Rio de Janeiro, 16 de julho de 2009.
Informação em Saúde Suplementar Natal, setembro de 2007.
REGULAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL A perspectiva do setor suplementar
Qualificação Assistencial no Setor Suplementar de Saúde
POLÍTICAS SANITÁRIAS e ÉTICA Paulo Antonio Fortes VIII Congresso Brasileiro de Bioética 25 de Setembro 2009.
A VISÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/ MEDICINA LABORATORIAL NO FUTURO DAS ANÁLISES CLÍNICAS.
Assessoria de Estratégias e Estudos Corporativos
Informação na Saúde Suplementar
Lei nº /2014 Coletiva de Imprensa
IMPACTO FINANCEIRO ROL
Curso de Especialização para Formação de Gestores e Equipes Gestoras do SUS Módulo I: Políticas de Saúde e os Desafios Contemporâneos Para a Gestão do.
PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO
A Gestão de Riscos baseada na Promoção da Saúde Bucal
Gerência Geral de Regulação Econômica e Monitoramento de Mercado Regulação econômica na saúde: onde estamos e para onde vamos Alexandre Lemgruber 3º Encontro.
Conselho Estadual de Saúde – Paraná
Câmara Técnica de Mecanismos de Regulação Reunião ANS - 24/10/12 Câmara Técnica de Mecanismos de Regulação Reunião ANS - 24/10/12.
SISTEMA ÚNICO de SAÚDE SUS.
Sistema de Saúde Suplementar
Sistema de atenção suplementar no brasil
José Carlos de Souza Abrahão Diretor-Presidente Porto Alegre, 13 de novembro de Cenário Atual e Perspectivas da Saúde Suplementar.
Alguns desafios para a construção de um sistema de saúde universal e equitativo no Brasil José C. de Noronha Seminário Internacional de Política, Planejamento.
Apoiopatrocíniorealização. Público: 53,1% Privado: 46,9% Público: 47,0% Privado: 53,0% Público: 72,8% Privado: 27,2% Público: 77,1% Privado: 22,9%
Unimed Sul do Pará Dr. Jorge Bichara Neto Diretor Presidente da Unimed Sul do Pará.
Residentes: Ana Djéssika Vidal (Economista) Bruna Ferreira (Administradora) Helder Marcos (Administrador) Suzane Rodrigues Gonzaga (Economista)
Transcrição da apresentação:

A Saúde Suplementar no Brasil Seminário Resseguro Saúde Rio de Janeiro, Maio de 2008 Alfredo de Almeida Cardoso Diretor de Normas e Habilitação de Operadoras ANS

DÉCADA DE60 – Início da Saúde Suplementar DÉCADA DE 60 – Início da Saúde Suplementar

Alternativa à Saúde Pública; Planos Coletivos; Conceito Assistencial; Qualidade Assistencial Percebida e Acesso Fluxo Financeiro favorável para a Operadora; Base econômica - Mutualismo Risco Econômico-financeiro x Modelo Assitencial. Saúde Suplementar

A função econômica das Operadoras foi e é a de assumir riscos que um indivíduos e empresas não estão aptos a assumir, juntar estes riscos e reduzir a volatilidade através da combinação de riscos similares – MUTUALISMO; As Operadoras que tiveram sucesso souberam identificar e criar mecanismos de proteção dos Riscos inerentes a Operação de Planos de Saúde, desevolvendo sistemas de Gestão de Risco; Gestão de Risco - Sistemas de medidas para analisar, controlar e limitar a exposição ao risco.

Evolução Os Riscos do setor vêem se modificando com as mudanças intrínsecas do Setor, com o progresso técnico e tecnológico, com a escalada de custos, com as condições do ambiente,com a mudança do comportamento do consumidor, com mudanças demográficas e epidemiológicas da População e com a Regulação do Setor;

Crescimento na mesma estratégia – Acesso e Qualidade percebida; Qualidade = Complexidade (tecnologia) Aumento da informação e exigência da População; Mudança da Interpretação jurídica dos contratos; Mudança do Mix Epidemiológico; Regulamentação Governamental – Lei 9656 e ANS. Saúde Suplementar – Evolução

Complexidade da Regulação em Saúde Maior desafio do Século XXI: Construção de Um Sistema de Saúde que: Agregue valor; Incorpore os novos bebefícios; Seja Sustentável; Não Fracasse em realizar seu potencial; Acabe com os GAPs assistenciais existentes.

