O futuro fascina as pessoas!
Menos por ser um tempo que chega, porque o momento seguinte é sabido que chega. Mais por não saber como ele chega.
Esta falta de conhecimento gera dificuldade em confiar. Isto é, as pessoas confiam... Até o limite do conveniente. Depois, receiam.
Receiam pelo que pode acontecer. Pelo que não pode acontecer. Quanto maior é o desconhecimento pela coisa, maior é a sua suposição.
Quem poderia acreditar...
que naquele passado não distante, de criança,
aquele remédio amargo poderia ser transformado, no futuro, em adocicado... saboroso?
Sabor salada de fruta? Morango? Abacaxi? Framboesa?...
Só mesmo depois de o futuro ter se transformado em passado. Até então, remédio era remédio e alimento era alimento.
Por conta de facilitar a aceitação de medicamento, bebês e crianças podem crescer acreditando que o melhor do remédio é o sabor e não a melhora da saúde.
E quando adultos, perceberem que os excessos, os exageros à saúde tem remédio.
Que podem comer e beber à vontade, que a sobremesa, de fruta, em forma de antiácido, vai reparar o mal-estar.
Não é à toa que os medicamentos sejam responsáveis por casos de intoxicação e as crianças como principais vítimas.
Além das embalagens cada vez mais atraentes e do armazenamento em locais de fácil acesso, o sabor doce de fruta contribui.
O futuro também está nas farmácias. Lá, podem ser compradas balas; chocolates, também dietéticos; cervejas, aquelas sem álcool;
refrigerantes, também os que servem para dissolver substâncias indesejadas; salgadinhos, aqueles saborosos de bacon, pizza...
E se precisar, esses estabelecimentos, que preparam e vendem medicamentos, podem ter medicamentos.
Esse futuro por conta da tecnologia moderna de convergência, que concentra tudo em um único lugar, já é coisa do passado.
Agora, o que assusta, pelo desconhecimento, é o futuro, o tempo que está para acontecer. Este, só quem viver verá... E consumirá.
O Futuro Nem Sempre É Bom Com Quem Consome Música: The Ventures Texto e formatação: Fujiyama Shiroaoi