O BARROCO “Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado/Da Vossa alta clemência me despido;...”

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
O QUINHENTISMO.
Advertisements

Literatura Prof. Henrique
Barroco PUC Goiás Departamento de Letras Literatura Brasileira II
Barroco Projeto Literário.
BARROCO.
B A R R O C O ????????????????????????? ???????????????????????????????????????????????????????????????????????????
BARROCO: características, influências, autores, obras e textos
Elaborado por Prof. Marcelo Rocha Contin
Barroco Século XVII.
Barroco.
Arte Barroca.
Prof essora Karen Neves Olivan
Séc. XVII ao começo do séc. XVIII Suzete Beppu
Você conhece essa imagem?
Barroco Século XVI-Xvii
Barroco A ARTE DA INDISCIPLINA.
Literatura Barroco Eduardo Batista.
Classicismo (1527 – 1580).
Barroco Final do século XVI e início do século XVIII.
O BARROCO “Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado/Da Vossa alta clemência me despido;...”
SEJAM BEM VINDOS VOCAÇÃO ACERTADA – VIDA FELIZ
Santíssima Trindade.
“Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis.”
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
BARROCO NO BRASIL Prof.ª Jéssica Gravino.
Universidade Federal do Amapá
I Jo 2.8 – 14. I Jo 2.8 – 14 “Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno” I Jo 5.19.
Barroco - Introdução Durante o Renascimento o homem cresceu bastante, adquiriu autoconfiança, se tornou senhor da terra, mares, ciência e arte; libertou-se.
Jesus ensina a rezar o Pai-nosso!
BARROCO.
"Toda forma exige fechamento e fim, e o barroco se define pelo movimento e instabilidade; parece-nos, pois, que ele se encontra ante um dilema: ou negar-se.
Séc. XVII ao começo do séc. XVIII
BARROCO Prof. Nichele Este modelo pode ser usado como arquivo de partida para apresentar materiais de treinamento em um cenário em grupo. Seções Clique.
BARROCO Séculos XVII e XVIII.
BARROCO.
BARROCO.
BARROCO BRASILEIRO PROFESSORA: PATRÍCIA.
CURSO BÍBLICO.
Interpretação textual Aula 02- Linguagem Figurada - Pensamento
Barroco: padre Antônio vieira e gregório de matos
MISSA DE ULTRÉYA EM 24/11/2014 Luís Alves. MISSA DE ULTRÉYA EM 24/11/2014 Luís Alves.
1.
CLASSICISMO.
BARROCO NO BRASIL.
Assunção de Maria.
/:Eu confio em nosso Senhor *
Chuva de graça , pedimos a Ti, Chuva de graça, derrama em nós, Canto de entrada Chuva de graça , pedimos a Ti, Chuva de graça, derrama em nós, Chuva.
MAS EU BEM SEI QUE O MEU FUTURO *
ÍNDICE - LOUVORES – MARÇO 2015
Palavras de Santa Clara de Assis
LITERATURA INFORMATIVA
O VALOR DO QUEBRANTAMENTO
 A Bíblia inteira nos foi dada por inspiração de Deus, e é útil para nos ensinar o que é verdadeiro, e para nos fazer compreender o que está errado em.
Barroco brasileiro a 1768 Contexto histórico:
Minidicionário Aurélio.
Salmo 25 Bíblia Viva oração de Davi por auxílio divino
MATURIDADE SUSTENTÁVEL AULA – 11 Classe Rumo ao Céu
 A Bíblia inteira nos foi dada por inspiração de Deus, e é útil para nos ensinar o que é verdadeiro, e para nos fazer compreender o que está errado em.
Barroco Estilo que, partindo das artes plásticas, teve seu apogeu literário no século XVII.
Barroco 1580 – 1756 “alma” VXII Veja: Idade Média – feudalismo – teocentrismo Barroco – Contrarreforma – valores religiosos.
BARROCO.
Barroco Barroco ou Seiscentismo constitui o segundo período clássico e designa genericamente todas as manifestações artísticas produzidas no século XVII.
Aulas Multimídias – Santa Cecília Prof. André Araújo.
Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº André Araújo.
Dualismo Ilustração do dualismo de René Descartes: as sensações são transmitidas pelos órgãos dos sentidos à glândula pineal, no cérebro cerveau, e epois.
BARROCO – “PROSOPOPÉIA” BENTO TEIXEIRA
O BARROCO.
BARROCO NO BRASIL 03/05/2016 ALPHA. CONTEXTO HISTÓRICO 1601 Prosopeia de Bento Teixeira Fundação da Academia Brasílica dos Esquecidos; Fundação.
Transcrição da apresentação:

O BARROCO “Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado/Da Vossa alta clemência me despido;...”

