Enfermagem geriátrica I Prof. Enfº Roger Torres

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Transcrição da apresentação:

Enfermagem geriátrica I Prof. Enfº Roger Torres

Processo do envelhecimento Envelhecer é um processo natural, gradativo e contínuo, que começa no nascimento e se prolonga por todas as fases da vida. 

Entende-se como envelhecimento uma série de alterações que vão ocorrendo no organismo ao longo do tempo vivido.

Processo e causas Este processo provoca mudanças nas funções e estrutura do corpo e o torna mais suscetível a uma série de fatores prejudiciais, estes podem ser tanto internos (falha imunológica, renovação celular comprometida, etc) como externos (estresse ambiental).

As causas intrínsecas do envelhecimento podem ser entendidas a partir da compreensão da renovação celular.  Nosso corpo é composto por aproximadamente 75 trilhões de células, e estas, excetuando-se as musculoesqueléticas e os neurônios, multiplicam-se constantemente.

À medida que as células se dividem (processo conhecido como mitose), seus telômeros (seqüências de DNA) vão sendo encurtados. Após muitos ciclos de divisão, eles desaparecem até que, finalmente, as células perdem sua capacidade de renovação.

A partir do momento que as células não se dividem mais, elas envelhecem, perdem por completo suas funções e morrem. Há ainda outras teorias sobre as causas internas de envelhecimento, entre elas estão: a ação da glicose dentro do organismo, a ação dos radicais livres, falhas imunológicas, etc.

Influência dos fatores externos no envelhecimento humano Com relação aos fatores externos, os mais conhecidos por agredirem o organismo e acelerarem o processo de envelhecimento são: poluição ambiental, fumo, álcool, exposição exagerado às radiações solares, etc.

Independente da causa sabe-se que o envelhecimento não está vinculado unicamente a quantidade de anos que o indivíduo viveu, mas também a perda de suas funções orgânicas. 

Não menos importante do que tudo isso, é entendermos que a maior parte destas alterações está estreitamente relacionada ao modo de como este tempo foi vivido.

Fisiologia do envelhecimento

Fisiologia do envelhecimento tecido tegumentar e conjuntivo Aumento das ligações cruzadas nas moléculas de colágeno e elastina Aumento da colagenase Diminuição das fibras elásticas Diminuição do conteúdo hídrico extra celular Aumento do acúmulo de gordura corporal

Fisiologia do envelhecimento tecido tegumentar e conjuntivo Alterações no tamanho, forma e número das mitocôndrias Diminuição:Queratinócitos, Melanócitos, Vascularização e Glândulas sudoríparas na pele.

Fisiologia do envelhecimento sistema nervoso Cérebro: redução do peso e da espessura dos giros e aumento dos ventrículos Alterações nos neurotransmissores

Visão: diminuição da acuidade visual e da adaptação a diferentes luminosidades •Audição: diminuição da acuidade auditiva principalmente para sons graves •Diminuição e alteração dos receptores sensoriais cutâneos.

Implicações para o idoso Fraqueza muscular; Lentidão dos movimentos, diminuição da capacidade de gerar movimentos rápidos e alternados;  Limitações funcionais;  Aumento do tempo de contração e relaxamento muscular;

Implicações para o idoso Aumento do risco de quedas, Diminuição da capacidade cognitiva e de atenção, Diminuição da plasticidade neuronal, Alterações na sensibilidade.

Fisiologia do envelhecimento tecido musculo-esquelético •Desidratação do disco intervertebral, aumento da rigidez e degeneração do colágeno •Redução do volume e da qualidade do líquido sinovial. •Diminuição do número e tamanho das fibras musculares.

Substituição de tecido muscular por tecido conjuntivo e adiposo; Diminuição da área transversal relativa das fibras tipo II. Diminuição do aporte sanguíneo, da densidade mitocondrial e da atividade das enzimas oxidativas.

Fisiologia do envelhecimento tecidomusculo-esquelético •Diminuição do número de células no cornoanterior; •Declínio no número de raízes nervosas; •Acúmulo de lipofucsina no corpo neuronal; •Diminuição da velocidade de condução nervosa periférica; •Aumento da irregularidade da junção neuromuscular.

