Prof.: Mercedes Danza Lires Greco

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Transcrição da apresentação:

Prof.: Mercedes Danza Lires Greco MINERAÇÃO Prof.: Mercedes Danza Lires Greco

1693 – Antônio Rodriguez Arzão descobriu ouro perto de Sabará 1693 – Antônio Rodriguez Arzão descobriu ouro perto de Sabará. Nos anos seguintes houve outras descobertas na região das Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Resultados: chegada à região milhares de pessoas oriundas de várias regiões do Brasil e de Portugal, atraídas pela ideia de riqueza fácil, e de escravos africanos. Inicialmente, houve grandes dificuldades (fome, falta de moradias, de ferramentas etc.)

1702: criação da Intendência das Minas – órgão metropolitano encarregado de controlar a exploração do ouro, cobrar os impostos e aplicar a justiça. Descoberta a jazida, o intendente mandava avaliá-la para ser dividida em datas (lotes). O descobridor recebia duas, a coroa portuguesa ficava com uma, e as demais eram leiloadas entre os candidatos que tivessem o maior número de escravos.

FORMAS DE EXTRAÇÃO DO OURO LAVRA Grande extração que exigia muito capital (instrumentos e escravos) Mão de obra escrava Quando o ouro esgotava, a mina era abandonada FAISCAÇÃO OU GARIMPAGEM Pequena extração feita no leito dos rios (ouro de aluvião) ou em minas empobrecidas e abandonadas Pouca mão de obra (homens livres pobres e escravos) Técnicas rudimentares (bateia e almocafre)

IMPOSTOS COBRADOS À POPULAÇÃO DAS MINAS GERAIS Quinto = 20% de todo o ouro explorado. Para dificultar o contrabando de ouro, o governo português criou, em 1725, as Casas de Fundição, locais onde o ouro (em pó ou em pepitas) era transformado em barras, selado e quintado – ou seja, tinha extraída a sua quinta parte como imposto. Capitação (1734-1750) = cobrança feita sobre cada escravo e homem livre que trabalhasse com as próprias mãos em lojas, vendas e comércio em geral. Durante a sua vigência o quinto deixou de existir.

Casa de Fundição de Ouro Preto, MG Barras de ouro quintado

Para a coroa portuguesa, os principais motivos da diminuição da produção de ouro a partir da segunda metade do século XVIII eram o contrabando e a negligência com o trabalho. MUDANÇA NA COBRANÇA DOS IMPOSTOS: 100 arrobas = a diminuição da produção de ouro levou a coroa portuguesa a determinar que anualmente o Brasil deveria enviar a Portugal 100 arrobas (1.474kg) de ouro). O primeiro déficit ocorreu em 1757/8. Derrama = cobrança violenta do déficit acumulado pelos mineradores. Era cobrado sobre toda a população da região das minas.

ESCOAMENTO DO OURO O ouro das Minas Gerais era escoado por escravos e mulas através do Caminho Velho – ligava o Rio das Mortes e o Arraial de Vila Rica aos portos de Santos e Parati, passando pelo interior de São Paulo – e do Caminho Novo – interligava os sertões das minas ao Rio de Janeiro, passando pelos rios Paraíba, Irajá e Iguaçu.

Mecanismo de contrabando do ouro

Museu Chica da Silva, Diamantina Museu Chica da Silva, Diamantina. Aqui viveram o contratador João Fernandes de Oliveira e Xica da Silva , sua ex-escrava e companheira entre 1755 e 1770.

CONSEQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO a) Deslocamento do eixo político-econômico da colônia para a região sul-sudeste, com a transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763. O governo português só permitia a saída do ouro através do porto do Rio de Janeiro. b) Ocupação e povoamento de vastas áreas do interior brasileiro. Surgimento de várias vilas: Mariana, Sabará, Vila Rica, Congonhas do Campo, Diamantina, Vila Real, Vila Bela, dentre outras. c) Crescimento demográfico: de 300 mil, em 1690, passou para 2 milhões, em 1720. d) Desenvolvimento de uma classe média composta por artesãos, artistas, poetas e intelectuais que contribuíram para o grande desenvolvimento cultural do Brasil naquela época. e) Estabelecimento de um comércio/mercado interno, uma vez que os produtos da colônia não eram mais apenas para exportação como ocorria com o açúcar e o tabaco do nordeste, o que fez com que surgisse a necessidade de uma produção de alimentos interna que pudesse suprir as necessidades dos novos habitantes. A população das regiões mineiras (atuais Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) comprava do Nordeste gado, couro e farinha de mandioca; do Rio de Janeiro, africanos escravizados e artigos europeus (vidros, tecidos, ferramentas); de São Paulo, milho, trigo, marmelada; do Sul, cavalos, bois, mulas e charque. CONSEQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO

COM QUEM FICOU O OURO DO BRASIL? O Brasil produziu mais ouro entre 1700 e 1760 do que toda a América espanhola em quatrocentos anos. Foi o equivalente a metade do ouro produzido no mundo entre os séculos XV e XVIII. Com quem ficou esse ouro? Uma pequena parte ficou no Brasil, com qual foram construídas igrejas em Minas Gerais e Bahia. A maior parte do ouro e dos diamantes foi para Portugal, mas pouca quantidade ficou com ele, pois foi usado para pagar as contas externas portuguesas (déficit decorrente do Tratado de Methuen). A parte que ficou em Portugal foi usada em obras monumentais (Convento de Mafra, por exemplo). Os grandes beneficiados pelo ouro brasileiro foram os capitalistas ingleses que o usaram para financiar a Revolução Industrial.