O BARROCO NO SÉCULO XVII, O SER HUMANO VIVE EM CONFLITO, ATORMENTADO POR DÚVIDAS EXISTENCIAIS, DIVIDIDO ENTRE UMA POSTURA RACIONAL E HUMANISTA E UMA EXISTÊNCIA ASSOMBRADA PELA CULPA CRISTÃ.

RENASCIMENTO SÉCULO XVI IDEOLOGIA ANTROPOCÊNTRICA E RACIONALISTA; VALORIZAÇÃO DO SER E DO AGIR HUMANO; IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA CONCRETA; PRAZERES MUNDANOS;

RENASCIMENTO SÉCULO XVI SUPERIORIDADE DA RAZÃO SOBRE O MITO E A MAGIA (MENTALIDADE MEDIEVAL); DOMÍNIO SOBRE A NATUREZA = PROGRESSO TECNOLÓGICO & EXPANSÃO MARÍTIMA (ERA DAS NAVEGAÇÕES); ARTE OBJETIVA E EQUILIBRADA

RENASCIMENTO SÉCULO XVI O HOMEM RENASCENTISTA SATISFAÇÃO PESSOAL CRENÇA NA SOLIDEZ DO MUNDO

CRISE DO RENASCIMENTO DECADÊNCIA DAS CIDADES ITALIANAS A REFORMA DE LUTERO BURGUESIA FORTALECIDA NOBREZA AMEAÇADA CONTURBAÇÕES SOCIAIS E RELIGIOSAS CONCÍLIO DE TRENTO(1545) CONTRA-REFORMA

CRISE DO RENASCIMENTO A HARMONIOSA IMAGEM DA VIDA DO HOMEM RENASCENTISTA DISSOLVE-SE NA ANGÚSTIA E NO CAOS. A REALIDADE PERDE A SUA COERÊNCIA, OS FUNDAMENTOS DO MUNDO SE DESMANCHAM.

CRISE DO RENASCIMENTO O INDIVÍDUO = CONTRADIÇÕES = ESPIRITUALISMO RELIGIOSO X VIVÊNCIAS HUMANAS

CRISE DO RENASCIMENTO O HOMEM DIVIDIDO: ORGULHO X FRAGILIDADE TENSÃO ENTRE ELEMENTOS CONTRÁRIOS = PERDA DAS CERTEZAS

CRISE DO RENASCIMENTO O QUE É CERTO? O QUE É JUSTO? O QUE É VERDADEIRO? QUEM SOU EU? “To be or not to be?” Hamlet = Shakespeare

RENASCIMENTO X BARROCO RENASCIMENTO: Recusa os valores religiosos e artísticos da Idade Média. BARROCO: Tenta inutilmente conciliar a visão medieval da vida e da arte com a visão renascentista.

BARROCO DILACERAMENTOS: ALMA X CORPO; VIDA X MORTE; CLARO X ESCURO; CÉU X TERRA; FÉ X RAZÃO.

BARROCO IBÉRICO ARTE DA CONTRA-REFORMA; CONOTAÇÃO RELIGIOSA; PROPAGAÇÃO DA FÉ CATÓLICA; CARÁTER SOLENE; ARTE QUE CONQUISTA, CONVENCE, IMPÕE ADMIRAÇÃO; ARQUITETURA EXTRAVAGANTE.

O BARROCO CONFLITO: CORPO & ALMA: PRAZERES CÓRPÓREOS X EXIGÊNCIAS DA ALMA DILEMA: VIDA ETERNA X VIDA TERRENA

O CARPE DIEM APROVEITAR A VIDA? VIVER INTENSAMENTE? CULPA CRISTÃ = O HOMEM NÃO ALCANÇA A TRANQÜILIDADE TENSÃO = ANGÚSTIA CULPA & PECADO

TEMÁTICA DO DESENGANO DESVALORIZAÇÃO DA VIDA HUMANA FRENTE À MORTE E À ETERNIDADE

TEMÁTICA DO DESENGANO “A VIDA É UM SONHO” “Que é a vida? Um frenesi. Que é a vida? Uma ilusão, uma sombra, uma ficção.” (Calderón de la Barca = artista barroco espanhol)

TEMÁTICA DO DESENGANO EXISTÊNCIA TERRENA = CARÁTER ILUSÓRIO REALIDADE APARENTE A VIDA VERDADEIRA É A ETERNA

TEMÁTICA DO DESENGANO A VIDA É BREVE. NADA É ESTÁVEL. NADA É PERMANENTE. TUDO MUDA.

