CLICAR 3ª PARTE Fernando Pessoa 1888 - 1935 Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa, é considerado um dos maiores poetas.

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Transcrição da apresentação:

CLICAR 3ª PARTE

Fernando Pessoa Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa, é considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa, sendo o seu valor comparado ao de Camões. “Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, não há nada mais simples. Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra todos os dias são meus”. Foi reconhecido, ao lado de Pablo Neruda, como um dos maiores poetas do século XX.

Fernando Pessoa foi a figura cimeira do modernismo em Portugal, aquela que mais gerações posteriores influenciou em Portugal e no Brasil. Durante a sua vida, Pessoa recorre à multiplicidade dos heterónimos – caso de Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro ou Alberto Reis.

António de Oliveira Salazar António de Oliveira Salazar foi o governante português que mais tempo esteve à frente dos destinos do país no século XX, quase meio século. Cultivou a imagem do ditador reservado e puritano. Nos anos 30, todos aqueles que se opõem ao seu Governo conhecem a censura e a repressão. Em 1933 é constituída a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado. Em 1936 será criada a prisão do Tarrafal, onde virão a morrer muitos dos opositores do regime.

Nascido no seio de uma família rural numa aldeia do centro do país, Oliveira Salazar abandonou o caminho eclesiástico para ir estudar Direito na Universidade de Coimbra. Foi o chefe incontestável do Estado Novo, desde a sua fundação, e um ultra-conservador no sentido mais literal do termo.

Almada Negreiros Artista plástico e escritor, reconhecido como “Mestre Almada”, colaborou em várias revistas de vanguarda que marcaram a sua geração. Artista multifacetado – a sua obra artística, marcada pelo início do cubismo, estende-se à tapeçaria, à decoração e ao bailado -, escreveu uma série de textos críticos e provocatórios, dispersos pelas publicações em que colaborava. Centrou a sua crítica polémica e feroz a Portugal e à sua geração.

No campo da pintura Almada Negreiros ganhou maior destaque, contribuindo a sua intervenção em grandes obras, caso dos mosaicos da Igreja de Fátima, em Lisboa, na Exposição do Mundo Português, no edifício do “Diário de Notícias” e as pinturas da Gare Marítima de Alcântara.

Florbela Espanca A personalidade de Florbela Espanca define-se por uma dor avassaladora que terá chegado à sua vida com as circunstâncias muito particulares da sua infância. Florbela, “a quem a mágoa chamou filha”, contrariou a paixão da dor com a paixão poesia e com a busca incessante de um amor quimérico. Como a vida se negava a estender-lhe a mão, Florbela sonhou, então, com o único abraço que lhe era acessível: suicidou-se aos 36 anos.

A obra de Florbela Espanca espelha as amarguras que viveu durante a vida. Começou a escrever muito cedo, com oito ou nove anos. A publicação da sua primeira obra, “Livro de Mágoas”, seria apenas em A poetisa, a quem a vida nunca estendeu a mão, sentiu e viveu cada emoção e, por isso mesmo, os seus poemas permaneceram vivos.

Vasco Santana Espontâneo, histriónico e bonacheirão. Estes são três traços que caracterizam Vasco Santana, esse personagem que, no início dos anos 30, agitou a arte de representar em Portugal. A sua naturalidade, aliada a um sentido de ritmo perfeito, faz dele um dos melhores comediantes de sempre. No palco da vida real, não era muito diferente dos papéis que o celebrizaram. Foi, sem dúvida, um artista que projetou a comédia portuguesa.

Vasco Santana agitou o mundo do espetáculo com a sua naturalidade e sentido cómico. Os filmes “O Pai Tirano”, em 1941, e “Pátio das Cantigas”, em 1943, foram dois dos seus maiores êxitos. Recriador de figuras públicas, cursava arquitetura quando um acaso o fez subir ao palco.

