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Meu Amigo Nietzsche, de Fáuston da Silva PAS UNB

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Apresentação em tema: "Meu Amigo Nietzsche, de Fáuston da Silva PAS UNB"— Transcrição da apresentação:

1 Meu Amigo Nietzsche, de Fáuston da Silva PAS UNB
(FONTES ORIGENS DIVERSAS)

2 Meu Amigo Nietzsche, de Fáuston da Silva
O curta-metragem brasileiro Meu Amigo Nietzsche mostra uma maneira sarcástica e irresistivelmente divertida de abordar o analfabetismo funcional e a síndrome crônica que abate a educação no Brasil. Crítico às instituições formadoras e conservadoras da sociedade brasileira – a escola, a família e a igreja -, o filme de Fáuston da Silva conta a guinada do menino Lucas, que encontra um exemplar de Assim Falou Zaratustra, do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, no lixão e começa a lê-lo.  Logo o curta se revela uma trama de maturação, pois Lucas, antes considerado um “péssimo aluno”, realmente devora o livro e passa a dominar conceitos, a falar bonito e a expor raciocínios exuberantes. Mas, ao invés de colher admiração, acaba assustando sua mãe e sua professora, agora aflitas na tentativa de diagnosticar o mal que atormenta o garoto: para a mãe, aquilo é coisa do demônio e só a igreja o salvará; para a professora, é o surgimento de uma potencial liderança nociva.

3 MEU AMIGO NIETZSCHE Feito a partir de recursos evidentemente limitados, Meu Amigo Nietzsche é um sopro de autenticidade se considerarmos que a maioria dos filmes sobre a periferia (o curta se passa na Cidada Estrutural, periferia do Distrito Federal) assinala a violência como protagonista na denúncia da desigualdade social. Ao apontar sua câmera para a educação e tratar do tema com humor e muita fluência narrativa, Fáuston já se diferencia e conquista a plateia. O sucesso da abordagem vem acumulando prêmios, com boas passagens pelo Festival de Brasília e pelo Clermont-Ferrand, tradicional festival francês dedicado aos curtas-metragens, onde Meu Amigo Nietzsche faturou o prêmio do público e o de melhor comédia da competição. A obra cria expectativa sobre o nome de Fáuston e sugere que o cinema do Distrito Federal, que recentemente nos trouxe o ótimo Branco Sai Preto Fica, vive um bom momento. ( Ivan Oliveira Jornalista e fotografo)

4 PAS Isabella de Oliveira MEU AMIGO NIETZSCHE
No curta metragem de Fáuston Da Silva, Meu amigo Nietzsche, um jovem prestes a repetir de ano na escola, devido às suas notas baixas, inicia a leitura de uma famosa obra do filósofo alemão Nietzsche, “Assim falou Zaratustra”. Aconselhado pela professora a ler mais com o objetivo de melhorar suas notas, o rapaz lê anúncios pelas ruas, cartazes e muros. Motivado por uma pipa nos ares e seus amigos correndo, o menino viola um aviso de proibida ultrapassagem e entra em um lixão. Nesse mesmo lugar encontra um clássico da literatura, “Assim falou Zaratustra”. Por não saber ler o nome do autor do livro, Nietzsche, o menino já teve um motivo para desistir da leitura. Porém, mesmo diante das dificuldades e da falta de incentivo da família, escola, comunidade religiosa e alguns colegas, o jovem leitor permanece na difícil missão de decifrar o livro. “A honra não é construída por nossa origem, e por nosso fim” afirma Nietzsche, como pode ser observado no curta metragem, mesmo com um meio que não confirme e dê suporte à sua meta de compreender o livro, a criança continua. Outra passagem do filósofo é “Quem é ativo aprende sozinho”, a exemplo do jovem da periferia que buscou ajuda com as mais diversas fontes, desde família e vizinhos ao pastor da igreja da comunidade, em busca da compreensão do livro. Como filósofo, Nietzsche passou longos períodos de solidão e isolamento. Não é preciso entregar-se em um abismo como fez o pensador no final da vida, porém um breve retiro no cotidiano para assimilar o que se procura entender é de fundamental importância. O poeta espanhol Antonio Machado disse: “Quem fala sozinho espera falar com Deus um dia” e certamente foram momentos de desconexão com os tripés sociais – a saber: família, religião e educação -, que o jovem conseguiu assimilar alguns conceitos apresentados no livro. Para Durkheim, a educação tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança estados físicos e morais que são requeridos pela sociedade política no seu conjunto. O jovem, após ser instigado a ler o livro, desenvolveu um senso crítico sobre alguns aspectos da sociedade além de descobrir o significado de novas palavras que o levaram ao conhecimento mais puro e valorizado. Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele, "a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida. O pequeno leitor procurou a ajuda de sua família, sua escola, sua comunidade e até um líder religioso local.

