CLIMATÉRIO E MENOPAUSA Curso Enfermagem – 4a. fase

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Transcrição da apresentação:

CLIMATÉRIO E MENOPAUSA Curso Enfermagem – 4a. fase Enfermagem em Saúde Coletiva I Professora: Carmen Luiza Hoffmann Mortari

Menopausa é a parada de funcionamento dos ovários. CLIMATÉRIO E MENOPAUSA Com o aumento da esperança de vida ao nascer, segundo IBGE, para o sexo feminino no ano de 2003, em torno de 75,2 anos, muitas mulheres têm passado 1/3 de sua vida no período compreendido entre Climatério e Menopausa. Pouco se fala sobre Climatério e Menopausa, de modo que as mulheres chegam a essa fase (fisiológica) com pouquíssimas informações a respeito, ficando sujeitas a várias dívidas, temores e inseguranças que poderão ser evitadas através da informação. O período fértil da vida da mulher, iniciando com a menarca (primeira menstruação), dura de 30 a 35 anos, onde os órgãos genitais femininos desenvolvem um trabalho cíclico e regular durante todo este período reprodutivo. MENOPAUSA Menopausa é a parada de funcionamento dos ovários. Ou seja, os ovários deixam de produzir os hormônios estrogênio e progesterona.

A principal característica da menopausa é a parada das menstruações, sendo portanto a data da última menstruação que recebe o nome de menopausa. Considera-se menopausa somente após 12 meses de amenorréia (ausência da menstruação). Não existe idade predeterminada para a menopausa. Geralmente ocorre entre os 45 e os 55 anos, no entanto pode ocorrer a partir dos 40 anos sem que isto seja um problema. CLIMATÉRIO Anterior a Menopausa e após menopausa o organismo feminino, em função das alterações hormonais apresenta sinais e sintomas, os quais fazem parte das fases denominadas: Climatério pré-menopausa e Climatério pós-menopausa. Algumas mulheres acreditam que o climatério é uma doença ou mesmo um estado psicológico negativo que as acometerá a partir de determinada idade. Assim o período torna-se uma ameaça para elas, que criam a falsa idéia que suas vidas vão acabar porque não menstruam mais, ou a de que não devem mais manter relações sexuais com seus parceiros porque não podem mais gerar filhos.

Pode também, acontecer de algumas mulheres acreditarem não mais engravidarem, e isso às vezes, resulta em uma gravidez indesejável com sérios riscos para a gestante e para o bebê. É fundamental manter a mulher informada sobre esta fase mesmo antes de seu início, deixando-as tranqüilas e consciente das alterações fisiológicas que ocorrerão neste período e instruí-las para que procurem os serviços de saúde disponíveis em suas comunidades para se submeterem aos exames e tratamentos nas situações necessárias. A ENFERMAGEM TEM PAPEL FUNDAMENTAL NAS ORIENTAÇÕES ESCLARECEDORAS SOBRE ESTA FASE DA VIDA DAS MULHERES E SOBRE O ACOMPANHAMENTO NOS CASOS DE TRATAMENTOS INDICADOS PELOS PROFISSIONAIS MÉDICOS.

Sintomas do climatério   Sintomas do climatério Se bem que em algumas mulheres não sintam nada durante o período do climatério, a maioria poderá sentir alguns sintomas:    Ondas de calor Suores noturnos Insônia   Menor desejo sexual    Irritabilidade Depressão Ressecamento vaginal Dor durante o ato sexual (Dispareunia) Diminuição da atenção e memória Alterações na pele (seca) Causas dos sintomas O estrogênio é o hormônio básico da mulher. Sua produção começa na adolescência, quando é responsável pelo aparecimento dos sinais sexuais secundários na mulher, e vai até a menopausa.