Desafio com Múltiplas Interações Interação entre doenças Interação entre Tratamentos Tensão entre Objetivos Terapeuticos Multiplos Provedores Multiplas Tecnologias

Diferentes Visões…

Source: Kaiser/HRET Survey of Employer-Sponsored Health Benefits, ; KPMG Survey of Employer-Sponsored Health Benefits: 1988, 1993, 1996, 1998; Bureau of Labor Statistics, ^ Difícil Sustentabilidade…

11 Difícil Sustentabilidade também no Brasil... Fonte IESS

Diretrizes da ANS Construção de um Sistema de SAÚDE: -Seguro; -Efetivo; -Paciente Centrado; -Eficiente; -Que Atue em tempo Oportuno; -Equitativo (igualdade Moral). Institute of Medicine Crossing the Quality Chasm: A new Health System for the 21st century (2001)

Crescimento dos Beneficiários

Predomínio de Planos Coletivos

Predomínio dos Planos Novos

Beneficiários por Modalidade

Taxa de cobertura médico-hospitalar por Unidades da Federação (Brasil - Set/2007) Cobertura Geográfica

Concentração de Operadoras

Porte das Operadoras

Previsibilidade do Risco

Operadoras com registros ativos e cancelados (janeiro/2000 a janeiro/2008) Fonte: Cadastro das Operadoras – janeiro/2008

Desenho do Setor – EUA Custo Unitário decresce mais acentuadamente Em empresas com mais de beneficiários University of Minnesota School of Public Health Concentração nos EUA

Operadoras por Receita

Despesas das Operadoras

Crescimento das Despesas Assistenciais

27 R$ Bi% Setor Privado 98,4 51,0 Planos e Seguros 49,9 25,9 Gastos Pessoais Diretos 21,1 10,9 Gastos Pessoais com medicam. 27,4 14,2 Setor Público - SUS 94,4 49,0 Federal 44,3 23,0 Estadual 24,3 12,6 Municipal 25,8 13,4 Total 192,8 100,0 Fontes de Financiamento da Saúde Fonte: SPO/MS e SIOPS/ANS. Apud Gilson Carvalho

Fontes de Financiamento da Saúde Fonte: ENSP/Fiocruz – Radis nº 55 (Mar/07)

Ações da ANS Foco Assistencial Qualificação (indicadores Assistenciais); Suficiência de Rede; Autorização de Funcionamento ( registro de produtos); Revisões Periódicas do Rol de Procedimentos.

Ações da ANS Foco Econômico Financeiro SEGURANÇA Plano de Contas; Demonstrativos Economico/ Financeiros; Conceito de PMA (para todas as Operadoras); Provisões para déficits absolutos/relativos de Receita; Provisões para Eventos Ocorridos e Não Avisados; Incentivo ao Pagamento em dia dos Prestadores ( Dependência Operacional); Patrimônio Liquido como uma reserva adicional ao Risco; Regras de Custódia dos Ativos.

Ações da ANS Outras Diretrizes Informação/ Educação do Consumidor; Fiscalização mais Efetiva; Racionalzação de Procedimentos ( TISS, ressarcimento).

10 anos depois.... Setor melhor conhecido; Maior inserção do Setor na Sociedade; Setor mais concentrado; Melhoria na segurança econômico financeira; Modificação no Modelo Assistencial; Consumidor mais protegido.

Evolução da Liquidez Corrente nas Operadoras

Garantias Financeiras - Situação Atual

Quantidade de Cancelamentos por motivo ( jan/00 a jan/08) Fonte: Cadastro das Operadoras – janeiro/2008

O Momento da Saúde. Aumento desordenado dos custos; A frustação de pagadores, provedores e consumidores; A Busca por Modelos de Sistemas de Saúde está no topo das agendas de todas os países do Mundo; Se tem maior clareza sobre a relação entre custo e benefícios – alguns benchmarking revelam altas performances; Compatibilizar Custo com Qualidade.