José Régio Considerado como uma das grandes figuras da literatura portuguesa do século XX, José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, foi poeta, dramaturgo, ensaísta, crítico e professor. A obra de Régio é um “mundo” nada fácil de percorrer nas suas estruturas, temas alegorias, símbolos e motivos, através do qual procurou exprimir de uma forma mais abrangente, a condição humana nas suas “alturas” e nos seus “abismos”.

José Régio dedicou-se ao romance, ao teatro, à poesia e ao ensaio. Centrais, na sua obra, são as problemáticas do conflito entre Deus e o homem, o indivíduo e a sociedade, numa análise crítica das relações humanas e da solidão, bem como a ânsia humana do absoluto.

Vitorino Nemésio Escritor, poeta, comunicador, viajante, jornalista, Vitorino Nemésio foi antes de tudo um homem simples. Apaixonado pelos Açores, onde nasceu em Dezembro de 1901, acabou, como muitos outros, por conhecer os dramas da insularidade e emigrou. Desenvolveu uma brilhante carreira académica, lecionando não só em Portugal mas também no Brasil e na Bélgica.

A carreira académica de Vitorino Nemésio começou na Faculdade de Letras de Lisboa, lecionou em França e na Bélgica, voltando a Lisboa onde se torna catedrático em A sua última aula encheu o anfiteatro, com alunos desejosos de assistir a este momento histórico.

Miguel Torga Transmontano de nascimento, Miguel Torga é o pseudónimo literário de Adolfo Correia da Rocha. Filho de camponeses, nasceu em São Martinho da Anta. Após frequentar o Seminário de Lamego, emigra para o Brasil em 1920, de onde só regressará cinco anos depois. Médico de profissão, exerce sempre em Coimbra, onde também se licenciou, em Miguel Torga revela em toda a sua obra o inconformismo do solitário, contra o poder e as leis divinas, a injustiça e o sofrimento.

Miguel Torga é autor de uma vasta obra bibliográfica, tendo escrito praticamente até morrer. As suas histórias assenta num suporte de realidades socias e psicológicas, irónicas ou cruéis, sobre o cenário do instinto ou da fatalidade. Ao longo da sua vida foi galardoado com vários prémios, tendo o seu nome injustamente preterido para o Nobel da Literatura.

Beatriz Costa Beatriz Costa, nome artístico de Maria da Conceição, foi uma das maiores atrizes dos chamados “anos de ouro” do cinema português. Beatriz Costa deixou para a posteridade a imagem de pessoa calorosa, irrequieta e irreverente. “Debaixo daquela franja modernista, acreditem, havia uma testa e tanto”, foi escrito num depoimento acerca das qualidades de uma atriz muito estimada em Portugal e no Brasil.

No filme “Aldeia da Roupa Branca”, desempenha um papel em que se identifica de forma particular devido às suas origens. Permanece durante dez anos no Brasil, sempre com êxitos nas peças que leva à cena. Retirada dos palcos em 1960, publica alguns livros. Ocupou durante 30 anos um quarto do Hotel Tivoli, em Lisboa, onde faleceu com 88 anos.

Alves Redol Não houve no neo-realismo português quem mais se empenhasse com profunda vontade de contribuir para a transformação da sociedade mediante o testemunho ficcional e a apresentação da realidade através da visão marxista do que António Alves Redol. Durante muitos anos e muitos livros, cumpriu aplicadamente um projeto de levantamento no romance do homem e da terra portuguesa e suas condições de vida.

A obra de Alves Redol demonstrará sempre uma enorme sensibilidade pelas condições de vida das gentes do Ribatejo, dos gaibéus e dos avieiros, respetivamente, os camponeses e os pescadores da região da lezíria, os vinhateiros do Douro e os homens do mar da Nazaré.

João Villaret João Henrique Pereira Villaret nasceu em Lisboa. Muito cedo começou a acalentar o desejo de ser ator, de subir ao palco, contagiar a plateia e ouvir os aplausos do público. Detentor de um inegável talento de comunicação, João Villaret nasceu e viveu para o teatro. Pode dizer-se que praticamente morreu a declamar. Horas antes de falecer, recitou no palco, perante enorme assistência, versos de “O Mar Português” de Fernando Pessoa.

