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Introdução à epidemiologia 1a fase – Farmácia – Prof

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Apresentação em tema: "Introdução à epidemiologia 1a fase – Farmácia – Prof"— Transcrição da apresentação:

1 Introdução à epidemiologia 1a fase – Farmácia – 2009-1 Prof
Introdução à epidemiologia 1a fase – Farmácia – Prof. Charles Tesser –

2 EPIDEMIOLOGIA Definição:
“ Estudo da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em populações específicas, e sua aplicação no controle de problemas de saúde (Last, 1988).”

3 EPIDEMIOLOGIA Definição:
“ ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, e construindo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação dasações de rotina” (Rouquayrol, 2006)

4 EPIDEMIOLOGIA Definição:
“ o estudo dos fatores que determinam a frequência e distribuição das doenças nas coletividades humanas.” (IEA(1973), apud Rouquayrol, 2006)

5 EPIDEMIOLOGIA Objetivos:
1 – Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas 2 – Proporcionar dados essenciais para operacionalizar planejamento, execução e avaliação das ações 3 – Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades (IEA(1973), Rouquayrol, 2006)

6 EPIDEMIOLOGIA Campos de aplicação:
1 – na busca de explicações (causas ou fatores de risco) (epidemiologia analítica) 2 – no estudos da situação de saúde (epidemiologia descritiva) 3 – na avaliação de tecnologias, programas ou serviços 4 – na vigilância epidemiológica (IEA(1973), Rouquayrol, 2006)

7 EPIDEMIOLOGIA População:
Total de indivíduos de um mesmo país ou área considerados conjuntamente. (Last, 1988) Grupos de indivíduos definidos por um conjunto de características sociais, culturais, econômicas, geográficas e históricas.

8 EPIDEMIOLOGIA Bases históricas - Hipócrates: fatores ambientais saúde
- John Graunt (1662): tabelas mortuárias. Demografia, estatística vital. - Europa (Século XIX): - Pierre Louis: método estatístico na investigação clínica - Louis Villermé: Etiologia social das doenças - William Farr: Escritório do Registro Geral da Inglaterra - Engels: “Condição da Classe trabalhadora na Inglaterra” - John Snow: Cólera em Londres ( )

9                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

10 EPIDEMIOLOGIA Mortes por cólera, , segundo companhia de abastecimento da residência atual em Londres. Fonte: Snow, On the mode of Communication of Cholera (2nd ed) London: Churchill, Reproduced in Snow on Cholera. New York: Hafner, 1965,

11 EPIDEMIOLOGIA Bases históricas Lind e a prevenção do escorbuto
Em 1747, o cirurgião escocês James Lind conduziu uma experiência, considerada como o primeiro ensaio clínico registado na história da medicina. Lind dividiu um grupo de doze marinheiros afetados pelo escorbuto em diferentes grupos, que receberam diferentes formas de terapia. O grupo com acesso a laranjas e limões recuperou da doença. Lind publicou os seus resultados em 1753, mas a introdução de limão ou lima na dieta dos marinheiros britânicos só surgiu cerca de quatro décadas mais tarde, por decisão do almirantado britânico em1795.

12 EPIDEMIOLOGIA Bases históricas A Segunda Metade do Século XX
- Crescente importância das doenças crônico degenerativas como causas de morbidade e mortalidade; - Determinação das condições de saúde das populações; Investigações etiológicas: Busca sistemática de fatores antecedentes ao aparecimento das doenças, agentes ou fatores de risco (coortes e casos controle), - Avaliação da utilidade e segurança das intervenções propostas para alterar a incidência ou evolução da doença através de estudos controlados .

13 EPIDEMIOLOGIA Mudanças nos padrões de mortalidade
Principais causas de mortes nos E.U.A. em 1900 e 1982. Adaptado de U.S.D.H.H.S., Prevention 84/85. Washington, D.C. Public Health Service Office, 1985.

