COLETA DE AMOSTRAS DE SANGUE PARA EXAMES HEMATOLÓGICOS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
O Coração.
Advertisements

Sistema circulatório.
Primeiros Socorros Conceito:
CIRCULAÇÃO SISTEMA CIRCULATÓRIO.
Vasos sanguíneos e Sangue
Amostras utilizadas em Imunoensaios Profa
Toracocentese.
Exsangüineotransfusão
SISTEMA RESPIRATÓRIO.
USO CORRETO DOS MEDICAMENTOS
Sistema Circulatório Prof. JM.
Formas de Controle e Monitoramento de Poluição das Águas
Professor: Indíara Jorge Latorraca
PROF. VANEIR INOCÊNCIO BEZERRA (MESTRE EM CIÊNCIAS BIOMÉDICAS)
Sistema Respiratório.
Sistema Respiratório Professora Helena.
Sistema Cardiovascular
SISTEMA CIRCULATÓRIO OU CARDIOVASCULAR
Dispositivos Totalmente Implantáveis
Sistema Cardiovascular
Tipos de Sistema Circulatório
SISTEMA CIRCULATÓRIO.
O Sangue E.M.E.F. Orlandina D'Almeida Lucas Ana Carolina Bravin Cabral
PRIMEIROS SOCORROS.
I CURSO DE ACESSO VASCULAR
Gasometria “As análise de pH e gases sanguíneos têm mais urgência que qualquer outra determinação laboratorial”. Escrito por: Pepita Polaquevitch – CRBM.
Sistema circulatório FUNÇÃO: TRANSPORTAR NUTRIENTES,GASES,HORMÔNIOS,
SISTEMA CIRCULATORIO.
Feridas e Escoriações Princípios de Actuação
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Fisioterapia – FMRPUSP
Sangue.
Coração Veias pulmonares Veias cavas Artéria aorta Artéria pulmonar Vênulas Arteríolas Sangue Capilares.
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
Sinais vitais nos primeiros socorros
Gasometria Arterial. GASOMETRIA A gasometria consiste na leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2 em uma amostra de sangue. A leitura é obtida.
Cateterismo Venoso.
Sistema Cardiovascular
RESPIRAÇÃO A respiração é fundamental para vida humana, sendo responsável pela troca dos gases oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) do organismo com.
CATETER TOTALMENTE IMPLANTADO
Coleta de sangue Venoso – PBL - FBQ
Sistema Cardiovascular
Dinâmica respiratória no exercício
Coleta de Sangue na Hematologia
COLHEITA DE SANGUE.
Biologia volume único 3.ª edição Armênio Uzunian Ernesto Birner.
Grupo: Ana Paula Piazza, Pedro Henrique Campos e Stephanie Butierres
SUPORTE BÁSICO DE VIDA.
para exames laboratoriais
FISIOLOGIA HUMANA Fisiologia Humana Prof. Dr. Rogaciano Batista
Fisiologia Respiratória
A evolução da respiração no reino animal
Biomedicina Luis Carlos Arão
Cateterismo Venoso.
Interferências na coleta
Informações sobre diálise e hemodiálise.
Coleta de sangue Faculdades Unidas de pesquisa ciências e saúde
FISIOLOGIA CARDIORRESPIRATÓRIA Regulação da respiração
IIª REVISÃO DE ANATOMIA.
Coleta e Preparo de Amostras
Função circulatória.
SISTEMA RESPIRATÓRIO Profa. Debora S. Marini
COLETA DE MATERIAL PARA EXAMES
SISTEMA CIRCULATÓRIO.
Fabiano Silva Martins Enfermeiro - Hemodinâmica Curso
Sistema circulatório.
Sistema cardiorrespiratório Unidade 6 Planeta Terra — 9.º ano.
O Sistema Circulatório
Sistema Cardiovascular Professora Lívia. Funções Transporte de gases dos pulmões aos tecidos e dos tecidos aos pulmões Transporte dos nutrientes das vias.
Distúrbio ácido-básico Enf a Rita Nascimento. Quanto maior for a concentração dos íons de hidrogênio mais ácido será a solução e menor será o pH. Quanto.
Ciências Naturais – 9.o ano
Transcrição da apresentação:

COLETA DE AMOSTRAS DE SANGUE PARA EXAMES HEMATOLÓGICOS Prof. Dimas Jose Campiolo

COLETA DE SANGUE INTRUÇÕES GERAIS O jejum recomendado é de 10 a 14 horas. É livre a ingestão de água. As amostras para análise devem ser coletadas na primeira parte da manhã. Convém que o paciente ao chegar ao laboratório seja acalmado e que descanse por alguns minutos. Exercícios físicos devem ser evitados antes da coleta.

