GESTÃO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE

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Transcrição da apresentação:

GESTÃO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE

Conteúdo Programático desta aula Principais aspectos da biologia da conservação Padrões de utilização de recursos Manejo de áreas naturais

Manutenção da Biodiversidade Manejo: Aplicação de programas de utilização dos ecossistemas, baseados em princípios ecológicos que visam assegurar a conservação da biodiversidade. Manejo florestal: Conjunto de técnicas empregadas para colher parte das árvores grandes de modo que às menores, a serem colhidas futuramente, sejam protegidas. Também se refere á prática pela qual o homem interfere em formações florestais com o objetivo de promover sua regeneração mais rapidamente ou de atingir a produção mais eficiente de bens florestais de seu interesse. Manejo sustentado: Sistema de exploração que respeita a capacidade de reposição dos recursos naturais. Recursos naturais: Materiais e processos naturais da Terra que sustentam a vida no planeta e nossas economias. Recursos florestais: São constituídos por todos os atributos valiosos das zonas florestais que ocasionem trocas mercantis ou que possuam valor para os interesses humanos.

Floresta primária: Florestas virgens e antigas, cujas árvores frequentemente têm centenas – às vezes milhares – de anos. Floresta secundária: Povoamentos de árvores resultantes de sucessão ecológica secundária. Plantação florestal: Local plantado com uma ou algumas espécies de árvores em um povoamento de mesma idade. Quando o povoamento amadurece, ele é normalmente colhido pelo corte raso e, então é replantado. Essas fazendas cultivam espécies de árvores de crescimento rápido para obter lenha, madeira de lei ou celulose. Desmatamento: Remoção de árvores de uma área arborizada sem que haja replantio adequado. Cinturão verde: Área ao redor da zona urbana cuja finalidade é evitar o crescimento desordenado e excessivo das cidades.

Parques Nacionais e Reservas Naturais Conservação: Uso sensato e cuidadoso dos recursos naturais pelos seres humanos. Preservação: Técnicas que visam à proteção do meio ambiente contra qualquer forma de degradação e destruição. Área protegida: Trata-se de determinada zona de um país cujo objetivo é conservar a flora, fauna e modos de vida tradicionais. Não é permitido pescar, caçar, cortar árvores ou praticar qualquer outra atividade prejudicial ao meio ambiente. Fazem parte desta categoria os parques nacionais e reservas naturais. Áreas selvagens: Região do planeta onde a comunidade de vida não foi gravemente perturbada pelos seres humanos e onde os seres humanos são apenas visitantes temporários.

Corredores ecológicos: Termo adotado pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação que designa ligações entre unidades de conservação que permitem o fluxo, a dispersão de espécies e a re-colonização de áreas degradadas.

Restauração Ecológica Restauração: Tentar retornar um hábitat ou ecossistema degradado a uma condição o mais similar possível ao seu estado natural. Reabilitação: tentar fazer com que um ecossistema degradado volte a ser um ecossistema funcional ou útil sem tentar restaurá-lo à condição original. Substituição: um ecossistema degradado é substituído por outro tipo de ecossistema. Um pasto ou uma floresta artificial pode substituir uma floresta degradada.

Protegendo as Espécies Selvagens: Abordagem Legal e dos Santuários Cites: Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies de Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção. Tratado assinado por 166 países; relaciona cerca de 900 espécies que não podem ser comercializadas na forma de exemplares vivos ou de produtos, pois estão em perigo de extinção. O tratado também restringe o comércio internacional de outras 29 mil espécies que estão em risco de se tornarem ameaçadas. CBD: Convenção sobre Diversidade Biológica ratificada por 190 países obriga legalmente os governos signatários a reverter o declínio global da diversidade biológica. ESA: Lei das espécies ameaçadas de extinção foi criada para identificar e proteger legalmente as espécies ameaçadas nos EUA e nos demais países. Esse ato é provavelmente a lei ambiental de maior alcance a ser adotada por uma nação, por isso é controversa. Ver legislação brasileira em www.ibama.gov.br

Extinção comercial: Diminuição da população de uma espécie selvagem usada como recurso a um nível em que não é mais lucrativo abater a espécie. Legislação ambiental: É o conjunto de regulamentos jurídicos especificamente dirigidos às atividades que afetam a qualidade do meio ambiente. Refúgio de vida silvestre: Unidade de conservação de proteção integral cujo objetivo é proteger ambientes naturais onde se asseguram às condições existentes ou de reprodução de espécies ou comunidades de flora local ou da fauna residente ou migratória. Bancos de genes e sementes: Expressão genética para designar uma área de preservação biológica com grande variabilidade genética. Por extensão, qualquer área reservada para a multiplicação de plantas a partir de um banco de sementes ou de mudas, ou laboratório onde se conserva, por vários anos, sementes ou genes diferentes. Ecologia reconciliatória: Ciência de inventar, estabelecer e manter novos habitats para preservar a diversidade de espécies em lugares onde as pessoas moram; trabalham ou se divertem.

