ENVELHECIMENTO HUMANO Prof. Adriana Cristina Hillesheim

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Transcrição da apresentação:

ENVELHECIMENTO HUMANO Prof. Adriana Cristina Hillesheim

Viver é perigoso! Guimarães Rosa.

A velhice não é tão ruim, quando se considera a outra alternativa. Maurice Chevalier

IMPORTÂNCIA Geriatrização da medicina e da população Co-morbidades: complicação é soma das doenças Polifarmácia Desidratação Baixa imunidade

Anos Expectativa de Vida 1900 33,7 anos 1950 43,2 anos 1980 63,4 anos 2000 68,5 anos 2025 80 anos

EPIDEMIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO Fenômeno mundial No BRASIL grupo etário que + cresce.  Fecundidade e Mortalidade Responde por 12 a 21% de todos os atendimentos – Ministério de Saúde (2007).

EPIDEMIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO Doenças degenerativas próprias da senescência São mais susceptíveis a doenças graves e ao trauma Traumas são a 5ª causa de morte em idosos 10% da população e 1/3 das despesas de internação (Gubler, 1996)

EPIDEMIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO Tempo de internação prolongado e óbito tardio 14,4 dias X 2,6 no jovem (Van Der Sluis, 1996). 2020 – 52 milhões de idosos 2050 – 80% da população terá +60 anos nos países em desenvolvimento. Qualidade de vida= autonomia

EPIDEMIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO Melhoria das condições de saúde 8% da pop. brasileira (2000) = 14 milhões. Correspondem a 25% dos óbitos por trauma (22.480 óbitos) National Safety Concil: 25% dos óbitos por violência 1/3 dos gastos em tratamento de trauma O que fazer?

CONCEITO O que é ser velho?????? OMS: 45 – 59 anos meia-idade 60 – 74 anos idoso ativo 75 – 90 anos idoso dependente > 90 anos muito idoso 3a idade e idade avançada

VELHICE Última fase do ciclo da vida com manifestações somáticas, as quais são caracterizadas por redução na capacidade funcional de trabalho e da resistência física, que se associam as perdas dos papéis sociais, solidão, é caracterizado por um período de perdas psicológicas, motoras e afetivas Papaléo Neto (1996)

VELHICE Velhice ótima: possibilidade de sustentar um padrão comparável ao de indivíduos mais jovens. Velhice normal: perdas e alterações biológicas, psicológicas e sociais típicas da velhice, mas sem patologias. Velhice patológica: presença de síndromes típicas da velhice ou agravamento de doenças pré-existentes

ENVELHECIMENTO “ O envelhecimento é um processo normal, dinâmico e não uma doença. Enquanto o envelhecimento é um processo inevitável e irreversível, as condições crônicas e incapacitantes que freqüentemente acompanham o envelhecimento podem ser prevenidas ou retardadas, não só por intervenções médicas, mas também por intervenções sociais, econômicas e ambientais”. Brasil(1996)

FATOR DE PREDISPOSIÇÃO A LESÃO A - Sexo Proporção do sexo feminino/masculino = 3:1 B - Formas do Corpo Após 40 anos reduz 1 cm/ década. Reorganização do tecido adiposo e  proporção de gordura subcutânea; Substituição do tecido muscular por tecido adiposo.

C- Alterações de Consciência FATOR DE PREDISPOSIÇÃO A LESÃO C- Alterações de Consciência Tontura, desmaio, síncope e ataque isquêmico transitório -TIA . Confusão Drogas ( álcool) Doenças crônicas Cardiovascular Cerebrovascular

FATOR DE PREDISPOSIÇÃO A LESÃO D – Pele e Pêlos Reduz elasticidade devido – tecido subcutâneo Reduz rede capilar e melanócitos = palidez E- Fragilidade Óssea Esqueleto – flexível Redução das atividades dos osteócitos Perda de Ca++ da matriz F- Hipotensão postural

FATOR DE PREDISPOSIÇÃO A LESÃO G- Tempo lento de reação H- Mudanças visuais Cor Percepção de profundidade Visão periférica I - Tropeços

FATOR DE PREDISPOSIÇÃO A LESÃO J- Perda do equilíbrio Coordenação visual e proprioceptiva Distúrbios do ouvido interno e externo Drogas I - Inatividade relativa L- Fraqueza repentina K- Nutrição M- Hipotermia Perda de percepção térmica Comprometimento da circulação N- Erros de julgamento

TIPOS DE LESÃO Quedas – 70% de todas as mortes por queda ocorrem na população geriátrica. Introdução Principal causa de morte em casa Local Hora Lesão Primária Fratura de fêmur Rádio – ulna Quadril Úmero proximal Pulso – Fratura de Coles Estabilização precoce das fraturas

TIPOS DE LESÃO Lesão associativa Sistema nervoso central – AVC Hemorragia e choque. Queimaduras – 65 anos ou + representam 20% das admissões hospitalares. Escaldadura água de torneira em casa Associada a consciência deteriorada Fogão. Lesão por chama Fósforos e isqueiros Combustão de tecidos

TIPOS DE LESÃO Lesão por contato Incêndio de proporções Lesão no trânsito Ocupante de veículo – mecanismos do trauma, ejeção do veículo, mecanismo de chicote. Pedestre.