A falta de estrogênio causa as ondas de calor ou fogachos em aproximadamente 75 a 80 % das mulheres. O estrogênio também é responsável pela textura da pele feminina e pela distribuição de gordura. Sua falta causará a diminuição do brilho da pele e uma distribuição de gordura mais masculina, ou seja, na barriga. É a falta de estrogênio que causa a secura vaginal que acaba por afetar o desejo sexual pois transforma as relações em algo desagradável e doloroso. O estrogênio também é relacionado ao equilíbrio entre as gorduras no sangue, colesterol e hdl-colesterol. Mulheres na menopausa têm uma chance muito maior de sofrerem ataques cardíacos ou doenças cardio-vasculares. Uma outra alteração importante na saúde da mulher pela falta de estrogênio é a irritabilidade e a depressão. O estrogênio está associado a sentimentos de alta estima e a falta dele pode causar depressão em graus variados.

Melhora da Memória com possível prevenção da Doença de Alzheimer. Por último o estrogênio é responsável pela fixação do cálcio nos ossos. Após a menopausa grande parte das mulheres passará a perder o cálcio dos ossos, doença chamada osteoporose, responsável por fraturas e por grande perda na qualidade de vida da mulher. Estudos recentes têm associado a falta de estrogênio ao Mal de Alzheimer, perda total da memória. Melhora da Memória com possível prevenção da Doença de Alzheimer. Porque Tratar No início da menopausa a mulher poderá sentir sintomas muito fortes o que interferem na sua maneira de viver. Ocorre que a perda de cálcio, causa da osteoporose, aparece nos primeiros cinco anos da menopausa. Osteoporose é uma doença grave relacionada à fraturas de vértebras ( coluna ) e de bacia. O tratamento com hormônios ou com substitutos hormonais reduz a ocorrência de fraturas de bacia em 25% e de coluna em 50% e deve ser iniciado logo no início da menopausa.

Pela via oral podem ser administrados estrógenos e progesterona. O objetivo do tratamento da menopausa é melhorar a qualidade da vida da mulher. Terapia de Reposição Hormonal-TRH Se o que falta na menopausa é o estrógeno nada mais lógico que a base do tratamento seja a reposição hormonal com o estrógeno. Existem diversas maneira de se administrar o estrógeno: via oral, via transdérmica, via vaginal, e injetável. Transdérmica é uma espécie de adesivo que é colocado na pele uma ou duas vezes por semana e que pode conter somente estrógeno ou estrógeno e progesterona. Ainda transdérmicos existem cremes e aerossóis de hormônios os quais tem o inconveniente de terem de ser usados diariamente, porém, tem a vantagem de não descolar como acontece com alguns adesivos em algumas mulheres. Pela via oral podem ser administrados estrógenos e progesterona.

Vantagens do tratamento Desvantagens Contra-indicações Os implantes são colocados embaixo da pele e duram 6 meses. Em mulheres que ainda tem o útero é importante associar a progesterona para proteger contra o risco de câncer do endométrio. Vantagens do tratamento Redução do Risco de Osteoporose. Redução dos Riscos de Doenças Cardiovasculares. Melhora da Depressão. Melhora da Atividade Sexual. Desvantagens Contra-indicações Custo do Tratamento. Tratamento Prolongado. Volta da Menstruação em algumas mulheres. Agravamento da possibilidade de Câncer de Mama em mulheres suscetíveis.

v Sangramento uterino anormal não diagnosticado; Contra-indicações v      Mioma uterino; v      Endometriose; v      Enfermidades benignas da mama; v      Hipertensão Grave; v      Diabetes Mellitus não controlada; v      Edemas de origem renal ou cardíaca; v      Pancreatite; Epilepsia Grave; Enxaquecas persistentes; Absolutas v      Sangramento uterino anormal não diagnosticado; v      Doença hepática em atividade; v      Antecedentes de tromboembolismo e AVC; v      Diabetes grave com lesões vasculares; v      Antecedentes de neoplasia de mama ou endométrio.

