O CONCEITO DE ESPÉCIE (baseada em IB – UFMG) -Species = tipo. - Espécies representam a unidade básica da sistemática, evolução, genética e outras áreas.

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Transcrição da apresentação:

O CONCEITO DE ESPÉCIE (baseada em IB – UFMG) -Species = tipo. - Espécies representam a unidade básica da sistemática, evolução, genética e outras áreas da biologia. - Ao definir “espécie” : a) Definições são convenções. Portanto, não podem ser caracterizadas nem como falsas, nem verdadeiras; b) No entanto, definições podem ser mais ou menos úteis e podem ser mais ou menos bem sucedidas em caracterizar um conceito ou um objeto de discussão. Existe uma concordância entre os biólogos de que espécies são as unidades individuais da diversidade e que podem ser identificadas. O problema surge quando se tenta definir essas unidades.

1. O conceito tipológico (Linneus). Baseado na filosofia grega do eidos. (Para Platão: a natureza genuína e imutável de alguma coisa). Indivíduos são da mesma espécie se eles conformam-se a um tipo que tem propriedades essenciais fixadas. Problemas: existência de variações entre organismos [dimorfismo sexual, formas sexuadas e assexuadas, existência de estágios de desenvolvimento (ovo, larva, pupa, adulto; gametófito e esporófito), polimorfimos em cada estágio], torna impossível identificar uma “essência” da espécie. Além disso, essências são imutáveis. 2. O Nominalismo de Darwin: Espécies são construtos da mente humana impostos sobre um continuum de variações.

3. E. Mayr (1942) documentou que: a) Muitas características variam entre os membros de uma população de indivíduos que cruzam entre si. Algumas vezes essas variações são contínuas, outras vezes são discretas.

b) Populações em localizações geográficas diferentes normalmente diferem em um ou mais caracteres. Muito freqüentemente, existem formas intermediárias onde essas populações se encontram. c) Às vezes, o que parece ser uma única espécie pode incluir duas ou mais populações que ocupam uma mesma área, mas que não cruzam entre si (Ex. Figura 2. Espécies crípticas) Sibling Species. Cethia brachydactyla e C. familiares são morfologicamente idênticos.

CONCEITO BIOLÓGICO DE ESPÉCIE (CBE): “Espécies são grupos de populações real- ou potencialmente intercruzantes que estão isoladas reprodutivamente de outros grupos”. (Dobzhansky, 1937; Muller, 1942 e Mayr, 1942) Sobre o CBE: 1. Domínio restrito de aplicação [a) organismos assexuados?, b) antepassados de formas atuais devem ter o mesmo nome?] 2. A definição é posta em termos de população, não de organismos individuais. Dois indivíduos podem ser incapazes de intercruzamento (dois machos, Cão Dinamarquês e Chihuahua) e, mesmo assim, serem membros de uma mesma comunidade reprodutiva ou gene pool.

3. O critério é intercruzamento ou, mais exatamente, troca genética, entre populações na natureza, não fertilidade ou esterilidade. No entanto, muitos cruzamentos podem produzir prole estéril (Ex.: mula). Ainda, existem muitos exemplos de cruzamentos entre espécies diferentes que produzem descendentes férteis.

Biológico: Uma espécie é um grupo de indivíduos completamente férteis entre si, mas isolados reprodutivamente de outros grupos semelhantes por suas propriedades fisiológicas (produzindo qualquer incompatibilidade de pais, ou esterilidade dos híbridos, ou ambos). (Dobzhansky, 1935). Espécies são grupos de populações real- ou potencialmente intercruzantes que estão isolados reprodutivamente de outros grupos. (Mayr, 1942). Desvantagens: se duas populações próximas não possuem troca gênica, não há meios de saber se há isolamento reprodutivo. Além disso, não pode ser testada para espécies fósseis, é irrelevante em populações assexuadas e não pode ser usada em grupos de plantas onde ocorre hibridização entre populações bastante divergentes.

Evolutivo: Uma espécie é uma linhagem (uma seqüência ancestral- descendente) de populações ou organismos que mantêm identidade em relação a outras linhagens e que possui suas próprias tendências evolutivas e destino histórico (Wiley, 1978). Filogenético: Uma espécie é um grupo simples de organismos que é diagnosticamente distinto de outros grupos, e dentro do qual existe um padrão parental de ancestralidade e descendência (Cracaft, 1989) Uma espécie é o menor grupo monofilético de um ancestral comum (de Queiroz & Donoghue, 1990) Desvantagens: tem problemas práticos. Filogenias cuidadosamente construídas não são disponíveis para muitas Ordens até agora. Alguns cientistas acham que definir uma espécie em função de um caracter específico pode significar encontrar qualquer coisa que possa distinguir populações no contexto filogenético. Pequenas diferenças como uma simples substituição silenciosa no DNA que está fixado em uma população e não em outra, pode ser o suficiente para definir essas populações como espécies distintas.

Identificação: Uma espécie é uma população de organismos que compartilham um sistema de fertilização comum (Paterson, 1985). Conceito Ecológico: Uma espécie é uma linhagem (ou intimamente relacionado conjunto de linhagens) que ocupam uma zona adaptativa minimamente diferente de outras linhagens e que evolui separadamente de todas as outras linhagens (Van Valen, 1976). Conceito Internodal: Organismos individuais são da mesma espécie em virtude da pertença comum a uma parte da rede genealógica entre dois eventos permanentes ou entre uma divisão permanente e um evento de extinção (Kornet, 1993). Desvantagens: Quando não aplicado adequadamente, as definições de espécie podem tornar-se arbitrárias.