Colonização Portuguesa na América

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Transcrição da apresentação:

Colonização Portuguesa na América Mineração no Brasil

Antecedentes Na segunda metade do século XVII Portugal havia perdido possessões importantes no Oriente e na África, invadidas por países hostis à Espanha durante a União Ibérica. O açúcar brasileiro também enfrentava a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas pelos holandeses. Sendo assim, a Coroa portuguesa estimulou a busca de metais preciosos em terras brasileiras por meio de expedições: as entradas e as bandeiras.

Entradas e Bandeiras As Entradas foram expedições oficiais organizadas pelas autoridades, nos séculos XVI e XVII, que partiam do litoral com o objetivo de explorar o interior, apresar indígenas destinados à escravidão e procurar minas. Já as Bandeiras foram expedições armadas e organizadas, em geral, por particulares de São Paulo (antiga vila de São Vicente). As expedições bandeirantes dividiam-se em: Bandeiras de apresamento; Bandeiras de prospecção; Sertanismo de Contrato. Além das entradas e das bandeiras, existiam, também, as Monções, expedições que tinham o objetivo de abastecer as regiões mineradoras com utensílios e alimentos.

A corrida pelo ouro Foi somente no final do século XVII que os bandeirantes encontraram as primeiras jazidas em Minas Gerais. O ouro brasileiro era do tipo aluvião (encontrado no barranco das margens dos rios ou em seu leito). Esse ouro, apesar de ser encontrado em pequenas pepitas, possuía vantagens como o fato de não necessitar de muita mão de obra e nem de grandes investimentos para a sua extração.

Guerra dos Emboabas Os paulistas, descobridores do ouro de Minas Gerais, sentiam-se no direito exclusivo de explorá-lo. Queriam ser os “donos” das jazidas. Muitos portugueses, vindos da metrópole ou da própria colônia, correram para a região das minas com o objetivo de enriquecer. Ocorreram, então, violentos conflitos entre paulistas e portugueses que ficaram conhecidos como Guerra dos Emboabas. A palavra emboaba significa “forasteiro”. Era como os paulistas chamavam os portugueses. O conflito só terminou com a intervenção da Coroa portuguesa que passou a administrar a região das minas.

Administração das Minas Todas as minas pertenciam a Portugal, que concedia lotes (datas) aos mineradores que explorassem o ouro. O trabalho, entretanto, era realizado por escravos negros, em locais denominados lavras. Vendo no ouro a possibilidade de salvar sua economia, Portugal logo criou leis especiais e organizou um rígido esquema administrativo para controlar a região mineradora.

Administração das Minas Intendência das Minas O principal órgão do esquema administrativo português era a Intendência das Minas,criado em 1702. Esse órgão tinha várias funções: Administrativa (era responsável pela distribuição de terras para exploração do ouro e pela fiscalização da mineração); Judicial (era responsável pelo julgamento ds questões referentes à mineração); Tributária (era responsável pela cobrança de impostos). Os principais impostos cobrados sobre a mineração eram o quinto (20% de todo o ouro extraído) e a captação (17g de ouro por escravo).

Administração das Minas Casas de Fundição Em pó ou em pepitas, o ouro circulava livremente pela região mineradora, o que dificultava a cobrança do quinto. Para tornar mais eficiente esse controle, o governo português proibiu a circulação do ouro em pó. Criou as Casas de Fundição, onde todo o ouro era obrigatoriamente fundido e transformado em barras. Ao receber o ouro, as Casas de Fundição já retiravam a parte que correspondia ao imposto devido à Fazenda Real. O ouro restante era devolvido à circulação, com um selo que comprovava o pagamento do quinto. Era o “ouro quintado”, que poderia ser legalmente negociado.

“Santinho do pau oco”

Revolta de Vila Rica (1720) Diversos mineiros revoltaram-se contra a criação das Casas de Fundição, que dificultavam o comércio do ouro dentro da capitania, facilitando apenas a cobrança de impostos. Assim, em 1720, eclodiu a Revolta de Vila Rica. Cerca de 2 mil revoltosos conquistaram a cidade, comandados pelo português Felipe dos Santos. Os revoltosos exigiam do governador da capitania de Minas Gerais, a extinção das Casas de Fundição. Apanhado de surpresa, o governador fingiu aceitar as exigências. Na verdade, queria apenas ganhar tempo para organizar suas tropas e reagir energicamente. Em pouco tempo, os líderes do movimento foram presos de Felipe dos Santos condenado ao enforcamento em praça pública. Posteriormente, seu corpo foi esquartejado.

Exploração de diamantes Além do ouro, merece destaque a exploração de diamantes, que ocorreu, a partir de 1729 no Arraial do Tijuco, atual cidade de Diamantina, em Minas Gerais. Desde o início da exploração, o governo português tinha dificuldade em controlar a cobrança dos impostos sobre os diamantes. Grande quantidade de pedras era escondida pelos mineiros da fiscalização, para fugir do pagamento do quinto. Além disso, as pedras variavam em tamanho e qualidade. Devido a essas dificuldades, o governo português, de 1740 a 1771, decidiu entregar a extração dos diamantes a particulares, estabelecendo-se um contrato de concessão que firmava uma quantia fixa a receber para o explorador. Em 1771, preocupado com o contrabando, o governo decidiu assumir diretamente a tarefa de extrair diamantes. Criou, então, a Indentência dos Diamantes com amplos poderes sobre a população do distrito diamantino.

Crise da Mineração Com a intensa exploração do ouro, até mesmo as jazidas mais ricas rapidamente se esgotaram. Na segunda metade do século XVIII, a produção do ouro caiu brutalmente; porém, o governo português não acreditava que as jazidas estavam se esgotando. Preferia crer que a escassez do metal devia-se ao contrabando. Por isso, foi aumentando as formas de controle e as pressões sobre os mineiros. Em 1750, a Coroa portuguesa determinou que a soma final do quinto deveria atingir 100 arrobas de ouro por ano. Os mineiros não conseguiam extrair ouro suficiente para pagar os impostos, e as dívidas foram se acumulando. Em 1765, foi decretada a derrama, cobrança de todos os impostos atrasados. Na execução da derrama, as autoridades não pouparam em os mineiros empobrecidos que acabaram perdendo seus poucos bens. Consequências do ciclo minerador: expansão territorial e populacional, mudança do centro econômico e revoltas contra Portugal.

Com quem ficou o nosso ouro?

Eduardo Galeano “O ouro deixou buracos no Brasil, templos em Portugal e fábricas na Inglaterra”