COLETA DE SANGUE FORMAS DE COLETA: Agulha e seringa estéreis e descartáveis. Lanceta estéril e descartável. Coleta a vácuo.

COLETA DE SANGUE O PROBLEMA DA HEMÓLISE A ruptura de hemácias libera hemoglobina e altera os resultados de alguns exames. A ruptura de uma pequena quantidade de hemácias é praticamente inevitável e não causa hemólise visível. Amostras de plasma ou de soro hemolisadas apresentam-se mais coradas. Na grande maioria das determinações a hemólise causa aumento ou diminuição na taxa de elementos no plasma ou no soro que estão sendo dosados. Alguns cuidados: Após a anti-sepsia do local de coleta, deixar evaporar totalmente o anti-séptico. Usar o garrote o menor tempo possível. Não mover a agulha durante a coleta.

COLETA DE SANGUE Obtenção de sangue: Punção Venosa Punção Arterial Punção de Pele

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO VENOSA Sangue venoso que circula da periferia para o centro do sistema circulatório, o coração, é o mais usado em exames laboratoriais. A coleta é feita com agulhas e seringas estéreis e descartáveis ou por meio de tubos com vácuo adaptados a agulhas estéreis, com ou sem anticoagulantes. Preferência pelas veias intermediárias cefálica e basílica em adultos e crianças maiores. Outras opções: veias jugulares, veia femoral, seio sagital superior,etc.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO VENOSA Veias da Dobra do Cotovelo 1. Retirar a agulha da embalagem estéril e acoplar à seringa estéril, deixando na própria embalagem estéril pronta para ser usada. 2. Colocar um garrote ao redor do braço do paciente, acima da dobra do cotovelo. Verificar o pulso para garantir que a circulação arterial não foi interrompida. 3. O paciente deve abrir e fechar a mão várias vezes para aumentar a circulação venosa. 4. Pela inspeção e palpação determinar a veia a ser puncionada, que deve ser calibrosa e firme. 5. Desinfetar a pele sobre a veia selecionada, com álcool a 70% e deixar secar. 6. Não tocar o local a ser puncionado, nem deixar que o paciente dobre o braço. 7. O paciente, agora, deve permanecer com a mão fechada.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO VENOSA Veias da Dobra do Cotovelo 8. Pegar a seringa colocar o dedo sobre o mandril da agulha, para guiá-la durante a introdução na veia. 9. Esticar a pele do cotovelo, com a outra mão, uns 5 cm abaixo do local da punção, mas sem tocá-lo. 10. Introduzir a agulha na pele ao lado da veia que vai ser puncionada, paralelamente a ela, e, lentamente, penetrar em seu interior. 11. O sangue deverá fluir espontaneamente para dentro da agulha ou, então, deve-se puxar lentamente o êmbolo, para verificar se a agulha está na veia e, em seguida, retirar o sangue necessário. 12. Soltar o garrote, retirar a agulha e colocar um pedaço de algodão seco no local. 13. Retirar a agulha e transferir o sangue coletada para os tubos com ou sem anticoagulantes, de acordo com o exame solicitado, escorrendo lentamente o sangue, sem formar espuma. 14. Tubos com anticoagulantes devem ser invertidos, várias vezes, lentamente.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO VENOSA Veias do Dorso da Mão Em pacientes obesos, cujo acesso às veias do cotovelo é mais difícil, essas veias da mão são por vezes mais calibrosas. São extremamente móveis em relação aos tecidos circunjacentes, o que dificulta a penetração da agulha em seu interior. A perfuração é mais dolorosa e a hemostasia mais demorada, geralmente formando hematomas.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO VENOSA Veia Jugular Externa Imobilização do paciente (principalmente crianças), em posição inclinada, com a cabeça em nível inferior ao tronco. Roda-se a cabeça para o lado oposto ao da punção, o que permite visualizar a veia. Provoca-se o choro em crianças, para que aumente a estase venosa. Se adulto, deve ficar assoprando com a boca e nariz fechados. A agulha deve penetrar diretamente sobre a veia que nessa região é bem superficial. Após a punção, manter o paciente sentado e com algodão ou gaze fazer compressão demorada.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO VENOSA Veia Jugular Interna Imobilização do paciente (mesmo modo da jugular externa) Toma-se como ponto de referência o músculo esternocleidomastóideo. A agulha deve penetrar no ponto que coincide com a metade da distância entre a origem e a inserção do músculo, ao nível de sua borda anterior. Após a penetração da pele a agulha deve estar com a ponta voltada para a fúrcula esternal, mantendo-se quase paralela à pele e aprofundando um pouco mais de 0,5cm. Após a coleta, compressão por alguns minutos.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO VENOSA Veia Femoral Somente quando todas as outras opções falharam. Palpa-se o pulso femoral, ao nível da prega inguinal e punciona-se logo abaixo do ligamento inguinal, para dentro da artéria pulsátil. A agulha deve penetrar em posição vertical, até tocar a parte óssea. Lentamente deve ser retirada, fazendo-se pressão negativa na seringa, até se conseguir obter fluxo de sangue. Após a coleta comprimir o local durante alguns minutos.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO VENOSA Seio Sagital Superior (Fontanela Bregmática) Em crianças com a fontanela ainda aberta. A punção é feito em nível do ângulo posterior da fontanela. A agulha penetra num ângulo de 30 a 90º sendo introduzida apenas uns 3 mm e com o cuidado de não atingir o espaço subaracnóideo. Após a coleta, compressão delicada, mas eficiente, deve ser feita.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO VENOSA Cordão Umbilical Imediatamente após o nascimento do bebê, o cordão umbilical é preso com pinça e cortado. Para recolher o sangue do cordão, outra pinça é colocada a 20 ou 25 centímetros da primeira, a seção isolada é cortada e a amostra do sangue coletada dentro de um tubo de amostra. O exame é realizado para avaliar: Gases sanguíneos pH do tecido fetal Nível respiratório Hemograma completo Bilirrubina Glicose Hemocultura (se houver suspeita de infecção) Armazenamento de células-tronco

