Faculdade de Ciências Médicas Disciplina de Urologia

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
HTLV 1 Dr. Francisco Coutinho (TiSBU)
Advertisements

INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO
ENFERMAGEM NA SAÚDE DO HOMEM
Sistema Excretor Professora Helena.
Sistema cardiovascular – coração, vasos sanguineos e sangue
Regulação Nervosa da Circulação
Disfunção miccional Bexiga Neurogênica.
Infecções do Trato Urinário
DISCIPLINA ANATOMIA HUMANA
Hiperplasia Prostática Benigna
Caso Clínico - Cloaca A. O. B., 4 anos, branca, natural de RJ, nascida de parto cesáreo, a termo. HDA: Sialorréia, impossibilidade de progressão de SOG.
A próstata é uma glândula que só existe no homem. Tem como função
Anamnese e exame físico em urologia
SISTEMA NERVOSO.
APARELHO URINÁRIO IV (Micção)
Componentes do Sistema Nervoso Central
Fisiologia Humana Sistema urinário.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Prof. Rodrigo Trigueiro Morais de Paiva DSGU Data: 22/03/2011
Exercícios terapêuticos em Grupo
DISFUNÇÃO NEUROGÊNICA
Aluno: Everson Ricardo Bertacini Supervisora:
UNICEP-CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA
Incontinência Urinária no Idoso
CANCER DE PROSTATA ARNILDO HASPER TEL CEL
S.N.A Simpático Fibras, Receptores e Neurotransmissores.
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Continência.
Terminologia Urológica
Raciocínio Fisiológico Aplicado Marcele Cristina Vieira Chaves
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Conceitos atuais sobre Incontinência Urinária
Revisão Avaliação Bimestral de Ciências 3º bimestre - 8º ano
Sistema Cardiovascular
SAÚDE PROSTÁTICA.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE ELIMINAÇÃO VESICAL
URONEUROLOGIA ? ? ? Considerações: O trauma raqui medular (TRM)
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Fisiologia do Sistema Nervoso
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Dr GUSTAVO FRANCO CARVALHAL DR JORGE A PASTRO NORONHA
Fisioterapia para Incontinência Urinária
Monitoria de Laboratório Clínico Patologias da Próstata
Seminário Andressa Brunheroto Bruno Mendonça Grilo Érica Ribeiro Cruz
Faculdade de Ciências Médicas Disciplina de Urologia
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Hiperplasia Prostática Benigna
Thaís Sciulli Provenza
Avaliação Clínica e Laboratorial da Função Renal
ANTIHIPERTENSIVOS.
Sistema Urinário Nomes: Ana, Felipe Dias e Lucas Negrello Turma: 81
FISIOLOGIA MOTORA (Controle eferente)
Receptores ionotrópicos
AVALIAÇÃO Caroline Rodolfi.
PARTE URINÁRIA Caroline Rodolfi.
Sistema Urinário.
Sistema Nervoso Autônomo (SNA)
1 FISIOLOGIA MICCIONAL DA MULHER IDOSA Alexandre Fornari.
Caso clínico 2.
DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DISCIPLINA DE GINECOLOGIA
Profa. Maria Luiza Barros Fernandes Bezerra
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
E. M. E. F. ANTONINA WALDEVINO DOS SANTOS
Transcrição da apresentação:

Faculdade de Ciências Médicas Disciplina de Urologia Aula: Fisiologia da Micção Dr. Talles Leandro de Oliveira Prof. de Urologia da FCM Urologista do HUAC/UFCG Fevereiro/2012 1

Fisiologia da micção Ciclo miccional: Cordenação bexiga – esfíncter uretral – assoalho pélvico Centro regulador: lobo frontal Viktrup L, et al. Prim Care Update Ob/Gyns 2003;10:261- 4 2

Fisiologia da micção Ciclo miccional Viktrup L, et al. Prim Care Update Ob/Gyns 2003;10:261-4 Mecanismo de enchimento: o comportamento da viscoelasticidade da bexiga depende tanto de propriedades MECANICAS COMO NEUROMUSCULARES. 2. As propriedades mecanicas sao bastante sensiveis a estrutura e composiçao do tecido( colageno e elastina) muito colageno  pouca complacencia 3. Lei de Laplace : C= mudança volume/ mudança pressao Mecanismo de esvaziamento: Pdet = Pves - Pabd 3

Esquecer nunca!! Encher e esvaziar a bexiga sob baixas pressões!! 4

Como atua o Sistema Nervoso Periférico Fase de enchimento: Simpático - Noradrenalina Fase de esvaziamento: Parassimpático - Acetilcolina SNS - N. pudendo --> atua durante as duas fases 5

Fisiologia da micção Inervação N. Hipogástrico(simpático- noradrenalina) excita colo bexiga e uretra(esfíncter interno) e relaxa Corpo vesical N. Pélvico (parassimpático- acetilcolina) excita detrusor e relaxa uretra SNS: N. Pudendo contrai/relaxa esfíncter externo da uretra e musc diafragma pélvico Região sacral(S2-S4): N. Pélvico Região lombar(T11-L2): N. Hipogástrico Região suprasacral – infrapontina: N. Pudendo The normal function of the urinary bladder is to store and expel urine in a coordinated, controlled fashion. This coordinated activity is regulated by the central and peripheral nervous systems. 6