ANATOMIA E FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

PELE Redução das glândulas sudoríparas e sebáceas Redução da termorregulação Ressecamento tornando a pele mais susceptível aos microorganismos

Próteses dentárias OUVIDOS, NARIZ E GARGANTA Reabsorção da mandíbula Dificulta a vedação da máscara Nariz e orelha mais alongados

VISÃO E AUDIÇÃO 28% dos idosos têm redução da audição 13% dos idosos têm redução da visão Problemas com Bulas 95% possuem algum tipo de catarata

SISTEMA CARDIOVASCULAR Principal causa de morte Enrijecimento progressivo do miocárdio devido ao  do tecido fibroso = redução a eficácia do mecanismo de bombeamento.Uma pessoa de 80 anos terá ½ do débito cardíaco de uma pessoa de 20 anos. Decréscimo na reserva cardíaca – o miocárdio se torna menos sensível as catecolaminas exógenas ou endógenas. Anormalidades na condução elétrica Mudanças vasculares periféricas – fragilidade venosa.

SISTEMA RESPIRATÓRIO Mudanças progressivas na elasticidade dos pulmões e parede torácica – enrijecimento das vias aéreas complacência pulmonar reduzida e tosse profunda menos eficaz. Diminuição do suporte alveolar e das pequenas vias aéreas e aos 70 anos > em 16% da superfície total da área do pulmão.

SISTEMA RESPIRATÓRIO Hemoglobina saturada oxigênio. Alterações na coluna vertebral. Idade- mudanças relacionadas aos mecanismos de defesa dos pulmões. Atrofia da mucosa brônquica causando clearance mucociliar reduzido. A orofaringe tende a ser colonizada por microorganismos gram- negativos.

Após 50 anos: inicia perda de néfrons SISTEMA URINÁRIO Após 50 anos: inicia perda de néfrons Após 60 reduz capacidade de filtração renal Alterações vasculares com menor perfusão Massa renal declina progressivamente com a idade. Até os 65 anos há 30% a 40% de perda de glomérulos. Dificuldade de esvaziamento vesical 14 a 25% dos idosos têm bacteriúria assintomática: foco de sepsis

Perda da competência do sistema imune. SISTEMA IMUNOLÓGICO Perda da competência do sistema imune. Timo, baço e fígado tamanhos diminuídos. Diminuição da capacidade de resposta a bactérias e a vírus. Capacidade reduzida para tolerar infecções e são mais propensos a desenvolverem falência múltipla de órgãos.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL Redução do peso cerebral (100g) e perda progressiva de neurônios = Atrofia cerebral. Ocorre entre os 30 a 70 anos. Reflexos mais lentos Tremores e marchas instáveis Ocorrem mudanças sutis na habilidade cognitiva, memória e aquisição de dados. .

SISTEMA NERVOSO CENTRAL As veias de conexão são distendidas como resultado do espaço crescente entre a superfície do cérebro e o crânio . Idosos respondem mal a mudanças nas rotinas.

PERCEPÇÃO DOLOROSA E SISTEMA MUSCULO ESQUELÉTICA Idoso pode ser mais tolerante a dor Cuidado com lesões ocultas Osteoporose Diminuição da estatura – 5cm – desidratação dos discos 30% de perda da massa muscular Estenose Medular Doença osteofítica progressiva

SISTEMA NERVOSO CENTRAL 50% das depressões em idosos podem se tornar incapacitantes Ciclo paranóico: indiferença familiar, de amigos e da sociedade Mundo novo, sem explicações

SISTEMA NERVOSO CENTRAL MEDICAMENTOS Diuréticos – propiciam a desidratação e depleção das reservas de sódio e de potássio. Agentes hipoglicemiantes – contribuem para o evento traumático, e tornam difícil o controle da glicose sérica. Medicamentos para dor : Morfina – segura e eficiente – 0,5 a 1,0 mg por via endovenosa Antiémeticos –precaução – evitar efeitos extrapiramidais.

MUDANÇAS ABDOMINAIS Cirurgias prévias dificultam o exame abdominal.

NUTRIÇÃO E METABOLISMO Doenças e “manias” = Ingesta deficiente

MECANISMO DO TRAUMA A queda é a principal causa de morte por trauma Idoso tem 5x mais chance de sofrer lesão fatal num acidente automobilístico Altamente vulnerável ao crime e abusos Queimaduras Lesão Cerebral Traumática Dura-máter mais aderida ao crânio Hematoma epidural e incidência de hemorragia subdural PA 120mmHg é considerado choque hipovolêmico até se prove ao contrário

RESULTADOS ASSOCIADOS AO TRAUMA Nível de funcionamento antes da lesão. Mobilidade Independência Estado mental Sistemas de suporte Resposta à lesão Natureza e extensão da lesão Perspectiva mental Sistemas de valores. Resposta ao estresse

Inter-relação com doença crônica. Limitações impostas antes da lesão. Efeitos da lesão.

Bom Dia