As questões da Saúde no Mundo Estrutura de Entrega Standards de Cobertura Acesso e Financiamento

A Quarta Maior ¨Economia do Mundo PIB, BILLIONS, 2004 USA: $11,673 USA HEALTH ECONOMY: $1,905 GERMANY: $2,360 JAPAN: $3,788 UNITED KINGDOM: $1,881 FRANCE: $1,838 Sources: OECD Fact Book, 2006 US National Health Expenditures, 2004 (CMS, 8/06)

Page 39 Health Care Spending per Capita in 2004 ($ não garante qualidade) Source: OECD Health Data Published in Health Affairs Volume 26:5 2007

Qualidade = Tecnologia

Envelhecimento da População – População IBGE

Obesidade

Globalização- O Mundo ficou pequeno.... Travel Time: London – Hong Kong months* * Based on the voyage of Vasco de Gama around the Cape of Good Hope. 10 weeks** ** Voyage of the White Star liner Oceania through the Suez Canal 3 days (9 stops)*** ***Route of a typical flight was London, Frankfurt, Rome, Damascus, Basra, Karachi, Delhi, Calcutta, Rangoon, Bangkok, and Hong Kong. 13 hours **** Starkey, David, et al. Shipping Movements in the ports of the United Kingdom, (University of Exeter Press, 1999) Viagem de Londres a Hong Kong

Mudança no Mix Epidemiológica

Page 45 Frustações Physician Satisfaction with Current Practice Situation % Satisfied % Dissatisfied Source: Harris Interactive, Strategic Health Perspectives

No Brasil, uma percepção que o privado...

...é a Única Alternativa

Consensos em Sistemas de Saúde Universalidade; Equidade; Aceitação do Papel dos Governos; Orçamento Global; Racionalização; Controle da Tecnologia e da Inovação; Conceitos de Mercado e competição.

Valores Emergentes Consumidores Empowered; Aumento da importancia da Internet; Gerenciamento da Demanda; Medidas Transparentes da Qualidade e do Custo; Procura do Valor; Pay for Performance; Conviver com o envelhecimento e com a epidemia de Obesidade.

Levam a uma Abrangente Estratégia de Mudança Mudança no Conceito de Qualidade; Design baseado em Evidencias; Desenvolvimento de contabilidade Clínica; Reforma na Forma de Pagamento.

Com uma certeza, Terão Sucesso: As OPS que criarem Valor – capacidades que conferem à OPS de desenvolverem diferenciais que não são passíveis de serem imediatamente copiadas por um competidor.

Assim Definindo Valor: Valor = ( Acesso + Qualidade + Segurança) Custo

Novo Sistema Baseado na Santissíma Trindade: Custo; Qualidade Assistencial; Acesso e não menos importante, Segurança do Benefício.

A Construção de um novo Sistema ModeloAssistencial Operadoras de Planos de Saúde Médicos E Prestadores Consumidores Acreditação de Prestadores Acreditação de Operadoras Informação ao Consumidor 1 2 Protocolos Clínicos 3 Satisfação do Consumidor 4 Novo Ressarcimento ao SUS Portabilidade de Carencias Fundo Garantidor - Autorização de Funcionamento - Avanço das Regras Econômicas Pudenciais - TISS - Rol de Procediementos

Ameaças Manutenção das JaboticabasDinossaúricas; Universalização da Saúde Suplementar; Negação do conceito de Mercado; Descompasso Assistencial e Econômico; Negação a Inovação; Novo Projeto de Lei; Interferência Politica; Judicialização.

Possibilidades.... Informações Objetivas; Regulação Indutiva; Concorrência baseada em Indicadores Objetivos - RIVALIDADE; Aumento da responsabilidade de todos os participantes – Informação x Hipossuficiencia x Onipotência; Racionalização e Otimização dos Tratamentos; Redução dos Custos; Redução dos Preços; Viabilidade de Novos Mercados; Aumento do Número de Beneficiários; Criação de Novos Produtos (HSA); Volta ao Plano Individual – redução do Risco; Círculo virtuoso.

Muito Obrigado! Contatos: