INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR UNYAHNA DE BARREIRAS - IESUB

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Os ideais éticos.
Advertisements

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÌ Comp. Curricular: Ciência Política e Teoria do Estado Professor: Dr. Dejalma.
Pesquisa e Produção do Conhecimento
DE PLATÃO A ARISTÓTELES
Hegemonia e educação em Gramsci Relações de poder e intelectuais
Dialética Etimologicamente, dialética vem do grego:
A Psicologia Sócio-Histórica
Características e Especificidades do Modo de Produção Capitalista
DIALÉTICA DO CONCRETO POR: KAREL KOSIK. A Dialética A dialética trata da coisa em si, do concreto. Mas a coisa em si não se manifesta imediatamente aos.
Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista
Situação 1: pais ao serem chamados à escola afirmam que o(a) filho(a) não leva jeito para os estudos, nasceu assim como os demais membros da família. “Um.
KARL MARX MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO
A Concepção Objetiva da Arte
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
BEM-VINDO À DISCIPLINA
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO PROFESSOR: LIVALDO.
Prof. Everton da silva correa
A análise do capitalismo por Karl Marx
Universidade Luterana do Brasil Teoria e Método em Geografia
Materialismo histórico e dialético
A atitude e a experiência filosófica
Teorias do conhecimento
Existencialismo – Parte II
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
A Filosofia Existencialista
Immanuel Kant
Então vamos para a prova final!
Introdução a Questão Social
Educação de Essencialidades. Há continuidade em nós!!! Vamos conecta la.
A sociologia de Karl Marx
Conceito de Direito A partir da leitura de Roberto Lyra Filho  ideologias dificultam o entendimento do conceito de direito.
PSICOLOGIA SOCIAL II Professora: Inayara Oliveira Alunos:
CSO 089 – Sociologia das Artes
Karl Marx Máxima: 1818 – 1883 d.C. “Os filósofos não têm feito senão interpretar o mundo de diferentes maneiras, o que importa é transformá-lo”. Teses.
FILOSOFIA 3ª SÉRIE E.M. IDEALISMO ALEMÃO.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE SOCIOLOGIA E MEIO AMBIENTE PPGEA PROFº DR. LUÍS FERNANDO MINASI A DIALÉTICA MATERIALISTA E A PRÁTICA.
Sociologia – 1º EM e N3 Conteúdo: Marxismo e Manifesto Comunista
CAESP – Filosofia – 1A e B – 08/04/2015
Filosofia Contemporânea
Karl Marx: História, Dialética e Revolução
KANT.
IDEOLOGIA.
ARISTÓTELES (383 – 322) a.C Metafísica
As bases da ciência moderna
Conscientização -- antonio frutuoso -- Casa da Juventude do Paraná.
O PENSAMENTO MODERNO: RACIONALISMO X EMPIRISMO
Karl Marx e F. Engels Marx ( ) Engels ( )
Friedrich Hegel Filosofia contemporânea
Kant O que posso saber? (teoria do conhecimento)
Immanuel Kant
Professor: Suderlan Tozo Binda
Ética contemporânea (Séculos XIX e XX)  A reflexão ética cotemporânea se desdobrou numa série de concepções distintas acerca da moral e a sua fundamentação;
O CAMPO DA RELIGIÃO Prof. Helder Salvador. É só com a filosofia moderna que se começa tratar a religião, e com isto também a fé cristã, filosoficamente,
A QUESTÃO DE DEUS DESCARTES.
LUDWIG FEUERBACH Deus é a essência do homem projetada em um imaginário ser transcendente. Também os predicados de Deus (sabedoria, potência,
A Crítica Do Juízo A posição da terceira Crítica em relação às duas anteriores.
O IDEALISMO FICHTEANO COMO EXPLICITAÇÃO DO ‘FUNDAMENTO’ DO CRITICISMO KANTIANO Objetivo de Fichte: Investigar a fundo as três críticas, com o objetivo.
Karl Marx e o materialismo histórico
Prof. Suderlan Tozo Binda
Ética contemporânea (Séculos XIX e XX)
A doutrina da ciência e a estrutura do idealismo fichteano
Introdução geral ao pensamento de Schelling
Hartmann III Possível, necessário, contingente. Hartmann começa examinando os vários significados de: –Contingente –Necessário –Possível.
A Dialética do Iluminismo Adorno e Horkheimer Método da teoria crítica: 1.Orientar para emancipação 2.Manter um comportamento Crítico.
Prof. SuderlanTozo Binda
Professora luciana miranda
Profª Luciana Miranda A tradição hegeliana.
O conhecimento Spinoza.
O PENSAMENTO MODERNO: RACIONALISMO X EMPIRISMO O FUNDAMENTO DA FILOSOFIA CARTESIANA – René Descartes, o pai da Filosofia Moderna Direito 5º Ano Professor:
Transcrição da apresentação:

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR UNYAHNA DE BARREIRAS - IESUB Curso: Direito Período: 10º Disciplina: Filosofia do Direito Professor: Elton Pereira da Silva Data: ___/11/10 Acadêmico (a): ____________________ Hegel: Idealismo dialético O verdadeiro que é o Sujeito, o Espírito, quer dizer, é atividade, que é processo, melhor ainda,que é automovimento Elton Pereira da Silva, filósofo, advogado, especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestre em Educação. Atualmente é professor da FAAHF, da UNYAHNA e do Projeto Plataforma Freire. INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR UNYAHNA DE BARREIRAS - IESUB

IDEALISMO HEGELIANO Hegel, tomando como ponto de partida a noção kantiana de que a consciência (ou sujeito) interfere ativamente na construção da realidade, propõe o que se chama de FILOSOFIA DO DEVIR, ou seja, do SER COMO PROCESSO, como MOVIMENTO, como VIR-A-SER;  Nesse entendimento o ser está em constante transformação; Surge uma nova lógica, que não parta do estático, mas do princípio da contradição, PARA DAR CONTA DA DINÂMICA DO REAL

COMO SE MANIFESTA O ENTENDIMENTO DIALÉTICO? “Toda as coisas e idéias morrem; essa forma destruidora é também a força motriz do processo histórico” A verdade é o fato, é o que é? Deixa de ser um fato e passa a ser um resultado do desenvolvimento do espírito; Para Hegel a realidade e o verdadeiro não são “substância”, mas sim “Sujeito”, vale dizer, “pensamento”, “Espírito”

Nesse sentido, a realidade, o verdadeiro, que é sujeito e Espírito, significa dizer que é “atividade”, que é “processo”, que é “movimento”, melhor ainda, que é “automovimento”. O conhecimento é estabelecido a partir de uma realidade dada, imediata, simples aparência, é chamado por Hegel de conhecimento abstrato, ao que opõe o conhecimento do ser real, concreto, que consiste em descrever o modo como uma realidade é produzida; Conhecer a gênese, o processo de constituição pelas mediações do contraditório, é conhecer o real.

O REAL É RACIONAL, E O RACIONAL É REAL No sistema hegeliano, o racionalismo não é mais o modelo de se aplicar; Mas é o próprio tecido do real e do pensamento. A história universal nada mais é do que a manifestação da Razão

PONTO DE PARTIDA DO DEVIR Não a natureza, a matéria, mas a idéia pura (tese); esta para desenvolver, cria um objeto oposto a si, a natureza (antítese), que é a idéia alienada, o mundo privado de consciência; Da luta entre os dois princípios antitéticos nasce uma SÍNTESE, o ESPÍRITO; A mais alta manifestação do espírito absoluto é a FILOSOFIA – saber de todos os saberes.

A DIALÉTICA HEGELIANA O absoluto hegeliano é de tal forma “compacto” que exige necessariamente a totalidade das partes sem nenhuma exclusão; Vejamos o exemplo da flor e o fruto: No desenvolvimento da planta, o botão é de-terminação e, portanto, negação. Mas essa determinação é tirada (ou seja, superada) pelo florescimento, a qual, porém, enquanto nega essa determinação também a “verifica”, enquanto a flor é a positividade do botão. Por seu turno, porém, a flor é de-determinação, o que, portanto, implica negatividade, que por sua vez é tirada e superada pelo fruto. E, nesse processo, todo momento é essencial para o outro e a vida da planta é esse próprio processo, que aos poucos põe os vários conteúdos, ou seja, os vários momentos, e pouco a pouco os supera.