14 EPIDEMIOLOGIA Geração de dados (que vão gerar informações)
Devem ser fidedignos Pode ser geração: Contínua (óbitos, nascimentos, notificação compulsória) Periódica (recenseamento da população, CPO) Ocasional (pesquisa eventual com fim específico) Dados mais importantes: Sobre a população (n. habitantes, sexo, idade, raça, etc). Dados sócio-econômicos (renda, ocupação, tipo de trabalho, cond. moradia) Dados ambientais (poluição, água, esgoto, coleta lixo) Dados de morbidade Eventos vitais (óbios, nascimentos

15 EPIDEMIOLOGIA Qualidade dos dados
Preenchimento dos registros, notificações de doenças, declarações de óbitos, organização do sistema de vigilância epidemiológica Qualidade do atestado de óbito – (causa básica, causa intermediária, causa imediata ou terminal) Preenchimento da CAT (comunicado de acidente do trabalho) etc Cobertura dos dados Se os eventos chegam até o sistema de registro dos dados (o sistema de informação). Ex.: cemitério clandestinos, nascimentos domiciliares não registrados, doenças diagnósticadas mas não notificadas

16 EPIDEMIOLOGIA Construção de indicadores de saúde
Uso internacional do número de mortes (= mortalidade) para avaliação das condições de saúde, associado com outras estatísticas e informações demográficas, sociais e econômicas Para comparar as freqüências de morte é preciso torná-las relativas (com respeito às populações e suas características) Uso de coeficientes ou taxas: Coef. = Relações entre o número de eventos reais e os que poderiam acontecer. Taxa = 0, = 35/ = ocorreram 35 eventos dos 100 mil que poderiam ocorrer Necessidade de confiabilidade dos dados – numerador e denominador

17 N• pessoas que morreram no ano (X 1000)
EPIDEMIOLOGIA Taxa (ou coeficiente) de mortalidade geral n• de óbitos, em um determinado ano, pela população naquele ano, circunscritos a uma determinada área (multiplicando-se por 1000) N• pessoas que morreram no ano (X 1000) População total naquele ano - - Taxas de mortalidade por idade (ou por faixa etária): * Coeficiente de mortalidade infantil * Coeficiente de mortalidade proporcional (Swaroup-Uuemura/ curva nelson de Morais - Taxas de mortalidade por causas (causas de morte classificadas pela CID 10) - Relativas pelo menos às três variáveis clássicas da epidemiologia: pessoa – tempo - lugar

18 n• nascidos vivos naquele ano, em determinada área (X 1.000)
EPIDEMIOLOGIA * Coeficiente de mortalidade infantil n• de óbitos de crianças > de 1 ano n• nascidos vivos naquele ano, em determinada área (X 1.000) Coef. mortalidade neonatal (0-27 dias)/ n• nasc. vivos Coef. Nenatal precoce (0-6 dias) )/ n• nasc. vivos Coef. Neonatal tardia (7-27 dias) )/ n• nasc. vivos Coef. mortalidade pós-neonatal ou CMI tardia (28 dias até 1 ano) )/ n• nasc. vivos

19 EPIDEMIOLOGIA * Coeficiente de mortalidade perinatal n• de óbitos de crianças entre 22 sem gestação e < 7 dias de vida (X 1.000) n• nascidos vivos + nascidos mortos naquele ano, em determinada área Coef. mortalidade materna: óbitos devido a causas ligadas a gestação parto e puerpério n• de óbitos maternos durante a gestação até 42 dias pós-parto (X 1.000) em determinada área (X 1.000) - Coeficiente de natalidade: n• de nascidos vivos num período (geralmente um ano) (X 1.000) Pop. Total naquele ano, em determinada área

20 EPIDEMIOLOGIA Mortalidade por causas
n• de óbitos por determinada causa n• de pessoas expostas (pop.) naquele ano, em determinada área (X 1.000) No Brasil o registro é feito através do atestado de óbito. A classificação das causas é feita pela CID-10 (Classificação Internacional das doenças)

21 EPIDEMIOLOGIA Prevalência Indicadores de morbidade:
(relacionados aos adoecimentos) utilizadas para avaliação do nível de saúde e da necessidade de medidas de caráter abrangente (agua no domicílio, esgotos, etc) ou medidas específicas necessárias ao controle determinada doença ou agravo Prevalência - N• de casos conhecidos de um dada doença (x 10, 100,..) população exposta Mede os casos existentes = soma dos casos novos com os que já existiam

