GLOBALIZAÇÃO Prof. Adriano Donizete Rodrigues SOCIOLOGIA.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Capitalismo e Globalização
Advertisements

Globalização e as novas fronteiras do mercado e dos conflitos.
Liberalismo, Neoliberalismo e Globalização
Neoliberalismo Globalização.
O MUNDO ATUAL.
GLOBALIZAÇÃO: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS.
SOCIOLOGIA Professora Salete A. Aragão Ensino Médo
GLOBALIZAÇÃO Profa. Zélia Halicki.
Globalização, Geopolítica e Políticas Públicas
Organizações mundiais e Blocos econômicos cap. 4- p.62
NEOLIBERALISMO E SUAS FACES
RELEMBRANDO O QUE JÁ APRENDEMOS ATÉ AGORA...
A NOVA ORDEM MUNDIAL E A GLOBALIZAÇÃO
GLOBALIZAÇÃO: Interligação Interdependência - Atual
NOVA ORDEM INTERNACIONAL Colégio Militar de Belo Horizonte História -
FUNDAMENTOS POLÍTICOS-ECONÔMICOS DA EDUCAÇÃO
Liberalismo, Neoliberalismo e Globalização
A globalização econômica nos anos 1950 e 1960
CRÍTICAS a ECONOMIA GLOBALIZADA.
GLOBALIZAÇÃO.
A globalização econômica nos anos 1990
PROFESSOR LEONAM JUNIOR CAPÍTULO 1 - GLOBALIZAÇÃO E AVANÇO TECNOLÓGICO
MANIFESTAÇÕES da ECONOMIA GLOBALIZADA.
O Fenômeno da Globalização e as Identidades Regionais
GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA
A economia Global.
Globalização.
Capítulo 22 – Os países emergentes
Globalização: Boa ou ruim?.
A REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO MUNDIAL
A Nova Ordem Mundial Ordem ou Desordem?.
Globalização – Prós e contras Selma Hosni Abril 2011
GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
PROFESSOR LEONAM JUNIOR
O NEOLIBERALISMO.
Universidade do Vale do Itajaí Curso de Geografia
Organizações mundiais e Blocos econômicos cap. 53- p.471
“ ” Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. (Gandhi)
UT 12 –INDUSTRIALIZAÇÃO EM PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS
GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERALISMO
O QUE É GLOBALIZAÇÃO? Processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as.
Empresas Multinacionais
CRÍTICAS a ECONOMIA GLOBALIZADA.
Prof. MSc. Cláudio Cabral. O Comércio Internacional desenvolveu-se a partir das necessidades das nações de suprirem suas carências. Hoje temos o resultados.
Fernanda Aparecida no 6 Stephanie Padilha no 19 Victoria Gomes no 21
A reconfiguração do poder na nova ordem mundial
ECONOMIA PÓS - GUERRA 1ª Guerra Mundial: Houve um crescimento na indústria de aço e motores de combustão interna, eletricidade e petróleo. 1929: Queda.
Regionalização mundial segundo o nível de desenvolvimento
Globalização e avanço tecnológico
CURSO DEFESA NACIONAL 1998 GLOBALIZAÇÃO, CRISES FINANCEIRAS E REFORMA DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS INTERNACIONAIS Abel M. Mateus Professor Universidade.
GLOBALIZAÇÃO Pode ser considerada a nova expressão para um fenômeno antigo, para a organização de empresas e economias em escala planetária MUNDIALIZAÇÃO.
Globalização.
Blocos Econômicos Década de 40 – pós – guerra .
Aspectos positivos Aspectos Negativos
O que é globalização ?.
Geopolítica da Economia Mundial.
GLOBALIZAÇÃO E OS BLOCOS REGIONAIS – Mód.15 Tóp. 1
GLOBALIZAÇÃO E OS BLOCOS REGIONAIS – Mód.15 Tóp. 1
Módulo 20 - Indústria Prof Claudinei Perencin.
Origens e bases do mundo global.
A Globalização Economia Global.
Oficina – Cine Geo / redes de capitalismo
O mundo dividido na era da Globalização
Globalização e Gestão com Pessoas
Revisão para a prova.
Globalização. Origens da globalização O que se fala sobre a globalização: - Propagação mundial do capitalismo - Expansão da indústria em direção aos.
Acordo Mercosul – União Europeia Câmara dos Deputados Carlos Eduardo Abijaodi Diretor de Desenvolvimento Industrial 27 de maio de 2014.
Industrialização Brasileira
O Estado na Economia Globalizada
Capítulo 4- Desenvolvimento e Subdesenvolvimento
Transcrição da apresentação:

GLOBALIZAÇÃO Prof. Adriano Donizete Rodrigues SOCIOLOGIA

A globalização não é apenas um modismo. Ela é um fato A globalização não é apenas um modismo. Ela é um fato. Porém, seu conceito e perspectivas futuras ainda parecem conflitantes. Entenda, ao menos, seus principais aspectos:

Globalização é um processo econômico social que estabelece uma integração em caráter econômico, social, cultural e político entre os países do mundo. Esse processo aproxima mercados e pessoas de diferentes países. A globalização surgiu com o aprimoramento de meios de transportes, telecomunicações e todo o processo de transição do avanço tecnológico, principalmente a internet. O processo apareceu para atender ao capitalismo, uma vez que países mais desenvolvidos precisavam buscar novos mercados já que o consumo interno estava saturado.

