Emissão de CO 2 e CH 4 em chavascais do médio Rio Negro – dados preliminares. Propõe-se que a assimilação de CO 2 pela floresta amazônica compensa parte.

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Transcrição da apresentação:

Emissão de CO 2 e CH 4 em chavascais do médio Rio Negro – dados preliminares. Propõe-se que a assimilação de CO 2 pela floresta amazônica compensa parte da emissão de gases de efeito estufa de fontes antrópicas do hemisfério norte. Porém, trabalhos recentes mostram que a emissão de CO 2 e CH 4 dos ecossistemas fluviais da Amazônia pode ser da mesma magnitude do que a assimilação terrestre. Desta forma, o efeito líquido dos dois fluxos no balanço regional de carbono pode ser nulo. Para testar esta hipótese precisamos melhorar as estimativas das emissões de CO 2 e CH 4, especialmente em ambientes alagáveis pouco estudados (fig. 1). Estimar as emissões de CO 2 e CH 4 em chavascais do rio Negro e relacioná-las a fatores ambientais para criar um modelo de emissão aplicável a toda a bacia do rio Negro. Universidade Federal do Amazona – UFAM Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA Biologia de Água Doce e Pesca de Interiores - PADPI Fig. 6 - Pluviômetro instalado na campina do campo Aracá. Os dados de precipitação são continuamente coletados e armazenados pelo aparelho. Fig. 7 - Tubo instalado no campo Aracá contendo o levelogger. Dados de pressão hidrostática são coletados, transformados em profundidade e armazenados pelo aparelho diariamente. Fig. 4 – Funis invertidos coletando bolhas de gás emitidas no capinzal da campo RNL. Eles permanecem no local por 24h Fig. 3 - Vista aérea de um campo do médio rio Negro. A linha vermelha indica o transecto que atravessa quatro tipos de habitats: campina, buritizal, capinzal e água aberta. Há dois pontos de coleta por habitat, tonalizando oito pontos por campo. Água aberta capinzal buritizal campina Fig. 2 – Imagem do satélite LANDSAT destacando os locais do médio rio Negro onde estão sendo realizadas as coletas. Os cursos da água estão representados em preto, a floresta alta em verde e a vegetação aberta, típica dos campos, em vermelho. Estomos medindo mensalmente a emissão de gases em três campos do médio rio Negro: RNL, Itu e Aracá (Fig. 2). As amostras são coletadas ao longo de um transecto (Fig 3) em cada campo desde dezembro de Os dados já coletados mostram que o nível da água dos chavascais é relacionado à pluviosidade (fig 8). O nível do rio mais próximo parece influir também, mas isto é, provavelmente, uma relação indireta, pois o rio sobe em épocas de maior precipitação. A pluviosidade mensal medida nos chavascais é bem relacionada a dados de estações já instaladas na região (fig 9). Estes dados serão utilizados para inferir o nível da água dos chavascais no passado. Este nível será então relacionado a imagens antigas dos satélites JERS e LANDSAT para calcular a extensão e a variação sazonal da inundação, bem como o tamanho de cada habitat no passado. Sendo possível gerar um modelo histórico de emissão. Introdução Objetivos Material e Métodos Fundação Rio Negro Lodge Fontes financiadoras Apoio Resultados e Discussão Fig 5 – A) Câmara para coletar gases emitidos da água por difusão. B) Câmara para coletar gases emitidos do solo quando o local está seco. A B Lauren Belger, Bruce Forsberg, John Melack Fig 8 – Gráfico mostrando a influência da pluviosidade e da variação da cota do rio Rio Negro sobre o nível da água do campo RNL. Fig 9 – Gráfico mostrando relação entre as pluviosidades semanais medidas no Hotel e na comunidade Cumaru. Em cada ponto medimos a emissão de gases (fig 4 e 5), a profundidade, a temperatura e oxigênio dissolvido na água. Em cada campo instalamos dois tipos de sensores com dataloggers: um medidor de nível da água (Fig. 6) e um pluviômetro (Fig. 7). A influência dos fatores ambientais sobre a emissão de CO2 e CH4 será testada estatisticamente. Os fatores que surtirem efeito sobre a emissão serão colocados no modelo. Para extrapolar a emissão dos gases para toda a região é necessário saber o tamanho de cada tipo de habitat e a variação sazonal da inundação, o que será determinado através dos dados de nível da água relacionados a imagens feitas pelo satélites JERS1 e RADARSAT e pelo avião do SIPAM. Fig. 1 - Chavascal na cabeceira do rio ITU - médio rio Negro. Ecossistema alagável de grande extensão cujas características biogeoquímicas são ainda desconhecidas Fig 9 – Gráfico mostrando as pluviosidades mensais no Hotel, no campo RNL e nas Comunidade Cumaru Samaúma