Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Implantando o PGRSS Etapas do Manejo
Advertisements

O LixO Professora e enfermeira : Carla gomes e Patrícia Lins
VOCÊ E O LIXO?.
RECICLAGEM DE PILHAS E BATERIAS ALUNOS:RONALDO WELLITON ALISON
Ciclo de vida do produto
Resíduos sólidos e ecossistemas terrestres
RICARDO M. PINTO-COELHO
Saneamento ambiental Iana Alexandra
MEIO AMBIENTE Um sistema no qual interagem fatores de ordens físicas, químicas, biológicas e socioeconômicas.
Gestão das Informações Ambientais
Resíduos A questão dos resíduos e o seu gerenciamento ocupam hoje posição central na preocupação de todos os países , na medida em que enormes quantidades.
Resíduos Sólidos TST CECON Camila Leite.
Serviço Público Federal Universidade Federal do Pará
Treinamentos A questão do lixo.
Resíduos.
O DESTINO DO LIXO.
Educação Ambiental: a reciclagem e recuperação de materiais
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Disciplina: Ciências do Ambiente Professora: Márcia M. Rios Ribeiro Aluno:
Gestão dos Resíduos Sólidos
RESPONSABILIDADE PÓS-CONSUMO
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
TELEMONTE COLETA E TRANSPORTE LTDA
Aula 10 – Coleta, Tratamento e Disposição Final do Lixo
Centro de Ciências Humanas Letras e Artes
Gestão de resíduos perigosos
Capítulo 1 – Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos
RESÍDUOS INDUSTRIAIS.
Gerenciamento de resíduos sólidos
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA REFINARIA DE PETRÓLEO
RESÍDUOS.
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Gestão e Tratamento de Resíduos Sólidos
Tratamento dos Resíduos Sólidos – Reciclagem R S Construção Civil
Bráulida Fernandes nº5 Jéssica Gomes nº10 Lisandra Maia nº14
“Contribuições à Política Nacional de Resíduos Sólidos” Seminário CONAMA 18 e 19 de Agosto de 2004 Brasília - DF Seminário CONAMA 18 e 19 de Agosto de.
É todo resíduo sólido proveniente de atividades humanas ou mesmo de processos naturais (poeira, folhas e ramos mortos, cadáveres de animais). O LIXO.
Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos
ENGENHARIA AMBIENTAL.
Profª. Andréia 9º Ano Química.
Ciências O lixo – cap. 8 (6ª série) Professora: Alexsandra Ribeiro.
Energia Nuclear.
CIPA 2013/2014.
Manejo dos resíduos urbanos: Gerenciamento de Resíduos
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA COOPERADOS
Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano
Gerenciamento de resíduos sólidos
Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos
Lixo, para onde vai esse resíduo?
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Escola: Coopen Série: 4º ano B Aluno: Victor.
Guilherme Zanini, Jordana Wendling e Leonardo Staggemeier
Lixo Nuclear.
Professora: M. Sc. Rosângela Mendanha da Veiga
Resíduos Sólidos Sergio Freitas I – OBJETIVOS definir resíduos sólidos de acordo com as normas vigentes. caracterizar os resíduos sólidos. classificar.
RECICLAGEM.
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE “RSS”
Gestão de Resíduos Sólidos
Postes de Eucalipto Tratados
CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS – IJUÍ - AGENDA 21 Dirlei Marchesan – julho de 2008 GERAÇÃO: DESTINAÇÃO:
Aula 2 Normas Técnicas e Legislação
Energia das Biomassas.
Resíduos Sólidos Domiciliares
Resíduos de Construção Civil
SAÚDE E MEIO AMBIENTE CURSO DE FISIOTERAPIA
O MEIO AMBIENTE É TUDO QUE NOS CERCA
Seminário da Campanha da Fraternidade Ecumênica Resíduos Sólidos
SHS Gestão de Resíduos Sólidos Divisão dos resíduos sólidos quanto a sua origem e periculosidade de acordo com a PNRS Prof. Associado. Valdir Schalch.
Reutilização do Entulho de Construção Civil em Argamassas. Ciências Aplicadas e Engenharias. Acad. Luana Xavier Rodrigues. Prof. Lucimara Aparecida S.
Resíduos Sólidos Noções Básicas.
Capítulo 7 – Resíduos Sólidos
Transcrição da apresentação:

