CONTO  O conto é uma obra de ficção que cria um universo de seres, de fantasia ou acontecimentos. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um.

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Transcrição da apresentação:

CONTO  O conto é uma obra de ficção que cria um universo de seres, de fantasia ou acontecimentos. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo. Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mais curto que a novela ou o romance, o conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax. Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto. O conto é conciso. Para o conto, não há limites entre o real e a ficção, pois ele não se refere somente ao acontecimento, já que não tem compromisso com a realidade. Dessa forma, o conto pode ser criado a partir de uma invenção.

O ESPAÇO O Espaço deve ser reduzido, no geral, uma sala, ou mesmo um quarto de dormir, basta para que se organize o enredo. No máximo, uma casa, uma rua. Um deslocamento maior, o que seria muito raro, de duas uma: ou a narrativa procura abandonar sua condição de conto, ou advém da necessidade imposta pelo conflito que lhe serve de base. Portanto, a ação gera o espaço.

O TEMPO O Tempo fica restrito a um pequeno lapso; horas e, quando muito, dias. Não interessa ao conto o passado ou o futuro das personagens. Se o contista dilata esse tempo para semanas, meses etc., parte dele ficará sem carga dramática; ou se trata de um tempo referido: “passaram-se semanas...”. Esse longo tempo referido aparece, assim, na forma de síntese dramática.

Foco Narrativo • O conto é essencialmente objetivo e, por isso, costuma ser narrado na terceira pessoa, em uma dessas situações: a) O escritor, como observador, conta a história. b) O escritor, como observador analítico ou onisciente (sabedor de tudo), conta a história. Observação: Todavia, a primeira pessoa também pode ser empregada da seguinte maneira: A personagem principal conta a história; ou uma personagem secundária conta a história da personagem central.

Personagens Levando em consideração as características de tempo e lugar, o conto só pode estabelecer-se com um reduzido número de personagens, normalmente duas ou três. Quaisquer outras irão desempenhar funções secundárias (de ambiente ou cenário social). As personagens centrais não exibem complexidade de caráter, isto é, são previsíveis em suas atitudes, pois a brevidade do conto não lhe dá tempo suficiente para mostrar uma faceta imprevisível. Só não parece possível o conto com uma única personagem; em todo caso, se apenas uma aparece, outra figura deve estar atuando ou vir a atuar, direta ou indiretamente, para que se estabeleça o conflito que gera a história.

O Diálogo O conto tem preferência pelo diálogo direto porque põe o leitor diante dos fatos, como participante direto e interessado. A comunicação entre o leitor e a narrativa é instantânea. O indireto aparece menos, e, assim mesmo, só nos casos em que não vale a pena transcrevê-los diretamente. Linguagem A linguagem deve ser objetiva e utilizar metáforas simples e de imediata compreensão para o leitor. Deve-se evitar uma quantidade excessiva de palavras e fluências, principalmente, para dizer coisas de pouca importância, ou de pouco conteúdo. O conto prefere a concisão na linguagem.

O Epílogo O epílogo corresponde, geralmente, ao clímax da história que, via de regra, deve ser enigmático, imprevisível e abruptamente revelado para surpreender o leitor. Contudo, segundo os estudiosos, o cuidado do contista deve estar mais no início da narrativa - das primeiras linhas depende o futuro do conto - do que em terminá-lo. Pois, se o leitor se deixa prender desde o começo, irá, por certo, até o fim. Caso contrário, desistirá. De qualquer maneira, as primeiras linhas seduzem e atraem o leitor, e o epílogo contém a chama que lhe dá o êxtase. http://ideiaspraticasparasaladeaula.blogspot.com.br/2012/05/estrutura-narrativa-do-conto.html

SÚPLICAS Ela orava fervorosamente todas as manhãs naquela mesma capela. O povo da cidade até conhecia os seus passos. Não houve um só dia de calor. Alguma tempestade ou vento forte que a privasse do ritual. Foram tantas temporadas de fervor. Lágrimas implorando por um milagre. Somente um milagre a poderia salvar de todo o seu martírio. Maria da capela alguns a chamavam pelas ruas das cidade. E ela com o olhar sempre perdido e um leve sorriso nem se importava. Cumpria sua penitência. Como quem busca o inatingível. E o tempo imperou. E naquela manhã de  outono. Aquela fiel mulher não aparecera. Burburinhos surgiram. Onde estaria a Maria da capela? Já aproximava-se o cair da tarde. E meia dúzia de curiosos encaminharam-se para a sua casa. O que de tão grave impediu a sagrada visita matinal? O que teria feito Maria nessa manhã outonal? E ao chegar na ladeira que dava para sua casa. Uma intensa fumaça foi sentida e avistada. E a casa onde Maria morava estava completamente carbonizada. E em um dos cômodos ao lado de centenas de velas. Maria da capela estava abraçada a uma criança com um par de muletas ao seu lado.

― Não quero mais ver a guerra diante de mim. A VOLTA DO GUERREIRO Os homens que voltaram da guerra traziam feridas e pesadelos. Encontraram suas amadas indiferentes. Passara tanto tempo que algumas nem se lembravam deles, e muitas tinham estabelecido novos amores. Uma, entretanto, permaneceu lembrada e fiel, e atirou-se com fúria passional aos braços do ex-guerreiro. Ele a repeliu, dizendo: ― Não quero mais ver a guerra diante de mim. ― Eu não sou a guerra, sou o amor, querido ― respondeu-lhe a mulher, assustada. ― Você é a imagem da guerra, você me agarrou como o inimigo na luta corpo a corpo, eu não quero saber de você. ― Então farei carícias lentas e suaves. O inimigo também passa a mão de leve pelo corpo do soldado caído, para tirar o que houver no uniforme. ― Ficarei quieta, não farei nada. ― Não fazer nada é a atitude mais suspeita e mais perigosa do inimigo, que nos observa para nos atacar à traição. Separaram-se para sempre. Carlos Drummond de Andrade. In Contos Plausíveis. José Olympio, 1985