Coordenadas Adaptados a Observadores Uniformemente Acelerados

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Movimento em I dimensão
Advertisements

Capítulo 15 CINEMÁTICA DOS CORPOS RÍGIDOS
Aplicações da Integral da Integral
Movimento Retilíneo Uniforme
Prof. Hebert Monteiro Movimento em I dimensão. Iniciaremos o nosso curso estudando a mecânica como ciência que estuda o movimento. A mecânica é dividida.
Relatividade Restrita
Rotação dos Corpos Rígidos
Transformações Geométricas em C.G.
Tópico Avançado: A teoria Geral da Relatividade.
Representação do E-T : diagramas de Minkowski
Superfícies Quádricas
REA TRANSFORMAÇÕES DE LORENTZ Adaptado da apostila de Física IV – IFUSP – de autoria de Manoel R. Robillota et al. Evento: Algo que realmente acontece.
REA Relatividade de Galileu
Tempo e Espaço Após estudar um pouco a dilatação do tempo e a contração do comprimento uma série de duvidas podem passar pela nossa cabeça: É o espaço.
CINEMÁTICA (MRU) E (MRUV)
CINEMÁTICA.
Mudança de Variáveis em Integrais Duplas e Triplas
Física - Movimentos Adaptado de Serway & Jewett por Marília Peres.
Universidade Federal do Espírito Santo Centro Tecnológico
Introdução à Relatividade
Capítulo 2 – Movimento Retilíneo
Formulação original de Newton da sua 2ª Lei
Graficamente temos Espaço variável Velocidade constante
Física Aula 04 - Mecânica Prof.: Célio Normando.
Física Aula 06 - Mecânica Prof.: Célio Normando.
Capitulo 2 - Cinemática do ponto material
Prob. 1: Qual deve ser o momento linear de uma partícula, de massa m, para que a energia total da partícula seja 3 vezes maior que a sua energia de repouso.
Vetores Normal e Binormal, velocidade e aceleração
Aula-5 Teoria da Relatividade Restrita I
Movimento Retilíneo e Uniforme
Movimentos.
Cinemática de uma Partícula Cap. 12
Vetores e movimento em duas dimensões
Aceite para publicação em 15 de Março de 2010
Leis do movimento Professor: Antonio dos Anjos Pinheiro da Silva
Fizencadeando pensamentos
Cap. 5 – Introdução à análise diferencial de escoamentos
MOVIMENTO EM UMA LINHA RETA
Cinematica Prof° Ale Esta é uma parte da física clássica, onde caracterizamos e classificamos um possível estado de movimento ou repouso de um objeto observado,
Princípios de Cinemática
As Leis de Newton.
Site: Caderno 1 Capítulo 2 Movimento Retilíneo Site:
FÍSICA I CINEMÁTICA ESCALAR JOÃO VICENTE.
Podemos notar, a partir da visualização da equação (9) que essa exibe simetria com relação à mudança x -x, o que nos sugere a existência de uma bifurcação.
F.T I Aula 4.
MECÂNICA Entender o movimento é uma das metas das Física
Ciências da Natureza - Matemática
Movimento O que é o movimento?.
Nessa aula explicaremos como se pode localizar um ponto no espaço a partir de um de um sistema de referência. A posição é determinada por um conjunto.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA Laboratório de Biomecânica
Exemplo 7. Encontre a velocidade instantânea da partícula descrita na Figura 1 nos seguintes instantes: (a) t = 1.0 s, (b) t = 3.0 s, (c) t= 4.5 s, e (d)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA Laboratório de Biomecânica
Maria Augusta Constante Puget (Magu)
1 MECÂNICA Entender o movimento é uma das metas das Física A Mecânica Clássica se divide em: 1. Cinemática 2. Dinâmica A Mecânica estuda o movimento e.
CINEMÁTICA (MRU) E (MRUV)
FÍSICA - MECÂNICA Professor: Guilherme Eleutério da Silva.
Material de Apoio cinemática.
Aula 1.
Teoria da Relatividade Especial
Campos de cargas aceleradas Imageamento: Método de Monte Carlo Campo eletromagnético de cargas aceleradas - radiação e força de reação radiativa - campo.
(Ensino Fundamental , 9º ano)
Grandezas cinemáticas em coordenadas:
FORÇA E MOVIMENTO Prof. Bruno Farias
Hidrodinâmica Aula 03 (1 0 Sem./2016) 1. Movimento relativo próximo a um ponto Considere que a velocidade no ponto P e no tempo t é u. Próximo a este.
MECÂNICA CLÁSSICA Conferência 1 Conteúdos: Cinemática Conceitos
ESCOLA SECUNDÁRIA FRANCISCO RODRIGUES LOBO. 2 3 PRÉ REQUISITOS DE FQA.
Trabalho e Energia O problema fundamental da dinâmica de uma partícula é saber como a partícula se move, se conhecermos a força que actua sobre ela (como.
Representação Gráfica do movimento
Física I Aula02 – Movimento Unidimensional 2009/2010.
2 – Movimento Uniforme / MU Site:
Transcrição da apresentação:

