FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO
Advertisements

CORONELISMO, UM TIPO PARTICULAR DE CLIENTELISMO.
CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA DO ESTADO PROFº: DEJALMA CREMONESE
A REPÚBLICA VELHA OU REPÚBLICA DO (CAFÉ COM LEITE)
Do networking à construção de redes sociais: um novo desafio.
TRABALHO DE SOCIOLOGIA
ALUNOS=THIAGO,JOÃO,FERNANDO,CLEITON
A República Velha Brasileira ( )
2º Reinado O governo de D. Pedro II Unidade 8 (temas 3 a 6)
Unidade iii Marxismo Slides utilizados na disciplina – Sociologia Aplicada para o Curso de Administração/UFSC Por Prof. Juliana Grigoli.
REPÚBLICA VELHA ( ).
Aula 17 Gestação da economia cafeeira
BRASIL REPÚBLICA (1889 – ) REPÚBLICA VELHA (1889 – 1930) 3 - República Oligárquica (1894 – 1930): OLIGARQUIA = Governo de poucos. Período em que o Brasil.
PRIMEIRA REPÚBLICA.
OS ESTADOS NACIONAIS MODERNOS
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA OBJETIVOS.
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: A CRISE DA MONARQUIA OBJETIVOS DISCUTIR A TRANSIÇÃO PARA O.
SOCIEDADE AGRARIA BRASILEIRA “TRADICIONAL” CONFLITOS SOCIAIS NO CAMPO
SOCIEDADE AGRARIA BRASILEIRA “TRADICIONAL”
Copyright © 1999 Todas as Aulas em Datashow são registradas em cartório ficando proibida sua reprodução e alteração total ou parcialmente, sem a autorização.
TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO PARA O CAPITALISMO
2º ANO sociologia CORREÇÃO DO QUESTIONÁRIO MERCADO DE TRABALHO
Solidarismo: da doutrina ao discurso de campanha
BRASIL – PERÍODO REGENCIAL
Expansão Marítima Européia Professor Ulisses Mauro Lima
QUESTÃO AGRÁRIA Disciplina SOCIOLOGIA E EXTENSÃO
A EVOLUÇÃO POLÍTICA DA AMÉRICA LATINA
AULA 1 – Relações de Poder (Cap 21, pág 267)
A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
O PERÍODO REGENCIAL 1831 – d. Pedro I abdica- vai para Portugal e deixa seu filho, Pedro de Alcântara, com 5 anos – este deveria assumir o trono.
FEUDALISMO.
Nome:Amanda de Souza;Camila Ribeiro; Núbia Karoline;Victor Hugo
Absolutismo Revisão – 1ªEM.
+ Locke e o consentimento Introdução à Ciência Polítca Novembro de 2014.
Órgãos soberania.
O Primeiro Reinado / foi um período da História do Brasil marcado por sérios conflitos de interesses. De um lado os que desejavam preservar.
Cidadania Cidadania é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive.
PROCLAMDA A REPÚBLICA EM XV DE NOVEMBRO DE 1889
Estratégia e tática A definição de objetivos estratégicos e táticos políticos exige: estudos e conhecimentos sobre a dinâmica histórica e conjuntural econômica,
REPÚBLICA BRASILEIRA PERÍODO PROVISÓRIO.
Prof. Mauro Leão BEM-VINDO À DISCIPLINA
Independência da América Espanhola
Evolução Política e Econômica Provincial
Relações Internacionais Noções básicas Fonte: ELÍBIO JÚNIOR; MATOS, 2006.
Segundo Reinado (1840 – 1889).
DA ORGANIZAÇAO DO ESTADO
3 - República Oligárquica (1894 – 1930):
Popularmente, entende-se política como a “arte de governar;
 .
Sociologia-2ª SÉRIE Professor Breno Cunha
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
República Oligárquica
REVOLUÇÃO FARROUPILHA
Transição até a maioridade de D. Pedro II.
República da Espada e República Oligárquica
Introdução à Filosofia Aula 10
A crise do Feudalismo. Relação da Crise do Feudalismo com a Formação dos Estados Nacionais Absolutistas.
POBREZA, CONCEPÇÕES E DEFINIÇÕES
O Domínio Oligárquico na República Velha
O CICLO COMPLETO DE POLÍCIA
Primeira República ( ) 1.República da Espada ( ) * A proclamação da república foi um golpe militar apoiado pelos cafeicultores paulistas.
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA REPÚBLICA OLIGÁRQUICA: café, indústria e movimento operário.
Instituições Políticas Brasileiras Prof. Octavio Amorim Neto EPGE/FGV-RJ.
Geografia Rede SESI de Educação.
Brasil: fim da República Oligárquica Professora Vanessa Martins.
Atividade racional que transforma o meio natural
O processo da Independência do Brasil Principais conceitos.
A PRESENÇA PORTUGUESA EM ÁFRICA
A República das Oligarquias
A BASE ECONÔMICA DA SOCIEDADE
Transcrição da apresentação:

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Professor: Cezar Augusto Pereira dos Santos cezarsantos1975@hotmail.com

PLANO DE AULA Tema: Coronelismo na Primeira República; Assuntos: Conceito; Relação Coronelismo, clientelismo & Estado; República do Café com Leite; Voto a cabresto; Curral Eleitoral;