TEMÁTICA DO DESENGANO ALEGRIA DA EXISTÊNCIA X PREPARAÇÃO PARA A MORTE: CONSCIÊNCIA TRÁGICA (PESSIMISTA) DA PASSAGEM DO TEMPO, DA EFEMERIDADE DA VIDA.

TEMÁTICA DO DESENGANO VIVER É IR MORRENDO AOS POUCOS = ANGÚSTIA A MORTE ONIPRESENTE

CULTISMO & CONCEPTISMO Concepções Literárias CULTISMO = Jogo de palavras = Estilo excessivo e rebuscado = Utilização de neologismos = Uso de figuras de linguagem (Metáforas + Antíteses + Paradoxos + Hipérboles, etc.) = Inversões sintáticas = Predomina na poesia (Origem = poeta espanhol Góngora).

CULTISMO & CONCEPTISMO CONCEPTISMO = Jogo de raciocínio (idéias) = Valorização do conteúdo = Uso de analogias = Duplos sentidos = Paradoxos e alegorias = Requinte expressivo = Sutileza das idéias = Predomina na prosa (Origem = poeta espanhol Quevedo).

LINGUAGEM BARROCA REBUSCADA + COMPARAÇÕES INESPERADAS + ANTÍTESES + PARADOXOS + HIPÉRBOLES + INVERSÕES NAS FRASES + PALAVRAS RARAS + ESTILO RETORCIDO = CONTRADITÓRIO = BRILHANTE = INCOMPREENSÍVEL OU DE MAU GOSTO.

O BARROCO NO BRASIL ECONOMIA AÇUCAREIRA REGIÃO: NORDESTE (BAHIA & PERNAMBUCO) CENTRO ECONÔMICO DO PAÍS = SALVADOR = BAHIA CIVILIZAÇÃO ESCRAVISTA CONFLITO = ESPANHA (PORTUGAL) X HOLANDESES

O BARROCO NO BRASIL MARCO INICIAL = “Prosopopéia” -1601 De BENTO MANUEL TEIXEIRA (Inspirada em “Os Lusíadas” = versão mediana = celebra os feitos do capitão e governador da Capitania de Pernambuco = Jorge de Albuquerque Coelho).

O BARROCO NO BRASIL AUTORES

GREGÓRIO DE MATOS GUERRA O BOCA DO INFERNO (1633 - 1695)

GREGÓRIO DE MATOS POESIA RELIGIOSA = Oscilação da alma barroca entre o mundo terreno e a perspectiva da salvação eterna. Licenciosidade moral x consciência da infâmia (arrependimento). Postura = o homem ajoelhado diante de Deus.

GREGÓRIO DE MATOS POESIA RELIGIOSA = Forte sentimento de culpa por ter pecado = o poeta promete redimir-se. O homem ajoelhado, implorando perdão por seus erros.

GREGÓRIO DE MATOS POESIA RELIGIOSA = “A Jesus Cristo, Nosso Senhor” Curiosa dialética = o poeta apela para a infinita capacidade de Cristo de redimir os piores pecadores, alegando que a ausência de perdão representaria o fim da glória divina. Poema humilde & desafiador.

GREGÓRIO DE MATOS POESIA AMOROSA = O AMOR ELEVADO = IDEALIZAÇÃO DOS AFETOS EM LINGUAGEM ELEVADA

GREGÓRIO DE MATOS O AMOR ELEVADO = (poema para D. Ângela = paixão do poeta que o teria rejeitado): “Anjo no nome, Angélica na cara! Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor, e Anjo florente Em quem, senão em vós, se uniformara?

GREGÓRIO DE MATOS Quem vira uma tal flor, que a não cortara, De verde pé, da rama florescente? A quem um Anjo vira tão luzente Que por seu Deus o não idolatrara?

GREGÓRIO DE MATOS Se pois como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu custódio, e minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares.

GREGÓRIO DE MATOS Mas vejo que tão bela, e tão galharda, Posto que os Anjos nunca dão pesares, Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.”

GREGÓRIO DE MATOS ANÁLISE DO POEMA = (Dona Ãngela) Jogo de aproximações entre as palavras: ANJO & FLOR para designar a amada. Palavras com caráter contraditório = ANJO = eternidade + FLOR = brevidade.

GREGÓRIO DE MATOS ANÁLISE DO POEMA = (Dona Ãngela) TENSÃO & DESESPERO = “SOIS ANJO, QUE ME TENTA, E NÃO ME GUARDA.”

GREGÓRIO DE MATOS O AMOR OBSCENO-SATÍRICO = EROTISMO = Exaltação da sensualidade e da beleza dos corpos (forma velada).

GREGÓRIO DE MATOS O AMOR OBSCENO-SATÍRICO = PORNOGRAFIA = Sexo proibido e culpado, por meio de imagens grosseiras e chocantes (forma vulgar).

