Freud, “Leonardo da Vinci e uma lembrança de sua infância”.

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Transcrição da apresentação:

Freud, “Leonardo da Vinci e uma lembrança de sua infância”. Freud e a Psicanálise Não existe ninguém tão grande para quem seja uma desonra estar sujeito às leis que regem com igual rigor a atividade normal e a atividade patológica. Freud, “Leonardo da Vinci e uma lembrança de sua infância”. Se por um lado a psicanálise apresenta, necessariamente, traços da subjetividade de Freud, por outro, a validade das proposições psicanalíticas não depende do que se possa desvendar sobre sua vida.

Freud nasceu em 6 de maio de 1856, numa pequena vila morávia de Freiberg, filho de Jacob Freud e Amalia. Seu nome, inscrito numa bíblia da família, era “Sigismund Schlomo”. Freud passou a usar “Sigmund” após ingressar, em 1873, na Faculdade de Viena. Ainda na faculdade, o percurso de Freud foi profundadmente marcado pelas idéias de Feuerbach (hegeliano de esquerda) e Franz Brentano ( ex-padre, intérprete de Aristóteles e da psicologia empírica, teísta e, ao mesmo tempo, respeitador do darwinismo).

Aos poucos Freud vai se afastando da filosofia. Freud e Fliess: a bissexualidade humana Freud e Breuer: a histeria (reminiscência, abreação, dissociação), a vida erótica (secrets d’alcôve), a catarse (abreação sob hipnose). Estudos sobre a Histeria (1895): considerado o ponto de partida da psicanálise. Freud e Charcot: a histeria masculina e o uso da hipnose. Freud passa a usar a hipnose de uma outra maneira após Breuer lhe ter relatado o Caso Anna O.; passou a usá-lo independentemente da sugestão. Essa outra maneira foi o método catártico.

Os Estudos sobre a Histeria e a Psicanálise: suas contribuições: história da descoberta de uma sucessão de obstáculos que têm que ser superados, pois neste momento Breuer e Freud compartilham a ideia de que as histéricas sofrem de reminiscências em função de um “esquecimento” em relação à causa de seus sintomas. Anna O. (Breuer): superação em relação a amnésia característica da histeria. Breuer descobre que a parte manifesta da mente do paciente não corresponde à totalidade da mesma; jaz, por trás dela uma mente inconsciente.

Breuer e Freud: investigação a respeito da etiologia das neuroses. Breuer, de início, dedicou-se mais à etiologia psicológica, enquanto Freud permanecia ligado à causalidade química. Isso, entretanto, se modificou. Ainda que estivessem de acordo em relação a diversos pontos, Breuer relacionava a histeria a estados hipnóides, enquanto Freud relacionava-os à neuroses de defesa. Principal discordância: Breuer hesitava em admitir aquilo que ele mesmo havia escutado: a etiologia sexual das neuroses; principalmente da sexualidade infantil.

Fica claro, desde cedo, que os processos mentais inconscientes não poderiam ser os únicos a serem investigados para o qual um novo método que não os habituais de investigação deveria ser utilizado: a sugestão hipnótica, como meio de revelar a respeito do inconsciente. Já com Anna O., porém, praticamente não foi necessário, pois ela produzia, incessantemente, um jorro de associações às quais restava a Breuer escutar. Freud, contudo, abandona a hipnose e foi isso o que o permitiu ampliar sua compreensão dos processos mentais. As resistências do paciente deveriam ser investigadas, e não afastadas do tratamento; elas indicavam a proximidade de um material recalcado.

Freud abandona a hipnose e a catarse e dá lugar ao que lhe ensinaram as histéricas: que o paciente deve falar em associação livre > caminho aberto à interpretação dos sonhos. Foi o trabalho com os sonhos o que fez com que Freud propusesse a interpretação como fundamento do percurso analítico, como elemento essencial da técnica psicanalítica. Tanto os sintomas como os sonhos levaram Freud a descrever, inicialmente, o processo primário do funcionamento psíquico.