SÍNDROME PATELO- FEMORAL

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Transcrição da apresentação:

SÍNDROME PATELO- FEMORAL Reumatologia Karine de Brito Figueiredo - 2009

Síndrome patelo-femoral Caracterizada por dor retropatelar ou peripatelar, resultante de alterações físicas e bioquímicas da articulação patelofemural. Dor anterior no joelho , envolvendo a patela e retináculos. Exclui outras patologias intra-articulares e peripatelares.

Diagnóstico comum na medicina do esporte. Corredores atletas → > 25% das injúrias do joelho. Mulheres 2:1 homens Ocorre com + frequência em adolescentes e adultos ( 2ª e 3ª décadas de vida). É pouco frequente em crianças com menos de 8 anos de idade.

Anatomia Patela é um osso sesamóide inserido no tendão do quadríceps.

Patofisiologia e etiologia Multifatorial. Não há consenso sobre etiologia. Ocorre provavelmente pela combinação de: • Microtraumas repetitivos, • Mau alinhamento da patela, • Uso excessivo da articulação do joelho,

Desalinhamento do mecanismo extensor do joelho associado a uma movimentação lateral excessiva da patela. problemas biomecânicos disfunção muscular

Pessoas que apresentam: - desequilíbrios de força entre os músculos laterais e mediais da coxa, - aumento do ângulo Q (quadril largo), - patela alta ou hipermóvel - joelho valgo instabilidade e lateralização da patela compressão da patela no côndilo femoral→ irritação da superfície posterior da patela → dor.

Diagnóstico Clínico ( anamnese + exame físico) Diagnóstico de exclusão. Não é necessário RX para início do tratamento. Pode ser usado RX, RNM, US para afastar outros diagnósticos.

Quadro clínico Dor anterior no joelho que piora com atividades como correr, subir ou descer degraus, agachar ou saltar. Dor piora quando sentado por períodos prolongados, com o joelho fletido.

Dor + alterações na superfície interna da patela (cartilagem) → “condromalácia da rótula” ou “condromalácia da patela”. Condromalácia patelar → joelho estruturalmente danificado. Síndrome da dor patelo-femural → estágios iniciais dessa condição→ sintomas ainda podem ser completamente revertidos.

Exame físico Inspeção (estática e dinâmica) - obesidade (sobrecarga) - atrofia muscular (ex.: vasto medial, quadríceps) - deformidades rotacionais (flambagem) e angulares (ângulo Q>20˚ → anormal) - eritema localizado - desvio lateral da patela no final da extensão → instabilidade femoropatelar.

- articulação femoropatelar junto às facetas. Palpação - articulação femoropatelar junto às facetas. - extremidades inferior e posterior da patela. - tuberosidade anterior da tíbia. - bursas supra e infrapatelares. - tendão do quadríceps e patelar. - checar presença de calor/derrame.

Força/resistência - quadríceps - discrepância de força entre ao membro afetado e não afetado. Crepitações em joelhos: inespecífico Examinar quadril e pés : dor irradiada. Avaliar discrepância de MMII: - ≥ 1 cm : efeitos adversos enquanto corre. - ≤ 0,5 cm: comum. Não contribui para SPF.

Avaliar pés e arcos - Associação de pé cavo e plano com injúrias em MMII.

Testes especiais Teste da tração lateral ativa - avaliar ativamente o alinhamento do quadríceps. - joelho estendido → quadríceps contraído→ movimento da patela observado. - Normal: patela puxada em linha reta. - Anormal: tração em direção lateral ( vasto lateral)

( compressão patelar) - decúbito dorsal Teste do rebaixamento patelo femoral ( compressão patelar) - decúbito dorsal - joelho em extensão e flexão de 25-30˚ -examinador comprimindo suavemente a patela no sulco femoral. - pcte instruído a contrair o quadríceps. - teste +: quando pcte queixa-se de dor ( sugestivo de condromalácia, artrose ou instabilidade femoropatelar).

- avalia grau de tensionamento dos retináculos lateral e medial Teste da inclinação patelar passiva - avalia grau de tensionamento dos retináculos lateral e medial - decúbito dorsal - joelho plenamente estendido e flexão de 30˚ - quadríceps totalmente relaxado - Ângulo de inclinação neutro ou negativo: compatível com retináculos excessivamente tensos.

- indicativo de retináculo lateral tenso Teste de Sage - indicativo de retináculo lateral tenso - decúbito dorsal - joelho relaxado ( fletido a 20˚) - examinador tenta deslocar a patela medialmente. - Teste+: deslocamento medial de < ¼ da maior largura da patela ( deslocamento de 10 mm é normal; < 5mm é anormal e compatível com retináculo lateral tenso).

- indicativo de instabilidade ( patognomônico) Teste da apreensão patelar - indicativo de instabilidade ( patognomônico) - detecta-se luxação e subluxação da patela. - decúbito dorsal. Joelho fletido a 30˚. - força dirigida lateralmente é aplicada medialmente na patela. - Patela se move lateralmente → pcte teme uma luxação e resiste ao deslocamento adicional → contração do quadríceps e extensão do joelho.