Coordenadas Adaptados a Observadores Uniformemente Acelerados Universidade Federal de Campina Grande UFCG Centro de Ciências e Tecnologia CCT Pós Graduação em Física Sistemas de Coordenadas Adaptados a Observadores Uniformemente Acelerados Patricio José Felix da Silva(1) Fábio Leal de Melo Dahia(1) Apoio Financeiro: Capes Palavra Chave: Relatividade Especial, observadores acelerados, linhas de simultaneidade. (1)Departamento de Física/CCT/Universidade Federal de Campina Grande, C. Grande-PB, Brasil. Contato: patricio@df.ufcg.edu.br

Resumo Sistema de Coordenadas de Minkowski. Linha de Universo de um Observador Uniformemente Acelerado. Sistema de Coordenadas de Rindler. Formulação Geral de Sistemas de Coordenadas Adaptados a Observadores Uniformemente Acelerados.

Sistema de Coordenadas de Minkowski x t Fig. 1 - Representação geométrica da família de observadores de Minkowski. As retas vermelhas representam as linhas de universo dos observadores de Minkowski. As retas azuis representam linhas de tempo próprio constante. Forma Métrica: Linhas de simultaneidade Linhas de universo E

Linha de Universo de Observadores Uniformemente Acelerados Considere um observador que experimenta a ação de uma aceleração própria uniforme “g” na direção x. Sendo: com e Deste modo: Resolvendo as equações acima, descobrimos que as coordenadas temporais e espaciais deste observador variam com relação a um sistema inercial K, através das equações: e onde

Linha De Universo De Um Observador Uniformemente Acelerado que partiu da posição ρ=1/g. Fig.2 – Representação Gráfica da linha de universo de um observador de Rindler. Sendo , logo:

Família de Observadores de Rindler Considere um conjunto de observadores uniformemente acelerados, distribuídos continuamente sobre todo eixo espacial, os quais possuem acelerações próprias que caem com o inverso de suas distâncias iniciais (t=0) a origem. Note que individualmente, cada observador executa um movimento uniformemente acelerado, tendo suas linhas de universo descrevendo hipérboles com diferentes concavidades. Fig.3

Sistema de Coordenadas de Rindler e o Princípio da Localidade x' K’ x K t Fig. 4 – O Sistema de coordenadas de Rindler está baseado no princípio da localidade, segundo qual, um observador acelerado e um observador inercial comóvel são instantaneamente equivalentes, inclusive quanto a determinação de simultaneidade. Relacionando as coordenadas dos referenciais K e K’ através da transformação de Poincaré, obtemos como linha de simultaneidade para aquele instante a reta:

Sistema de Coordenadas de Rindler Fig.5 – Todos os observadores de Rindler concordam quanto ao que é simultâneo. No entanto suas medidas são realizadas a partir do observador que no instante t=0, encontrava-se na posição ρ = 1/g. Seja τR o tempo próprio medido por este observador e ξ = ρ-(1/g), as equações que definem a lei de transformação entre as coordenadas de Rindler é o sistema inercial são: Já a métrica bidimensional pode ser escrita como:

Formulação Geral de Sistema de Coordenadas Adaptados a Observadores Uniformemente Acelerados Considere um conjunto de observadores uniformemente acelerados, distribuídos continuamente sobre todo eixo espacial, os quais possuem acelerações próprias que varia arbitrariamente com sua distância inicial (t=0) a origem. As equações que descrevem a linha de universo destes observadores serão: Note que:

Construção dos Sistemas de Coordenadas Dado um evento E, nossos sistemas de coordenadas registrarão este evento da seguinte maneira: A coordenada espacial será igual a posição inicial (t = 0) do observador acelerado que cruza o evento E. A coordenada temporal será atribuída utilizando o princípio físico da localidade. Este método é semelhante ao método utilizado para construir o sistema de coordenadas de Rindler.

Linha de Simultaneidade Fig.6 -A linha de simultaneidade definida para o observador que parte ρ0 intercepta a linha de universo do observador que parte de ρ1, num instante em que V1≠V2 (exceto para observadores de Rindler). Fazendo a “ligação” no limite do contínuo, construímos nossa linha de simultaneidade que denotaremos pela função t = Q(x).

Determinação da linha de Simultaneidade Considere um observador acelerado que partiu da posição ρ. Seja V a sua velocidade no instante τρ e t = Q(x) a linha de simultaneidade correspondente aquele instante. Assim temos: Como o observador inercial encontra-se instantaneamente na mesma velocidade do observador acelerado, temos:

Sistema de Coordenadas de Observadores com a Mesma Aceleração (a=g=const.) Fig. 7 - Para este caso as equações relacionam as medidas realizadas pelo referencial inercial K e as medidas realizadas pelo novo referencial são: onde: A forma métrica bidimensional é dada por:

Sistema de Coordenadas de Observadores com a Aceleração a =1/ρ (Rindler) Nossa generalização reproduz o sistema de coordenadas de Rindler quando a(ρ) =1/ρ . No entanto para outras dependências particulares, como aceleração caindo com inverso do quadrado da distância ou em proporções maiores, não é trivial a identificação da linha de simultaneidade.

(Casos Particulares) Quando a=g=const. Temos: Quando a=(1/ρ). Temos: No entanto Quando a=(1/ρ2). Neste caso temos: Porém

Conclusões e Perspectivas Nossa Generalização permite que o sistema de coordenadas de Rindler aparece naturalmente como uma particularidade. Para alguns valores de acelerações, as secções espaciais podem apresentar curvatura, por esta razão, os referências adaptados a estes observadores podem ser usados para ilustrar a conexão entre geometria não-Euclidiana e aceleração, como sugerido inicialmente por Einstein. Nossa perspectiva é encontrar a linha de simultaneidade para qualquer aceleração, e desenvolver a forma métrica generalizada tanto bidimensional (1+1), quanto tridimensional (1+2).

Referências Bibliográficas MISNER, C., THORNE, K. and WHEELER, J.A., Gravitation (W.H. Freeman d Company, New York, 1973), pp. 163-176. MARZLIN, K. What is the reference frame of an accelerated observer?, Phys. Lett. A, p.215, 1-6 (1996). RINDLER, W. kruskal space and the uniformly accelerated frame, Am. J. Phys. 34, p.1174-1178 (1975) CARMO, M. Do, Differencial Geometry of Curves and Surfaces (Prentice-Hall, Englewood Cliffs, New Jersey, 1976), pp. 246-265. MASHOONN, B., The hypothesis of locality and its limitation, gr-qc/0303029, (2001) PAURI. M. and VALLINERI. M., Marzke-Wheeler coordinates for accelerated observers in special relativity, Found Phys. Lett. 13, 401 (2000) HUANG, C and GUO, H., A new kind of uniformly accelerated reference frames, gr-qc/0604008-2006