OFICINA: CONSTRUINDO MAPAS DAS REDES CULTURAIS – UM INSTRUMENTO PARA TRABALHARMOS NOSSAS DIFERENÇAS CLAUDIA MARRA JACOBSON, NUFAC/PUC-SP – claumarra@hotmail.com.

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Transcrição da apresentação:

OFICINA: CONSTRUINDO MAPAS DAS REDES CULTURAIS – UM INSTRUMENTO PARA TRABALHARMOS NOSSAS DIFERENÇAS CLAUDIA MARRA JACOBSON, NUFAC/PUC-SP – claumarra@hotmail.com MARIANNE RAMOS FEIJÓ, NUFAC/PUC-SP – marifeijo@uol.com.br

MAPAS DAS REDES CULTURAIS – UM INSTRUMENTO PARA TRABALHARMOS NOSSAS DIFERENÇAS CONTEXTO MULTICULTURAL. TRABALHO COM CASAIS E FAMÍLIAS / PRÁTICA – CLÍNICA, TERAPÊUTICA, PREVENTIVA, EDUCACIONAL E DE MEDIAÇÃO (FEIJÓ & MARRA, 2001;2005). SITUAÇÕES ONDE A DIVERSIDADE CULTURAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS ESTEJAM PRESENTES O MAPA DAS REDES CULTURAIS - É UM INSTRUMENTO QUE SISTEMATIZA E FACILITA O ESCLARECIMENTO E A NEGOCIAÇÃO DE TAIS DIVERSIDADES DENTRO DO RELACIONAMENTO. AMPLIA O FOCO DO PROBLEMA/DISPUTA CONSIDERANDO O CONTEXTO: ETNICIDADE, GÊNERO, RELIGIÃO, CONDIÇÕES SOCIOPOLITICOECONÔMICAS E RELACIONAMENTO COM AS REDES SOCIAIS CLAUDIA MARRA JACOBSON, NUFAC/PUC-SP – claumarra@hotmail.com MARIANNE RAMOS FEIJÓ, NUFAC/PUC-SP – marifeijo@uol.com.br

Diferenças ou desigualdades? Casais que se desentendem, alunos de uma classe que apresentem comportamentos violentos e de segregação com colegas, moradores de uma comunidade, pessoas em disputas, grupos e famílias em geral, podem se beneficiar com a construção dos mapas e com as reflexões sobre a origem dos conflitos e das desigualdades, que não é o mesmo que diferenças (Macedo, 2003), sobre o que é importante pensar. Porém, para que esta reflexão se transforme em comportamentos menos opressores e em sociedades menos desiguais, é necessária uma transformação. Tal processo de mudança, na nossa maneira de enxergar, pode ocorrer através da abertura e da reconstrução de narrativas (White, 1991; Combs & Freedman (1996); Grandesso, 2000), na relação com as redes sociais (Sluzki,1997).

Diferenças ou desigualdades? De acordo com Carter &McGoldrick (2003), Karrer (2005), Waldegrave (2003) Marra (2005) , Walsh (1995), dentre outros autores que ressaltam a importância de olharmos para os aspectos culturais e de valores em nosso trabalho com pessoas, e com Sluzki (1997), que enfatiza a importância das redes sociais na prática sistêmica, esta proposta abre uma possibilidade de rever relações, de ampliar a inserção social e de amenizar conflitos, sem exclusão pelas diferenças.

NARRATIVAS SOBRE O CICLO VITAL QUEM SÃO O TEMA OU O PROBLEMA AS REDES (INFLUÊNCIAS E CO-CONSTRUÇÃO DAS NARRATIVAS) MIGRAÇÃO (IMPACTO E DIVERSIDADE CULTURAL O CONTEXTO SÓCIAL ECONÔMICO POLÍTICO CULTURAL O RELACIONAMENTO DESTE CASAL OU FAMÍLIA O CICLO VITAL DESTE CASAL OU FAMÍLIA QUEM SÃO NARRATIVA GERADORA DE NOVAS POSSIBILIDADES O QUE QUEREM O QUE SENTEM COM QUEM CONTAM

PRINCIPAIS TEMAS LEVANTADOS NA CONSTRUÇÃO DO MAPA RELACIONAMENTO COM A REDE SOCIAL IDENTIDADE CULTURAL/HERANÇA CULTURAL FAMÍLIA DE ORIGEM / PADRÕES DE COMPORTAMENTO CICLO VITAL HISTÓRIA DO PROBLEMA OU DISPUTA HISTÓRIA DO RELACIONAMENTO / ESCOLHA DO PARCEIRO MIGRAÇÃO / CHOQUE CULTURAL / PERDAS DIFICULDADES E SENTIMENTOS ATUAIS / RESSENTIMENTOS DIFERENÇAS E NECESSIDADES DIVISÃO DE PAPÉIS / QUESTÕES DE GÊNERO ESCOLHAS / EXPECTATIVAS / NEGOCIAÇÃO DE CONFLITOS METAS FUTURAS CONTEXTO ATUAL / DIVERSIDADE CULTURAL

ELA ELE 34 ANOS 43 anos NOVO CONTRATO FO: brasileiros IGREJA evangélica IGREJA católica FO: brasileiros avós italianos união, afeto explícito 1ª ETAPA FO: ingleses, avos escoceses Independ. AMIGOS Construir família AMIGAS ESCLA Solteiras diversão 2ª ETAPA ESCOLHAS ESCOLHAS 3ª ETAPA NOVO CONTRATO