Quem o viu nos primórdios da televisão jamais esquecerá o seu poder de comunicador. Acompanhado ao piano pelo irmão, contou histórias e disse poesia de uma forma tão brilhante que a tornou popular. Villaret nasceu para ser ator e foi um intérprete versátil, genial na comédia e no drama.

Álvaro Cunhal Álvaro Cunhal não pode ser visto apenas como o líder histórico do Partido Comunista Português, mas também o seu reorganizador. Oriundo de uma família da burguesia rural, nasceu em Coimbra, e é com a idade de 17 anos que se torna comunista. Três vezes preso pela polícia política e alvo de brutais torturas, viveu oito dos onze anos de prisão em total isolamento. Em 1960, juntamente com outros presos, protagoniza uma espetacular fuga, evadindo-se do Forte de Peniche.

Na clandestinidade, lutou durante décadas pela queda da ditadura, em Portugal. Depois do 25 de Abril, em pleno período revolucionário, chegou a ocupar o cargo de ministro sem pasta. Marxista-leninista até à morte, distinguiu-se também nas artes plásticas e na criação literária.

Vergílio Ferreira A quase obsessão pela condição humana marcou a sua obra. Vergílio Ferreira registou, tanto nos seus romances como nos ensaios, uma constante reflexão sobre o homem, uma procura de sentido para as razões essenciais da vida e da morte. Inicialmente ligado ao neo-realismo, acabou por se desligar deste movimento literário. Com a publicação do seu livro “Aparição”, Vergílio Ferreira venceu diversos prémios literários entre eles o Prémio Camões.

Inquestionavelmente, um dos melhores escritores do século XX, Vergílio Ferreira produziu uma vasta obra, atravessada por uma constante reflexão sobre a condição humana, que lhe valeu várias distinções. Foi, também, ator na adaptação ao cinema do seu romance “Manhã Submersa”.

Amália Rodrigues Amália Rodrigues teve uma carreira que nenhum outro artista português igualou. Desde a sua estreia, em 1938, no Retiro da Severa, conheceu êxito atrás de êxito. A sua carreira de fadista ganha projeção internacional, atuando em Madrid e no Brasil. Em França canta no Olympia de Paris, suplantando a projeção de Edith Piaf. Seguiu-se, entre outros, Nova Iorque, Londres e Tóquio. A voz de Portugal calou-se aos 79 anos, sendo a única mulher atualmente sepultada no Panteão Nacional.

Levou tempo a entender a sua verdadeira dimensão e foram muitos os espinhos até chegarem as rosas. Intérprete ímpar, voz inigualável, Amália Rodrigues cantou o que nunca tinha cantado, trouxe os grandes poetas ao povo, levou o nome de Portugal pelo mundo fora, fazendo chorar plateias que não entendiam uma palavra do que dizia.

José Saramago Antigo serralheiro mecânico, autodidata, José Saramago dedicou-se à produção literária em 1976, quando já tinha 54 anos e depois de ter feito traduções e colaborado em vários jornais. Único escritor português a receber o Prémio Nobel da Literatura, Saramago configura um caso ímpar na literatura nacional. A aparente simplicidade da sua escrita é servida por um estilo muito próprio, marcado por frases e períodos compridos e por uma forma muito própria de utilizar a pontuação.

Quando, em Outubro de 1998, a Real Academia da Suécia anunciou o nome do escritor português José Saramago como o vencedor do Prémio Nobel da Literatura, tal comunicação constituiu mais um motivo de alegria maior para os portugueses do que de admiração, pois o nome de Saramago há muito que vinha sendo citado para tal Prémio.

Texto compilado de ‘Grandes figuras portuguesas’ do jornal «Diário de Notícias» Fotos do autor e do Google Formatação de JBVIEIRA 09 - SETEMBRO Música: Marine Life