Expansão marítima portuguesa - séculos XV e XVI. A globalização, processo de interdependência entre países e mercados, é uma nova fase de expansão do capitalismo, assim como foram o período das Grandes Navegações e o Neocolonialismo. Ela começou a criar forma em meados da década de 80, quando a tecnologia de informática se associou a de telecomunicações (III Revolução ou Onda Tecnológica) concomitante a queda de barreiras comerciais em decorrência do neoliberalismo.

Neoliberalismo é uma teoria político-econômica que defende uma redução da ação do Estado na economia. Essa teoria ganhou força depois que os conservadores foram vitoriosos nas eleições de 1979 no Reino Unido (ungindo Margareth Thatcher como primeira ministra) e, de 1980, nos Estados Unidos (eleição de Ronald Reagan para a presidência daquele país). Desde então o Estado passou apenas a preservar a ordem política e econômica, deixando as empresas privadas livres para investirem como quisessem. Além disso, os Estados passaram a desregulamentar e a privatizar inúmeras atividades econômicas antes controladas por eles e a abrir seus mercados ao capital externo.

A percepção mais evidente do mundo globalizado está na interligação acentuada e acelerada dos mercados mundiais, na qual se tem a possibilidade de movimentar bilhões de US$ via computador, em poucos segundos, fato que ocorreu com o crash mundial das bolsas de valores (crise asiática - 1997) e as posteriores crises russa (1998) e brasileira (1999) - fim das fronteiras geopolíticas?;

A crise asiática gerou inquietação nos operadores de todas as bolsas do mundo, inclusive os do Kuwait.

A interligação acentuada e acelerada dos mercados mundiais só é possível pelo atual nível de desenvolvimento no campo da informática e telecomunicações ( terceira revolução tecnológica - processamento, difusão e transmissão de informações), uma vez que. o desenvolvimento e barateamento das tecnologias de informação, reduzem o tamanho do mundo. A CNN pode ser considerada o símbolo da integração da informação via satélite e a INTERNET, via computador. Tornando o Bill Gates o homem mais rico do mundo, com cerca de 46 bilhões de dólares, fez fortuna às custas da informática; ..

O Brasil interpela a UE junto a OMC pelas barreiras alfandegárias impostas ao açúcar nacional. Com a globalização a OMC (Organização mundial do Comércio, que substitui o GATT - acordo Geral de tarifas e Comércio), passa a ser a instituição internacional de maior relevância, uma vez que no futuro, os “conflitos comerciais” se intensificarão, sendo esta instituição apta a julgar tais conflitos;

Há uma proliferação de empresas Há uma proliferação de empresas multinacionais pelo mundo, que se instalam em países onde a possibilidade de ganho é generosa, notadamente nos países de Big Emergenning Market - Nações de Grande Mercado Emergentes - na linguagem geopolítica dos EUA (R.P. da China - maior mercado de consumo do mundo, Índia, Brasil, ...) As empresas globalizadas trocam o patrimônio (sem indústrias próprias - terceirizadas) por pesados investimentos em marketing - Exemplo: Coca-Cola e Nike;

Os Simpsons - pode ser considerado um desenho globalizado, uma vez que possui telespectadores em mais de 50 países . Concomitantemente a integração comercial, há também a cultural, propagação do padrão cultural dos países do Norte (padronização da alimentação/McDonald’s; vestuário/calça jeans; entretenimento/”Homem Aranha”, música/Madonna).

O processo de concentração econômica é acentuado (oligopolização), através da aquisição de empresas de menor relevância pelas de maior (caso da UNILEVER que adquiriu a Bestfoods que tinha comprado a ARISCO) ou pela fusão de empresas (exemplo da AMBEV).

Em um mundo globalizado, as empresas buscam investir em novas tecnologias industriais, visando produzir produtos mais competitivos, porém, com reflexos nas taxas de desemprego. A globalização possui um efeito social nocivo - o desemprego. A mão-de-obra menos qualificada é descartada. Em busca da competitividade, as empresas cortam gastos, ou melhor, empregos.

As diferenças sócio-econômicas entre os países do norte e do sul são aprofundadas. - Os países pobres, por serem dependentes (não são sede de multinacionais, não possuem tecnologias de informação modernas, apresentam baixíssimos índices de escolaridade) passam a ser agentes passivos da globalização. E a miséria aumenta, principalmente na África Negra (sul do Sahel) e nos ex. países do bloco soviético. Há no mundo mais de 1,8 bilhão (2003) de pobres absolutos (pessoas que vivem com menos de US$ 1,25 ao dia); Hoje: 1 Bilhão (ONU/2014).

Fome no Sahel - a África está a margem do processo de globalização.

Globalização e Privatizações no Brasil A farsa por detrás das privatizações: promessa de melhoria da saúde e educação. Privatizaram estatais lucrativas e não as deficitárias que oneravam o governo. Privatizaram sob o argumento de que não havia recursos para investir nas estatais, mas houve recurso para financiar a compra e para reequipá-las depois de privatizadas.

Privatizações no Brasil Com a venda de 8 usinas siderúrgicas o governo arrecadou U$3,9 bilhões, após essas privatizações o governo investiu através do BNDES, U$3,8 bilhões. Privatizaram para aderir ao modelo do Consenso de Washington. A privatização da Telebrás - U$13,47 bilhões - valor estimado pela consultoria Merrill Lynch - U$91,8 bilhões.

Resultados das privatizações Pesquisa revela que o governo brasileiro arrecadou entre 1989 e 1999, o valor de U$92,6 bilhões, mas gastou U$80 bilhões para cobrir gastos com a “moeda podre”. Saldo de U$12,6 bilhões. Nestes 10 anos, as privatizações cortaram 546 mil empregos. Em dez/1999 as empresas estrangeiras detinham 52% das 500 maiores empresas brasileiras.