Diagnóstico diferencial Osso Pele/Bursa Músculo/tendão Osteoartrite patelofemoral Bursite pré-patelar Tendinopatia do quadríceps Tu ósseos Bursite anseriana Tendinopatia patelar D. de Osgood Schlatter S. iliotibial S. Sinding Larsen Johansson Doença de Hoffa Dor referida S. da patela bipartida Nervo Coluna lombar Osteocondrite dissecante Neurite do nervo safeno Quadril Sinóvia Neuroma D. De Legg Calve Perthes Sinovite vilonodular pigmentada Retináculo D. discogênica Plica Instabilidade patelar

Profilaxia Manter os músculos da coxa alongados e fortalecidos, principalmente a parte medial.  Usar sapatos adequados e que tenham um bom apoio para os pés.

Tratamento Não há consenso sobre tratamento. Objetivo: - reduzir a dor - melhorar alinhamento patelo-femoral e função.

1)Fase aguda ( primeira semana): - controle da dor - evitar atividades que causem dor - Compressas de gelo sobre os joelhos por 20 a 30 minutos, a cada 3 ou 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor desapareça. - Elevação do joelho: travesseiro debaixo da perna quando houver dor.

- AINES : curto período (2-3 semanas). Ex.: naproxeno. - Não há evidência para o uso de US ou estimulação elétrica. 2)Reabilitação: - Fisioterapia - Órteses no tornozelo ou no joelho.

- Durante a recuperação : atividade ou esporte praticado anteriormente, deverá ser modificado, para que não agrave a condição. (Ex.:correr→caminhar). - Resolução dos sintomas com tratamento conservador → maioria. 3)Cirurgia : casos severos e que não responderam ao tratamento conservador por pelo menos 6-12 meses.

Exercícios de reabilitação da síndrome patelofemoral 1 - Alongamento em Pé da Musculatura de Isquiotibiais: Começar colocando o calcanhar da perna lesionada sobre um banco de, aproximadamente, 40 cm de altura. Inclinar o tronco para frente e flexionar o quadril até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa. Colocar as mãos nos pés ou, se não for possível, nos tornozelos.  Manter os ombros e as costas eretos. Manter o alongamento por 30 a 60 segundos e repetir o exercício 3 vezes.

2 - Mobilidade Patelar: Sentar com a perna lesionada estendida à frente do tronco e com os músculos da coxa relaxados. Com o dedo indicador e polegar, gentilmente pressionar a patela para baixo em direção ao seu pé.  Manter essa posição por 10 segundos. Retornar à posição inicial. Então, puxar a patela para cima em direção à cintura. Manter por 10 segundos. Retornar à posição inicial. Depois, tentar empurrar suavemente a patela para dentro em direção à outra perna e manter por 10 segundos.  Repetir esses exercícios por aproximadamente 5 minutos.

3 - Alongamento do Quadríceps: 3 - Alongamento do Quadríceps: Em pé, de cabeça erguida, manter o lado não lesionado junto à uma parede e apoiar a mão contra ela. Com a outra mão, segurar o tornozelo da perna lesionada e levar o calcanhar para cima, em direção à nádega.  Não girar ou encurvar as costas. Manter 30-60 segundos e repetir 3 vezes.

4 - Postura do Quadríceps: Sentar no chão com a perna lesionada estendida à frente. Tentar contrair o músculo da parte de cima da coxa, empurrando a parte de trás do joelho para baixo em direção ao chão. Concentrar a contração na parte interna da coxa. Manter essa posição por 5 segundos e repetir 10 vezes. Fazer 3 séries.

5 - Elevação Com a Perna Estendida: 5 - Elevação Com a Perna Estendida: Sentar com a perna lesionada estendida e a outra perna dobrada com o pé apoiado no chão. Puxar os dedos do pé da sua perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder, enquanto contrai os músculos da parte de cima da coxa.  Elevar a perna de 10 a 15 centímetros do chão, manter por 5 segundos e, então, abaixar a perna, lentamente. Repetir 10 vezes e fazer 03 séries.

6 - Elevação Com a Perna Estendida em Prono: Deitar com as costas para cima e com a perna lesionada estendida afastá-la do chão.  Manter 5 segundos, voltar à posição inicial.  Fazer 3 séries de 10 repetições.

7 – Levantar Pesos Estendendo a Perna (Musculação): 7 – Levantar Pesos Estendendo a Perna (Musculação): Esse exercício deve ser feito com tornozeleiras de pesos. Sentar em um banco com as tornozeleiras presas aos tornozelos, estender o joelho, deixando a perna reta. Os últimos quinze graus de extensão são os mais importantes e, por isso, a perna deve estar estendida por completa.  Alternar as pernas.  Fazer 3 séries de 10.

8 – Fortalecimento de Isquiotibiais: Em pé, com as mãos apoiadas em uma cadeira, flexionar o joelho, levando o pé em direção às nádegas.  Manter 5 segundos e relaxar.  Fazer 3 séries de 25 repetições

9 – Adução de Quadril: Em pé, de lado para uma cama, com o lado lesionado mais próximo dela.  Prender uma faixa elástica no “pé” da cama e a outra extremidade, da faixa, em seu tornozelo, da perna lesionada. Mantendo o joelho da perna lesionada estendido, levá-la através do seu corpo, afastando-a da cama. Retornar à posição inicial. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

Obrigada