Gerenciamento de Resíduos Sólidos Curso Técnico Integrado em Controle Ambiental 4º ano Professora: Rosângela Mendanha da Veiga

Resíduos Sólidos: origem, definição e classificação Módulo I Resíduos Sólidos: origem, definição e classificação

DEFINIÇÃO DE LIXO E RESÍDUOS SÓLIDOS Dicionário Aurélio Lixo é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) Restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido1 ou líquido2, desde que não seja passível de tratamento convencional." Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Resíduo sólido ou lixo é todo material sólido ou semi-sólido indesejável e que necessita ser removido por ter sido considerado inútil por quem o descarta, em qualquer recipiente destinado a este ato.

CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente; Quanto à sua natureza ou origem.

QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ABNT NBR 10.004:2004 CLASSE I (PERIGOSOS) São aqueles que apresentam periculosidade ou uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, portanto, apresentam riscos à saúde pública e provocam efeitos adversos no meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.

QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ABNT NBR 10.004:2004 CLASSE II A (NÃO – INERTES) São os resíduos que não se enquadram nas classificações Classe I (Perigosos) ou Classe II B (Inertes). Podem ter propriedades tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.

QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ABNT NBR 10.004:2004 CLASSE II B (INERTES) São aqueles que quando amostrados de forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, conforme a ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.

Classificação dos RSUs quanto à sua natureza ou origem segundo CEMPRE e IPT: RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) DOMICILIAR COMERCIAL PÚBLICO SERVIÇO DE SAÚDE E HOSPITALAR PORTOS, AEROPORTOS, TERMINAIS RODOVIÁRIO E FERROVIÁRIO INDUSTRIAL AGRÍCOLA RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD) Fonte: D’almeida e Vilhena (2000). 8

QUANTO À SUA NATUREZA OU ORIGEM SEGUNDO O MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Lixo doméstico ou residencial Lixo comercial Lixo público Lixo domiciliar especial: • Entulho de obras • Pilhas e baterias • Lâmpadas fluorescentes • Pneus Lixo de fontes especiais • Lixo industrial • Lixo radioativo • Lixo de portos, aeroportos e terminais rodo ferroviários • Lixo agrícola • Resíduos de serviços de saúde Lixo eletrônico

LIXO DOMÉSTICO OU RESIDENCIAL São os resíduos gerados nas atividades diárias em casas, apartamentos, condomínios e demais edificações residenciais.

LIXO COMERCIAL São os resíduos gerados em estabelecimentos comerciais, cujas características dependem da atividade ali desenvolvida.

LIXO PÚBLICO São os resíduos presentes nos logradouros públicos, em geral resultantes da natureza, tais como folhas, galhadas, poeira, terra e areia, e também aqueles descartados irregularmente pela população, como entulho, bens considerados inservíveis, papéis, restos de embalagens e alimentos.

Após comemoração de seus 48 anos, Brasília amanhece em meio a lixo 21/04/2008 Após comemoração de seus 48 anos, Brasília amanhece em meio a lixo Fonte: http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac160885,0.htm

Fonte: http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac160885,0.htm

LIXO DOMICILIAR ESPECIAL ENTULHO DE OBRAS A indústria da construção civil explora muito recursos naturais e gera grande volume de resíduos. No Brasil, a tecnologia construtiva normalmente aplicada favorece o desperdício na execução das novas edificações. Em países desenvolvidos a média de resíduos proveniente de novas edificações encontra-se abaixo de 100 kg/m2, no Brasil este índice gira em torno de 300 kg/m2 edificado. Em termos quantitativos, esse material corresponde a algo em torno de 50% da quantidade em peso de resíduos sólidos urbanos coletada em cidades com mais de 500 mil habitantes de diferentes países, inclusive o Brasil. Os resíduos da construção civil são uma mistura de materiais inertes, tais como concreto, argamassa, madeira, plásticos, papelão, vidros, metais, cerâmica e terra.