Prescrição médica de TRH vEstrogênio sem reposição de progesterona: Indicação: pacientes histerectomidadas Medicação: Estrógenos conjugados 0,625 mg – 1 cp/dia contínuo vEstrogênio e progestogênio, com esquema combinado cíclico: Medicação:Estrógenos conjugados 0,625 mg ininterrupto + progestogênio 5 mg (acetato de medroxiprogesterona) 1 cp/dia nos últimos 12 dias. Estrogênio conjugado creme vaginal: de acordo com indicação médica; Acompanhamento do TRH Consulta médica após as primeiras quatro semanas do início da TRH v Avaliação da sintomatologia; v  Efeitos colaterais e reações adversas; v  Peso, PA, Pulso; v  Exame das mamas e ginecológico;

Consulta com enfermeira em 3 meses v      Avaliação de efeitos colaterais: cefaléia, mastalgia, náuseas, vômitos, dor ou edema em membros inferiores, ciclo menstrual irregular; v      Exame físico geral: peso, PA, pulso; v      Exame Clínico das mamas- ECM; Em caso de efeitos colaterais, alteração no exame físico ou das mamas, agendar consulta médica, logo que possível. Caso contrário, o retorno ao médico se fará em 3 meses; Em caso de nenhuma intercorrência, manter TRH, conforme prescrição médica, fornecendo receita para 3 meses subseqüentes, datando a retirada dos medicamento para cada mês CONSULTA MÉDICA SEMESTRAL E QUANDO NECESSÁRIA, COM PRESCRIÇÃO PARA 3 MESES, DATANDO RETIRADA MENSAL. Outros Tratamentos Para as mulheres que não podem usar os estrógenos, existem alternativas com medicamentos que diminuem os sintomas e/ou os efeitos da menopausa.

Terapias Alternativas da Menopausa Novos medicamentos estão sendo introduzidos no mercado que imitam as qualidades do estrógeno com diminuição dos efeitos colaterais. Um muito interessante é o raloxifeno que é um modulador seletivo dos receptores de estrogênio. Terapias Alternativas da Menopausa Vegetais, principalmente os derivados da soja, vêm contribuindo com o tratamento da menopausa, embora não existem estudos que comprovem os benefícios; No entanto é um engano dizer que produtos naturais não tem os mesmos efeitos colaterais dos medicamentos. Existem relatos de problemas sérios à saúde causados pelo uso indiscriminado de produtos naturais que contem fitoestrogênios. Os produtos vegetais que contém estrógeno tem os mesmos inconvenientes dos seus congêneres farmacêuticos e só devem ser usados sob estrita vigilância médica.

ORIENTAÇÕES QUE DEVERÃO SER REPASSADAS ÀS PACIENTES NAS CONSULTAS DE ENFERMAGEM DURANTE ACOMPANHAMENTO, OU TRATAMENTOS -       Orientar sobre este período fisiológico da mulher; -       Orientar sobre os riscos de uma gravidez nesta fase; -       Orientar sobre os sintomas; -       Orientar sobre a importância dos retornos conforme orientação médica; -       Orientar sobre seguir corretamente o tratamento, sem interromper; -   Pegar sol nos horários propícios; -       Qualquer alteração procurar o serviço de saúde; -       Procurar sanar todas as dúvidas das pacientes; - Orientação nutricional: Dieta rica em cálcio; nos casos de obesidade orientar para dietas com baixo valor calórico; diminuir a ingestão de alimentos ricos em colesterol e aumentar a ingesta de fibras vegetais; Exercícios físicos: Caminhadas de 45 minutos inicialmente, três vezes por semana, em velocidade maior que a usada para passear, nos horários propícios.

Material de apoio (Bibliografias): CHAPECÓ, Secretaria Municipal de Saúde: Protocolo de Assistência a Saúde da Mulher. Chapecó/SC, SMS, 2003. http://www.gineco.com.br/menopausa - acesso dia 15/10/2007 as 19:00 hs. http://www1.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=266&id_pagina=1 – acesso dia 15/10/2007 as 19:25 hs.