Conhecimento científico e pesquisa/investigação em Contabilidade Teoria da Contabilidade Prof. Guillermo Braunbeck.

Apresentação em tema: "Conhecimento científico e pesquisa/investigação em Contabilidade Teoria da Contabilidade Prof. Guillermo Braunbeck."— Transcrição da apresentação:

1 Conhecimento científico e pesquisa/investigação em Contabilidade Teoria da Contabilidade Prof. Guillermo Braunbeck

2 Nossa agenda  Fontes de obtenção de conhecimento  Características do conhecimento científico  Indução, Dedução e Teoria  Pesquisa e Investigação na Contabilidade

3 Conhecimento e suas fontes  Afinal, o que é conhecimento?  Existência, moral, verdade, sentido geral do universo: argumentos racionais  Vida e morte, Deus: mistério, fé  Cura de doenças, inovações tecnológicas: investigação metódica e sistemática da realidade

4 Conhecimento científico  Explicar + Prever  Observar e compreender regularidades  Estabelecer relações de causalidade (causa-efeito)  Método  Teste empírico  Intersubjetividade e independência  Pressuposto: saber provisório

5 Fases da Pesquisa (Concepção Clássica) Saber existente (provisório) Explicar e prever Solução Possível NOVO SABER (provisório) Problema Analisar o problema não Formular conjecturas (hipóteses) Observar, Comparar Medir, Experimentar Encontrar regularidades Leis Crenças opiniões conhecimentos Fonte: Prof. Gilberto Martins

6 Indutivismo  A explicação indutivista formaliza a concepção popular de ciência.  De afirmações singulares para afirmações universais – generalizações  O número de observações levantados para a generalização deve ser grande. Fonte: Prof. Gilberto Martins

7 Indutivismo (continuação)  As observações devem ser repetidas sob uma ampla variedade de condições.  Nenhuma proposição de observação deve conflitar com a lei universal derivada.  Uma vez encontradas as leis universais é possível derivar delas várias conseqüências que servem como explicações e previsões. Fonte: Prof. Gilberto Martins

8 Do indutivismo “ingênuo” ao método hipotético- dedutivo  Problema do empirismo ‘ingênuo’: excesso de singularidade das observações  Da formalização da ciência proposta por Francis Bacon (1620) ao falsificacionismo (método hipotético-dedutivo): + de 300 anos  https://www.youtube.com/watch?v=FhxKfonP5Vs https://www.youtube.com/watch?v=FhxKfonP5Vs

9 Fatos adquiridos através de observação Indução Leis e teorias Dedução Previsões e Explicações Fonte: Prof. Gilberto Martins HipótesesTestes

10 Teoria  Formulação estruturada (lógica) e sistemática de uniformidades/ regularidades.  Reconstrução conceitual das estruturas objetivas dos fenômenos a fim de compreendê- los e explicá-los.

11 Teoria (continuação)  Uma teoria é um conjunto de constructos (conceitos), definições e proposições relacionadas entre si, que apresentam uma visão sistemática de fenômenos especificando relações entre variáveis, com a finalidade de explicar e prever fenômenos da realidade. (Kerlinger)

12 Funções da teoria  Explicar: por que? como? quando? os fenômenos ocorrem  “Botar” ordem, sistematizar  Predição: quando A ocorre, sou capaz de prever que B ocorrerá

13 Atividade: construindo hipóteses 1. Quando as DFs são publicadas, o preço das ações se altera (para cima ou para baixo) 2. Empresas que pagam bonus a seus executivos têm menos PCLD 3. Empresas mais ‘alavancadas’ optam mais por reavaliação de imobilizado (quando era permitido) 4. Firmas de auditoria de grande porte gastam proporcionalmente mais recursos (dinheiro, tempo) com treinamento e tecnologia 5. Empresas em segmentos mais competitivos (i.e. margens menores) optam mais pelo valor justo quando a norma permite opção

14 Investigação científica em contabilidade  Foco: entender o fenômeno contábil Escolhas Utilidade da informação Auditoria  Teoria da contabilidade no graduação: afinal, para que? Desenvolver capacitação de pensar, de entender os porquês Equipar futuros contadores com os conceitos subjacentes das IFRS

15 Focos principais  Para entender os porquês: Teoria positiva (cont. financeira) Agentes racionais e motivados por interesses próprios Assimetria e conflitos Abordagem contratual  Para entender as normas e sua estrutura conceitual: IFRS complementada com livros-texto da tradição normativa

16 Do normativismo à abordagem científica

17 Tradição normativa  Contabilidade na academia: jovem, primeira metade do séc. XX  Formada originalmente por membros da profissão  recomendação de práticas e procedimentos (enfoque normativo)  Definições genéricas e requisitos ‘ideais’, geralmente baseadas em conceitos econômicos  Limites: falta abordagem científica, pouca evidenciação empírica

18 Abordagem positiva  Abordagem informacional: accounting matters  Determinada prática ou ideia não é boa ou ruim  Foco em entender fenômenos (escolhas por exemplo)  explicar e prever  Ball & Brown (1968): divulgações de resultado e comportamento do preço das ações  Watts & Zimmerman (1986): teoria positiva

19 Teoria positiva da contabilidade: hipóteses  Hipótese do Plano de Incentivo  Hipótese do Grau de Endividamento  Hipótese do Custo Político  Hipótese do Mercado Eficiente

20 ‘Explosão’ da pesquisa positiva  H. Plano Incentivos  Gerenciamento de resultados  H. Endividamento  Conservadorismo  H. Custo Político  Regulação, estruturas de mercado  HME  Conteúdo informacional, value relevance