O CONCEITO O vocábulo coronelismo tem sua origem nos autênticos ou falsos coronéis da extinta Guarda Nacional; A Guarda Nacional foi criada em 1831. Em cada município existia um destacamento. “O posto de coronel era geralmente concedido ao chefe político da comuna[idade]... Eram, de ordinário, os mais opulentos fazendeiros ou os comerciantes mais abastados, os que exerciam, em cada município, o comando - em - chefe da Guarda Nacional” (CARONE, 1971);

CORONELISMO : ASPECTOS GEOGRÁFICOS E O ESTADO Conforme Carone (1971) a razão primeira do coronelismo é o fator geográfico. Coronelismo intimamente ligado à formação das grandes propriedades. Portugueses nobres, comerciantes ricos e militares a serviço da Coroa, etc., recebiam sesmarias, formando os primeiros núcleos independentes – Brasil Colônia, Brasil Império, Brasil República; A ausência do poder público facilitava a presença do poder privado; De acordo com Carone (1971) a formação dispersa do país tornou o problema do mandonismo um processo nacional.

CORONELISMO : ASPECTOS GEOGRÁFICOS E O ESTADO

FENÔMENO NACIONAL Mandonismo/coronelismo com nomes distintos em diferentes regiões: Mas em comum: CORONELISMO maior parte do país; CAUDILHISMO no RS ; CHEFISMO no Vale do São Francisco ; “Força própria, Autoridade própria e, portanto, Autonomia” (CARONE, 1971)

A posse dos Meios de Produção & a subordinação do meio ao poder individual Coronelismo sempre esteve indistintamente relacionado com a posse da terra; Coronel chefe de um clã familiar que proporcionava segurança e tranquilidade em um ambiente inóspito e incerto por natureza; “A dependência familiar ajunta-se a dependência dos agregados: escravos, ex-escravos, trabalhadores assalariados, todos necessitam do trabalho, alimentação e proteção do senhor” (CARONE, 1971, p. 86).

PATERNALISMO – Troca de favores – Uma face da Moeda “Para ele (o coronel), favor é dar um dia de serviço quando o pobre está passando fome; é não deixar que vá preso quando se embriaga e tenta subverter a ordem pública; é dar a roupa e o calçado para votar; é dar o remédio e o médico quando o pobre está doente; é afiançá-lo na loja do comerciante para comprar a roupa; é dar-lhe terra e fornecer dinheiro para plantar e limpar o roçado” (CARONE, 1971, p. 86).

PATERNALISMO – Troca de favores – outra face da Moeda “Em troca desses favores exige, naturalmente, outros favores. Exige que leve e traga os recados. Exige que vá à feira comprar e trazer as mercadorias. Exige respeito e acatamento às suas ordens. Exige que açoite ou mate o adversário quando lhe ofende. Exige que bote água e lenha em casa. Exige, finalmente, o voto. O voto que é o instrumento poderoso com que o chefe mantém o seu prestígio, o seu domínio, a sua posição de líder. Sem isso estaria terminado o seu ciclo, a sua gestão, o seu feudo” (CARONE, 1971, p. 86).

AMBIENTE SOCIAL DO CORONELISMO Oportunidades de vida são limitadas e a liberdade de trabalho restrita; Fácil para o coronel, obter um controle rígido sobre todas as opções locais? Todos quererem ser situacionistas, isto é, partidários do poder local; Não existe oposição??? (CARONE , 1971)

CORONELISMO & “POLÍTICA” O que Carone (1971) quer dizer com a seguinte frase? “O poder local também é tradução de beneplácito e favores conseguidos junto à política dominante do estado”. A limitação progressiva da autonomia municipal, a nomeação de delegados de carreira, o aumento populacional das cidades e, depois de 1930, as formas centralizadas de governo acabou com o fenômeno do Coronelismo? Por que se para o coronel a questão local estava acima das questões nacionais, ele se associava aos políticos de expressão nacional?

CORONELISMO & “POLÍTICA” Conforme Martins (ANO) quando se rompia o elo da política de alianças a nível federal, a intervenção no Estado rebelde poderia ter um custo político elevado e até mesmo desembocar numa luta armada. No âmbito dos Estados, se um mandatário municipal se rebelasse, o convencimento se fazia através de que medidas? Nomeações, favores, empréstimos, obras públicas; Destacamento policial sob o comando de um general (delegado pós 1930) experiente, que poderia convencer os “coronéis” rebeldes com relativa facilidade, sem maiores conseqüências ou prejuízos políticos.

CORONELISMO & “POLÍTICA” “O coronelismo enquanto modelo de mando compreendeu uma complexa rede de relações que permeou todos os níveis de atuação política durante a República Velha, surgindo como um “sistema de reciprocidade”, envolvendo trocas de compromissos, principalmente em períodos eleitorais, entre os chefes políticos municipais e os coronéis, fornecedores do eleitorado cooptado, com a situação dominante estadual, fornecedora de cargos públicos além de favores, especialmente de caráter econômico” (Biavaschi, 2009).

REFERÊNCIAS CARONE, E. Coronelismo: Definição Histórica e Bibliografia. Revista de Administração de Empresas, Rio de Janeiro, v. 11, n. 3, p. 85-92, jul/set. 1971. MARTINS, W. R. CORONELISMO: contaminação crônica da política brasileira. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2287-8.pdf. Acesso em 20/10/2014. CARDOSO, F. H. Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional. São Paulo, Paz e Terra, 1977.