22 EPIDEMIOLOGIA Prevalência Pontual ou instantânea Prevalência
Exemplo: Em 31 julho /08= 30 casos de TBC em det. lugar Em agosto/ curaram, mas 10 pessoas ficaram doentes Prevalência numérica (absoluta) = 35 para o mês de agosto Prevalência Pontual ou instantânea - Frequência da doença (ou taxa) em um ponto definido no tempo, seja a semana, o mês ou o ano. N• de casos existentes população exposta Ex: em dez/2007 havia 1497 casos registrados de hanseníase, numa cidade com hab. Ocorreram 92 altas de tratamento (curas) nesse ano. Prevalencia pontual: (1497 – 92) / (x ) Prevalencia pontual para esse ano (em dez 2007)= 3,8/10.000

23 Pop. Exposta ao risco de adoecer daquela doença
EPIDEMIOLOGIA Prevalência Lápsica ou por período: Registar a existência da doença num período de tempo sem concentrar num dado ponto. (sem levar em conta as defecções – curas ou óbitos) Exemplo: Prevalencia lápsica: (1497) / (x ) Prevalencia lápsica para esse ano = 4,1/10.000 Prevalência associa-se à força com que a doença subsiste na pop. Incidência - Frequência de aparecimento de casos novos de determinada doença - n• de CASOS NOVOS de uma doença em um intervalo de tempo Pop. Exposta ao risco de adoecer daquela doença Ex: SE em 2007 apareceram 900 casos novos de hanseníase. Incidência: 900 / (x ) Incidência associa-se à velocidade de aparecimento da doença, intensidade com que a população adoece daquele problema

24 EPIDEMIOLOGIA Variação da frequencia das doenças numa população depende: Dos que adoecem – dos casos novos – Inc e Prev Dos que curam – afeta a prevalência Dos que emigram ( Prev) e imigram( Inc e prev) Dos que morrem ( Prev ) Do tipo da doença ou agravo (aguda/crônica) Da eficácia do tratamento e da prevenção De condições sociais / ambientais / econ.

25 EPIDEMIOLOGIA Incidência: endemias e epidemias
Endemia: ocorrência coletiva de determinada doença que acomete sistematicamente grupos humanos distribuídos em espaços determiandos por largo período histórico e que mantém incidência aproximadamente constante, permitidas flutuações e variações sazonais. Epidemia: ocorrência de doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo, espacialmente e cronologicamente delimitada , caracterizada por uma elevação progressivamente crescente , inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência , ultrapassando valores do limiar epidêmico preestabelecido. Diagrama de controle: monitoramento da incidência de algumas doenças ao longo do tempo par detecção de epidemias Período de tempo: de horas a anos (intoxicação alimentar – horas AIDS – anos – desde década de 80 .

26 EPIDEMIOLOGIA Epidemias: abrangência
Surto epidêmico: ocorrência restrita a um grupo restrito ou ocasional de pessoas, ou a um coletivo de populaçãopermaentene como um colégio, quartel, um bairro. Epidemia: ocorrência mais estendida Pandemia: ocorrência epidêmica comlarg distribuição espacial atingindo várias nações. Pode ser considerada uma série simultânea de epidemias nacionais .

27 EPIDEMIOLOGIA Epidemias: tipos Variações relacionadas ao tempo
Explosiva Lenta Propagada Por fonte comum Por fonte pontual Por fonte persistente Variações relacionadas ao tempo Cíclicas (variação repetida de intervalo a intervalo de tempo) Sazonais (relacionada às estações do ano, dias da semana, etc) Tendência (constante, crescente, decrescente) Variações relacionadas ao lugar (espaço) variáveis geopolíticas político-administrativas Geográficas (fatores ambientais, demográficos, populacionais, variações urbano rurais)

28 EPIDEMIOLOGIA Variações relacionadas ao lugar (espaço)
Fatores populacionais Pirâmides etárias Variações por sexo

29 EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA
Tipos de estudo descritivos 1 - Estudos de Correlação (ou ECOLÓGICOS): Comparação de freqüência de doenças entre diferentes grupos ou populações , durante o mesmo período de tempo, ou na mesma população em diferentes períodos de tempo Armstrong e Doll (1975): consumo percapita diário de carne e taxas de cancer de cólon em mulheres de vários países Não fornece certeza de associação causal Apresentam dificuldades no controle de viéses ou tendenciosidades Baseados em dados de fontes diversas de qualidade variável SÃO EXCELENTES para gerar hipóteses de associação ARMSTRONG, BK; DOLL,R. Environmental factors and cancer incidence and mortality in different countries, with especial reference to dietary practices. International Journal of Cancer, 15: , 1975.

