FILOSOFIA HELENÍSTICA

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Transcrição da apresentação:

FILOSOFIA HELENÍSTICA Prof. Railton Souza

O IMPÉRIO MACEDÔNICO E A POLIS Com a dominação Macedônica protagonizada por Alexandre Magno, filho de Felipe II, com a conquista da Grécia, Pérsia, Egito e Ásia Menor, começa uma processo de fusão da cultura grega com as culturas dos povos conquistados, o que passou a ser conhecido como helenismo. A polis perde importância, se desagrega e se perde no universo do grande Império.

A filosofia A filosofia grega que encontrou seu ápice na época clássica, com os sistemas filosóficos produzidos por Platão e Aristóteles, especialmente por esse segundo, sofre uma profunda mudança no período helenístico. A filosofia helenística se debruça sobre a natureza, voltando-se diretamente para questões éticas da vida dos indivíduos.

Éticas A ética ocupa, portanto, um lugar central nas reflexões dos filósofos desse período. São tratadas questões tais: Como devo viver? Como devo agir? O que é a virtude? Como encarar as dores e sofrimentos da vida? Como conquistar a felicidade? Como deve viver e agir o sábio? Sendo assim, as grande teorizações políticas, comuns em Platão e Aristóteles, perdem importância na época helenísticas. Filósofos desse período, como Epicuro, inclusive desaconselham seus discípulos a se dedicarem à política.

Filosofias Helenísticas EPICURISMO ESTOICISMO CETICISMO CINISMO

Epicurismo Epicuro fundou uma corrente filosófica helenística que ficou conhecida como epicurismo. Conhecemos sua história e boa parte do seu pensamento através de um doxógrafo do séc. III d.C, Diógenes Laércius, que escreveu A vida dos filósofos ilustres, compilando vida e pensamento de dezenas de pensadores gregos e romanos, muitos dos quais não restaram nenhuma obra.

Vejamos os princípios filosóficos defendidos pelo epicurismo: Epicuro Segundo Diógenes Laércius, Epicuro comprou uma bela casa, cheia de jardins, com a ajuda de discípulos. Lá ele vivia com eles e ensinava. Por isso, sua filosofia é conhecida como a filosofia do jardim, da amizade. Vejamos os princípios filosóficos defendidos pelo epicurismo:

Atomismo Influenciado por Demócrito e Leucipo, Epicuro afirmava que tudo era constituído de átomos invisíveis, inclusive a alma. Com a morte do corpo, morria também a alma, o que provocava a desagregação dos átomos que a constituíam.

Filosofia O exercício da filosofia, exigência para qualquer época da vida, deveria ser uma instrumento para a superação das superstições que perturbam a alma: o medo do castigo dos deuses, o medo do destino e o medo da morte.

A morte Dizia Epicuro que a morte não era nada para os epicuristas. Quando a morte passa a ser, já não somos mais. A morte é o fim das sensações. Depois dela não há mais consciência, dor ou prazer. Portanto, não devemos temê-la.

O prazer e a dor Para Epicuro as dores da vida podem ser em muitos casos evitada se agimos racionalmente e com prudência. E os prazeres podem maiores que essas dores. A dor é mal e o prazer é um bem. Mas quando raciocinamos percebemos que o mal pode algumas vezes tornar-se um bem e esse tornar- se um mal. Ou seja, há prazeres que trazem sofrimento (devem ser evitados) e há sofrimentos que trazem prazeres (devem ser suportados).

O ideal de vida do sábio epicurista O sábio está em busca da “aponia”(ausência de dores físicas) e da “ataraxia” (ausência de perturbações, preocupações e inquietações na alma). O sábio deve ser justo, agindo com racionalidade e prudência, buscará o prazer sem causar danos ao outro e nem a si mesmo. E na hierarquia de prazeres, a ataraxia é o superior.

Hedonismo racional e ético O epicurismo, configura-se assim como um hedonismo racional e ético. Hedonismo vem de “hedoné” (prazer). Existem hedonismo que não são racionais e nem tão pouco éticos quando buscam o prazer a qualquer preço, sem levar em conta a justiça.

Estoicismo O fundador do estoicismo é Zenão de Cício. Sua filosofia ficou conhecida como estoicismo porque ele ensinava próximo ao “stoá” (pórtico da cidade). Oposta ao epicurismo, na metodologia ética, o estoicismo defende os seguintes princípios:

Viver por dever A natureza possui um “logos”, racionalidade, que legisla. O sábio deve viver por dever (submeter-se às leis impostas por esse logos) e não em busca do prazer.

Apatheia O grande ideal de vida do sábio é a conquista da “apatheia”, controle das paixões, indiferença diante das paixões prazerosas ou dolorosas. O sábio deve desenvolver, através do exercício da filosofia, uma fortaleza interior para não se abalar com as dores e sofrimentos (suportando-as) e nem se iludir com os prazeres (vivendo de forma moderada).

Cinismo O fundador do cinismo foi Antístenes, mas o cínico mais famoso foi Diógenes de Sínope. Diógenes considerava que a vida dos gregos era extremamente superficial, excessivamente apegada aos bens e burocrática, viviam de aparência, sem autenticidade, presos a convenções.

Ceticismo O fundador do ceticismo foi Pirro. Por isso sua filosofai é também conhecida com pirronismo. A tese central de Pirro é a seguinte: a verdade não pode ser conhecida. O homem não possui os meios, condições, de produzir conhecimento verdadeiro (verdade absoluta). Não pode conhecer a realidade verdadeiramente. Portanto, o cético não defende verdade nenhuma e coloca em dúvida todas as verdades que lhe são apresentadas como absolutas.