O Resíduo de Construção e Demolição (RCD) Fonte: Santos, Veiga, Melo (2004)

Origem do RCD em algumas cidades brasileiras (% da massa total) Fonte: Pinto e Gonzáles (2005, p. 16). No Brasil a geração de RCD varia de 230 a 760 Kg / hab.ano (PINTO, 1999)

Participação do RCD nos componentes dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSUs) (média de 11 municípios: Belo Horizonte, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Piracicaba, Vitória da Conquista, Araraquara, Santo André, Diadema, Ribeirão Pires, Uberlândia e São José do Rio Preto) Fonte: Pinto e Gonzáles (2005, p. 24).

LIXO DOMICILIAR ESPECIAL PILHAS E BATERIAS As pilhas e baterias têm como princípio básico converter energia química em energia elétrica utilizando um metal como combustível. Podem conter um ou mais dos seguintes metais: chumbo (Pb), cádmio (Cd), mercúrio (Hg), níquel (Ni), prata (Ag), lítio (Li), zinco (Zn), manganês (Mn) e seus compostos. As substâncias das pilhas que contêm esses metais possuem características de corrosividade, reatividade e toxicidade e são classificadas como Resíduos Perigosos Classe I.

LIXO DOMICILIAR ESPECIAL LÂMPADAS FLUORESCENTES As lâmpadas fluorescentes liberam mercúrio quando são quebradas, queimadas ou enterradas em aterros sanitários, o que as transforma em resíduos perigosos Classe I, uma vez que o mercúrio é tóxico para o sistema nervoso humano e, quando inalado ou ingerido, pode causar uma enorme variedade de problemas fisiológicos. Uma vez lançado no meio ambiente, ocorre bioacumulação.

LIXO DOMICILIAR ESPECIAL PNEUS Deixados em ambiente aberto, sujeito a chuvas, os pneus acumulam água, servindo como local para a proliferação de vetores de doenças. Encaminhados para aterros de lixo convencionais, provocam "ocos" na massa de resíduos, causando a instabilidade do aterro. Destinados em unidades de incineração, a queima da borracha gera enormes quantidades de material particulado e gases tóxicos, necessitando de um sistema de tratamento de gases extremamente eficiente e caro.

LIXO DE FONTES ESPECIAIS LIXO INDUSTRIAL Composto por resíduos muito variados e apresentam características diversificadas que dependem do tipo de produto manufaturado. Devem, portanto, ser estudados caso a caso. Adota-se a ABNT NBR 10004 para classificar os resíduos industriais em Classe I (Perigosos), Classe II A (Não-Inertes) e Classe II B (Inertes).

LIXO DE FONTES ESPECIAIS LIXO RADIOATIVO Assim considerados os resíduos que emitem radiações acima dos limites permitidos pelas normas ambientais. No Brasil, o manuseio, acondicionamento e disposição final do lixo radioativo está a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Nas usinas de Angra, os rejeitos classificados como de baixa radioatividade são materiais utilizados na operação das usinas, como luvas, sapatilhas, roupas especiais, equipamentos e até fitas crepes. Depois de coletados e separados, estes materiais sofrem um processo de descontaminação para reduzir seus níveis de radioatividade. Alguns materiais são triturados e prensados, para ocuparem menos espaço e acondicionados em recipientes que bloqueiam a passagem dessa radiação. Os resíduos de média radioatividade, compostos de filtros, efluentes líquidos solidificados e resinas são acondicionados em uma matriz sólida de cimento e mantidos dentro de recipientes de aço apropriados. Com o passar do tempo, esse material perde a radioatividade, mas até lá tem de ser encapsulado e armazenado em depósitos isolados e monitorados.