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO ARTERIAL Sangue arterial é o sangue oxigenado pelos pulmões e bombeado do coração para todos os tecidos. É essencialmente uniforme em sua composição São utilizadas a artéria femoral, a artéria radial ou a artéria braquial. Estudo da gasometria sanguínea. Através da amostra de sangue arterial, o laboratório pode determinar as concentrações de oxigênio e de dióxido de carbono, assim como a acidez do sangue, que não pode ser mensurada em uma amostra de sangue venoso. O exame é utilizado para avaliação de doenças respiratórias e de outras condições que afetem os pulmões. O exame é usado também para determinar a eficiência da terapia com oxigênio. O componente ácido-base do exame também fornece informações a respeito do funcionamento dos rins.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO ARTERIAL Obter seringa para gasometria, heparinizada. O paciente deve repousar por 30 minutos. O local da punção pode ser anestesiado com Xilocaína 1-2%. Realizar anti-sepsia com iodo-povidona e álcool a 70%. Deixar secar. Palpar a artéria com luvas e puncioná-la em ângulo de 30º a 90º. Coletar cerca de 2 ml de sangue. Remover agulha e seringa. Aplicar pressão ao local puncionado com gaze estéril de 5-15minutos. Retirar o ar da seringa e vedá-la com borracha. Agitar a amostra. Imediatamente colocar a amostra imersa em gelo.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO ARTERIAL pH - Avaliar o pH para determinar se está presente uma acidose ou uma alcalose. O desequilíbrio ácido-básico é atribuído a distúrbios ou do sistema respiratório (PaCO2) ou metabólico. Normal de 7,35 a 7,45 PaO2 - A PaO2 exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares pulmonares. Normal de 80 a 100mmHg. PaCO2 - A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da ventilação alveolar. Se a PaCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está hiperventilando, e se o pH estiver maior que 7,45, ele está em Alcalose Respiratória. Se a PCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente está hipoventilando, e se o pH estiver menor que 7,35, ele está em Acidose Respiratória. HCO3 - As alterações na concentração de bicarbonato no plasma podem desencadear desequilíbrios ácido-básicos por distúrbios metabólicos. Se o HCO3- estiver maior que 28 mEq/L com desvio do pH > 7,45, o paciente está em Alcalose Metabólica. Se o HCO3- estiver menor que 22 mEq/L com desvio do pH < 7,35, o paciente está em Acidose Metabólica.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO CAPILAR Utilizado na hematologia, em pesquisa de hemoparasitos, na coleta de amostras para execução de microtécnicas e em provas de coagulação. É uma mistura de sangue venoso e arterial, mas o sangramento é principalmente arterial. O sangue capilar é obtido através da pele. Especialmente em pacientes pediátricos. Punção da pele: Superfície póstero-lateral do calcanhar, em crianças até 1 ano de idade. Na polpa do 3º ou 4º dedo da mão. Lóbulo da orelha.

