ANA FLÁVIA BORGES BADUE Seminário: Desafios da Produção e Comercialização de Orgânicos ANA FLÁVIA BORGES BADUE
Algumas questões norteadoras É possível substituir a cultura (nossos hábitos) do consumismo por uma cultura de Consumo Responsável em uma metrópole como São Paulo? É possível exercitar o Consumo Responsável buscando substituir grande parte do nosso consumo de produtos de primeira necessidade por produtos da Agricultura Familiar (AF) agroecológica e da Economia Solidária com sustentabilidade? É possível democratizar o acesso aos produtos agroecológicos? Como os atores da Agricultura Familiar agroecológica e da Economia Solidária podem se unir para conquistar juntos, de forma complementar, espaços de comercialização justa e solidária? É possível se unir em rede e sobreviver à pressão das grandes corporações que dominam todos os elos da cadeia produtiva ?
Objetivos do Espaço Promover formação constante visando estimular a cultura (hábitos) de Consumo Responsável. Propiciar a articulação em rede de produtores, apoiadores, comerciantes, técnicos e consumidores, para alavancar práticas complementares de comercialização justa e solidária, buscando o encurtamento da cadeia (produção, comercialização e consumo)
Espaço da Cultura de Consumo Responsável - produtos Agroecológicos e da Economia Solidária Parceria para Realização no Tendal da Lapa
Articulação de Parcerias Fomento Apoio Colaboração
Oficinas de Interação Produtor e Consumidor e Dicas de Consumo Responsável Higiene e Limpeza ecológica Educomunicação: jornal mural e video Alunos ETEC Nutrição aprendem sobre brotos orgânicos na culinária
Eventos especiais: Seminário e Feira de Trocas de sementes
Desafios do Espaço e as políticas públicas Recurso para Manutenção das ações de articulação e formação do Espaço - aguardamos liberação de recurso FEMA 8 Parcerias para organização de rede de produtores e pontos alternativos de comercialização justa e solidaria (lojas, feiras, eventos, restaurantes, entrega e domicilio, grupos de consumo, internet, etc) e consumidores Mobilização para solicitar regulamentação da Lei N.º 14.731, de 20 de março de 2008, que institui a Feira Municipal de Economia Solidária – ECOSOL e as Feiras Regionais de Economia Solidária das Subprefeituras, no Município de São Paulo. Espaço da Cultura de Consumo Responsável agora Itinerante - como referência apresentada pela Subprefeitura da Lapa na Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional.
Outros exemplos de espaços alternativos de venda de orgânicos em capitais: Porto Alegre Loja do MST e de Ecosol no Mercado Municipal
Sábado das 7:30 às 12:30 (desde 1989) Porto Alegre Feira Ecológica da Redenção - Parque Farroupilha (Municipal- Leis 7961/97 e 9258/03) Sábado das 7:30 às 12:30 (desde 1989) - Projeto PANCs (Plantas Alimentícias Não-Convencionais) - Biodiversidade– Reg Met. Porto Alegre para assentados do MST/RS, promovido pela Superintendência da CONAB/PNUD, com oficinas de botânico e nutricionista
Feiras - 9 pontos, 10% dos produtores org. da Reg. Metrop.(2009) Investimento - R$ 2,5 milhões (MDA e contrapartida pref.) Parceiros: Prefeitura, SENAR-PR , SENAC e SEBRAE são parceiros Requisito:Empreendimentos selecionados por meio de pregão eletrônico - Certificação de produtos e de lojas Estrutura: 3.700 metros quadrados, no centro de Curitiba (Rua da Paz, 608), Estacionamento e dois pisos, 22 espaços comerciais: 2 lanchonetes, 1 restaurante 3 mercearias 1açougue 1 loja de artesanato 1 loja de cosméticos 1 loja de confecção 12 bancas de vegetais e produtos processados. Cozinha para cursos de culinária - Prédio com sistema de segurança, captação de água de chuva iluminação natural, economia de energia Funcionamento: Todos os dias Curitiba Feiras - 9 pontos, 10% dos produtores org. da Reg. Metrop.(2009) Mercado de Orgânicos ao lado do Merc. Mun. Fotos: Cleverson Beje FAEP/SENAR-PR
DEPOIMENTO INTEGRANTE DA REDE ECOVIDA “Hoje o mercado de orgânico de Curitiba está funcionando, mas quem participa são empresas. Virou uma butique orgânica. Essa não era a nossa proposta (da Rede Ecovida). A nossa proposta era que fosse um varejão orgânico, onde você teria bancas fixas e bancas por período, onde os agricultores trariam seus produtos venderiam e o que sobrava ficaria nestas bancas fixas.Hoje não participamos deste mercado. Eu acho que vale mais ter um espaço onde os agricultores podem levar os seus produtos e venderem e o que sobrar deixar. Pois isso é uma forma de incentivar os agricultores e os consumidores e haveria produtos fresco todos os dias e de forma constante. Isso também diminui o valor do produto para o consumidor.”
Experiência da Rede Ecovida ALGUNS NÚMEROS DA REDE Rede Ecovida atua de forma descentralizada e conta com 23 núcleos regionais, abrangendo em torno de 170 municípios. Seu trabalho congrega, aproximadamente, 200 grupos de agricultores, 20 ONGs e 10 cooperativas de consumidores. Em toda a área de atuação da Ecovida, são mais de 100 feiras livres ecológicas e outras formas de comercialização. Cooperafloresta que atua no Sul de São Paulo já esta inserida na Rede Ecovida
75% das feiras da AF são Agroecológicas
Mercado Orgânico/CEASA - Brasília Distrito Federal Barracas em frente ao Ministério do Ambiente - parceria entre os funcionários e produtores do Assentamento Colônia I Mercado Orgânico/CEASA - Brasília Quinta e Sábado(manhã) - Desde de 2006 Área de 200 m² disponível para 110 agricultores filiados ao Sindicato dos Produtores de Orgânicos do DF Expresso Orgânico
Arranjo Produtivo Local - APL Distrito Federal Arranjo Produtivo Local - APL Parceiros: Sindicato Prod. Org., Embrapa Hortaliças, a Emater, o Senar, a Federação de Agricultura e Pecuária do DF, a Secretaria de Agricultura, os Ministério da Agricultura; do Desenvolvimento Agrário, do CNPq/MCT entre outras. Objetivo:- Expandir, com equidade social e sustentabilidade ambiental, a produção de alimentos orgânicos para atender, primeiramente, o mercado do DF, criando, ao mesmo tempo, competências e plataformas técnicas para alcançar novos mercados nacionais e internacionais. - Implantação de um sistema cooperativo de comercialização, gerenciado pelos próprios produtores,para permitir a prática de preços mais acessíveis em contraponto às grande redes de supermercados do país, possibilitando o aumento da fatia da população com acesso ao consumo de produtos orgânicos.
Questões para buscarmos refletir neste evento: O que podemos aplicar aqui destas experiências? Em que precisamos de apoio do poder público?