Implicações para o idoso Fraqueza muscular, Lentidão dos movimentos, Fadiga muscular precoce, Limitações funcionais, Diminuição da amplitude de movimento articular, Encurtamentos musculares.

Fisiologia do envelhecimento sistema cardíaco •Diminuição do número e aumento do tamanho dos miócitos, •Aumento do tecido fibroso e acúmulo de lípideos; •Diminuição do número de células do marcapasso; •Aumento do tecido fibroso nos tecidos de condução• Aumento da fibrose e calcificação das válvulas

Implicações para o idoso Aumenta a probabilidade de isquemia miocárdica e arritmias;Diminui a FC máxima aos esforços;Fadiga precoce; Diminui o VO 2 máx (O VO2máx é o volume máximo de oxigênio que o corpo consegue “pegar” do ar que está dentro dos pulmões, levar até os tecidos através do sistema cardiovascular e usar na produção de energia, numa unidade de tempo); Presença de sopros.

Fisiologia do envelhecimento sistema respiratório •Aumento da rigidez das traquéias e brônquios •Diminuição da elasticidade dos bronquíolos e do tecido pulmonar •Diminuição do número e da motilidade dos cílios •Aumento do número de glândulas secretoras e da camada de muco •Alargamento das paredes alveolares

Implicações para o idoso Aumento do volume residual, Diminuição da complacência pulmonar, Desequilíbrio ventilação/perfusão, Diminuição do VO2máx, Fadiga precoce, aumento da percepção subjetiva do esforço, Maior risco de pneumonias, pigarro constante.

Fisiologia do envelhecimento sistema vascular Diminuição da elastina e aumento do colágeno •Aumento da deposição de cálcio e lípideos •Diminuição da sensibilidade dos barorreceptores

Implicações para o idoso Aumento da resistência vascular, Hipertrofia miocelular e cardíaca, Prolongamento da vasoconstrição, Maior probabilidade de hipotensão postural,

Diminuição da resposta local com aumento do metabolismo, Diminuição da capacidade de ter maior regulação e aporte sanguíneo para o músculo, Diminuição do retorno venoso

Fisiologia do envelhecimento sistema imunológico •Atrofia do timo Diminuição da capacidade de proliferação celular •Aumento da produção de anti-corpos autoimune

Maior risco e menor controle de infecções, Maior probabilidade de doenças auto-imunes.

Fisiologia do envelhecimento genito-urinário Diminuição da função renal Fraqueza da musculatura esfincteriana e do assoalho pélvico, Aumento das contrações não inibidas da bexiga; Aumento do volume residual da bexiga

Maiores efeitos colaterais de medicações; Diminuição da capacidade de continência;  Maior frequência urinária; Maior prevalência de infecção urinária.

Fisiologia do envelhecimento sistema digestivo •Diminuição da ingestão e retenção hídrica •Atrofia gengival •Diminuição do paladar, olfato e fluxo salivar •Diminuição das células hepáticas •Diminuição da produção de suco gástrico •Diminuição da motilidade intestinal •Diminuição do suprimento nervoso, vascular e das células absortivas no intestino

Implicações para o idoso Rápida desidratação, Hipotensão postural, Hipertermia, Constipação intestinal, ressecamento de mucosas, Confusão mental,

Maior probabilidade de perda dos dentes, cáries e problemas na mastigação, Diminuição da ingesta de alimentos, Alterações na digestão e no metabolismo de medicamentos, Má absorção intestinal e flatulências.

Alterações na postura do idoso

Causas •Alterações fisiológicas no sistema musculo esquelético (fraquezas e encurtamentos musculares e alterações na massa óssea), na propriocepção, •Patologias •Degenerações e traumas •Hábitos •Emoções

Repercussões clínicas do envelhecimento fisiológico •Fragilidade •Manifestações atípicas •Pluripatologias •Polifarmárcia •Comprometimentos na independência,autonomia e qualidade de vida •Utilização de inúmeros recursos de saúde.