COLETA DE SANGUE PUNÇÃO CAPILAR Nunca: Em local edematoso. Massagear antes. Espremer. Pode: Aquecer previamente com compressas quentes. Sempre: Limpar com álcool a 70%. Desprezar a primeira gota.

COLETA DE SANGUE ANTICOAGULANTES Quando necessita-se de sangue total ou plasma para algumas análises usam-se anticoagulantes. Em geral, interferem no mecanismo de coagulação in vitro, inibindo a formação da protrombina ou da trombina. Os mais usados são: EDTA (ácido etileno-diamino-tetra-acético) – determinações bioquímicas e hematológicas Heparina – provas bioquímicas Oxalatos – provas de coagulação Citratos – provas de coagulação Polianetol-sulfonato de sódio – hemoculturas

Ação dos Anticoagulantes Contato com XII vidro XI Heparina VIII X V Plaquetas, Ca+2 EDTA Heparina Fibrinogênio Oxalatos Citratos Fibrina Frouxa Fluoreto Fibrina Firme

COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: VERMELHO Sem anticoagulante. Obtenção de soro para bioquímica e sorologia. Exemplo de testes: Creatinina Glicose Uréia Colesterol Pesquisa e identificação de anticorpos e ou antígenos no soro.

COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: LAVANDA Com anticoagulante EDTA sódico ou potássico EDTA liga-se aos íons cálcio, bloqueando assim a cascata de coagulação Obtém-se assim o sangue total para hematologia Testes: Eritrograma Leucograma Plaquetas

COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: VERDE Paredes internas revestidas com heparina. Produção de uma amostra de sangue total. Estabilização por até 48 horas. Testes bioquímicos.

COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: AZUL Contém citrato de sódio Anticoagulante utilizado para a obtenção de plasma para provas de coagulação: Tempo de Coagulação Retração de Coágulo Tempo Parcial de Tromboplastina Tempo de Protrombina

COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: PRETO Os tubos para VHS Contêm solução tamponada de citrato trissódico Utilizados para coleta e transporte de sangue venoso para o teste de sedimentação.

COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: AMARELO Tubos para tipagem sangüínea Com solução de ACD (ácido citrato dextrose) Utilizados para teste de tipagem sangüínea ou preservação celular

COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: CINZA Tubos para glicemia Contêm um anticoagulante e um estabilizador, em diferentes versões: EDTA e fluoreto de sódio oxalato de potássio e fluoreto de sódio heparina sódica e fluoreto de sódio heparina lítica e iodoacetato Ocorre inibição da glicólise para determinação da taxa de glicose sanguínea

COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: ROSA Tubos para provas de compatibilidade cruzada Duas versões: Com ativador de coágulo » Provas cruzadas com soro. Com EDTA » Testes com sangue total.

COLETA DE SANGUE Tubos com vácuo: ROYAL Três versões: Sem aditivo Com heparina sódica Com ativador de coágulo Utilizados para testar traços de elementos metálicos, como: Cu, Zn, Pb, etc.