Os rejeitos de alta radioatividade são os elementos combustíveis usados na geração de energia termonuclear. Como podem ser reaproveitados no futuro, depois de reprocessados, não chegam a ser propriamente rejeitos. Mas, enquanto isso não ocorre, os elementos combustíveis já utilizados na geração de energia ficam armazenados em piscinas especiais dentro dos prédios de segurança das usinas. Fonte: http://www.eletronuclear.gov.br/meio_ambiente/index.php?idSecao=6&idCategoria=33

LIXO DE FONTES ESPECIAIS LIXO DE PORTOS, AEROPORTOS E TERMINAIS RODOFERROVIÁRIOS Resíduos gerados tanto nos terminais, como dentro dos navios, aviões e veículos de transporte. Os resíduos dos portos e aeroportos são decorrentes do consumo de passageiros em veículos e aeronaves e sua periculosidade está no risco de transmissão de doenças já erradicadas no país. A transmissão também pode se dar através de cargas eventualmente contaminadas, tais como animais, carnes e plantas.

LIXO DE FONTES ESPECIAIS LIXO AGRÍCOLA Formado basicamente pelos restos de embalagens impregnados com pesticidas e fertilizantes químicos, utilizados na agricultura, que são perigosos. Portanto o manuseio destes resíduos segue as mesmas rotinas e se utiliza dos mesmos recipientes e processos empregados para os resíduos industriais Classe I. A falta de fiscalização e de penalidades mais rigorosas para o manuseio inadequado destes resíduos faz com que sejam misturados aos resíduos comuns e dispostos nos vazadouros das municipalidades, ou, o que é pior, sejam queimados nas fazendas e sítios mais afastados, gerando gases tóxicos.

Fonte: http://www.es.gov.br/site/noticias/show.aspx?noticiaId=99673287

LIXO DE FONTES ESPECIAIS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) Compreende todos os resíduos gerados nas instituições destinadas à preservação da saúde da população. Os resíduos de serviços de saúde seguem a classificação da ABNT NBR 12808,

LIXO ELETRÔNICO Resíduos resultantes da rápida obsolescência de equipamentos eletrônicos (televisores, computadores, geladeiras e outros dispositivos). Descartados em lixões, constituem-se num sério risco para o meio ambiente, pois possuem em sua composição metais pesados altamente tóxicos, tais como: mercúrio, cádmio, berílio e chumbo. Em contato com o solo, estes produtos contaminam o lençol freático; se queimados, poluem o ar. Além disso, causam doenças graves em catadores que sobrevivem da venda de materiais coletados nos lixões.

BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos sólidos – classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. D’ALMEIDA, Maria Luiza Otero; VILHENA, André (Coords.). Lixo Municipal: manual de gerenciamento integrado. 2ª ed. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo; Compromisso Empresarial Para Reciclagem, 2000. MONTEIRO, José Henrique Penido et al. Gestão integrada de resíduos sólidos: manual de gerenciamento integrado de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: IBAM, 2001. PINTO, Tarcísio de Paula; GONZÁLES, Juan Luís Rodrigo (Coords.). Manejo e gestão de resíduos da construção civil. Volume 1 – Manual de orientação: como implantar um sistema de manejo e gestão nos municípios. Brasília: Caixa Econômica Federal, 2005. PINTO, Tarcísio de Paula. Metodologia para a gestão diferenciada de Resíduos sólidos da construção urbana. 1999. 189 f. Tese (Doutorado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. SANTOS, Fernanda. Sousa dos; VEIGA, Rosângela Mendanha da; MELO, Tatiane Medeiros. Sistema de gestão ambiental para o setor da construção civil. 2004. 124 f. Trabalho de Conclusão (Graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental) – Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás, Goiânia, 2004. 41

OBRIGADA!