Cap. 8: USC, a universidade do mainstream

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Cap. 8: USC, a universidade do mainstream

University of South California Na entrada lê-se: “A realidade acaba aqui” Formou George Lucas Steven Spielberg, Frank Capra, entre outros... Localizado no Downtown de Los Angeles, é um campus aberto à circulação, “misturado à cidade”. (p. 195) “(...) organizada como um autêntico estúdio (...) misturando teoria e prática” (p. 198) Formação “extremamente interdisciplinar” (p. 199) Depto. business: fornece 80 mil dólares para cada estudante para rodarem um filme como produtos de trabalhos e provas de graduação.

As universidades americanas e a indústria criativa “Para entender o poderio das indústrias criativas nos Estados Unidos, seja no cinema ou na música, edição de livros ou na internet, temos que nos interessar pelas universidade americanas.” (p. 196) Mais de 4 mil estabelecimentos de ensino superior (1400 são universidades) Recebem do país cerca de 3% do seu PNB (duas vezes menos que na Europa) “Essa intercorrência entre a universidade e o mundo cultural real é permanente no cinema, mas também na música e na edição de livros.”(p. 200)

Vantagens das universidades americanas Estrutura: “ambiente favorável à criação e constantes interações com as indústrias criativas” (p.197) Profissionalismo – vínculos com o mundo profissional real Vitalidade e dinamismo cultural: A cultura é “messy” (bagunçada), “off-hand” (desenvolta), “fuzzy” (confusa) e “indie” (independente). “energia e inovação constante e a criatividade dos estudantes” (p. 200) “Uma das Chaves do sistema americano é a proliferação de passarelas da comunicação entre essas universidades e a cultura underground de que estão cercadas” (p. 200): Galerias de arte, estações de rádio e televisão livres, festivais de curtas, show-cases e teatro experimental, open mic sessions, oficinas, cafés e restaurantes alternativos... “fica difícil distinguir o profissional do amador, o participante do observador, a homogeneidade da diversidade e a arte do comércio.”

Diversidade cultural Diversidade: “Escola globalizada”: Grande abertura às minorias e estudantes do mundo todo “Mas essa real abertura para os estrangeiros é acompanhada de um forte protecionismo do mercado de trabalho, que torna o sucesso raro e ainda mais aleatório para os candidatos ao exílio.” (p. 207) “Na verdade essa capacidade de receber talentos estrangeiros representa para Hollywood uma vantagem excepcional frente à concorrência. ‘Nossos atores e realizadores são contratados nos Estados unidos. é uma sorte para eles, mas isso seca completamente a criatividade aqui. desse modo, os block busters hollywoodianos vão bem na América latina, mas os cinemas nacionais, provados de seus melhores atores e cineastas, logo ficam fragilizados, quando não desaparecem completamente’”. (p. 208)

O mercado e a universidade Os estudantes têm acesso a bolsas e empregos remunerados (“works-studies”) São os profissionais que procuram os alunos Equipamentos e infraestrutura recebem apoio de grandes empresas e estúdios (Sony, Hewlett Packard e IBM, por exemplo) “Apesar das aparências, as atividades na USC estão efetivamente no setor não lucrativo, e não no mercado.” “(...) o mercado sabe perfeitamente recuperar esses nichos culturais e comunitários: apesar talvez de suas intenções, muitos desses estudantes “independentes" contribuem no fim das contas para alimentar as indústrias criativas; serão recuperados pelo comércio e, a partir de uma arte autêntica e sem fins lucrativos, acabarão produzindo uma cultura mainstream. A américa nos prova que muitas vezes é difícil ser apenas parcialmente comercial” (p. 200) Pesquisa: “As universidades não são apenas onde surge nos Estados Unidos a cultura alternativa  - também já fazem a esta altura uma parte da Pesquisa e Desenvolvimento (R&D) das indústrias de conteúdo.” (p. 201)

Americanização: “geopolítica dos mundos e guerras culturais” “Os Estados Unidos não são apenas um país, nem mesmo um continente: são o mundo, ou pelo menos o mundo em miniatura (...) Esse dado é decisivo na explicação do crescente domínio das indústrias criativas americanas no mundo, arte e entretenimento, mainstream e nichos ao mesmo tempo.”(p. 209) “A americanização cultural do mundo traduziu-se na segunda metade do século XX nesse crescente monopólio sobre as imagens e os sonhos. Ela enfrenta atualmente a concorrência e a contestação de novos países emergentes.” (p. 209)