30 EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA
Tipos de estudo descritivos 2 - Relato de casos ou séries de casos Descrição cuidadosa de um caso ou uma série de casos, com característricas clínicas que fazem pensar ou desconfiar de algo novo: Jordan (1961): mulher de 40 anos fez uma embolia pulmonar após cinco semanas de anticoncepcional oral Embolia é raríssima nessa idade >> seria algum outro fator, uma predispopsição genética? Estudo posterior confirmou a associação de anticoncepcional com tromboembolismo CDC: 5 jovens com pneumonia por Pneumocystis carinii, em 6 meses, em 5 hospitais diferentes, homossexuais e previamente sadios. JORDAN, WM. Pulmonary embolism. Lancet, 2: 1146, 1961. CENTERSFOR DISEASE CONTROL. Pneumocystis pneumonia – Los Angeles. MMWR, 30:250, 1981.

31 EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA
Tipos de estudo descritivos 3 – Estudos transversais São transições entre estudos descritivos e analíticos Uma, população ou uma amostra dela é estudada em relação a presença ou não de uma doença em determinado momento, conjuntamente com outras variáveis como sexo, idade, etnia, características sócio-econômicas, hábitos, uso de medicações etc Possibilitam formular hipóteses de associação Como o estudo é simultâneo de doenças e outras variáveis, não dá para saber o que veio antes, a doença ou os fatores associados Geram hipóteses a serem testadas nos estudos analíticos

32 CICLO DE PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA
1 - Estudo descritivo 5 - Conclusões 2 - Formula hipótese 4 - Testa hipótese 3 - Estudo analítico

33 EPIDEMIOLOGIA Risco Fatores de risco
- Probabilidade de ocorrência ou aparecimento de uma doença ou condição. Quanto maior a incidência de uma doença, maior o risco de uma pessoa de uma população adoecer. Quanto maior a prevalência, maior o risco de uma pessoa estar doente, tomada aleatoriamente de um população. Fatores de risco Condições associadas ao aparecimento de doenças ou agravos Fatores risco presentes, portanto, aumentam a INCIDÊNCIA DE UMA DOENÇA OU AGRAVO

34 EPIDEMIOLOGIA Exemplos: Grupo do Risco
Fumar – aumenta incidência de coronariopatia, câncer de pulmão, de bexiga, de cavidade oral, laringe, esôfago Hipertensão: aumenta incidência de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Acidente vascular cerebral (AVC) e nefropatia Raça Negra: aumenta incidência de hipertensão maligna Grupo do Risco Conjunto de pessoas que apresentam determinado grupo de risco

35 EPIDEMIOLOGIA Risco Relativo
Comparação entre o riscos de indivíduos que estão expostos a um fator de risco qualquer e o risco de adoecer dos que não estão expostos Exemplo: Snow (1855): risco de morrer por cólera em Londres (1855) companhias Southwark e Vauxhall: >>>> RR= 1263= 13 Lambeth: Tabagismo/ Ca pulmão: RR = 10-30 Risco Relativo = Incidência entre os expostos Incidência entre os não expostos Estimado em estudos de incidência ( estudos de coorte, estudos de intervenção) Estabelece a associação (estatística) entre determinado fator de risco e doença ou agravo

36 EPIDEMIOLOGIA Risco Atribuível
Exprime o quanto da incidência de uma doença pode ser atribuído ao fator de risco. RA = (Inc. expostos) – ( Inc. não expostos.) Exemplo: Se Ie = 115/1000 entre os expostos Io = 9 / 1000 entre os não expostos Então: RA = Ie – Io = 106/ 1000 >> ou seja, se eliminarmos tal fator de risco serão evitados 106 casos para cada 1000 pessoas

37 EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
Tipos de estudos analíticos: Experimentais (ou estudos de intervenção ou ensaios clínicos) Não-experimentais (observacionais) Transversais Longitudinais Caso-controle Coorte Prospectivos retrospectivo