Três momentos nesta circularidade: O real se autocria, o positivo é o seu movimento: de planta o botão, de botão a flor, de flor a fruto. O movimento próprio do espírito é o “movimento do refletir-se em si mesmo”; trata-se da circularidade; Três momentos nesta circularidade: 1º Hegel chama de o ser em si – é a tese – a abstração; Afirmação, é a idéia; 2º O ser outro ou fora de si – é antítese – é o real; Negação e/ou afirmação da tese; é a natureza; 3º O retorno a si, ou o ser em si e para si; Negação e e/ou afirmação da Antítese e da Tese. É o espírito, absoluto. O movimento ou o processo autoprodutivo do absoluto tem portanto rítmo tríadico que se expressa em um “em si”, em um “fora de si” e em um “para si” (“ou em si e para si”

HEGEL: A TEORIA DO ESTADO O pensamento, o conceito de direito fez-se de repente e o velho edifício de iniquidade não lhe pode resistir (...). Desde que o sol está no firmamento (...) não se tinha visto o homem(...) basear-se numa idéia e construir segundo ela a realidade(...). Trata-se portanto de um soberbo nascer do sol. Todos os seres pensantes celebraram essa época. Reinou nesse tempo uma emoção sublime, entusiasmo do espírito fez estremecer o mundo. Como se só nesse momento se tivesse chegado à verdadeira reconciliação do divino com o mundo. (Hegel) O texto é Friedrich Hegel (Alemão 1970-1831), relembra a Revolução Francesa que ocorreu quando ele tinha 18 anos.

HEGEL: A TEORIA DO ESTADO A Revolução Francesa marcou a ruptura da história; A DERROCADA DO MUNDO FEUDAL E O FORTALECIMENTO DA ORDEM BURGUESA; É essa a contradição dialética cuja resolução Hegel aponta como sendo a tarefa da RAZÃO; O ESTADO É UMA DAS MAIS ALTAS SÍNTESES DO ESPÍRITO OBJETIVO

HEGEL: A TEORIA DO ESTADO A Teoria do Estado foi desenvolvido por Hegel na obra Filosofia do Direito; Critica a tradição jusnaturalista típica dos filósofos contratualistas; Hegel nega a anterioridade dos indivíduos, pois é o Estado que fundamenta a sociedade Não é o indivíduo que escolhe o Estado, mas sim é por ele constituído; Não existe o homem em estado de natureza, pois o homem é sempre um indivíduo social.

Como podemos sintetizar o Estado? Numa realidade coletiva Numa totalidade dos interesses contraditórios entre os indivíduos; Assim como a família é a síntese dos interesses contraditórios entre os membros, e a sociedade civil a síntese que supera as divergências entre as diversas famílias, o Estado representa a unidade final, a síntese mais perfeita que supera a contradição existente entre o privado e o público.

No movimento dialético as esferas da família e da sociedade civil não devem ser entendidas como formas exteriores ao Estado. Existem e desenvolvem no ESTADO Sociedade civil, no novo sentido, para a época; Corresponde à esfera intermediária entre a família e o Estado; A sociedade civil é o lugar das atividades econômicas, e, portanto, onde prevalecem os interesses privados, sempre antagônicos entre si Por isso é o lugar das diferenças sociais e conflituosas entre ricos e pobres Para superar as contradições que põem em risco a coletividade, é preciso reconhecer a soberania do ESTADO

“NO ESTADO, CADA UM TEM A CLARA CONSCIÊNCIA DE AGIR EM BUSCA DO BEM COLETIVO, SENDO, ASSIM, POR EXCELÊNCIA, A ESFERA DOS INTERESSES PÚBLICOS E UNIVERSAIS”. (HEGEL)

“O vida do Espírito não é aquela que se esquiva da morte, e sim aquela que “suporta a morte e nela se mantém”. O Espírito “só conquista a sua verdade com a condição de encontrar-se a si mesmo na devastação absoluta”, diz Hegel, acrescentando que ele é essa potência e essa força precisamente porque “sabe olhar o negativo face a face e deter-se junto a ele”. Esse afirmar-se é a força mágica que torna o negativo nos ser. Mas para compreender esse ponto absolutamente basilar (o cerne do hegelianismo) devemos compreender o processo dialético.