RESULTADOS E DISCUSSÃO

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RESULTADOS E DISCUSSÃO ESTERCO BOVINO E ADUBAÇÃO NITROGENADA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJAZEIRO ‘AMARELO’ MAURO DA SILVA TOSTA (1,2), PRISCILLA DE AQUINO FREIRE TOSTA (1), GLEIDSON BEZERRA DE GÓES (1,3), FRANCISCO DE ASSIS DE OLIVEIRA (4), VANDER MENDONÇA (1,3) & JOEL DA SILVA TOSTA (5) INTRODUÇÃO O Brasil é o principal produtor mundial de maracujá. O crescente consumo “in natura” de maracujazeiro e a agroindústria de sucos impulsionam uma contínua expansão [GONDIM, 2000]. Dentre os fatores que podem afetar a produção de mudas de boa qualidade, estão: a qualidade da semente, do substrato e do adubo utilizado, pois estes contribuem para melhor desenvolvimento e sanidade da muda [YAMANISHI et al. 2009]. Para o desenvolvimento e produção de mudas deve-se conhecer as melhores misturas e ou proporções de substratos; cujas características químicas, físicas e biológicas devem oferecer as melhores condições de desenvolvimento da planta [SMIDERLE et al. 2001]. Embora a atmosfera contenha vastas quantidades de nitrogênio a maioria dos organismos não pode acessar diretamente esse imenso reservatório, havendo necessidade do N ser aplicado ao solo. Embora o teor de nitrogênio total do solo seja relativamente elevado, somente uma porção muito reduzida deste total se acha disponível para as plantas [LOPES 1989]. OBJETIVO Testar doses de esterco bovino e da adubação nitrogenada na produção de mudas de maracujazeiro ‘amarelo’. MATERIAL E MÉTODOS O ensaio experimental foi conduzido em viveiro (50% de sombra) de produção de mudas, tendo na cobertura filme plástico transparente, da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), no período de março a junho de 2008. O delineamento experimental adotado foi o de blocos completos casualizados, no esquema fatorial 4 x 4 e quatro repetições, sendo cada parcela constituída por 6 plantas úteis. Os tratamentos constaram percentagens de esterco bovino (0%; 25%; 50%; e 75%), na composição do substrato, e doses de nitrogênio (0, 200; 400; 600 mg.dm-3), na forma de uréia, em cobertura no substrato. O experimento foi conduzido em sacolas pretas de polietileno, com capacidade 0,7 L de volume. Foi utilizada duas sementes de maracujazeiro por recipiente, após a emergência, quando apresentavam em média 5 cm de comprimento, foi feito o desbaste deixando apenas uma planta por recipiente, a mais vigorosa. Aos 21 dias após a semeadura iniciou-se a aplicação em cobertura das dosagens de nitrogênio, sendo realizadas 4 aplicações, com intervalo de 21 dias. As dosagens de esterco foram realizadas em uma única vez no substrato, antes de encher os saquinhos. Aos 100 dias da semeadura, quando as plantas emitiam as primeiras gavinhas, foi avaliado o diâmetro do colo; comprimento da parte aérea; número de folhas; comprimento do sistema radicular; massa seca da parte aérea, do sistema radicular e total; relação entre massa seca da parte aérea e do sistema radicular, entre o comprimento da parte aérea e diâmetro do colo e entre o comprimento da parte aérea e sua massa seca. RESULTADOS E DISCUSSÃO O máximo valor estimado para o diâmetro do colo foi de 2,34mm quando se utilizou a dose máxima estimada de 40% de esterco bovino na composição do substrato, independente da aplicação de nitrogênio em cobertura (Figura 1). O comprimento da parte aérea teve uma resposta da adubação nitrogenada diferenciada para as dosagens de esterco bovino, para as dosagens de 25% e 75%, conforme pode ser observado na Figura 2; ambas as percentagens tiveram uma curva de mesmo comportamento, no entanto quando foi utilizado 25% esterco bovino no substrato obteve um valor máximo estimado de 147 cm, enquanto com a aplicação de 75% de esterco bovino obteve um valor máximo estimado 74 