GREGÓRIO DE MATOS O AMOR OBSCENO-SATÍRICO OBSCENIDADE = Espécie de protesto contra o sistema moral, contra as concepções dominantes de amor e de sexo e contra o próprio mundo. Às vezes, toma o sentido de um culto rude e subversivo do prazer contra os tabus que impedem a plena realização do libido = instinto sexual.

GREGÓRIO DE MATOS O AMOR OBSCENO-SATÍRICO Poesia de Gregório = visão agressiva e galhofeira do amor físico = Quer despertar o riso ou o comentário maldoso da platéia = Revela desprezo pela concepção cristã do amor, que envolve a camada espiritual.

GREGÓRIO DE MATOS O AMOR OBSCENO-SATÍRICO NA POESIA DE GREGÓRIO = Nos poemas mais vulgares, se torna engraçado (palavrões = descrições desbocadas dos atos e orgãos sexuais). Machismo & Desprezo pelas mulheres (principalmente = negras e mulatas)

O AMOR OBSCENO-SATÍRICO EM GREGÓRIO DE MATOS “O amor é finalmente/um embaraço de pernas,/uma união de barrigas,/um breve tremor de artérias./Uma confusão de bocas,/uma batalha de veias,/um reboliço de ancas,/quem diz outra coisa é besta.”

GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA = Poesia ferina e contundente que não perdoa nenhum grupo social (ricos e pobres) = Ironia cáustica = traço do barroco ibérico.

GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA ESTADO DE ESPÍRITO DO POETA AO RETORNAR AO BRASIL (1682) = Filho de senhor-de-engenho = crise. Mundo dos nobres usurpado pelo oportunismo dos negociantes. Como bacharel vê a farsa das instituições jurídicas.

GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA ESTADO DE ESPÍRITO DO POETA = Como poeta culto se vê num mundo iletrado. Na vida concreta vê as idéias barrocas do “desengaño del mundo” (o desconcerto do mundo = da vida)

GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA PROTESTO DO POETA = Contra um novo mundo que subverteu todos os princípios e hierarquias, que está afundando sua classe (nobreza). RECURSO UTILIZADO = A linguagem poética = caricatural = ofensiva = cínica = sem piedade = acentua aspectos grotescos dos indivíduos e do contexto baiano.

GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA “A cada canto um grande conselheiro, Quer nos governar cabana e vinha, Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro.” (...) (Cabana e vinha = no sentido de negócios particulares.)

GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA VISÃO DO POETA = O Mercantilismo estava acabando com a verdadeira nobreza luso-baiana (sua família). OLHAR DO POETA PARA SALVADOR = Só vê = corrupção = negociata = oportunismo = mentira = desonra = injustiça = imoralidade = inversão de valores = quebra das normas

GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA “Que falta nesta cidade? ... Verdade. Que mais por sua desonra? ... Honra. Falta mais que se lhe proponha? ... Vergonha. O demo a viver se exponha, Por mais que a fama a exalta, Numa cidade onde falta Verdade, honra, vergonha.” (...)

GREGÓRIO DE MATOS O BOCA DO INFERNO A truculência verbal do poeta gera muitas inimizades e ódios: “Querem-me aqui todos mal, Mas eu quero mal a todos...” (...) “Se o que fui sempre hei de ser, Eu falo, seja o que for.” (...)

GREGÓRIO DE MATOS POESIA SATÍRICA O poeta se identifica com a cidade vítima de um inimigo maior = o capitalismo comercial europeu = Visão conservadora e reacionária do poeta. A empresa mercantilista (“a máquina mercante”) é a responsável pelo declínio da sua classe (nobreza).

GREGÓRIO DE MATOS À BAHIA “Triste Bahia! ó quão dessemelhante Estás e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, Rica te vi eu já, tu a mi abundante.” (...) A ti trocou-te (modificou-te) a máquina mercante,” (...)

Padre Antônio Vieira (1608 - 1697) OS SERMÕES (1679 - 1748) = Utilização da Bíblia para referir-se a temas do cotidiano. Combate aos hereges e defesa dos índios. Sonho com o “Grande Império” cristão, a ser localizado no Brasil. Linguagem conceptista.

Padre Antônio Vieira O VIGOR DA ORATÓRIA = Pormenores da vida = Ataque aos vícios = corrupção + violência + pedantismo, etc. Elogio às virtudes = religiosidade + modéstia + caridade, etc.

Padre Antônio Vieira Sermão do bom ladrão “Não são só ladrões - diz o Santo - os que cortam bolsas ou espreitam os que vão se banhar, para lhe colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os pobres. (...)”