Fisiologia da micção Farmacologia Mecanismos Muscarínicos(5 subtipos): Receptores muscarínicos(colinérgicos): contração da bexiga (M3) Anderson KE. Pharmacol Rev 2004; 56:581-631 FF detrusoras de uma bexiga normal sao contraidas atraves de receptores agonistas colinergicos e pelo estimulo eletrico dos nervos colinergicos 2. 5 subtipos M1 a M5(na bexiga M1,M2,M3) 7

Fisiologia da micção Farmacologia Mecanismos Adrenérgicos: Receptores β2 e β3 (adrenérgicos): relaxa musc. Lisa bexiga Receptores alfa-adrenérgicos (α 1 eα 2 ): mais proeminentes na uretra Subtipos: (α 1Aα 1B α 1D ) Campbell and Walsh Urology, 9ª edição Alfa receptores nao sao proeminentes em bexigas normais. 8

Fisiologia da micção Inervação do trato urinário 9

Lobo frontal(centro regulador da miccçao) T11-L2 – N. Hipogástrico Simpático – noradrenalina Armazenamento The micturition control center is located in the frontal lobe of the brain. The signal transmitted by the brain is routed through 2 intermediate stops (the brainstem and the sacral spinal cord) 1)The PMC coordinates the urethral sphincter relaxation and detrusor contraction to facilitate urination. 2)Sacral cord: centro reflexo sacral _-> responsável pela contraçao detrusora N. Pudendo: relaxar/contrair Esf. Ext. Uretra e musc. Diaf. pelvico S2-S4 - N. Pélvico Parassimpático – acetilcolina Esvaziamento 10

?????? O que devemos avaliar durante o ciclo miccional? 11

O que devemos avaliar durante o ciclo miccional? Sensação miccional Fase de Enchimento Contração ñ inibida do detrusor Capacidade cistométrica Perdas urinárias Complacência 12

O que devemos avaliar durante o ciclo miccional? Fase de Esvaziamento Fluxo Pressão 13

Bexiga da criança Até a fase total de controle miccional a criança urina sem uma participação efetiva do cortex cerebral E o que quer dizer isso? Micção: arco reflexo (involuntariamente) Evolução: amadurecimento neurofisiológico  consciência social (3-4 anos) Até a fase de total controle miccional, a criança urina sem uma participação efetiva do córtex cerebral. E o que quer dizer isso? Normalmente, em crianças pequenas, após o enchimento vesical, há uma mensagem enviada para níveis medulares que, por sua vez, manda uma mensagem de volta ordenando a micção. Diz-se, portanto, que nesta fase, a criança urina involuntariamente. Com o crescimento, há um amadurecimento neurofisiológico das vias da micção e cessam-se as contrações involuntárias da bexiga. Com isso, o córtex cerebral passa a exercer controle sobre o momento do esvaziamento da bexiga. A criança passa a ter uma consciência social e sabe que não deve urinar nas calças. Sendo assim, em geral a partir dos 3 a 5 anos de idade, se a criança sente a bexiga cheia e é conveniente urinar, então há uma mensagem facilitadora cerebral ordenando a micção. Se não for conveniente no momento, então há uma mensagem inibitória para a micção e a criança aguarda o melhor momento para urinar 14

Bexiga do Idoso MIO-HIPERTROFIA: (bexigas obstruídas – Fase aguda) hipertrofia verdadeira da célula muscular lisa aumento dos espaços entre as células musculares abundante deposição de colágeno nos espaços intercelulares; aumento dos septos entre os fascículos e grupamentos musculares. Estas modificações na musculatura detrusora caminham para a limitação de sua contração 15

Bexiga do Idoso Bexiga SEM QUADRO OBSTRUTIVO: Admite-se que o envelhecimento promova, a nível vesical, degeneração variada das células musculares lisas, dos axônios terminais e diminuição da permeabilidade da membrana a passagem de cálcio, fator básico para a contração muscular. 16

Bexiga do Idoso Exemplos: bexiga obstruída com hiperatividade detrusor bexiga obstruída com contração precária bexiga obstruída superdistendida com retenção crônica bexigas hipocontráteis 17

Fisiologia da micção Dúvidas ? 18

Caso - Discussão JMA, 72 anos, masculino QP: dificuldade miccional há 1 ano HDA: jato fraco e intermitente e esforço miccional e urgência. Hipertenso, Nega Diabetis TR: próstata de tamanho normal, sem nódulos e fibroelástica. 19

Discussão 1. Problema do caso clínico? 2. Hipóteses diagnósticas? 3. Exames complementares? 20

Exames Ur: 55 Cr: 1,6 USG: Próstata 25g e RPM de 130ml + bexiga de esforço. Rins sem alterações. Solicitaria mais algum exame?? Já trataria esse paciente?? 21

Resultado final Urodinâmica: hipocontratilidade detrusora Conduta: Cateterismo intermitente limpo 4x/dia 22