38 EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
Experimentais (ou estudos de intervenção ou ensaios clínicos) Determina-se a exposição ao fator de risco (ou de proteção) e estuda-se o resultado O investigdor aloca as pessoas no grupo exposto ou no outro Doença presente ausente EXPOSIÇÃO PRESENTE a b a+b AUSENTE c d c+d a+c b+c n

39 EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
Experimentais (ou estudos de intervenção ou ensaios clínicos) Desenho de estudo: GE R1 Participantes Grupo estudo P GC R2 PR PE Grupo controle Pop. estudada Pop. referencia NP Não-participantes

40 EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
Observacionais longitudinais Coorte Exposição naturalmente determinada é usada no estudo Alocação não é definida pelo investigador Exemplo: Relação tabagismo câncer. -Pode ser prospectivo ou retrospectivo Doença presente ausente EXPOSIÇÃO PRESENTE a b a+b AUSENTE c d c+d a+c b+c n

41 EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
Observacionais longitudinais Caso-controle Doença é previamente determinada Exposição é investigada avaliando associação com fatores de risco Exemplo: Relação tabagismo câncer. Doença presente ausente EXPOSIÇÃO PRESENTE a b a+b AUSENTE c d c+d a+c b+c n

42 EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA
ESTUDO DE CASUAS E FATORES DE RISCO Epidemiologia moderna Desenvolvimento de técnicas de coleta e análise de dados fatores de risco para doenças crônicas Tabaco e câncer de pulmão (Doll& Hill, 1950) Framingham Heart Study 5.200 moradores acompanhados por décadas fatores de risco para doença coronariana - Evolução da informática

43 EPIDEMIOLOGIA Situação atual: tendências
- Epidemiologia Clínica: “Medicina baseada em evidências” - Epidemiologia Social Médias de peso e altura de crianças com idade entre 35 e 52 meses, segundo classe social. Pelotas, RS, (Lombardi et al, 1988).

44 Evolução histórica do conceito de causa Social (Modelo hierárquico)
“A intenção de estabelecer nexos causais está no cerne da Epidemiologia” Mítica - Sobrenatural Natural - Miasmas Unicausal Multicausal Social (Modelo hierárquico)

45 Modelos de causalidade I
Modelo do determinismo puro Postula uma conexão constante, única e perfeitamente possível de ser predita entre dois fatores (A e B) Modelo unicausal

46 Modelo do determinismo puro
Postulados: Uma mudança em A sempre leva a uma mudança em B (causa suficiente) Uma mudança em B sempre é precedida de uma mudança em A (causa necessária) A é a única causa de B (especificidade da causa) B é o único efeito de A (especificidade do efeito)

47 Modelo do determinismo puro
Postulado de Henle e Koch -1890 (revolução microbiológica) O organismo patogênico deve estar presente em todos os casos da doença;* O organismo patogênico deve ser capaz de ser isolado e crescer em cultura pura; O organismo patogênico deve, quando inoculado em animal suscetível, causar a doença específica; Não deve ocorrer nem de forma casual nem de forma patogênica em outra doença.*

48 Postulados de Henle-Koch
Críticas: Certos fatores podem ter múltiplos efeitos Difícil crescer em cultura certos agentes Evidências empíricas da multicausalidade Impróprio para doenças crônicas

49 Causalidade em Epidemiologia
Conceito de causa “ A causa de uma doença específica é o evento, condição ou característica que precede o evento doença e sem o qual a doença não teria ocorrido ou teria ocorrido mais tardiamente” (Rothman & Greenland, 1998)”. Causa necessária A doença somente se desenvolve na presença da causa Causa suficiente - componentes Conjunto de condições ou eventos mínimos que inevitavelmente produzem ou iniciam uma doença. Mínimo: nenhum dos eventos ou condições podem ser prescindidos

50 Modelos de causalidade II
Ex. Tuberculose: bacilo de Koch=causa componente “A” (causa necessária) Alcoolismo e desnutrição=causas componentes “B” e “C”

51 Modelo de causas suficientes e componentes
Implicações: Multicausalidade: cada mecanismo causal envolve a ação conjunta de várias causas componentes Força da associação: depende da prevalência das causas componentes Períodos de indução: para cada causa componente e não é específico para a doença Controle de doenças: pode se basear em causas componentes isoladas

52 CAUSALIDADE Associação Inferência causal
Relação estatística entre dois eventos, usualmente entre uma variável explicativa, explanatória ou independente (exposição) e um desfecho em saúde, variável dependente ou resposta, a variável a ser explicada. Inferência causal Processo através do qual busca-se determinar se as associações observadas são provavelmente causais ou não. Acaso, viés e confusão obrigatoriamente devem ser considerados.