PADRÕES DE UTILIZAÇÃO DE RECURSOS 2.1. Áreas isoladas ou desérticas: São regiões sem manejo e constitui 52% da superfície da Terra (Ex:Antártica, Campos e Desertos). Mantém um Pool gênico de organismos selvagens. Pode possuir grupos de caçadores e coletores. Ex: Pigmeus (África Central), Aborígenes (Austrália) e Índios (Amazônia). 2.2. Áreas de conservação: Compreende 5% da superfície da Terra. Sendo a maioria dos parques nacionais modelados para preservar plantas e animais específicos, normalmente endêmicos. 2.3. Áreas florestais e agricultura: As conseqüências ecológicas incluem a utilização de fertilizantes químicos e pesticidas que afetam também outros organismos e poluem as reservas de água. A alteração do habitat pela agricultura e silvicultura reduz a área total dos habitats naturais.

As florestas têm também um importante efeito estabilizador do fluxo dos rios que servem de habitat para os peixes. Cerca de 1/3 da superfície terrestre é coberta pelas florestas. Na África, 0.6% do total da floresta tropical é devastada a cada ano. Na América do Sul esse percentual aumenta para 0.7% e na Ásia é de 0.9%. O desmatamento remove diretamente o habitat selvagem, e também afeta os padrões de distribuição de vida via efeitos indiretos. Por exemplo, o aumento da erosão do solo causa assoreamento dos rios e afeta a vida aquática.

Aceleração da concentração de nutrientes pode também causar eutrofização. Perdas de árvores por queimadas em áreas marginais podem promover a desertificação. A fonte da maior parte de alimento consumido pelas pessoas é a agricultura terrestre, e de todos os ecossistemas não urbanos. Essas terras representam os mais manipulados pelo homem. As práticas agrícolas ocasionam a erosão do solo, aumenta a lixiviação, diminui a fertilidade do solo, aumenta o assoreamento de rios, levam ao desmatamento e desertificação.

CONSEQUÊNCIAS ECOLÓGICAS DA AGRICULTURA Poluição dos corpos d’água. A água proveniente dos dejetos contém altos índices de nitrogênio e fósforo de fertilizadores, e pesticidas, os quais contaminam os rios. 2. Perda do solo superficial. Cerca de 4 bilhões de toneladas deste solo são arrastados nos EUA a cada ano por rios, canais e também pelos ventos 3. Contínua irrigação para agricultura pode causar a salinização da terra. 4. Forte herbívora pelo gado pode induzir a desertificação. 5. A agricultura pode resultar em graves perdas de vida selvagem através da remoção do habitat devido ao desmatamento e despejo de subprodutos.

2.4. Áreas urbanas: A ecologia da restauração se concentra no uso de técnicas para restaurar áreas degradadas, transformando-as “próximas” ao ambiente natural outrora ali presente, ou em outro tipo de habitat. *A ecologia da restauração necessita de um conhecimento da biota, do habitat local, do solo, clima e técnicas para aumentar o sucesso na re-introdução de plantas e animais.

Áreas Marinhas Protegidas Tem sido utilizadas como ferramenta chave e solução para o problema. Por um lado, as AMPs permitem por meio de zoneamentos diversos, a coexistência de atividades incompatíveis (Ex: foto e pesca submarina). Por outro lado, preserva características funcionais dos sistemas naturais, garantindo em longo prazo, estabilidade dos recursos marinhos.

Reserva Extrativista (RESEX) É uma área utilizada por populações tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. É de domínio público com seu uso concedido às populações extrativistas tradicionais. UNIDADE DE USO SUSTENTÁVEL: que busca compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.

Tipos de Indicadores de Impacto Ambiental em AMP: Bio indicadores : Riqueza de espécies; Diversidade de espécies; Abundância e tamanho de indivíduos; Quebra de organismos vivos (freqüência). Físicos : Quebra de estruturas físicas; Rugosidade; Re-suspensão. Sociais : Satisfação de visitantes com: aglomerações/encontros de grupos, conservação do ambiente, ruído e segurança; conflitos de uso; números de infrações por esforço de fiscalização.

Medidas para reduzir impactos: Alterações de uso Rodízio de áreas; zoneamento; colocação de estruturas artificiais; monitoramento associado à capacidade de suporte, etc. Distribuição de informações educativas Folders, pranchetas de campo, etc. Intervenções físicas Poitas, cabos guia, etc. Fiscalização ? Supervisão e acompanhamento Mergulho guiado, etc. Normatização da atividade Inclusão nos Planos de Manejo, etc. Identificação e caracterização de AMP Diagnóstico nacional de AMP, etc. Práticas interpretativas Trilhas subaquáticas, etc.

Ressurgência: Fenômeno de ascensão de águas frias, ricas em nutrientes oriundas das Correntes do Atlântico Sul (ACAS), que aumentam a produtividade primária e pesqueira.