. Em suas palavras, Parmênides dizia: “O ser é e o não ser não é”.

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Transcrição da apresentação:

. Em suas palavras, Parmênides dizia: “O ser é e o não ser não é”. “O ser é” – a primeira oração expressa a ideia de que o ser [ou aquilo que é] é eternamente, pois o ser constitui, para ele, a substância permanente das coisas. Portanto o ser é de maneira imutável e imóvel, e é o único que existe. O ser é a arché de Parmênides, não identificada com nenhum elemento natural, sensível, mas ao mesmo tempo equivalente à toda corporeidade, com tudo que existe.

. “o não ser não é” – a segunda oração traz a ideia de que o não ser [a negação do ser] não é, não tem ser, substância, essência. Portanto, é nada, não existe. Essa é uma conclusão lógica, pois se o ser é tudo, o não ser só pode não existir. Para Parmênides, o não ser se identificaria com a mudança [o devir], pois mudar é justamente não ser mais aquilo que era, nem ser ainda algo que é.

Fragmento: “Não, impossível que isto prevaleça, ser (o) não ente. Tu porém desta via de inquérito afasta o pensamento; nem o hábito multiexperiente por esta via te force, exercer sem visão um olho, e ressonante um ouvido, e a língua, mas discerne em discurso controversa tese por mim exposta”.

. Segundo Parmênides, quando a realidade é pensada pelo caminho da aparência, tudo se confunde em movimento, pluralidade e devir; Essa via precisaria ser evitada para não termos de concluir que “o ser e o não ser são e não são a mesma coisa”, o que seria um contrassenso, uma formulação ilógica; Considera-se que foi a partir dessa discussão sobre os contrários, sobre o ser e o não ser, que iniciaram as reflexões da lógica e da ontologia.

Comentador: “Parmênides tem uma importância histórica imensa para a filosofia ocidental. Mas desde Parmênides, e por sua culpa, temos do ser uma concepção estática em lugar de uma concepção dinâmica. [...] Parmênides tomou o ser, espetou-o na cartolina há vinte e cinco séculos e lá continua ainda, preso na cartolina, e agora os filósofos atuais não veem o modo de tirar-lhes o alfinete e deixa-lo voar livremente. Este voo, este movimento, esta funcionalidade, esta concepção de vida como circunstância, como chance, como resistência que nos revele a existência de algo anterior à posse do ser, algo do qual Parmênides não podia ter ideia, é isto que o homem tem que conquistar. Mas antes de reconquistá-lo reconheçamos que um filósofo que influenciou durante vinte e cinco séculos de maneira tão decidida o curso do pensamento filosófico merece algo mais que as poucas páginas que lhe costumam dedicar os manuais de filosofia” (Garcia Morente, Fundamentos de filosofia, p.70-77).