Santo Agostinho - 354-430 d.C.) Crer para compreender.

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Transcrição da apresentação:

Santo Agostinho - 354-430 d.C.) Crer para compreender

Bispo de Hipona durante trinta e quatro anos e o mais importante filósofo do período patrístico. Foi um mestre da interioridade

Mestre da subjetividade Sua filosofia insiste na importância do homem interior, do voltar-se para si mesmo - na aposta de que a felicidade não pode ser encontrada no âmbito da exterioridade, e sim na esfera da intimidade

A interioridade em Santo Agostinho Noli foras ire, in teipsum redi: in interiore homine habitat veritas (Não vás fora, entra em ti mesmo: no homem interior habita a verdade - Santo Agostinho

Ou seja, ao inspecionar o seu próprio espírito, o homem transitaria do exterior para o interior onde descobriria - na profundidade do Eu - o Absoluto, ou seja, Deus, verdade íntima em cada indivíduo ,

Deus só poderia ser realmente encontrado por meio de um itinerário introspectivo Experiência de Fé

Para Agostinho, Deus é verdade íntima que habita em nós, fundamento primeiro e último do ser O que há, portanto em Santo Agostinho é uma hierarquização da existência pela divisão entre mundo superior e mundo material, a noção de que a verdade não pode ser encontrada simplesmente na relação homem-mundo exterior, e a ideia de que o ser humano tende a retornar para aquilo que lhe deu origem

“Ama, e faze o que quiseres” Ama, et fac quod vis “Ama, e faze o que quiseres” Se Deus é amor e este amor é perfeito, não pode querer o mal

Se Deus está no mais íntimo do nosso ser, como condição absoluta de nossa felicidade, uma vez encontrado pela experiência da Fé, o amor se impõe como dever ético situacional

Se agirmos a partir desse dever, não poderemos errar, posto que é um bem em si mesmo

Santo Tomás de Aquino - (1226– 1274 d.C.) Compreender para crer

Relação Razão e Fé Cristã

Santo Tomás de Aquino é o principal representante da filosofia no período de transição da Idade Média para a Moderna (do século 14 a 16)

Tomás pertence a segunda ou alta escolástica, que vai do séc Tomás pertence a segunda ou alta escolástica, que vai do séc. XII ao início do séc. XIV, e tem como objetivo conciliar fé e razão .

Baseia-se, principalmente, no pensamento aristotélico na discussão dialética entre razão e fé

A finalidade de Tomás foi organizar um conjunto de argumentos para demonstrar e defender as revelações do cristianismo, de modo a não contrariar a fé .

Provas da existência de Deus

Santo Tomás considera cinco vias que conduzem a Deus

s A característica comum a todas é a evidência sensível como procedimento de demonstração da validade da argumentação. As vias são:

1ª Prova [o primeiro motor]: tudo aquilo que se move é movido por outro ser. Por sua vez, este outro ser, para que se mova, necessita também que seja movido por outro ser. E assim sucessivamente. Se não houvesse um primeiro ser movente, cairíamos num processo indefinido. Logo, conclui Tomás de Aquino, é necessário chegar a um primeiro ser movente que não seja movido por nenhum outro. Esse ser é Deus

2ª Prova [causa eficiente]: todas as coisas existentes no mundo não possuem em si próprias a causa eficiente de suas existências. Devem ser consideradas efeitos de alguma causa. Tomás de Aquino afirma ser impossível remontar indefinidamente à procura das causas eficientes. Logo, é necessário admitir a existência de uma primeira causa eficiente, responsável pela sucessão de efeitos. Essa causa primeira é Deus

3ª Prova [o Ser necessário e seres contingentes]: este argumento é uma variante do segundo. Afirma que todo ser contingente, do mesmo modo que existe, pode deixar de existir. Ora, se todas as coisas que existem podem deixar de ser, então, alguma vez, nada existiu. Mas, se assim fosse, também agora nada existiria, pois aquilo que não existe somente começa a existir em função de algo que já existia. É preciso admitir, então, que há um ser que sempre existiu, um ser absolutamente necessário, que não tenha fora de si a causa eficiente da sua existência, mas, ao contrário, que seja a causa da necessidade de todos os seres contingentes. Esse ser necessário é Deus

4ª Prova [graus de perfeição]: em relação à qualidade de todas as coisas existentes, pode-se afirmar a existência de graus diversos de perfeição. Assim, afirmamos que tal coisa é melhor que outra, ou mais bela, ou mais poderosa, ou mais verdadeira etc. Ora, se uma coisa possui “mais” ou “menos” determinada qualidade positiva, isso supõe que deve existir um ser com o máximo dessa qualidade, em nível da perfeição. Devemos admitir, então, que existe um ser com o máximo de bondade, de beleza, de poder, de verdade, sendo, portanto, um ser máximo e pleno. Esse ser é Deus

5ª Prova [a finalidade do(s) ser(es)]: todas as coisas brutas, que não possuem inteligência própria [seres inanimados, vegetais e irracionais], existem na natureza cumprindo uma função, um objetivo, uma finalidade, semelhante à flecha dirigida pelo arqueiro. Devemos admitir, então, que existe algum ser inteligente que dirige todas as coisas da natureza para que cumpram seu objetivo. Esse ser é Deus

Conclusão Para Tomás, Deus tem como essência ser existência e é alcançado como princípio explicativo de fatos que, sem Ele, não se explicariam. Deste modo, só podemos conhecer a existência de Deus indiretamente, isto é, pelas evidências sensíveis, à luz da Fé

Veja! Primeiramente sabemos que Deus não é: imperfeito e limitado; e, dado que o conhecimento certo de Deus se deva realizar partindo das criaturas [seres imperfeitos], o efeito deve ter semelhança com a causa

Essa doutrina da analogia consiste precisamente em atribuir a Deus as perfeições criadas. Logo, o que conhecemos a respeito da existência de Deus é, portanto, um conjunto de negações e de analogias. Já a essência de Deus é impossível de ser conhecida