A pedagogia nos séculos XVIII e XIX

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Transcrição da apresentação:

A pedagogia nos séculos XVIII e XIX Profª Karina Oliveira Bezerra

1. O ideal iluminista de educação O século XVIII é conhecido como Séculos das Luzes, Iluminismo ou Ilustração. Luzes significa, nesse contexto, o poder da razão humana para interpretar e reorganizar o mundo. Esse otimismo com respeito à razão já se revelava, desde o Renascimento, no processo de secularização da consciência, antes impregnada pela religiosidade medieval. Um dos esforços do iluminismo foi tornar a escola leiga e função do Estado.

1. O ideal iluminista de educação Acentuava-se a recomendação do uso das línguas vernáculas, em detrimento do latim. E uma orientação pedagógica mais prática, voltada para as ciências, técnicas e ofícios, com o objetivo de mudar o rumo do estudo exclusivamente humanístico. O ensino era encarado como veículo importante das luzes da razão e no combate às superstições e ao obscurantismo religioso, ainda que alguns filósofos mantivessem um viés aristocrático, temerosos de que a educação das massas desequilibrasse a ordem que então se estabelecia.

2. A pedagogia de Rousseau Rousseau centralizou os interesses pedagógicos no aluno e não mais no professor. Mais que isso, ressaltou a especificidade da criança, que não devia ser encarada como um “adulto” em miniatura. Até então, os fins da educação encontravam-se na formação do indivíduo para Deus ou para a vida em sociedade, mas Rousseau quer que o ser humano integral seja educado para si mesmo: “ Viver é o que eu desejo ensinar-lhe. Quando sair das minhas mãos, ele não será magistrado, soldado ou sacerdote, ele será, antes de tudo, um homem”.

2. A pedagogia de Rousseau O que para Rousseau significa uma pedagogia naturalista? Buscar a verdadeira natureza, que corresponde à vocação humana Ao fazer a crítica dos costumes da aristocracia, Rousseau preconiza uma educação afastada do artificialismo das convenções sociais, que busque a espontaneidade original, livre da escravidão aos hábitos exteriores, a fim de que o indivíduo seja dono de si mesmo, agindo por interesses naturais e não por constrangimento exterior e artificial. A educação natural consiste também na recusa ao intelectualismo, reforçado no ensino tradicional muito formal e livresco.

2. A pedagogia de Rousseau Educação negativa Em um primeiro momento, o preceptor, além de afastar a criança do mundo corrompido, deve abster-se de transmitir conceitos sobre a virtude ou a verdade, a fim de não criar preconceitos e hábitos que impeçam o florescimento espontâneo de sua natureza. A criança deve aprender a lidar com os próprios desejos e a conhecer os limites para se tornar um indivíduo adulto dono de si mesmo. Aos 15 anos começa a educação moral propriamente dita. De posse da verdadeira razão, só então ele poderá observar as pessoas e suas paixões e também iniciar a instrução religiosa: porque falar precocemente de Deus com a criança é apenas lhe ensinar idolatria.