53 Causalidade em Epidemiologia
PRINCÍPIOS DE HILL (1965)  Força da associação  Temporalidade  Consistência  Especificidade  Gradiente biológico (dose-resposta)  Plausibilidade biológica  Evidência experimental  Reversibilidade

54 CAUSALIDADE  Força da associação PRINCÍPIOS DE HILL (1965)
Medida de efeito* afastada do valor nulo Snow (1855): mortalidade por cólera companhias Southwark e Vauxhall 14 X companhia Lambeth Tabagismo/ Ca pulmão: RR = 10-30 Tabagismo/Ca de colo: RR = 1,5-2,5 Associação fraca - maior chance de ser devido a viés

55 CAUSALIDADE  Temporalidade PRINCÍPIOS DE HILL (1965)
Exposição tem que preceder o efeito. Ex: HPV/Ca de colo; obesidade/osteoartrose; [Pb]/QI

56 CAUSALIDADE  Consistência PRINCÍPIOS DE HILL (1965)
Diferentes tipo de estudo, diferentes populações, circunstâncias diversas - associação persiste. Ex: Tabagismo/Ca de pulmão em estudos ecológicos, caso-controle e coorte.

57 CAUSALIDADE PRINCÍPIOS DE HILL (1965)  Especificidade
Uma causa, um efeito. Ex: bacilo de Koch - tuberculose Valor limitado nas doenças degenerativas. Ex: tabagismo - doença periodontal, Ca de pulmão, Ca de bexiga, bronquite

58 Risco de câncer de pulmão associado com consumo de cigarros em homens.
CAUSALIDADE PRINCÍPIOS DE HILL (1965)  Gradiente biológico (dose-resposta) Risco de câncer de pulmão associado com consumo de cigarros em homens. Maços-ano OR (IC95%) Nunca ,0 < ,2 (2,4-11,5) ,0 (5,4-22,3) > ,6 (10,0-51,2) Risch et al. Am J Epidemiol 1993; 138:

59 CAUSALIDADE Reversibilidade PRINCÍPIOS DE HILL (1965)
Remoção de uma possível causa resulta em redução no risco de doença Fumante atual Ex-fumante < 10 anos Ex-fumante  10 anos Mortalidade (por ) por câncer de pulmão associada ao hábito de fumar. Doll R and Hill AB. BMJ 1956;2:

60 CAUSALIDADE  Plausibilidade biológica PRINCÍPIOS DE HILL (1965)
Desnutrição/cárie: formação de defeitos de esmalte - favorecem colonização bacteriana - produção de ácidos - desmineralização Tabagismo/Câncer cervical nicotina e cotinina em muco cervical de fumantes - alteração imunidade celular local - favorece HPV

61 CAUSALIDADE Evidência experimental PRINCÍPIOS DE HILL (1965)
Raramente possível com humanos. Estudo de Vipeholm (Gustafsson, 1954): evidência relação açúcar e cárie dentária, questões éticas.

62 Bases da Epidemiologia atual
- Ciências biológicas - Ciências Sociais - Estatística

63 EPIDEMIOLOGIA APLICAÇÕES
 Diagnóstico da situação de saúde da população Epidemiologia Descritiva Direcionar a ações Hipóteses  Investigação etiológica Busca de causa (s) – desenho de estudos Determinação de riscos Grau de probabilidade da ocorrência de um determinado evento Aprimoramento na descrição do caso clínico Clínico Epidemiológico

64 EPIDEMIOLOGIA APLICAÇÕES
Verificação do valor de procedimentos diagnósticos- validade e confiabilidade  Planejamento e organização de serviços Avaliação de tecnologias, programas e serviços- eficácia, efetividade, eficiência

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