Forum Ação de Alimentos/Regulação de Visitas Os pais do menor namoraram por curto período, e desta relação, nasceu J., um menino de 1 ano. A requerente P., 22 anos, solteira, entra com ação de alimentos contra o requerido O., 22 anos, solteiro. O. contesta o valor pleiteado e manifesta o desejo de ver seu filho todos os dias. O. questiona a adequação dos cuidados com o filho, dispensados pela mãe. P. mora sozinha em uma kittchnet, estuda e conta com a ajuda da mãe para cuidar do seu filho em parte do tempo. O. mora com os pais em apartamento grande na Zona Sul.Desistiu da faculdade; não estuda, nem trabalha atualmente. CLAUDIA MARRA JACOBSON, NUFAC/PUC-SP – claumarra@hotmail.com MARIANNE RAMOS FEIJÓ, NUFAC/PUC-SP – marifeijo@uol.com.br

REGULAÇÂO VISITAS GUARDA MÃE Ex-namorada 22 anos Guarda e Visitas Ex-namorado 22 anos Bairro Nova Conceiç BAIRRO Pirituba FO: Mãe solteira brasileira Cuidadora do neto FO: Japoneses Mãe apegada ao neto 1ª ETAPA AMIGOS Abastados econom Filhos em escolas part AMIGAS FACULD Jovens Solteiras 2ª ETAPA ESCOLHAS ESCOLHAS REGULAÇÂO VISITAS GUARDA MÃE PENSÃO 3ª ETAPA

CONSTRUINDO MAPAS DAS REDES CULTURAIS – UM INSTRUMENTO PARA TRABALHARMOS NOSSAS DIFERENÇAS FRENTE 1__________________ 6. __________________ VERSO 2.___ 3 7.___ 8 2.___ 3 7.___ 8 9 4 4 7.__ 8 2.___ 3 9 4 9 5 10

CONSTRUINDO MAPAS DAS REDES CULTURAIS – UM INSTRUMENTO PARA TRABALHARMOS NOSSAS DIFERENÇAS Identifique e nomeie uma dificuldade/diferença que está vivendo (ou que viveu) com alguém Coloque o nome de pessoas que são significativas para você (mesmo que distantes ou mortas). Escreva o que cada uma dessas pessoas (ou conjunto de pessoas) diria à você sobre esta dificuldade Ao fundo dê dados contextuais (religiosos, etnicos, socieconomicopolitico e educacionais) 5. Escreva o que você pensa e sente em relação à dificuldade/diferença. CLAUDIA MARRA JACOBSON, NUFAC/PUC-SP – claumarra@hotmail.com MARIANNE RAMOS FEIJÓ, NUFAC/PUC-SP – marifeijo@uol.com.br

CONSTRUINDO MAPAS DAS REDES CULTURAIS – UM INSTRUMENTO PARA TRABALHARMOS NOSSAS DIFERENÇAS NO VERSO DA FOLHA: 6. Coloque o nome que a pessoa daria ao problema/diferença 7. Coloque o nome de pessoas que são significativas para ela (ele). Escreva o que cada uma dessas pessoas (ou conjunto de pessoas) diria à ele (ela) sobre esta dificuldade Ao fundo dê dados contextuais (religiosos, etnicos, socieconomicopolitico e educacionais) 10. Escreva o que acha que ele (a) pensa e sente em relação à dificuldade/diferença. CLAUDIA MARRA JACOBSON, NUFAC/PUC-SP – claumarra@hotmail.com MARIANNE RAMOS FEIJÓ, NUFAC/PUC-SP – marifeijo@uol.com.br

O que você está disposto a fazer? Como pode contribuir? CONSTRUINDO MAPAS DAS REDES CULTURAIS – UM INSTRUMENTO PARA TRABALHARMOS NOSSAS DIFERENÇAS REFLITA SOBRE: O que precisaria acontecer para melhorar esta relação e diminuir tal dificuldade? O que você está disposto a fazer? Como pode contribuir? Que pedidos poderia fazer para ele (a)? Como? Quem poderia ajudar? Como voce encara as referências do outro? Como diferenças ou como desigualdades? Como poderia ser um novo contrato que abarcasse as diferenças sem desigualdade de poder e de condições? CLAUDIA MARRA JACOBSON, NUFAC/PUC-SP – claumarra@hotmail.com MARIANNE RAMOS FEIJÓ, NUFAC/PUC-SP – marifeijo@uol.com.br

Em resumo, nossa proposta é de reflexão acerca dos valores, de aspectos transmitidos pela família e pela rede social, que muitas vezes sustentam conflitos e relações de desigualdade. Quando tiver um conflito, que leva a uma disputa com alguém, levante: A situação como um todo – mudanças ao longo do tempo, acontecimentos paralelos e relacionados, os rótulos, o que veio antes e depois, o contexto, as variações do mesmo problema, as contribuições, papéis e responsabilidades de cada envolvido, a relação entre eles, as “características”, comportamentos e necessidades de cada um, os valores (antigos, novos e em construção), a forma de contar as histórias e a visão de cada um (de acordo com o seu olhar, com a sua história...) Suares, 1996 (cap 7)