cm, com as dosagens máximas estimadas de 307 e 293 mg.dm-3 de nitrogênio em cobertura, respectivamente. Para as demais percentagens do esterco bovino não ocorreu efeito para o aumento das dosagens de nitrogênio em cobertura no substrato. O número de folhas teve um aumento crescente até dosagem estimada de 38% de esterco bovino (9 folhas.planta-1), doses superiores a esta promoveram decréscimo no seu valor, conforme a figura 3. A dosagem estimada de 31% de esterco bovino promoveu um máximo valor estimado de 23 cm para o comprimento do sistema radicular, após esta percentagem de esterco houve um decréscimo no número de folhas com o aumento da quantidade de esterco no substrato (Figura 4). Enquanto o aumento das dosagens de nitrogênio em cobertura promoveu uma resposta negativa, tendo seu valor máximo estimado de 22 cm, conforme a figura 5. De acordo com a figura 6, o aumento das dosagens de esterco bovino promoveu aumento da massa seca da parte aérea até a dosagem máxima estimada de 38%, com um valor máximo estimado de 6 g planta-1, posteriormente ocorreu um decréscimo desta massa seca; e para o aumento das dosagens de nitrogênio ocorreu um aumento de sua massa até a dosagem estimada 156 mg.dm-3 de nitrogênio em cobertura, neste foi estimado uma massa seca de 4 g.planta-1, posteriormente teve o mesmo comportamento do esterco bovino (Figura 7). Para massa seca do sistema radicular, conforme a figura 8, é observado um crescimento até a dose máxima estimada de 38% de esterco bovino, com uma massa seca de 0,8 g; maiores doses promoveram decréscimo na variável. A utilização da dose estimada de 38% de esterco bovino na composição do substrato proporcionou o maior valor da massa seca total, 6 g muda-1; percentagens superiores do esterco promoveram decréscimo para esta variável (Figura 10). Enquanto na figura 11 é observado que o aumento da dosagem de nitrogênio no substrato promoveu resposta semelhante, mas tendo uma produção de massa seca total de 5 g.muda-1 com a aplicação de 269 mg.dm-3 de N. A relação entre massa seca da parte aérea e do sistema radicular obteve seu máximo valor estimado (8) com a utilização de 328 mg.dm-3 de nitrogênio em cobertura no substrato, após esta dosagem o correu um decréscimo no acumulo da massa seca total (Figura 11). O maior valor estimado (23) da relação entre o comprimento da parte aérea e o diâmetro do colo foi conseguido com a utilização da dose máxima estimada de 33% de esterco bovino, após este valor ocorreu um decréscimo da relação, conforme a figura 13. A utilização da maior dose de nitrogênio no substrato, associado a um substrato sem a utilização do esterco bovino, promoveu um maior valor, de 10, da relação entre comprimento e massa seca da parte aérea (Figura 14), não sendo verificado efeito da adubação nitrogenada para as demais percentagens do esterco bovino utilizado na composição do substrato. CONCLUSÕES A adubação do substrato com esterco bovino em fundação e a adubação nitrogenada em cobertura podem ser utilizadas na produção de mudas de maracujazeiro ‘amarelo’. Doses elevadas de esterco bovino e nitrogênio podem promover efeitos depressivos em mudas de maracujazeiro-amarelo. As dosagens de 36% de esterco bovino e 268 mg.dm-3 de nitrogênio em cobertura promoveram mudas mais vigorosas. (1) Universidade Federal do Semi-árido (UFERSA) - BR 110, Km 47, Bairro Pres. Costa e Silva- CEP 59625-900, Mossoró (RN) - Fone: 084-3315 1789 – E-mail: maurosilvatosta@yahoo.com.br, vander@ufersa.edu.br (2) Bolsista da Capes (3) Bolsista do CNPq (4) ESALQ/USP – Rua Irmã Margarida Maria, n°200, Bairro Jardim Brasília – Cep: 13420-006 – Piracicaba (SP), Fone: (019)88087205 – E-mail: thikaoamigao@bol.com.br (5) Universidade Estadual de Grosso do Sul (UEMS) – MS 306, km 9 – Cep 79540-000 – Cassilândia (MS) – E-mail: joeltostaag@hotmail.com