Exemplo da área de representação da informação. 1. Estrutura da tese A ciência como objeto de pesquisa Teoria da classificação A comunicação como disciplina.

Apresentação em tema: "Exemplo da área de representação da informação. 1. Estrutura da tese A ciência como objeto de pesquisa Teoria da classificação A comunicação como disciplina."— Transcrição da apresentação:

1 Exemplo da área de representação da informação

2 1. Estrutura da tese A ciência como objeto de pesquisa Teoria da classificação A comunicação como disciplina científica Análise facetada da área de Comunicação Análise das divisões-padrão Análise de manuais de Teoria da comunicação Construção do sistema facetado Aplicação do sistema facetado às teses e dissertações

3 2. A ciência como objeto de pesquisa Ciência como forma de conhecimento Estudos sobre a ciência A formação das disciplinas científicas Tentativas de classificação das ciências A importância das teses e dissertações

4 3. Teoria da classificação Definição de classificação e seus tipos Evolução das teorias da classificação bibliográfica Elementos para a construção de sistemas facetados (formação de conceitos e relações entre os conceitos) Sistemas facetados para quantificação temática de disciplinas científicas

5 Três métodos para a construção do sistema, conforme Cavalcanti: a) Analítico: baseado no exame de uma série de documentos, dos quais são extraídas palavras significativas b) Sintético: baseado na reunião de termos colhidos em dicionários, índices de obras, nomenclaturas, glossários, esquemas, etc c) A priori: baseado em listas apresentadas por especialistas no assunto

6 4. A comunicação como disciplina científica Institucionalização como prática especializada Legitimação acadêmica: cursos superiores após 1966, pós-graduação após 1972 Associações científicas: Intercom (1977) e Compós (1992) Atualmente, 42 periódicos, 19 programas de pós- graduação Estudos sobre as temáticas da produção científica: Kunsch e Dencker, Lopes. Stumpf e Capparelli, Peruzzo

7 “Produção discente dos programas de pós-graduação em comunicação (1992-1996)”, por Ida Stumpf e Sergio Caparelli Análise de 754 teses e dissertações defendidas junto aos PPGCOMs do país, entre 1992 e 1996 A lista não é muito específica pois o objetivo foi enquadrar os trabalhos dentro de grandes temas

8 Temática das dissertações e teses: Semiótica: 18,2% Literatura: 10,2% Televisão: 8,2% Jornalismo: 8,0% Arte: 7,4% Discurso jornalístico: 7,3% Educação: 6,0% Novas tecnologias: 6,0% Cultura: 5,4% Cinema: 5,2% Imprensa: 5,2% Com. organizacional: 4,8% Imagem: 4,8% Psicanálise: 4,8% Narrativa: 4,5% Música: 4,4% Recepção: 4,1% História: 4,0% Filosofia: 3,8% Linguagem: 3,4%

9 “Em busca dos objetos da pesquisa em comunicação no Brasil”, por Cicilia Peruzzo Análise das 754 teses e dissertações defendidas junto aos PPGCOMs do país, entre 1992 e 1996 Objetivo: não amplas categorias, mas temáticas mais específicas de modo a facilitar uma visão mais precisa dos temas

10 Jornalismo: 14,2% Literatura: 9,4% Televisão: 4,9% Cultura: 4,8% Estética: 4,8% Publicidade/propaganda/ propag. política.: 4,4% Relações públicas/com. e cultura organizac.: 4,4% Cinema: 4,2% Comunic. popular/ alternativa: 2,9% Música: 2,7% Meios/tecnolog.comun. na educação: 2,7% Sociologia/c. política: 2,5% Ling. e significação: 2,4% Filosofia: 2,0% Pensadores/jornalistas/ artistas: 1,8% Com., tecnologias e arte: 1,8% Educação: 1,8% Fotografia: 1,7% Inf. no capitalismo/poder dos MCM/indústria cultural: 1,6% Rádio: 1,6% Arquitetura: 1,6% Editoração: 1,6% Vídeo: 1,5%

11 Teatro: 1,5% Desenv. das tecnologias de comunicação: 1,3% Pintura/xilogravura: 1,3% Marketing/marketing cultural/religioso: 1,3% Psicanálise/inconsciente/ cultura: 1,3% Teorias e metodologias da comunicação: 1,3% Comunic. científica: 1,3% Outros: 1,3% Comunic. e saúde: 1,2% Corpo e comunic.: 1,0% Comunicação rural: 0,7% Dança: 0,7% Empresas/instituições de com. e empresários: 0,7% Religiões/com. relig.: 0,5% Humor: 0,5% Futebol/esporte: 0,5% Grafite: 0,4% Tradução: 0,4% Comunicação grupal: 0,3% Política cultural: 0,3% Transcodificação: 0,3% Cerâmica/escultura: 0,3% Romant./modernid.: 0,3%

12 5. Análise facetada da área de Comunicação Agrupamento de 165 e 367 termos retirados de teses e dissertações Cálculo de freqüências dos termos e das classes Classes mais relevantes: “categorias de fenômenos e processos humanos e sociais”, “ciências, disciplinas e teorias”, “meios de comunicação”; a seguir, “fazer profissional”, “produtos” e “dimensão simbólica”