5 PAS A tentativa de entender o livro está intimamente ligada à essa socialização proposta por Durkheim, já que poderia ter sido compartilhado o saber adquirido com a leitura. Porém, as instituições procuradas pelo rapaz não o levaram a completa interpretação do livro e muitas vezes o limitaram a compreensão. Ainda que a educação seja considerada um bem social, por ignorância, a comunidade através dos seus mais importantes pilares (família e escola) limitou a leitura do livro após perceber a mudança comportamental do rapaz. O jovem que lê sem orientação, adquire o conhecimento mas não o compreende de fato, já que não entende o contexto e momento histórico, pois falta uma correta interpretação do livro. Alguns pensamentos do livro de Nietzsche são mal compreendidos e utilizados em contextos distintos. Todavia, a leitura agregou não apenas boas notas para o jovem mas também conhecimento para comunicar-se com seus amigos e com pessoas ao seu redor e uma grande capacidade de dialogar e persuadir, como apresentado em uma parte do curta em que o rapaz convence seus colegas na escola de serem “super homens”. É inegável que a leitura gerou questionamento, dúvida e saber. “Tudo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal”. Nessa passagem, Nietzsche critica a tentativa tradicional dos filósofos de fundamentar a moral e de formular uma “ciência da moral”, sem contudo jamais se perguntarem sobre o sentido da própria moral, sem jamais problematizá-la. Propõe, ao contrário, a adoção de uma perspectiva histórica sobre a moral, indicando a necessidade de comparar as várias visões de moral culturalmente existentes. O “bem” e o “mal” de Nietzsche podem ser entendidos como o “povo de Deus” e o “povo contra Deus”, respectivamente, por exemplo. O filófoso alemão também indaga sobre a existência do homem, sugerindo que o mesmo deixe de ser um animal e passe a ser um “super homem”, um homem liberto da escravidão e que pense através do seu próprio dissernimento. Por fim, o curta traz a passagem final do livro "Assim falou Zaratustra" de Nietzsche, “Escuta, que eu quero ouvir. Levante. Escuta-me também com teus olhos e quando chegares a acordar, acordado ficarás eternamente”. Nesse contexto pode ser entendido que o jovem atingiu um novo "platô de desenvolvimento", acima do de seu meio. O conceito antigo de limite de maturidade intelectual, que perdurou na psicologia até trinta anos atrás, foi revolucionado pelos níveis de complexidade mental propostos por Robert Kegan e Lisa Laskow Lahey. Hoje, os platôs de desenvolvimento podem surpreender. Não existem limites de maturidade, e sim saltos de desenvolvimento. Em um platô mais desenvolvido, a criança pode até compreender um platô inferior, mas não retornará para o mesmo.

6 OS CINCO TERMOS CAPITAIS DE NIETZSCHE
Fonte: Niilismo (Nihilismus) Expressão polivalente. Movimento intelectual e político do século XIX, e também expressão usada por Turgueniev para definir a descrença nas tradições religiosas e institucionais até então vigentes. Os crentes do Nada (do latim nihil) talvez fosse apropriado dizer, apesar de paradoxal ou contraditório. Assim classificaram-se os militantes do ateísmo, os anarquistas, os populistas russos, e todos aqueles que se empenhavam em desafiar as normas de comportamento e a duvidar ostensivamente da religião e da existência de Deus. Uma das marcas da modernidade. Transvaloração (Umvertung aller Werte) Exigência da filosofia nietzschiana na recuperação dos valores nobres perdidos, fazer do "mau" voltar a ser "bom", elogiar o orgulho, a vaidade, a soberba e a arrogância humana, e até o desejo de vingança, desprezar o que é vil, o que é fraco, o que é humilde, o que recende à ralé. Inverter totalmente os valores éticos do cristianismo, reabilitando os antigos valores esgotados da cultura. De certa forma é a restauração do ethos pagão que girava ao redor do herói e do guerreiro intrépido.

7 OS CINCO TERMOS CAPITAIS DE NIETZSCHE
Super-homem (Übermensch) Teoricamente aquele que irá superar (Über) o homem. Um novo ser que, trazendo as novas tábuas, assumirá na totalidade a responsabilidade de viver num mundo ausente de Deus. Caracteriza-se por sua determinação absoluta, pela confiança em sua intuição, pelo seu caráter inquebrantável, por uma solidão ativa, corajosa, e sem concessões no tocante a sua meta (Werke). Ele é um criador, um duro, que não se deixa tomar pela compaixão, dele é o devir. Vontade de potência (Wille zur Macht) Trata-se da pulsão permanente pela vida e pelo domínio. Requer a mobilização completa das energias, físicas e mentais, para incessantemente conduzir as coisas às últimas conseqüências. Wille zur Macht é o domínio e a superação de si, das debilidades, e, também domínio sobre os outros e sobre a natureza. A vontade liberta porque é criadora. Eterno retorno (ewige Widerkunft) Repto nietzscheano à idéia do progresso dos evolucionistas; à divisão em três etapas da história dos positivistas; à crença do cristianismo na salvação da alma, nascida em pecado e redimida pela graça. É uma retomada da concepção cíclica (ciklós) dos pitagóricos e dos estóicos que viam um eterno perecer e renascer da natureza e da história. Tudo que houve exaurido o Grande Ano, voltará a ocorrer, intermediado pelo fogo e pela destruição periódica.


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