13 6. Análise das divisões-padrão da Comunicação Classificação Decimal de Dewey Classificação Decimal Universal Lista de Cabeçalho de Assuntos da Library of Congress Unesco Thesaurus Tabela de Áreas do Conhecimento do CNPq Currículos mínimos e diretrizes curriculares dos cursos de graduação em Comunicação

14 Núcleos de pesquisa da Intercom Grupos de trabalho da Compós Classes mais relevantes: “meios, veículos e suportes” e “fazer profissional”; depois, “disciplinas de interface”, “abrangência ou âmbito relacional” e “dimensão social da comunicação”

15 7. Análise de manuais de Teoria da Comunicação Escolha dos manuais; listagem das teorias mais freqüentes; sete modelos a) Efeito/função/influência/persuasão b) Transmissão/transporte de informações c) Ideologia/dominação/indústria/mercadoria d) Interação/diálogo e) Cultura f) Técnica/mediação g) Significação/semiose/sentido Universais da comunicação e interfaces

16 8. Construção do sistema facetado Definição das seis facetas a partir dos três métodos desenvolvidos Faceta 1: modelos de comunicação Faceta 2: abrangência/âmbito relacional Faceta 3: meios, veículos, suportes ou mídias Faceta 4: conteúdos ou mensagens Faceta 5: ciências e disciplinas de interface Faceta 6: habilitações profissionais

17 9. Aplicação do sistema facetado às teses e dissertações Aplicação do sistema às 754 teses e dissertações defendidas entre 1992 e 1996 Ocorrência das facetas: a) Faceta 1 - 90,98% d) Faceta 4 - 79,58% b) Faceta 2 - 79,97% e) Faceta 5 - 38,20% c) Faceta 3 - 84,88% f) Faceta 6 - 22,41% Muitos casos de mais de dois focos de uma mesma faceta

18 9.1. Freqüência dos focos da faceta 1 a) Significação - 38,99% b) Efeito/função - 18,29% c) Cultura - 11,37% d) Técnica - 9,99% e) Outros - 8,75% f) Interação - 7,73% g) Ideologia - 3,79% h) Transporte - 1,09%

19 9.2. Freqüência dos focos da faceta 2 a) De massa/macrossocial - 60,78% b) Institucional - 22,31% c) Comunitária - 12,77% d) Grupal - 2,65% e) Interpessoal - 1,49% f) Individual - 0

20 9.3. Freqüência dos focos da faceta 3 a) Jornal - 15,47% b) Livro - 14,66% c) Televisão - 13,05% d) Face a face - 8,03% e) Cinema - 5,62% f) Revista - 4,62% g) Música - 4,62% h) Vídeo - 4,32% i) Computador - 3,92% j) Rádio - 3,42%

21 9.4. Freqüência dos focos da faceta 4 a) Sociedade - 13,70% b) Ensino/educação - 8,36% c) Política - 7,40% d) Recreação - 6,03% e) Economia - 5,62% f) Artes - 5,62% g) Costumes/folclore - 5,48% h) Religião - 4,80% i) Medicina - 4,66% j) Problemas sociais - 4,11%

22 9.5. Freqüência dos focos da faceta 5 a) Semiótica - 28,46% b) Filosofia - 11,26% c) Psicanálise - 10,67% d) Semiologia - 8,30% e) Letras - 7,31% f) Lingüística - 5,14% g) Ciências exatas e da terra - 3,56% h) História - 3,56% i) Antropologia - 3,16% j) Ciência da informação - 2,57%

23 9.6. Freqüência dos focos da faceta 6 a) Jornalismo - 43,68% b) Relações públicas - 15,06% c) Publicidade e propaganda - 14,46% d) Cinema (cinema e vídeo) - 13,55% e) Radialismo (rádio e TV) - 8,13% f) Editoração - 5,12%

24 Variações dos valores obtidos a) por nível acadêmico (mestrado/doutorado) b) por ano de defesa (1992 a 1996) c) por PPGCOM (USP, UFRJ, UnB, PUC-SP, Umesp, Unicamp, UFBA) Comparação com outros mapeamentos a) o sistema facetado evidencia de antemão o relacionamento de cada termo com o assunto geral

25 b) identificação de peso de cada uma das facetas na pesquisa em comunicação c) comparação do modelo que enfatiza a dimensão simbólica em relação a outros d) identificação da freqüência dos estudos sobre comunicação de massa e) verificação exaustiva dos meios de comunicação e sua comparação f) separação entre o que são disciplinas de interface e o que são assuntos das mensagens g) identificação das freqüências de todas as habilitações profissionais da área

26 10. Considerações finais Fábula de Borges - arbitrariedade das classificações Ineditismo do trabalho - criação de um sistema facetado para a área de Comunicação Importância da consolidação de uma metodologia para construção de sistemas facetados para mapeamento de disciplinas científicas Possíveis desdobramentos e novas pesquisas

27 Em sus remotas páginas está escrito que los animales se dividen em (a) pertencentes al Emperador, (b) embalsamados, (c) amaestrados, (d) lechones, (e) sirenas, (f) fabulosos, (g) perros sueltos, (h) incluidos en esta clasificación, (i) que se agitan como locos, (j) innumerables, (k) dibujados com um pincel finísimo de pelo de camelo, (l) etcétera, (m) que acaban de romper el jarrón, (n) que de lejos parecen moscas (BORGES, 1989, p. 86).